Reneesme Cullen escrita por Line Lustosa


Capítulo 16
Capítulo 14 - Um demônio do passado / Voltando pra casa


Notas iniciais do capítulo

Venho com um capítulo lindo para vocês ;)



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Reneesme narrando:

Depois daquela ligação do Jack, não consegui voltar a dormir, então resolvi andar um pouco pela praia. Me levanto e troco de roupa, vou até a cozinha e como alguma coisa e então saio. 

A noite estava bastante agradável, caminhei admirando aquele mar azul que parecia que só o México tinha, a praia tinha um pequeno número de turistas o que fez tudo ficar mais agradável. Chego num determinado ponto e me sento na areia em meio aos meus pensamentos.

Comecei a pensar em tudo,nos meus pais e nos garotos, e principalmente na ligação do Jack, aquilo mexeu comigo de um jeito que nem eu mesma entendo, eu senti que era como se eu tivesse que entrar num avião para voltar agora, confuso eu sei. E os meus pais, confesso que tenho uma certa vergonha de me aproximar deles de novo, sei que o que eu fiz foi para proteger eles mais sei que deixar seus pais aflitos durante oito anos é horrível, confesso que tenho medo deles nunca me perdoarem.

Perdida nos meus pensamentos, senti alguém atrás de mim.

— Finalmente te achei pequena. 

Assim que ouvi aquela voz me arrepiei toda, reconheceria ela em qualquer lugar e aquele cheiro também. Me levanto e devagar me viro para ele, a pessoa na qual eu me escondi durante todo esse tempo, Samuel.

— Como você me achou ? - Perguntei em choque.

— Foi por pura coincidência, ou melhor, acho que foi o destino mesmo que quis que eu achasse você. - Disse me olhando de cima a baixo - Você cresceu, a última vez que ti vi você tinha a aparência de uma menina de 14 anos.

— O que você quer Samuel ? Se tentar algo contra mim eu juro que te mato. - Falo na defensiva.

— Você sabe o que eu quero Reneesme, não seja tola, suas irmãs tentaram adiar mais sempre souberam que uma hora eu te acharia. Depois de tantos anos te caçando, quando eu desisto, acho você aqui, sentada e sozinha na praia, em outra época suas irmãs nunca teriam você deixada sozinha. - Disse rindo.

 – Você nunca vai conseguir o que quer, eu tenho nojo de você ! - Suspiro- Nunca vou me juntar a você.

— Nojo passa com o tempo minha querida. - Disse passando a mão no meu rosto - Juntos seremos invencíveis, a hibrida e o herege.

— Não encoste em mim. - Disse afastando sua mão de mim - Eu cresci Samuel, sei me defender de você e sei muito bem como lidar com as suas magias. 

— É o que veremos. - Riu - Não se preocupe não ti levarei agora, mas, agora que eu achei você, não vai se livrar de mim tão facilmente.

Ele dizendo isso, aproveitando que a praia estava praticamente vazia, saiu na sua velocidade vampiresca. Quando ele se foi, voltei correndo para a casa, quando cheguei comecei a arrumar minhas malas rapidamente, quando terminei fui tomar meu banho, quando sai dele tentei ligar para uma das meninas, só Ana me atendeu.

— Olá madame, como tem sido essas mini - férias ? - Perguntou rindo.

— Ana eu estou voltando hoje para o Alasca. - Disse me arrumando.

— Reneesme aconteceu alguma coisa ? Reconheço esse tom de voz. - Disse preocupada.

— Ana, o Samuel me encontrou, ele estava aqui no México e me encontrou na praia. - Digo desesperada.

— Como assim ele te encontrou ? Não tínhamos pistas dele a anos. 

— Eu também não sei, ele disse que foi pura coincidência, mais qualquer coisa que ele diz sei que não posso confiar. - Suspiro - Eu só quero sair daqui, não estou me sentindo mais segura Ana.

— Você está certa, aqui podemos te proteger e monitorar cada passo que ele der a partir de hoje. Só não vou conseguir te buscar no aeroporto, eu estou de plantão e Laura ainda vai voltar de viagem, capaz de você chegar primeiro do que ela. Não quero te deixar sozinha agora. - Disse preocupada.

— Eu posso ir pra casa dos Cullens. - Digo meio insegura.

— Tem certeza ?

— Acho que sim, eles são minha família não são ? Fico lá até vocês chegarem, depois a gente vê o que vamos fazer.

— Está bem, mandarei mensagem para um deles avisando. - Suspira - E Reneesme, tome cuidado por favor.

— Pode deixar.

 Desligo a ligação e confiro se está tudo arrumado, peço um táxi e deixo um dinheiro no balcão para os caseiros, um pequeno agrado que eles mereciam. Não demora muito e já estava embarcando no avião de volta para casa, quando me sentei na poltrona foi como se eu pudesse respirar tranquila.

No caminho de volta, comecei a pensar em Samuel. Conheci esse homem um ano depois de estar morando com as meninas, eles tinham seus próprios negócios, mais assim que ele me viu ficou fascinado por mim, e eu de um certo modo por ele. Samuel era um herege, um vampiro que conseguia fazer algumas bruxarias, e essa especie podia ser considerada extinta praticamente e por causa disso, por eu ser digamos especial também, Samuel queria me usar para criar uma nova espécie, e quando as meninas se deram conta disso, cortaram relações com ele na hora.

Depois disso a situação só foi piorando, ele realmente havia ficado obsessivo por mim, tentava de tudo para conseguir que eu ficasse do lado dele, tentou usar até mesmo magia mais nunca funcionou. Passamos cerca de dois anos fugindo dele, sempre quando achávamos que estávamos livre dele, ele achava a gente. Quando nos mudamos para o Alasca, parecia que essa história havia morrido porque nunca mais havíamos ouvido falar dele, e aquilo me tranquilizou até agora. 

Depois de algumas horas, havia finalmente chegado ao Alasca, quando desembarquei tentei procurar na saída algum rosto familiar, quando avistei os três, meu pai, minha mãe e o Jack. Ver eles me trouxe uma onda de paz e segurança e acabei sorrindo espontaneamente. 

Fui até eles e abracei a minha mãe que foi pega de surpresa quando fiz isso.

— Estou feliz que vocês vieram. - Disse ainda abraçando ela.

— Ana disse que você pediu que viéssemos. - Disse ela sorrindo e saindo do abraço. 

— O que houve Reneesme ? - Perguntou o meu pai preocupado - Ana ligou preocupada com você pedindo, quer dizer implorando praticamente para que viéssemos buscar você.

— Ela fez isso mesmo ? - Disse rindo.

 – Fez, e foi engraçado até. - Disse o Jack sorrindo.

— Bom, eu explico quando chegarmos em casa. 

— Casa ? - Perguntou a minha mãe.

 – Acho que lá pode ser minha casa agora também não é ? - Sorrio sem graça.

— Claro meu amor. - Disse minha mãe sorrindo e me dando um beijo na testa.

— Deixa que eu e o Jacob levamos as suas malas. - Disse meu pai sorrindo feito um bobo pra mim.

Logo chegamos no carro, meu pai e o Jack foram guardar minhas malas no porta - mala  e eu e minha mãe entramos. O caminho foi feito em silêncio, estava tentando segurar meus pensamentos para o meu pai não ler, e também queria ficar um pouco quieta, o bom dos meus pais é que eles percebem isso facilmente e não ficam enchendo.

Depois de uma hora, chegamos na casa dos Cullens, que agora podia ser minha mãe também, confesso que estava feliz com isso. Mais lembro da primeira vez que estive aqui, não foi um momento muito agradável. Enquanto eles tiravam minhas coisas do carro, fiquei encarando a casa por alguns segundos.

— Não fique assim, todos já esqueceram aquele dia. - Disse meu pai parando do meu lado.

— Eu disse coisas horríveis pra vocês aquele dia. - Suspiro - Como vocês me perdoam com tanta facilidade ? 

— Quando tiver filhos, o que eu espero que demore bastante, vai entender. Nós te amamos muito querida, e já passamos tempo demais longe um do outro para ficarmos remoendo magoas. - Sorriu.

— Eu esqueci como você me acalmava fácil. - Rio - Senti sua falta pai.

— Eu também. - Disse dando um beijo na minha testa.

Tomei coragem e entrei com os três, subimos até a sala e quando cheguei lá, vi toda a família Cullen e todos olhavam meio ansiosos para mim.

— Olá. - Falo meio sem jeito.

— Reneesme vai ficar um pouco com a gente, até Ana e Laura chegarem. - Disse minha mãe sorrindo e me abraçando de lado.

— Seja bem vinda querida. - Disse a minha vó Esme me abraçando.

Logo todos vieram falar comigo, ainda meio sem jeito como eu, mais tudo ficou bem, estava em família e só agora percebi como eu realmente senti falta deles.

— Ness, você disse que ia nos contar porque você quis vim pra cá as pressas. - Disse o Jack sentado do meu lado no sofá.

— É verdade, eu só não sei por onde começar. - Suspiro.

— Comece pelo começo querida, sempre dá certo - Disse meu vô Carlisle.

Fico pelo menos um minuto em silêncio até conseguir falar.

— Quando deu um ano depois de ter ido embora e ido morar com as meninas, eu conheci um amigo delas na época,bom acho que era amigo. - Rio fraco - O nome dele era Samuel, e... Ele era um herege.

— Herege ? - Perguntou minha tia Rose confusa.

— Herege é um vampiro que é meio que um bruxo ao mesmo tempo, e Samuel era um deles.

— Achei que não existissem mais deles. - Disse meu avô.

— Existem, mais são bem poucos. Enfim, eles tinham alguns negócios juntos também,nunca soube o que era, só sei que quando eu o conheci ele ficou fascinado por mim e pelo o que eu era, e de certo modo eu também fiquei por ele, eu nunca tinha visto alguém como ele. - Suspiro - Depois de seis meses disso, ele veio com uma proposta com as meninas.

— Que proposta era essa ? - Perguntou a minha mãe.

— Ele queria usar ela para criar uma nova especie - Disse meu pai lendo meus pensamentos - Desculpe querida mais é um tormento ver esses pensamentos. 

— Tudo bem. - Sorrio fraco.

— Ele propôs para as duas que quando Reneesme ficasse maior, queria que ela ficasse do seu lado para criar uma nova especie de vampiros, que os dois juntos seriam poderosos. - Disse meu pai olhando para tudo mundo.

— Resumindo eu seria um meio de reprodução pra ele, e aquilo me enojou e me enoja até hoje, as meninas não aceitaram mais foi ai que o tormento começou. - Respiro fundo e volto a falar, pensando nessa parte difícil que tivemos - Ele tentou de tudo para conseguir o que queria, tentou manipular a nos, tentou matar uma delas e tentou até usar hipnotismo em mim uma vez, fora algumas magias que ele sabe. Passamos dois anos tentando nos esconder dele mais ele sempre nos achava, até que quando viemos para cá não tivemos mais notícias dele e achamos que ou ele tinha morrido ou tinha desistido.

Todos ficaram em silêncio pelo menos durante um minuto, tentando assimilar a informação de que um cara me queria como uma cadela para ter sua matilha de aberrações.

— Ele voltou ? - Perguntou o Jack preocupado.

— Ele me achou no México - Digo olhando para ele - Depois que você me ligou, fui dar uma volta na praia e ele me encontrou lá. Não queria mais senti medo quando vi ele, Samuel pode ser o Diabo na terra se quiser.

— Ele não vai encostar em você filha. - Disse a minha mãe me abraçando como se pudesse me guardar ali e me soltando logo em seguida.

— Sua mãe tem razão. - Disse o meu pai se agachando na minha frente - Somos sua família e vamos proteger você, passamos muito tempo longe e não vai ser um lunático que vai tirar você da gente.

Sorrio para os meus e em pensamento agradeço aos dois, sei que meu pai falaria isso para a minha mãe depois. 

— Eu só quero dormir um pouco, estou muito cansada. Tem algum quarto que eu posso ficar ? - Pergunto olhando para eles. 

— Alice decorou um quarto especialmente para você. - Disse meu pai rindo.

— Vem Nessie, vou mostrar para você, sei que vai adorar. - Disse minha tia me puxando e chamando o Jack para levar as malas.

Subimos até o andar dos quartos e logo chegamos aonde eu iria ficar, quando entrei, reconheci o quarto era o mesmo daquela dia da boate.

— Bem que eu desconfiei que esse quarto era muito a minha cara. - Rio.

— Fico feliz que gostou, agora vou deixar você descansar.

Minha tia saiu me deixando sozinha e começo a observar melhor o quarto, vejo algumas fotos na escrivaninha e reconheço todas elas, sorrio olhando uma por uma. Quando me viro e vejo o Jack na porta.

— Aqui estão as suas malas madame. - Disse sorrindo.

 – Obrigada Jack - Sorrio - E enquanto a ligação, eu fiquei feliz de você ter ligado.

— Serio ? Sua amiga jurava que você ia querer matar ela depois disso. - Riu.

— Talvez eu faço isso. - Sorrio e sento na minha cama - Eu sou um imã de problemas ambulante.

— Sua mãe também era assim quando era humana, sempre chamando o perigo. - Disse rindo e se sentando do meu lado.

Ficamos um tempo em silêncio, quando Jack pegou na minha mão e comecei a sentir aquela sensação boa que senti no mesmo dia no lago.

— Por que toda vez que estamos sozinhos eu sinto essa sensação ? - Pergunto olhando para ele.

— Que sensação ? - Perguntou confuso.

— Essa sensação boa, de paz eu não sei, é como se eu estivesse no meu lugar no mundo. - Falo confusa - Consegue me explicar ?

— Um dia eu acho. - Disse colocando uma mecha do meu cabelo na minha orelha e deixando sua mão na minha bochecha - Se ti avaliar saber disso, eu também sinto isso.

— Na ligação você me disse que não se arrepende do beijo, por quê ? 

— Aquilo foi uma das poucas coisas que eu não me arrependi na vida, eu só senti que tinha que fazer aquilo. - Disse me olhando.

— Eu acho que também senti isso. - Disse sorrindo - Fica aqui comigo ? Só até eu dormir.

— Fico até você acordar se quiser. - Riu.

Sorrio e me arrumo para deitar, quando deito Jack deita do meu lado e como estava uma noite fria deite no seu peito para me esquentar, me lembro como era quente o seu corpo, ele começa a fazer carinho na minha cabeça e sinto como se não tivesse lugar melhor no mundo do que estar lá com ele.

Quando eu estava com o Jack sentia que era como se não faltasse mais nada, parecia que ele me completava, ele me dava uma sensação de paz e felicidade ao mesmo tempo e acho que sentia que fazia o mesmo com ele. Era como se ele fosse meu mundo e isso me deixava cada vez mais confuso. 

E então eu aos poucos fui caindo no sono, tendo aquela sensação boa que só Jacob Black me proporcionava. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, recomendo ler a parte do Jack e da Nessie escutando a música Sorry da Halsey, essa música me deu uma certa inspiração para essa parte kkk comentem e me deem a opinião de vocês, um beijo grandee.



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