Pov’s Denise

Ai novamente uma narração minha já estava na hora! Você deve estar se perguntando oque aquele professor metido a besta queria. Ele disse que eu estava com um comportamento que não era aceitável e mandou chamar minha mami na escola. Depois de ficar horas e horas ouvindo aquelas mentiras sobre mim, minha mãe disse que vamos ter uma conversa muito seria mas eu não estou preocupada com isso...

[...]

—Senhorita Denise, agora você passou dos limites! –Gritou minha mãe assim que chegamos.

—Ai quanto exagero, você sabe que nada daquilo é verdade! –Ela me encarou com raiva. –Ou você não acredita em mim?

—Não, não acredito.  –Ela me respondeu de forma grosa.

—Aposto que isso é coisa daquela Maria Cascuda, amanhã ela vai ver... –Comecei mas não terminei porque minha mãe me interrompeu.

—Não é coisa dela porque ela é uma boa menina, são as más companhias que você tem.

—Agora você vai jogar a culpa nós meus amigos? Era só oque faltava. –Gritei e comecei a subir as escadas indo até meu quarto.

—Quer saber você merece um castigo! –ela disse subindo as escadas atrás de mim.

Me joguei na cama e já ia pegar meu fone de ouvido para ignorar minha mãe quando ela disse uma coisa que me fez estremecer.

—Você está proibida de ver, falar ou fazer qualquer outra coisa com seu namoradinho! –Ela disse e eu arregalei os olhos. –E isso é uma ordem!

Ela saiu do quarto antes que eu protestasse alguma coisa, senti uma lagrima escorrer pela minha bochecha.

Isso não vai ficar assim a Cascuda vai ter oque merece...

Pov’s Mônica

Eu fiquei muito curiosa com o que aconteceu com a Denise, bom... Seja oque for eu e as meninas vamos descobrir hoje, tipo agora.

Na verdade o certo é a pessoa te convidar para ir na casa dela mas no caso a Denise se convidou para a minha casa e ainda as meninas também. Mas tudo bem fazer oque, né?

[...]

As meninas já estavam no meu quarto quando eu pergunto para Denise:

—Oque aconteceu na diretoria? –Perguntei e as meninas ficaram em silencio.

—A Cascuda, como sempre... –Revirou os olhos. –Inventou algumas coisas sobre mim, e agora minha mãe quer me afastar do Xaveco.

—Serio? –Eu e Marina perguntamos ao mesmo tempo.

—Sim ela me proibiu de ver ele. –Ela disse e caminhou até a minha penteadeira mas pude ouvir ela bufando.

Imaginei que ela estaria chorando quando ela me pergunta:

—Onde fica o banheiro?

—Segunda porta a direita! –Respondi e quando ela saiu do quarto olhei para as meninas e elas logo retribuíram o olhar, estava evidente que estávamos preocupadas com Denise.

—Só eu que acho que ela foi chorar? –Perguntou Magali.

—Ela foi chorar? –Perguntou Marina. –Posso ir lá ver, serio nunca vi a Denise chorar...

Olhamos para Marina com uma cara de repreensão e ela disse:

—Tá bom, parei!

Denise entrou no quarto toda saltitante com um batom na mão.

—Miga me empresta esse batom, amei essa cor. –Disse Denise já passando o batom.

—Claro, pode pegar! –Disse.

—Você sabe que ela nunca mais vai devolver? –Magali sussurrou para mim.

Balancei a cabeça como dizendo “sim”.

[...]

No outro dia...

Estava descendo as escadas da minha casa para ir a escola, quando ouço risadas, quando chego lá vejo Cebola conversando com minha mãe e meu pai.

—Oi? –Disse tentando chamar a atenção dele para mim.

—Oi querida! –Cebola diz me mandando um olhar indecifrável.

—Mônica porque não nós apresentou seu amigo mais cedo? Ele é super divertido. –Meu pai disse, e eu estou muito surpresa, não pelo comentário mas sim por isso ter vindo do meu pai.

—Então tá... –Disse estranhando.

—É melhor vocês irem, ou vão chegar atrasados. –Minha mãe disse e depois se virou para Cebola. –Foi um prazer te conhecer! Volte sempre.

—Claro! –Ele disse e se virou para mim. –Vamos?

Não consegui responder pois ele veio até mim e passou o braço pelo meu ombro e saiu me levando junto.

Eu tenho que admitir esse gesto me faz um grande bem! É como se o mundo estivesse parado, aquele cheiro...Ah aquele cheiro.

Mas eu tenho que voltar com a postura se não ele acha que sou retardada.

—Você levou bem a serio aquele trato com a Denise, não é? -Disse e ele soltou uma pequena risada.

—Eu sei do que ela é capaz! –Eu dei uma pequena risada.

Ele me largou para entrar no carro, nesse momento senti um choque percorrer meu todo meu corpo. Acho que é porque não tomei café da manhã (N/A: Será?).

Me sentei no banco do carona e fiquei olhando ele entrar e se ajeitar no banco ao meu lado. E no mesmo instante a memoria do dia em que meus olhos se encontraram pela primeira vez em seus, me perdi nos olhos cor de mel ele tinha algo que eu procurava mas não sabia oque era, logo me lembre do dia do circo, e assim memorias dos momentos mais marcantes de nos dois juntos foram voltando.

Como o dia do nosso primeiro beijo...

—Você está bem? –Ele me perguntou, foi aí que sai de meus pensamentos e percebi que já estávamos na escola, e que algumas pessoas nos observavam.

Olhei para os olhos dele novamente, parecia que colaram nossos olhares pois não tinha como me desviar deles.

Logo vi que ele estava se aproximando de mim e eu fiquei sem saber oque fazer, ele vai me beijar? Isso é parte do plano? Ou ele realmente sente algo por mim.

Ele passou a mão em meu rosto e fechou os olhos lentamente, e foi quando  ele me beijou, um beijo calmo que eu acabei contribuindo. Logo senti um “choque” o mesmo choque que senti mais cedo quando ele me soltou.

Nós afastamos lentamente e em poucos minutos já saímos do carro, ele pegou em minha mão e logo fomos até onde os outros estavam, Denise estava abraçada com Xaveco, como sempre, e eu logo perguntei.

—Sua mãe não proibiu de você ver ele? –Perguntei.

—Falou. Mas quem disse que eu ia cumprir? –Denise disse sorrindo, mostrando todos os dentes brancos e perfeitamente alinhados de sua boca.