Acampamento Imortal escrita por Vallabh


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI!!
Fiquem com mais um capítulo cheio de novas emoções!



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— Eu perdi totalmente a noção do tempo. — Falo pegando a minha bolsa e procurando meu celular, pego ele e não tem nenhuma notificação. Olho para a varanda e vejo que a chuva começou a cair e está muito forte. — Eu não tenho nada pra vestir. — respondo me dando por vencida.

— Eu posso arranjar uma blusa minha, vai ficar praticamente uma burca em ti. — Ele fala sorrindo de canto. — Já quer ir dormir?

— Tô me sentindo esgotada, mas já que eu vou ficar aqui vou terminar logo isso. — digo apontando para o cálculo que estava fazendo.                                                                                               

— Tudo bem.

Voltamos aos cálculos e alguns minutos depois o Tobias levanta e sai da sala e volta com uma tigela e coloca em cima da mesa e depois empurra na minha direção, olho para ela e vejo que está cheia de bolinhas de chocolate e dou uma risada.

— Valeu — falo colocando algumas na boca.

Sinto meu corpo ser levantado e depois sinto um cheiro conhecido, mas o cansaço não me permite abrir os olhos então fico apenas apreciando aquele cheiro. Sou colocada em cima de algo muito macio e sinto minhas roupas serem tiradas e tento impedir.

— Calma, Malagueta, nunca faria nada que você não queira.

A voz me acalma e volto a relaxar, depois sinto um tecido frio deslizar pelo meu corpo e logo em seguida algo quente me aquecer e me entrego ao sono.

— Bons sonhos, Vallabh.

Acordo com os raios de sol esquentando a minha pele, abro os olhos e espero um pouco eles se adaptarem com a claridade, reconheço a decoração do quarto de hospedes do Mandão. Puxo o lençol que está sobre as minhas pernas e percebo que não estou com o meu macacão, puxo um pouco a gola e vejo que ainda estou de lingerie. Levanto da cama e procuro minha roupa pelo quarto, mas não encontro, então vou até a porta, abro e está tudo silencioso, atravesso o corredor e vou para o banheiro.

Entro e fecho a porta, faço minha higiene e resolvo dar um jeito no que estou vestindo. Retiro a blusa social preta de mangas longas e visto de novo só que dessa vez como se fosse um vestido tomara que caia, passo as mangas pela minha cintura e amarro na frente. Olho-me no espelho que tem no banheiro e gosto do resultado, a blusa agora parece realmente um vestido tomara que caia um pouco acima dos joelhos, ficou um polco folgada, mas eu gostei. Penteio meu cabelo com os dedos mesmo e faço um coque alto.

Saio do banheiro e vou para a sala e não tem ninguém, vou para a cozinha e não tem ninguém também. Ele ainda deve estar dormindo, vejo um relógio na parede da cozinha e percebo que ainda são 07:10 da manhã. Resolvo fazer alguma coisa para a gente merendar. Abro a geladeira e vejo o que tem e pego umas laranjas e resolvo fazer um suco, vou abrindo os armários procurando tudo que vou precisar — claro que com a ajuda de uma cadeira, casa de gente alta é um porre! — por fim resolvo fazer panquecas. Faço o suco e coloco na mesa, coloco a cafeteira pra funcionar e vou fazer a massa das panquecas, a cafeteira termina e eu coloco o café na mesa também. Estou fritando uma panqueca quando sinto algo se aproximar por atrás de mim e por impulso arremesso uma faca que estava no balcão ao meu lado no “algo”.

— Que merda, Luna! — Tobias fala e abre uma cartilha de palavrões e percebo que ele segurou a faca no ar e que eu tinha mirado bem no meio da cabeça dele.

— Desculpa, foi impulso. — Dou um sorriso e viro para virar a panqueca.

— Impulso é uma porra, sua maluca. Belo jeito de dar bom dia. — Ele continua reclamando e eu fico rindo. Coloco a última panqueca no prato que está na mesa e percebo que ele está apenas com uma calça de moletom preta. — Belo modelo. — fala apontando para o “vestido” que eu fiz com a sua blusa.

— Valeu. Procurei a minha roupa, mas não achei então resolvi dar um jeito com o que eu tinha. — falo me sentando a mesa e entregando uma xícara a ele.

— Coloquei para lavar, depois do café te entrego. Não vai querer café? — pergunta quando sirvo um copo de suco pra mim.

— Não está do jeito que eu gosto. — respondo e ele leva a xícara a boca, experimentando. — Você sempre pede um expresso duplo com açúcar quando vai à cafeteria para tomar na hora, pois dá energia, mas antes de ir embora sempre pede um expresso sem açúcar porque não gosta do café doce e nem muito forte. — termino de falar e ele dá outro gole na xicara e fica me olhando admirado. — E ontem quando eu fiz o café você não tomou todo, pois estava doce e eu gosto de um bom mocha com chocolate ralado por cima. — termino minha explicação piscando um olho para ele que dá risada surpreso.

Terminamos de comer em silêncio e depois arrumamos a cozinha. Fomos para a sala e voltamos ao trabalho, enquanto eu termino os cálculos da programação básica para o layout do programa, o Sr. Mandão está vendo algumas coisas para a estrutura do servidor que manterá o programa no ar.

— Luna?

— Hum... — respondo sem olhar para ele.

— Você já parou pra pensar que nem todos os alunos vão querer usar a placa de identificação? Sempre tem aqueles metidos a fodões que gostam de ir contra as regras.

— Não tinha pensado nisso ainda. — falo refletindo sobre o pensamento dele.

— Eu estava pensando, e se as placas não fossem somente para rastreamento, mas também para identificação e acesso a todos os locais do campus.

— Como assim? — pergunto começando a entender o ponto de vista dele.

— No lugar dos cartões que nós usamos para ter acesso às instalações da universidade, seriam usadas as plaquinhas.

— Entendi, mas teríamos que adaptar os leitores dos cartões para as placas.

— Isso é fácil, tenho certeza que você consegue fazer em uma tarde.

Concordo com a cabeça e voltamos ao trabalho mais uma vez. Terminei os cálculos e resolvi começar a projetar a interface inicial do programa. Coloquei o notebook de lado e peguei meu caderno de desenhos, sempre que tenho tempo gosto de observar as coisas e passar para o papel da forma que eu vejo. Sempre que o Thoth me levava ao parque na cidade eu gostava de sentar nos bancos e observar a forma como as pessoas interagiam entre si, as formas como elas expressavam suas emoções e desenhar e quando eu terminava e olhava para o desenho pronto conseguia sentir as mesmas emoções que a pessoa sentia quando eu a desenhei, era incrível. Com o tempo meu pai parou de me levar ao parque e eu passei a desenhar com menos frequência. Abro em uma folha limpa e começo a pensar no que fazer.

Olho para o lado e vejo uma imagem que eu quero guardar enquanto puder então resolvo eternizar a cena da forma que eu posso. Pego meu lápis e começo a desenhar os primeiros traços de um Tobias sentado na posição de índio com um caderno na mão e mordendo a ponta do lápis, ele está com a testa franzida, fazendo as sobrancelhas aproximarem-se e os lábios com um leve bico, a luz do sol que entra pela janela faz a sua pele parecer ainda mais dourada. Aos poucos os traços começam a fluir naturalmente e o desenho vai ficando pronto, estou desenhando seu peitoral quando percebo que desse ângulo não tenho uma boa visão, me levanto e sento de frente para ele um pouco afastada, ele está tão concentrado que não percebe. Volto a desenhar, agora de um ângulo perfeito quando algo me chama atenção.

Exatamente em cima de onde fica o coração ele tem uma espécie de tatuagem, não sei direito, ela não se parece com as tatuagens comuns, é uma frase dourada, meio apagada e tem uma letra que parece forjada com ferro quente, ela está escrita em uma língua estranha, não consigo decifrar qual idioma é, mas uma palavra me parece familiar Vallabh. Ela possui um tom de vermelho misturado com dourado que parece queimar como a chama de uma fogueira e atrai a minha atenção, começo a desenhar ela e tento capitar toda a energia que ela exala. Termino o desenho e percebo que ficou incrível, fico feliz com o resultado. Viro a página e volto para onde estava e resolvo começar a desenhar a interface dessa vez.

Depois de muitos rabiscos consigo ficar meramente satisfeita com o resultado preliminar dos esboços. Deixo meu caderno em cima da mesinha e olho para o relógio que tem na parede, já é quase meio dia e ainda não comemos nada. Levanto e resolvo preparar o almoço, olho para o lado e o Sr. Mandão está escrevendo alguma coisa no caderno e resolvo não atrapalhar. Chego na cozinha e começo a procurar nos armários e na geladeira o que eu posso usar para fazer um almoço decente. Depois de olhar tudo resolvo fazer um fricassê de frango.

Preparo tudo e coloco a travessa no forno, programo o timer do fogão e vou fazer um suco de maracujá com hortelã. Depois de terminar de fazer o suco, o coloco na geladeira e vou dar uma olhada no forno. Ainda falta um tempo para o fricassê ficar pronto, então resolvo voltar para a sala. Entro na sala e vejo ela vazia, entro mais e vejo Tobias na varanda falando ao telefone, me aproximo para chama-lo, mas paro quando escuto algo que me interessa.

— ...ela tá comigo, Kaique, então para de escândalo, ok? — Ele fala e faz uma pausa escutando a outra pessoa. — Até quando ela quiser. — Outra pausa. — Não importa o que você acha...— De repente ele começa a falar em outra língua e quando termina desliga o telefone.

Estou sem entender o sentido dessa conversa, é tudo muito entranho. Antes dele se virar começo a andar na direção dele, ele se vira e estou prestes a questionar o sentido da conversa quando vejo o meu caderno de desenho na mão dele.

— Já pensou em tentar a academia de artes, Malagueta? Tem muito talento. — Ele fala passando as páginas e parando em uma, ele fica observando e depois dá um sorriso largo. — Belo desenho, devo admitir que o modelo ajudou bastante, mas ainda assim é um ótimo desenho. — diz parando de sorrir e observando melhor o desenho e depois volta a sorrir, virando o caderno pra mim na página do desenho que eu fiz dele mais cedo.

— Foi um grande desafio encontrar um ângulo menos feio. — brinco piscando um olho, ele dá uma risada gostosa e começa a vir na minha direção.

— Então devo admitir que o talento da desenhista ajudou muito. — fala e continua se aproximando.

— Com certeza. — respondo risonha.

— E ela merece uma recompensa por isso, não é? — Ele começa a chegar muito perto de mim e eu começo a andar para trás.

— É? E qual seria essa recompensa?

— Deixa eu dar uma amostra. — fala se inclinando pra mim e quando eu tento me afastar sinto o balcão frio atrás de mim, olho para o lado e vejo que atravessamos a sala e eu não percebi.

Volto a olhar para ele e me arrependo, fico hipnotizada por aquelas esmeraldas, sinto uma mão grande me segurar e uma onda de calor e eletricidade onde sua mão me tocou e antes que perceba sinto os lábios quentes do Tobias colarem nos meus. Tenho vontade de empurrá-lo, mas quando sinto seus braços ao redor da minha cintura me puxando para ele e a mesma sensação de calor e energia percorrendo todo o meu corpo, acabo cedendo ao beijo e passo as mãos pelo seu pescoço, me entregando ao momento. Agarro seus cabelos o puxando para mim e como consequência ele me aperta mais em seus braços, sinto nossos corpos se fundindo quando um pequeno alarme nos desperta do transe, fazendo a gente se afastar.

— Acho que o nosso almoço tá pronto. — Ele fala tentando recuperar o folego e eu apenas balanço a cabeça sem conseguir responder.

Ele segura minha mão e me leva para a cozinha, me sento à mesa e tento voltar à realidade. Sinto um formigamento em todos os cantos que suas mãos me tocaram. Ele abre o forno e retira a travessa com o fricassê, colocando-a em cima da mesa, já tinha deixado a mesa arrumada então ele apenas coloca a travessa em cima dela e começa a servir os pratos. Ele começa a comer e percebo que a sua tatuagem tem um brilho mais intenso.

— De onde você e o Kaique se conhecem? — pergunto.

— Do acampamento. — responde sem tirar os olhos do prato.

— E por que vocês se odeiam tanto?

— Ele não aceita ser rejeitado e vive correndo atrás de mim. — fala levantando os olhos pra me olhar e depois volta a comer.

— Claro, eu já desconfiava. Agora o real motivo?

— Não tem um motivo, nós nunca nos demos bem. — responde dando de ombros.

— Sei...

Terminamos de comer e o Tobias arruma a cozinha enquanto eu vou tomar um banho. Termino meu banho e percebo que ele ainda não trouxe minha roupa, enrolo uma toalha no corpo e saio do banheiro indo atrás dele. Entro na sala e o vejo sentado no sofá com os pés na mesinha de centro e jogando futebol no XBox. Paro do lado da porta e me escoro na parede, forço uma tosse pra chamar a atenção dele, mas ele não presta atenção. Resolvo ir até ele, mas quando vou chegando escorrego na água que pinga do meu corpo, grito me preparando para o impacto, mas não sinto o chão.

— Sempre desastrada né, Malagueta. — Ele fala me segurando pela cintura e olhando para a toalha e depois me olha levantando a sobrancelha.

— Minhas roupas. — digo e questiono se minha voz realmente saiu.

— Claro. — Ele me ajuda a levantar e fica me observando.

— As roupas, Tobias. — O mesmo apenas balança a cabeça e sai da sala voltando um pouco depois com as minhas roupas limpas e dobradas. — Obrigada.

Saio da sala sem sentir as minhas pernas e vou para o quarto de hospedes. Visto meu macacão e ajeito meu cabelo, faço uma maquiagem leve e passo um batom laranja que achei na bolsa. Pego minha bolsa e saio do quarto, vou para a sala e encontro o Mandão recolhendo meus papéis, me sento e fico esperando ele terminar.

— Pronto. — fala me entregando todas as folhas, recebo e guardo tudo na bolsa em seguida.

— Será que teria alguma chance de eu conseguir uma carona? — pergunto fazendo uma cara pidona, fazendo-o rir.

— Ao seu dispor, madame. — fala fazendo uma reverencia e agora é a minha vez de rir. — Vou apenas trocar de roupa. — diz e sai da sala.

Aconchego-me no sofá e vejo o controle do vídeo game em cima da mesinha, pego e vejo o que ele está jogando, dou play e continuo a partida de futebol que ele estava jogando. Estou ganhando a partida quando ele chega e se senta ao meu lado.

— Quem te ensinou a jogar assim? — pergunta quando a partida acaba.

— É difícil não aprender quando se tem um melhor amigo/irmão viciado.

— Joga uma partida comigo e depois nós vamos. — fala pegando outro controle.

— Não, não gosto de humilhar ninguém. — digo fingindo falsa modéstia.

— Tenho certeza que se alguém aqui será humilhado, esse alguém não será eu. — Ele fala rindo.

Iniciamos outra partida e logo nos primeiros minutos eu faço um gol, comemoro e fico rindo. Eu ganho a primeira partida e ele pede revanche, então iniciamos outra partida. Ficamos um bom tempo jogando e devo admitir que não me lembro quando foi a última vez que eu me diverti assim.

— Vamos? — Ele pergunta se levantando e agora eu posso dar uma boa olhada nele. Ele veste uma regata preta com uma jaqueta de couro marrom por cima, uma calça jeans azul escuro, botas estilo militar e um boné azul. Ele está oficialmente comestível.

— Yep. — falo pulando do sofá e indo para a porta. Ele apenas sorri.

Saímos do estacionamento e entramos no elevador, um silêncio agradável se acomoda do espaço e quando já estamos quase chegando no estacionamento ele aperta um botão, o elevador dá um solavanco e para.

— Que foi, Tobias? — pergunto me preparando para qualquer coisa.

— Deixo você me bater à vontade depois, se quiser, é claro. — Ele fala e me empurra, me prensando no fundo do elevador, segura minha cintura com uma mão e afasta alguns fios de cabelo do meu rosto com a outra. — Linda e perigosa como o fogo. — Ele sussurra aproximando o seu rosto do meu, eu não aguento mais a brincadeira e agarro seu pescoço, o puxando para mim e colando as nossas bocas. Ele me aperta contra o seu corpo e sinto o meu pegar fogo, sua língua pede passagens e eu permito, sua língua é tão possessiva quanto ele e suga tudo de mim, deixando-me sem folego, nos afastamos quando o ar se faz necessário.

Ele afrouxa o seu aperto na minha cintura, mas não me solta e escora a sua testa na minha. Minhas mãos continuam no seu pescoço e não sei se tenho a intenção de tirá-las. Quando finalmente consigo recuperar o fôlego não sei o que falar, então decido apenas apreciar essa enxurrada de sentimentos que ele me traz. Ele se afasta um pouco, ainda sem me soltar, e sorri pra mim, depois me dá mais um beijo e destrava o elevador. Ele vai para o meu lado e continua com a mão na minha cintura. O elevador para no estacionamento e saímos, ele vai me guiando e paramos de frente a um carro que se eu não me engano é um Pajero 4x4. Ele destrava o carro e abre a porta para mim, eu entro e ele fecha a porta, dando a volta no carro indo para o lado do motorista, ele entra e liga o carro saindo do estacionamento.

— Achei que você só tivesse aquela moto. — digo meio afirmando meio perguntando.

— Eu ando mais de moto, mas a viagem para o acampamento é meio longa e fica desconfortável ir de moto. — Ele fala dando de ombros. — Pode ligar o som se quiser.

Coloco minha bolsa embaixo do banco e ligo o som para ver qual foi a última coisa que ele escutou. Dou play e 4 Non Blondes começa a cantar What's Up e ele começa a cantar baixinho, eu não consigo me segurar e começo a rir, essa seria a última música que eu imaginaria o cheio de marra Tobias cantando, mas depois começo a cantar também e quando o refrão chega canto o mais alto que posso e ele me acompanha, fecho os olhos e sinto o vento que entra pela janela aberta bagunçar o meu cabelo. Me sinto ótima, me sinto livre!

Fomos o restante da viagem ouvindo música e conversando sobre amenidades do dia a dia. Ele entrou na estrada que leva para a entrada do acampamento e ficamos em silêncio. Quando ele parou nos portões do acampamento e desligou o carro eu não sabia o que fazer, continuamos em silêncio e eu me virei no banco para ficar de frente para ele e comecei a observá-lo.

— Tá entregue, Malagueta. — Ele falou, me encarando.

— Obrigada pela carona. Quando a gente vai continuar o projeto?

— O que você faz no horário do almoço?

— Eu costumo vir almoçar no acampamento e depois eu tenho treino.

— Certo, a partir de hoje você vai passar a almoçar comigo. Tenta convencer o Poderoso Chefão a começar o teu treino mais tarde.

— Tá bom, vou ver o que eu posso fazer. Até depois. — Me despeço e saio do carro caminhando para dentro do acampamento sem olhar para trás. Ele não falou nada sobre o beijo e eu também não quis tocar no assunto, não sei o que esse significou pra ele, mas irei deixar as coisas fluírem naturalmente. Tobias é o típico garoto problema e não sei se quero isso pra minha vida agora. Enquanto caminho acabo lembrado da conversa ao telefone que escutei, ele acabou me distraindo com o beijo e não tive a oportunidade de questioná-lo, faço uma nota mental para lembrar disso na próxima vez que nos virmos. Foi um fim de semana bem intenso, mas está na hora de voltar para a realidade.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que estão achando! Fiquem bem e até o próximo!

XOXO



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