How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 18
How NOT to die drowning: skateboarding


Notas iniciais do capítulo

Como não morrer afogada: ande de patins



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Bufei, colocando um travesseiro no rosto.
Eu precisava me distrair, e nada do que eu tentasse fazer me distraia de todos os meus problemas.
Todos estavam na piscina, aproveitando a tarde ensolarada lá fora. Eu não sabia nadar, então estava com um short e a parte de cima do biquíni, me refrescando no ar condicionado.
— Não prefere ir pra piscina com a gente?
Levantei a cabeça, e vi Andrew parado na porta.
Espera, Andrew sem camisa, parado na porta. Ele descobriu meu ponto fraco.
Sorri. Ele não precisava saber do motivo do meu sorriso.
— Não sei nadar, lembra?
— Não precisa nadar. Você não deve ser tão baixinha, a piscina dá pé pra você. - ele sorriu.
— Você não aceita não como resposta, não é?
— Negativo. - ele entrou no quarto, e me puxou pela mão. Suspirei, e me levantei. Andrew sorriu, vitorioso, enquanto me arrastava pra fora do quarto.
Fomos lá pra fora, e o sol me cegou por alguns segundos. Quando de recobrei a visão, vi a piscina cheia de gente.
Ai meu Deus, o ar condicionado não tinha um corpinho lindo como o desses caras, Jesus amado.
— Ei! - Wanda se aproximou de nós. - Achei que não ia vir!
— Não ia. - dei um sorriso pequeno. - Vem Wan! - Hlenah gritou, sentada nas costas de Eron.
— Minha deixa. - ela saiu andando - Faz ela entrar na água! - Gritou pra Andrew, de longe.
— Então? Vamos? - Sorriu.
— Acho melhor eu ficar aqui...
— Quer que eu te impurre?
— Não mesmo. - sorri. Tirei meu short, e o coloquei numa cadeira ao meu lado.
Até que vi Jason, que acenou pra mim.
Acenei de volta, e baixei o olhar com um sorrisinho.
Me sentei na beirada da piscina, enquanto Andrew pulou, e espirrou água em mim. Revirei os olhos, limpando meu rosto.
— Qual o problema? - Ele perguntou sorrindo, e debruçou ao meu lado.
— Você jogou ág... - demorou 5 segundos pra ele me dar um banho de água usando um braço.
— Entra. - ele falou, se afastando. Revirei os olhos, e entrei na água pela escada. - Não foi tão ruim, foi?
O ignorei, e olhei pra água.
Ela me trazia lembranças ruins.
"Ele me puxou até a extremidade do barco. Tirou a lona de cima de um bote salva vidas, e me colocou dentro. Achei que iria me acompanhar, mas não fez. Começou a descer o barco até a água.
—PAI! – Eu berrei, desesperada para que ele entrasse comigo..."
— Emily? - ele me tirou dos meus desvandeios.
Voltei para a escada, e me sentei fora da água, abraçando meu corpo.
— Ei, Emmy...
— Piscinas me lembram dos meus pais. - Falei, olhando todos se divertirem na água.
Hlenah, Eron, Wanda e Kiro brincavam de briga de galo, enquanto Georgia e Dakota ficavam jogando charminho pros outros garotos, e no caso de Dakota, Jason era um deles. Anne e Lyly - que suava um maiô rosa, junto com bóias de braços, pés de pato, e um Snorkel na cabeça -, pareciam se dar bem, mesmo Alyssa sendo mais infantil que Anne, as duas eram meio doidinhas.
— Eu esqueci, desculpa. - ele lamentou.
Neguei com a cabeça.
— Tudo bem.
— Então... Prefere fazer o que?
— Pode continuar aqui, Andrew. Não precisa sair por minha causa.
Ele revirou os olhos, e saiu da água, com a bermuda pingando.
— Levanta Rhondes. - ele estendeu a mão. Segurei, e me coloquei de pé.
— Tudo bem, então. Anda de patins? - ele sorriu.
(...)
Eu o guiei até um porão que achei mais cedo, quando estava explorando a casa. Descemos as escadas de madeira que levavam até lá em baixo, e ficamos de ante de um armário bem grande.
— O que é isso? - Perguntou.
— Um armário - respondi, indo até a porta dele.
Tinham várias tralhas empileiradas nos compartimentos divididos do móvel. E num deles, tinham alguns patins pretos enfileirados. Sorri, e peguei um pequeno, e ele um grande. Sorrimos, e voltamos lá pra cima.
Atrás da casa, tinha uma grande quadra de basquete/futebol de cimento. Seria um bom lugar pra patinar.
— Sabe andar mesmo nisso? - Perguntou, duvidando.
— Sei. Eu acho. - ele sorriu. Nos calçamos sentados no chão, e ele me puxou pelo braço, me ajudando a levantar.
Eu adorava andar de patins. Pra mim, era como voar. Comecei a dar voltas na quadra, seguida por Andrew. Ele segurou minha mão, e fomos patinando juntos. As vezes nos olhávamos e começávamos a rir.
Foi um momento incrível. Até que não consegui parar, e trombei nele, nos derrubando cada un para um lado.
Me sentei, dolorida, e vi que ele fazia o mesmo. Nos olhamos por alguns segundos, até Andrew ter um ataque de riso contagiante, que me levou junto. Cheguei a ficar com dor no abdômen de tanto rir.
— Okay, agora deu. - Ele parou. Mas demorou só uns 3 segundos para eu perder o controle das risadas.
Acabamos levantando e continuamos patinando por algumas horas.
(...)
— Ah, os sumidos apareceram! - Eron disse.
— Estávamos começando a pensar o pior. - Kiro deu um sorriso malicioso.
— Vou bater em você. - Retruquei irritada.
Todos estavam sentados na escada, aproveitando os últimos raios de sol na piscina, conversando.
— Então. Estão falando sobre o que? - Andrew perguntou, se sentando ao lado de Wanda, com os pés na água.
— Ele estão falando sobre mim - Hlenah começou - ,e dizendo sobre minha amizade com a Wa...
— Sobre Hlenah ser lésbica. - Aly resumiu.
— Ah, sim. - confirmei com a cabeça.
— Eu não sou lésbica, gente.
— Não precisa desanimar, Wan. - Jason falou.
Todos olharam pra ele.
— Você sabe? - perguntaram juntos.
— A Emily boca grande me contou.
— Não me admira. - Georgia falou.
— Ah, qual é. - Cruzei os braços. - Já conversou com as criadas?
— Elas falam menos que você. - provocou.
— Olha só, se meu pai perguntar elas não se espancaram sob o meu governo. - Jason rendeu as mãos.
— Aquele dia foi irado demais. - Kiro sorriu.
— O que aconteceu exatamente? - Anne perguntou.
Encarei Georgia e Dakota. As duas tinham uma expressão que gritava "Se você falar o que eu disse, eu te mato"
— Só fiquei com vontade de colocar o nariz dela no lugar.
— Nossaaaa. - Aly cutucou o ombro da irmã, dando corda. - Eu não deixava.
Georgia ameaçou levantar, e eu fiz o mesmo.
— Aposto 100 pratas na Emily. - Kiro me fez sorrir.
— Ei, ninguém vai bater em ninguém. Senta aí, Georgia, e Kiro guarda o dinheiro. - Jason interrompeu.
— Ah, priminho. - Aly apoiou a cabeça na mão. - Queria ver minha irmazinha do coração apanhar.
— Sossega, Aly. - Jason pediu.
— Ei, o que acham de fazermos uma festa? - Lyly falou, derrepente. Olhamos pra ela.
— É, é uma boa. - Pedro falou. Ele é tão quieto que sempre esqueço dele.
— A fantasia. - Falei.
— Onde vamos arrumar fantasias? - Retrucou Dakota.
— No porão.
— Porão?
— Tem um porão com um armário cheio de coisas. Deve ter fantasias lá.
Depois de discutir sobre isso por mais um tempo, todos resolveram que a festa seria amanhã a noite.

Agora, eu estava sentada na cama, vendo as outras dormirem. Eu simplesmente não conseguia pegar no sono, era como se eu tivesse que ficar alerta, caso algo acontecesse. Era uma sensação estranha, de ansiedade misturada com um frio na barriga terrível. Isso não me deixava dormir. Sempre que fechava os olhos, imaginava uma delas com uma arma na minha cabeça. Não sentia isso frequentemente, então só aí entendi que eu estava com medo.
Eu odiava ficar com medo.
Evitava sempre que podia. De qualquer jeito. As vezes superava me jogando direto no círculo do medo, ou tomava um grande comprimido pra dormir.
Não tinha remédios pra dormir, nem tinha como me atirar em cima delas.
Piscina. Superar isso ajudaria a diminuir minhas preocupações. Eu faria isso pela manhã, mas nesse momento, resolvi descer pra tomar um ar. Não dormiria mesmo.
Me sentei na beirada da picina, e fiquei observando sua água iluminada com uma luz verde forte. Era bonito.
Não sei quando tempo fiquei lá, mas sei que era melhor que o quarto e os ataques de sonâmbula de Hlenah.
— Posso fazer companhia? - Me virei rapidamente em sua direção, com o susto. - Desculpa, não queria assustar.
Jason.
— Tudo bem. - Respirei fundo. Jason se sentou do meu lado, ainda me olhando.
— Se quiser conversar... - ele parou de falar, como sempre. Ele sempre começa a falar coisas fofas e cheias de emoção, mas se corta.
— Eu sei. - Respirei novamente. Resolvi ignorar isso. - Eu estou com medo - Falei de uma vez.
— É normal. Tem um grupo terrorista atrás de você. Mas eu... Eu.. Vou fazer o possível para que você fique, e se sinta segura, meu Anjo. - ele acariciou minha bochecha. Seu toque fez todo meu corpo arrepiar. Direcionei meu olhar para a imensidão azul presa em sua íris, e comecei a me aproximar, até que nossos lábios se tocaram.
Não era nada quente e desesperado como sempre. Era simples, e significava algo pra mim. Era como se eu fosse cair se ele me largasse, naquele momento.
Por algum motivo, Andrew invadiu meus pensamentos.
Seu cheiro. E o som da risada de Jason. A textura do cabelo de Andrew. O sarcasmo engraçado de Jason. Quando Andrew me beijou, no quarto. O momento em que Jason se atirou em meus braços, pela primeira vez.
Separei nossos lábios, e abri os olhos, fazendo nossos cílios se tocarem.
Sorri de orelha a orelha, e ele acabou fazendo o mesmo.
Comecei me sentir segura, ali, com Jason Londres, o improvável pra mim.
Deitei a cabeça em seu ombro, e ele passou o braço pelo meus.


Novamente, perdi a noção de tempo.
Até que ouvimos um barulho de moita.
— O que foi isso? - Levantei num pulo, e ele fez o mesmo. Jason passou o braço em volta da minha cintura, caso precisasse me protejer.
— Entra em casa, e eu vou olhar.
— Não vou te deixar ir sozinho.
— Não deve ser nada. - ele piscou pra mim, se afastando.
Mordi o lábio, e subi as escadas em direção a varanda. O vi desaparecer ao virar a esquina da casa.
Eu simplesmente não consegui entrar na casa. Fiquei ali, perto da porta, por um tempo. Até que ouvi o mesmo barulho de moita.
Droga, não podia deixar meu medo matar Jason.
Se acalme... Calma Rhondes...
Disse a mim mesma, enquanto descia os degraus.
Devia chamar os guardas?
Os guardas mas próximos estavam no andar de cima, e as outras dezenas no outro lado da cerca, que ficava longe.
— Jas? - falei baixo, voltando ao mesmo lugar que estávamos antes, perto da picina. Espera, perto da picina não era o melhor lugar para eu est...
Senti mãos baterem forte contra minhas costas, me empurrando. Gritei o mais alto que consegui, e minha cabeça bateu na beirada da picina, e caí com força na água.
Tentei me manter em pé, mas escorreguei, erguendo os braços pra fora da água. Gritei novamente, mas eu só perdi ar liberado em grandes bolhas.
Abri os olhos, apavorada por sentir todo o ar sair completamente de meu corpo, e só aí vi a água a minha volta ficando levemente vermelha.
Foi o necessário para eu começar a engasgar com a água, que entrava com pressa em meus pulmões.


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