As Gêmeas Black. escrita por Lu Jackson


Capítulo 1
Gryffindor, Slytherin... That's why I hate to choose


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo esperamos que gostem, amados :)
Beijos.

By Marina



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/692119/chapter/1

 

Capítulo I

Marina Black.

Olhei para o lado e vi meu pai indo para um canto conversar com Regulus. O assunto provavelmente era Voldemort.

Eu não concordava com Voldemort. Mas seguir eles da sala de estar até a sala de jantar era suspeito.

— Marina! - Chamou Luiza da escada.

— Ansiosa para Hogwarts, Luiza Black - questionei, já sabendo a resposta.

— Claro que sim, Marina Black - respondeu. - Pelo o que o Six disse, Hogwarts é maravilhosa - sussurrou.

Concordei com a cabeça. Sirius Black havia sido assunto proibido na Mui Nobre e Antiga Casa dos Black, desde que ele fugiu. Segundo minha mãe, "não iríamos gastar nossas vozes com traidores de sangue".

Meu nome é Marina Walburga Black. Meu nome do meio é horrível, mas ignoremos. Sou filha de Órion e Walburga Black. Tenho uma irmã gêmea, Luiza Black. Tenho dois irmãos também, Sirius e Regulus Black.

Sirius é o mais velho. Dois anos atrás ele foi cortado da árvore genealógica dos Black, e agora está no sétimo ano em Hogwarts, na Gryffindor.

Regulus é o do meio. Sempre tentando agradar minha mãe e meu pai, e sempre levando foras. Ele está no sexto ano em Hogwarts, na Slytherin.

Lu e eu temos quinze anos. Estudávamos em Beauxbatons, mas fomos obrigadas a sair de lá, por causa da grande quantidade de membros da Ordem da Fênix. Ridículo, eu sei.

A única diferença física entre eu e Lu é o cabelo. O meu é preto, o dela loiro. Tem gente que quando me conhece e depois Luiza vai falar com a pessoa, acha que eu pintei o cabelo! E vice-versa.

Eu não vou dizer isso para a minha família, claro, mas Voldemort é idiota. Quem quiser ser sangue-puro, que seja, mas respeite os que não são! E ele nem é sangue-puro! Fiz uma pesquisa e descobri que o sobrenome Riddle é trouxa. Ou seja, Tom Riddle é mestiço. Que moral ele tem para começar essa guerra?

— Vou ouvir a conversa de papai e Regulus - sussurrei para Lu.

Ela assentiu com a cabeça.

— Você não pode ofender o Lord de jeito nenhum - informou meu pai a Regulus.  - Vai se casar com Maureen Selwyn quando tiver dezenove anos. Decidimos. Informe isso a ele. Iremos anunciar para a família no jantar de Natal.

Merda! Teria que ir para casa no Natal! Da última vez que fui para a casa no Natal, anunciaram o noivado de Narcisa Black e Lucius Malfoy.

Narcisa Black é filha do tio Cygnus e da tia Druella. Narcisa não mediu os próprios atos e fugiu para o jardim. Ouvi os gritos do meu quarto, pois jogaram a maldição Cruciatos nela, um dos castigos da família Black. E esse foi o ano em que Sirius fugiu. Exatamente naquele dia.

Ouvi passos e fui andando até Lu. Minha mãe apareceu.

— Vamos até a estação agora - anunciou.

Meu pai e Regulus chegaram na sala.

E saímos. Aparatamos em um beco vazio perto de King's Cross e andamos até a estação.

Normalmente aparataríamos sem nos preocupar com os trouxas, pois "os trouxas precisam saber que somos superiores", de acordo com a minha mãe. Mas o ministério suspeitava de nós. Pelo menos alguns funcionários... E, apesar de termos doações boas demais para sermos presos com suspeitas, com provas o ministério não podia negar a acusação justificada.

Passamos na plataforma. Aquilo poderíamos fazer sem nos preocupar com os trouxas, pelo menos.

Quando chegamos na plataforma nove três quartos, fomos falar com os Rockwood.

— Amélia, quanto tempo - cumprimentou minha mãe, com um falso sorriso. Revirei os olhos mentalmente. Minha mãe é a rainha dos sorrisos falsos. - Como está?

— Bem, obrigada, Walburga - respondeu a sra. Rockwood. - Marina, como está linda! Eu te apresentaria ao meu filho, seu futuro noivo, mas ele entrou no trem. Desculpem-me por isso.

Eu não disse que minha mãe é a rainha dos sorrisos falsos? Então, eu sou a rainha dos sorrisos amarelos.

Havia isto, ainda. Augustus Rockwood. Meu noivo. Na família Black, temos o costume de casamentos arranjados, para manter a pureza de sangue. Tudo babaquice. Quero dizer, minha família é babaca.

— Com licença, sra. Rockwood, vou embarcar no trem com a minha irmã - me despedi. - Tchau!

E fui até lá. Eu e Luiza entramos no trem com bastante elegância, até que...

— A gente vai para Hogwarts! - Berrei, quando encontrei uma cabine.

— Não, só vamos passar o dia inteiro nesse trem para nada - Lu falou com ironia.

— Não precisava ser grossa - reclamei.

— Olha quem fala - rebateu, em tom de brincadeira. -  você tem a sensibilidade de uma colher de chá. Vamos jogar falsiane?

— Total - respondi. - E que mudança de humor!

"Falsiane" foi um jogo que nós inventamos para passar o tempo nas festas dos Black. O jogo funciona assim: você vê alguém, e fala para sua amiga um monte de mentiras sobre aquela pessoa, como se estivesse falando com ela. Por exemplo: "Ah, que cabelo lindo, amei esse penteado! Ótima escolha, cocô de coruja! Não faço no meu cabelo pois não seria tão bonito quanto no seu". Enquanto, obviamente, o cabelo da pessoa está horrível.

Mas era um jogo de apenas nós duas. Nós duas e ninguém mais.

Enquanto estávamos sozinhas, jogávamos a versão "Treta". Falávamos uns comentários maldosos uma para outra, brincando. E nos acabávamos de rir.

— Esse seria bom para Violet Rockwood - comentei.

— Óbvio - respondeu Luiza. - Lembra da vez que ela dançou na mesa?

— Isso vai continuar poluindo minha memória até eu morrer - fiz uma careta e ela riu.

A moça dos doces chegou, e, como amamos doces, compramos muitos. Depois dormirmos um pouco, até alguém chegar em nossa cabine.

— Já vamos chegar em Hogwarts, vão se trocar - disse docemente uma menina ruiva, com olhos verdes. - Sou a monitora-chefe da Grifinória, meu nome é Lily Evans, prazer.

— Prazer - cumprimentei.

Se ela era do sétimo ano da Grifinória, ela deveria conhecer meu irmão, certo? Ia perguntar, mas ela saiu antes.

— Bem, meninas, vejo vocês depois - se despediu a ruiva.

— Tchau, Lily - disse Luiza.

Fechamos as cortinas e trancamos as portas, para mudarmos de roupa. Quando terminamos, o trem já havia parado.

— Corre, Marina! - Gritou Luiza.

— Tô indo, Luiza! - Rebati.

Chegamos em Hogwarts bem na hora. Éramos as últimas. Então um cara gigante se apresentou, e parecia ser legal. Depois entramos em um barquinho e atravessamos o "Lago Negro", que identifiquei pelas descrições de Sirius.

Hogwarts é linda! É um castelo medieval bem grande com várias torres. Beuxbatons é bem mais sem graça.

Quando acabamos de atravessar o lago com dois meninos no mesmo barco que a gente (um ficou apavorado falando sobre uma lula gigante e eu tive que acalmar ele), uma mulher coroa - devia ser da mesma idade que a minha mãe - com cabelos castanhos, vestes verde-esmeralda e bem alta nos recebeu.

Disse que seu nome era Minerva McGonnagal, e a reconheci como tia Minnie, a diretora da Grifinória. Ela que dava os biscoitos da detenção.

Explicou sobre as casas de Hogwarts e nos levou para uma sala, onde iríamos aguardar para sermos selecionadas. Eu e Lu entraríamos depois.

Houve uma não tão grande seleção, mas, para mim, demorou muito. Então o nome de Luiza foi chamado.

— Agora as alunas transferidas de Beuxbatons - falou a professora McGonnagal. - Black, Luiza!

Depois de um tempo na cabeça de Lu, um chapéu gritou:

— SONSERINA!

— Black, Marina!

Fui, tremendo de nervoso.

"Hmm... Você tem uma mente interessante. Se daria bem na Sonserina, melhor ainda na Corvinal. Mas acho que a Grifinória seja a melhor casa..." ouvi uma voz na minha cabeça.

Logo, percebi que o chapéu falava na sua cabeça e lia seus pensamentos. Será que eu tinha como falar com ele também?

"Se eu ficar na Grifinória eu vou me ferrar", pensei.

"Ah, os Black... Que coisa horrível! Um castigo desses?", o chapéu falou comigo, lendo meus pensamentos sobre um dos castigos da família Black.

"Somos os Black", pensei, como isso explicasse tudo. E explicava.

"Então você vai para a Sonserina?", perguntou o chapéu.

"Sim", respondi.

"Tem certeza? Você se parece com seu irmão. Se daria muito melhor na Grifinória. Não tem nenhuma vontade de fazer sua família ficar furiosa?"

"Você venceu. Vai Grifinória mesmo. Quero ver a cara de Walburga Black quando souber dessa notícia"

— GRIFINÓRIA! - Berrou o chapéu.

Me levantei, coloquei o chapéu, que era velho e surrado, em cima do banquinho de três pernas onde estava sentada e andei graciosamente até a mesa da Grifinória.

Só gostaria de que as pessoas ali fossem legais. Afinal, aquela seria minha nova família, como a professora McGonnagal havia dito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram o capitulo, digam pra gente o que acharam.... não sejam tímidos *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Gêmeas Black." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.