Invictus escrita por Downpour


Capítulo 15
Capítulo 15 - Eternity


Notas iniciais do capítulo

AHH eu não acredito que eu terminei essa fanfic, eu sei que vocês devem estar tristes [ eu acho pelo menos sksks ] mas eu estou feliz, não acredito que consegui finalizar a fanfic assim. Acho que este foi o melhor final que eu poderia oferecer pra essa fic ** cries in rica language **. Reconheço que a fanfic poderia ter sido mil vezes melhor e mais planejada - isso com certeza, né nom - mas eu fiquei feliz com este resultado final.
Primeiro de tudo, NÃO, a fic ainda não acabou. Vai ter um capítulo bônus maroto porque eu acho muita maldade deixar vocês na mão assim ksks
Quero avisar que eu mudei um pequeno detalhe ~ e já comecei a editar sinopse/capítulo ~ que faz mta diferença na história. Este detalhe seria a doença da Sammie, que eu não retratei como planejava. Pensei em excluir esta fanfic até [ perfeccionismo sempre falando mais alto ;-; ] but, resolvi deixar tanto a doença como o tempo restante de vida da Sam como uma incógnita, pois na realidade não faz aquelaa diferença no enredo saber ou não do que a doença dela se trata. ** tem uma nota no primeiro capítulo também explicando sobre isso **
Estou me ficando bastante em estudar no momento, mas, assim que terminar esta fic pretendo postar a minha primeira original ~ medo ~ que vai ser muito diferente de tudo o que eu já escrevi, posso dizer que eu usei Skins como base, mas vai muito além de Skins. Seria um "suspense" com drama adolescente [e quem sabe eu consiga inserir terror ;u;], adoraria saber se vocês se interessariam em ler, pq estou trabalhando nesse projeto desde mais ou menos março/maio e estou bem insegura pra postar ;-;
Ahn, espero que eu não tenha esquecido de avisar mais alguma coisa nas notas, eu sou realmente bem esquecida ksks
Boa leitura!
*** Os versos citados no capítulo pertencem ao grupo Vixx, o nome da música é Eternity [tô panfletando na cara de pau mesmo], ouçam essa música e dêem amor a eles, onegai ♥



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Capítulo 15 (Final) - Eternity

 

Xx Alguns dias depois xX



Aquele sonho o perseguia,

não queria admitir, mas estava com medo.

“Samantha tinha seus braços presos por cordas em volta de uma árvore, os nós eram muito bem dados, fazendo com que a garota não conseguisse se soltar.

— Não! – Ela gritou desesperada se debatendo, não podia deixar aquilo acontecer.

Jadis se virou para ela, um sorriso debochado brincava em seus lábios, e seu olhar maldoso fez a menina se arrepiar.

—Este é o meu ultimo dia de vida, Edmundo tem muito para viver.-A garota falou respirando com dificuldade, se fosse para Eddie ser feliz, ela faria de tudo. – Eu me sacrifico pelo Rei Edmundo, O Justo. – Ela anunciou em bom e alto tom.

Edmundo arregalou os olhos espantado, aquilo não podia ser verdade.

— Sam, não faça isso! – Ele gritou sentindo os olhos lacrimejarem.

Ela iria morrer por sua causa, e ele não podia fazer nada para ajuda-la. Não iria aguentar ver a garota morrer, ele a amava. E finalmente tinha se dado a conta disso.

Sam sorriu triste para ele.

A Feiticeira fez um gesto com as mãos e as amarras caíram, ela sorria de orelha a orelha. Ver Edmundo desesperado, percebendo que todo o romance que ele imaginou ter com Carrie era uma mentira, e que na verdade ele sempre esteve apaixonado por Samantha, era engraçado para ela. Ver o sofrimento do amor perdido.

— Venha Sammie. – Ela acenou sorrindo amável e a garota engoliu em seco, já sabia o seu destino. – Carrie, faça. – Ordenou para a filha que sorriu.

— Ora, ora Samantha. – Disse com deboche e Sam olhou a loira mortalmente. – Será uma honra mata-la.

— Será uma honra te perseguir até o inferno. – Faíscas de ódio saíam dos olhos de Sam, e a filha da Feiticeira sorriu.

— Ande. Temos que partir. – Jadis ordenou e a filha sorriu.

Carrie jogou Samantha contra a Mesa de Pedra e amarrou os braços da garota novamente, Edmundo gritava desesperado ao ver a cena.

— Eu acreditei em você! – O garoto gritou rouco.

Carrie deu uma risada nasalada.

— Meu anjo, você até que é um fofo. Mas não faz o meu tipo. – Sorriu cínica, enquanto Edmundo a encarava com ódio.

A loira ergueu uma adaga no ar e acertou no peito de Sam, fez força para tirar a adaga e Sam urrou alucinada de dor.  Ergueu novamente a adaga e a fincou no pescoço de Sam, impedindo as vias respiratórias de funcionarem.

Quando tirou a espada, o sangue jorrou, vermelho vivo pela Mesa. Sam revirou os olhos enquanto via tudo completamente embaçado, a única coisa que lembrou de ter visto foi Edmundo gritando o seu nome.

E então caiu morta.”

 

Eu tive um pesadelo tão assustador e mau

Você me deixou para sempre”

 

Por quê aquele sonho o perseguia todas as noites?

Por quê era tão doloroso se lembrar dela depois daquilo?

Ele tinha a perdido, agora para sempre.

Não conseguia concentrar-se para dormir novamente, então em meio a algumas lágrimas saiu do castelo de Cair Paravel, sempre que a insônia o atacava ele ia para o mesmo lugar aonde tinham enterrado ela. Seu coração ainda doía, ele não achava que algum dia fosse sequer para de doer, contudo, quando se sentava lá, sentia-se leve.

— Me perdoe por ter sido tão covarde, - já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha ido para ali desde a fuga de Carrie e Elisabeth para o além mar, aquele lugar conseguia lhe trazer paz de alguma maneira - também me perdoe por ter sido tão ruim para contigo, deveria ter ouvido seus conselhos afinal das contas.

Olhou para um pequeno buquê de flores amaranto que estava depositadas ao lado do túmulo, fungou desajeitado, era egoísta demais para saber como lidar com a perda. Jamais imaginaria que perderia alguém, e que este alguém seria justamente ela.

— Você sempre esteve certa o tempo todo, sabe como isso é irritante? - o moreno sorriu de canto sem graça, já não parecia mais estar falando sozinho, sentia-se como a garota estivesse ao seu lado sorrindo - Sabe, eu sempre te achei tão linda, nunca entendi o fato de você viver escondida pelos cantos. Agora eu compreendo que aquele é o seu jeito, e é o que mais amava em ti. - respirou fundo secando uma lágrima com a palma da mão e tornou a sorrir - Dizem que nós só damos valor ao que amamos quando o perdemos, me perdoe por isso. Se pudesse, se ao menos tivesse chance, faria tudo diferente.

Logo a imagem de Lúcia chorando no enterro de Sam veio a sua mente, nunca tinha visto sua irmã tão perturbada como naquele dia, sua irmã que conseguia sempre sorrir nas piores situações se desabava em lágrimas e desesperança. Se nem mesmo a pessoa mais feliz que ele conhecia estava de fato alegre, como ele se consolaria?

Acontece que não existia consolo para a morte.

As pessoas simplesmente desapareciam das esquinas que costumávamos ver-las, seus rostos já não esboçavam mais seus sorrisos resplandescentes, e o brilho que um dia tinha existido em seus olhos, nunca mais voltariam. Aquilo era tão injusto, o mundo era tão cruel. Por quê as pessoas ao menos não se despediam? Ele não aceitava o fato de não ter dito um ‘adeus, eu te amo” a tempo, não aceitava ter perdido a garota por conta de um erro seu.

Até ele saber que a perderia de qualquer maneira.

Todos do palácio sabiam que sua amiga estava doente, todos menos ele. Lúcia tinha sido a primeira a descobrir sobre a enfermidade da amiga, a mesma não quis dizer para ninguém quanto tempo tinha de sobra, pois queria viver sem se preocupar com o tempo.

Sentiu-se traído, magoado, perdido.

Por quê ela não tinha lhe contado? Ela não confiava nele o suficiente, era isso?

Demorou um bom tempo para poder entender o por quê dela não ter lhe segredado seus motivos, isto apenas fez com que ele a amasse mais ainda, por ser tão pura e carinhosa. Ela nunca quis que alguém sofresse por ela, de alguma forma, Sam tinha aceitado a ideia da morte.



Você não está aqui, mas tudo é o mesmo

Neste sonho do momento que você me deixou”



— Perdido em pensamentos? - uma voz melodiosa o chamou atenção, o garoto surpreso não conseguiu pronunciar uma palavra sequer. Aslan estava diante dele, com seu olhar cheio de compaixão. - Samantha foi uma boa garota.

— Por quê a deixou morrer? - não queria falar aquelas palavras de forma tão grossa, contudo, a dor e o luto lhe insistiam em agir daquela maneira.

O Leão balançou a cabeça por alguns momentos e sentou-se do lado de Edmundo, observando as constelações no céu de forma pacífica.

— Não posso interferir em seus destinos, Filho de Adão, - ele soprou as palavras com um tom de voz triste, demonstrando que também não queria tal coisa tivesse acontecido - contudo, a vida de Samantha já estava por um fio desde o começo.

— Eu não entendo. - disse tentando segurar suas lágrimas, embora, quando se aninhou em Aslan, como uma criança se aninha em sua mãe, começou a chorar desesperadamente sem poder controlar seus sentimentos. Chorou tudo o quê estava entalado em seu peito, todo o arrependimento que vinha guardado todo aquele tempo, toda a culpa que sentia acabava por vir a tona.

— Sabe, Edmundo, algumas pessoas vem ao mundo com o tempo de vida menor que o de outras, contudo, cada um tem seu propósito de vida. - dizia lentamente, para que o moreno absorvesse palavra por palavra - Já tentou pensar que talvez ela tenha cumprido seu propósito de vida?

— Morrer por um garoto como eu? - disse com amargura de si próprio.

— Talvez você venha a entender mais tarde Edmundo,a juventude é realmente algo belo e frágil ao mesmo tempo, não podemos tentar domar a vida, e muito menos a morte. Um dia, todos iremos embora.

O moreno se engasgou com suas lágrimas e escondeu seu rosto vermelho nos pelos do Leão.

— Sua amiga pode ter ido embora filho, contudo, saiba que ela sempre estará viva eternamente em seu coração. - Aslan soprou, e por um momento, de frente para o riacho, do outro lado da floresta ele conseguiu ve-la.

Ela vestia um vestido branco e estava descalça, ainda havia marcas de arranhões em todo o seu corpo, mas ela continuava maravilhosa como sempre. Seu olhar calmo encontrou o assustado de Edmundo, a garota sorriu e acenou com a mão para ele.

— Eu não quero te ver chorando nunca mais, Eddie.— sua voz melodiosa soprou em seus ouvidos.

Aflito por alcança-la o garoto estendeu sua mão procurando chegar até ela, sentiu uma ventania forte o atingir, fazendo com que o mesmo fechasse seus olhos e tentasse se proteger.

 

A noite cruel é infinitamente vindo para mim

Eu fecho meus olhos novamente, levando-me de volta para um sonho

Em um sonho eterno que eu nunca vou acordar”

 

— Garoto? O quê raios está fazendo aí? Não ouviu o barulho do alarme? Saía agora! - deparou-se com um bombeiro em sua frente.

Caiu para trás assustado, estava a dois passos de segurar a mão de Samantha, onde ela estava?

— Samantha! - ele gritou o nome da garota olhando para os lados aflito, onde ela estava? Onde ele tinha ido parar? Aquele lugar certamente não era em Nárnia, então o quê tinha acontecido? - Sam? Sammie, cadê você?

— Não existe ninguém nesta escola com este nome garoto, ande, se apresse. Antes que as chamas aumentem, ande! - foi empurrado por mais outros dois bombeiros para fora da escola, debateu-se gritando e chorando, clamando pelo nome da garota.

Não existe ninguém nesta escola com esse nome, aquilo não podia ser verdade. Não, ele queria Samantha de volta. Aquilo era injusto, uma brincadeira de mau gosto.

— O garoto está perdendo o ar! - um dos homens anunciou.

— Peguem uma mascara.

Sua visão começou a se embaçar, enquanto procurava olhar para um ponto fixo, contudo apenas conseguia enxergar as chamas consumindo o cômodo.

Quando seus olhos estavam prestes a se fechar, conseguiu vê-la por fim, naquele mesmo vestido, com seu típico sorriso no rosto.

— Você sobreviveu? - perguntou em um sussurro, não acreditando no que via.

— Eu sou invicta, Eddie.

Piscou, seu corpo não conseguia mais resistir, estava prestes a abrir seus olhos novamente.

Apenas viu as chamas.

Aonde Samantha estava?



Fim


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Notas finais do capítulo

O quê acharam? ♥



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