Baile de Primavera escrita por Belle Lestrat


Capítulo 3
Dia 13: Batalha Sangrenta


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por comentarem! vocês são maravilhosos! obrigada por continuarem comentando e lerem!

boa leitura!



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BELLA P.O.V.

— Ok, se o Edward quer guerra, ele vai ter – respondi pisando duro até chegar em casa – EMMETT! GATINHO!

— Eu não ajudo ninguém que se envolve com Edward – Eu voei. Literalmente me joguei no sofá, protegendo minha cabeça com minha mochila cheia de bottons de Pokémon. Que o Pikachu me proteja contra o grandão – nem adianta se esconder... se quer minha ajuda não deixe o almofadinha do Edward te tocar, entendido?

— E EU TIVE CULPA? – gritei por detrás da bolsa. Emmett poderia ser bem assustador quando queria – quando eu vi já tava lá! Ele está achando que eu vou aceitar se ele fingir ser galã, então meu querido irmão, eu não vou permitir que isso... – Emmett tirou minha mochila e jogou-a longe. Gemi. Eu iria morrer hoje, e ainda faltavam 13 dias para acabar com tudo isso – hey! Eu preciso ir pra escola ainda! Eu tenho um plano contra o Edward! Você...

— Eu nada!

— Emmett! Hoje é sexta! Não terei mais nenhum dia para fazer isso! O fim de semana é morto por que eu não vejo ele! – os olhos dele se estreitaram e eu fiquei pensando em como compra-lo – JÁ SEI! – algo estalou na minha cabeça e eu sorri mostrando o máximo de dentes que eu poderia – eu posso conseguir o carro pra você viajar com a ursinha esse fim de semana – Emmett ergueu a sobrancelha como se tentasse entender o que eu disse. Bingo! Ele estava já no papo – eu posso dizer pro papai e pra mamãe que eu preciso do carro... é meu fim de semana de ficar com o carro e eu posso, generosamente, deixar ficar com você e vocês irem dar uma de coelhos em algum lugar...

— Hey! Quem disse que você pode... é uma ideia interessante – continuei sorrindo, mesmo que meus músculos já estavam mortos nesse momento – mas hoje é só quarta, Bella! Isso não me impede de te impedir de fazer qualquer coisa que eu precise te impedir...

— Você é tão bom com esportes e tão péssimo com palavras – suspirei dramaticamente na tentativa de criar tempo para elaborar o plano – é simples, gatinho, eu vou ligar pro papis e digo que nesse fim de semana eu vou com a Alice para Port Angeles e preciso do carro, e eu vou dormir na casa dos Cullen e quando eu sair, bingo, as chaves são suas! – levantei as mãos no sentido de ter sido uma brilhante ideia. Eu sei, sou muito boa nisso, ergui as sobrancelhas e sorri de novo – eu acho muito justo minha amiga querida ter um tempo com o namorado que vive no campo de futebol...

— Tá bom – suspirou – mas por favor, tome cuidado... – ergui uma sobrancelha tentando entender ele – Edward não é um conquistador, ele é um competidor... se for preciso que ele acabe com você pra te obrigar a ir para o baile... ele vai – se jogou no sofá, me fazendo pular um pouco com o peso dele – você me promete que se você ver que está indo longe demais, você vai parar com essa loucura?

— Claro, eu não vou permitir que ele me vença – eu ergui os ombros – nem que seja preciso mostrar a todos o unicórnio que ele tem no quarto dele! – Emmett riu tão alto que eu não aguentei: precisei acompanhar. Ele me abraçou forte e eu pude sentir que eu estava pronta para vencer essa – eu sei que vamos ganhar...

Eu já havia decido que eu não iria atacá-lo antes do intervalo. Era ridículo impedir ele de ir às aulas ou de pará-lo de ir ao treino. Eu sabia ser esperta quando queria. Edward, de acordo com minha fonte ultramente segura (a secretária do diretor que tem uma cratera enorme por ele), teria aula de Biologia e seria uma aula sobre sangue! E mesmo que eu tenha problema com sangue, ele tinha muito mais! Normalmente ele faltava nessas aulas, para não passar mal. Mas dessa vez fiz questão de comprar a secretária (Nada mais, nada menos que uma foto do quarto do Edward, com ele dormindo) e ela não o avisou sobre o tópico da aula.

Eu estava caminhando o mais rápido que eu podia para filmar essa cena. Não conseguia deixar de sorrir ao imaginar essa cena maravilhosa passando na tv da escola: Astro do Basquete com medo de sangue! Ideia perfeita!

 

 

NARRADOR P.O.V.

Emmett deixou Bella na aula de ginástica e seguiu em busca de Rosalie. Ela estava um tanto chateada já que devido aos treinos, ambos estavam um tanto distantes. Emmett tinha certeza absoluta que ela era a mulher da vida dele. Como não amar alguém tão bonita por dentro e por fora. A encontrou fora da escola, sentada entre as mesas. O dia estava nublado, e felizmente, sem chuva. Aproximou-se da sua ursinha e sentou-se ao seu lado.

— Oi Ursão – Rosalie o abraçou forte, e Emmett não conseguiu resistir e respirar o perfume dos cabelos da namorada. Era muito convidativo e quantas vezes era impossível não se perder ali – pensei que tinha treino de manhã...

— Eu tenho – ela gemeu de tristeza – mas disse ao treinador que eu precisava de um descanso – ela olhou para ele com os olhos brilhando. Ele sabia, precisavam de um tempo juntos – e eu terei o fim de semana de folga! O que acha de irmos viajar?

— Alguém disse sobre viagem? – Rosalie olhou para Alice que se sentava na mesa. A loira e o namorado pensaram se ela não teria aulas agora, e o sorriso da baixinha era tão grande, que tiveram medo do que é que vinha pela frente – seria perfeito para o nosso plano!

— Alice – Rose começou. Emmett amava a namorada quando ela bancava a mandona, era uma áurea sexy que ele não conseguia resistir perto dela – nós vamos sozinhos, você faz o que você quiser! Mas a gente é pessoal!

— Ai, quase doeu aqui ó – apontando para o coração e Emmett ergueu a sobrancelha pensando que tipo de ser era esse – pensem bem, vocês ainda relaxariam, eu teria tempo com o Jasper e conseguiríamos forçar o Edward e a Bella a ficarem mais tempo juntos!

— Por que você cisma que os dois vão ficar juntos? – Emmett perguntou – Eu só vou conseguir viajar pq a Bella estará de vigia pro meu pai...

— Oi, Chefe Swan? – Alice já estava no telefone olhando para suas unhas – eu gostaria de perguntar se Emmett e Bella poderiam viajar comigo! Eu estava pensando nesse fim de semana irmos pra casa de caça da família Cullen! – ela olhou para o céu enquanto Emmett apertou Rosalie contra si, já que a loira parecia disposta de roubar o celular da baixinha – não precisa se preocupar, Chefe Swan!  Tenho certeza que os dois usam preservativo! – Emmett bateu na mesa, fazendo Alice sorrir sem graça e depois acenou pedindo para que ele esperasse um pouco – ah! Perfeito! Eu prometo que ninguém morrerá de tiro!

— E então? Agora que ferrou minha ideia! – disse Emmett revoltado – obrigada por comentar com meu pai sobre minha vida sexual, sabe o que vai acontecer agora? – Alice olhou para ele sorrindo. Quase quicando – anda logo... fala o que quer falar!

— Seu pai deixou você e a Bellinha irem! – Rosalie olhou para Emmett, que ergueu os ombros, não esperando que o pai aceitasse tão rápido um convite à orgia. Por que é o que parecia – mas vocês não vão...

— O quê? – os dois responderam ao mesmo tempo e Alice sorriu ainda mais. Parecia que o plano deles iria chegar mais rápido do que imaginaram.

 

 

BELLA P.O.V.

Encontrei Edward sentado no chão. Ele tinha a cabeça entre os joelhos e respirava fundo, fundo demais até pra mim. Será que Victoria tirou sangue dele enquanto o convidava para o baile? Eu o vi sair correndo rápido da sala. Alguma coisa saiu errado naquela droga de aula!

— Hey Cullen – falei cinicamente. Eu estava me divertindo com aquele Edward fracote.

— Sai fora, Swan, agora não – disse com a voz entrecortada – agora não...

— Temos detenção daqui a pouco, sabichão, vim buscar o branquelo, já que você parece estar cabulando aula... eu vou falar para o diretor e assim você não vai no baile...

— SAI FORA, SWAN! – ele gritou e eu não me deixei intimidar.

— Eu não sabia que você conseguia gritar! – eu estava tentando irritá-lo ainda mais, porém olhei para baixo e vi que entre suas pernas gotas de sangue ainda caíam – Edward, seu maluco! Você andou se cortando!

— Você não obedece ordens? – foi a primeira vez que ele me olhou e aí eu fiquei assustada: ele estava muito branco. Muito branco mesmo – vaza... – ele voltou a olhar para baixo e eu senti uma pontadinha incomodante no lado esquerdo do peito. Ou provavelmente eu tinha perdido algum batimento cardíaco, ou quem sabe estou tendo um ataque cardíaco.

— Não – puxei-o para que se levantasse e coloquei um de seus braços nos meus ombros – eu não ouço... – começamos a caminhar para a enfermaria. O silêncio era confortador. Os passos eram lentos, parecia que ele ainda estava enjoado.

— Victoria sem querer, quando eu disse que já tinha par para o baile, cortou meu pulso – aquela vaca não sabe fazer um trabalho direito? Não era pra matar o menino! Era só dar uma picadinha saudável – e eu sai da sala o mais rápido possível – puxei seu pulso machucado e não parecia um corte grande, mas como tinha pego provavelmente uma parte da veia, ainda sangrava. Ai eu senti outra pontadinha no lado esquerdo do peito. Maldição.

— Pera aí – eu estava com uma faixa no cabelo, parecendo uma tiara, tirei-a e amarrei em seu braço. Quando você se machuca muito, vale a pena aprender a fazer primeiros socorros – é só uma trégua... não tem graça apostar com alguém quando está passando mal...

— Eu imagino que não – ele ergueu os ombros e eu coloquei seu braço de novo sobre meus ombros – foi você que me colocou naquela sala, não? – eu não aguentei e tive que rir. Levou um tempo para ele descobrir! – Hey!

— A intenção era de você aceitar o convite da Victoria! Ela está extremamente chateada por que você resolveu convidar uma normal da escola e não uma líder de torcida! – minha mao estava em suas costas e eu pude perceber que ele riu um pouco – mas eu não sabia que a secretária do diretor te amava tanto...

— Hã – ele ainda parecia enjoado e não estava entendendo mais nada – o que a Senhorita Jones tem a ver com isso? – eu fazia questão de não olhar para ele, não queria vomitar de vê-lo tão perto – pera aí, ela sempre foi bem legal... sempre me avisa quando tem essas aulas...

— Por que você passa mal com sangue? – eu não resisti. Posso odiar esse idiota, mas não fazia sentido ele quase morrer com sangue.

— Eu sofri um acidente de bike uma vez, e fiquei vendo minha perna cheia de sangue por uma hora até a ajuda chegar... depois disso eu não consigo mais ver sangue, me lembra da sensação... de algo saindo do meu corpo – o senti estremecer e aquela pontadinha voltou. MALDITA PONTADA! VOU MORRER AQUI E NÃO ESTOU SABENDO! – aliás, o que você fez pra ela não ter me dito nada? – eu precisei parar na frente da enfermaria e sorri inocente, enquanto Edward ergueu a sobrancelha prevendo algo. Eu bati na porta e esperamos para que alguém a abrisse.

— Digamos que, agora ela sabe como você dorme... – o rosto de Edward era tão branco antes e agora estava muito vermelho. Os olhos se arregalaram e eu senti ele inconscientemente pressionando a mão machucada – eu se fosse você abriria essa mão, não quer piorar o sangramento – ele parecia fazer de pirraça e eu sorri ainda mais, se eu soubesse que só dizer a ele que eu tinha dado uma foto íntima do mesmo para uma velhaca seria tão perturbador, não teria pedido ajuda a Victoria - Oi Senhorita Carter! Aqui está o paciente! – a jovem enfermeira apareceu e sorriu para Edward – podemos entrar?

— Eu não vou entrar – respondeu ele entredentes – primeiro vou tirar seu couro...

— Ah, Edward, querido! Você está passando muito mal! Está vendo, enfermeira? Ele não está falando nada com nada! – ele pressionou meu ombro e eu quase pensei que eu ia ter uma fratura. A enfermeira resolveu me notar e piscou algumas vezes ao me ver ao lado dele. Eu sei, tá feia a coisa, né? – Sim, Isabella Swan e não, eu não estou machucada e sim, não estou com esse traste por que ele é alguém importante!

— Então é por isso que eu estou aqui? – olhei de volta para ele, que tinha uma fisionomia depressiva – como posso lidar com o fato de você não me querer? O que será de mim depois de você ter me usado? – precisei piscar duas vezes antes de me recuperar desse momento ridículo que eu presenciei. Ele beijou minha testa e pude ouvir a enfermeira suspirar. AH NÃO, UMA ROMANTICA! Estava sentindo meu estômago revirar – você fica tão linda quando eu te surpreendo...

— Então – melhor agir como uma pessoa normal. Ele teve ter batido a cabeça também, já que estava tentando me manter em seu enlaço – o Edward aqui tem aversão a sangue e sem querer ele recebeu um corte no pulso e agora está alucinando? A senhora tem algum tipo de remédio psiquiátrico ou algum mata-leão?

— Ah, como o amor é lindo – eu vou vomitar em cima dessa enfermeira – querido, sente-se aqui – quando ela o afastou de mim, sacudi meu corpo. Eu tentei tirar as impressões do toque dele sobre mim, mas ainda estava formigando – você está só enjoado e provavelmente nauseado com relação ao sangue, mas não se preocupe – disse pegando o remédio e entregando para ele – tome isso agora, e logo você poderá sair daqui para passear com a sua namorada...

— EITA QUE EU NÃO SOU NAMORADA DE VERME! – respondi rápido demais e muito alterada. Edward sorriu diabolicamente pra mim, enquanto ele tomava o remédio. A enfermeira olhou para mim com repreensão e me mantive calada. Quando ela voltou para abrir a porta – você me paga, Cullen...

— Com juros, querida, com muitos juros – grunhi pra ele que sorriu – ui... tá precisando de alguém pra te amansar

— Eu tenho certeza que vou te matar Cullen... e eu só não faço agora, por que eu estou dando uma de Madre Tereza, se não... você já estaria vendo sangue pra todos os lados... – mesmo com um sorriso torto que eu sabia matava umas quinze garotas de uma única vez, percebi que seus olhos vacilaram. Sorri vitoriosa – relaxa, Edward! Não acho justo usar nossas fraquezas um contra o outro... não torna a competição rica!

— Você, como eu, joga baixo – precisei rir e ouvi do outro lado da cortina um “shiu”. Ri mais baixo – mas agradeço por não meter mais sangue no meio, meu ego é amaciado por seu ato de falsa caridade!

— Quando sairmos daqui, essa ceninha ridícula de “cumplicidade”- fiz as aspas com as mãos – irá desaparecer, se prepare Edward, farei você mudar de ideia!

— Aqui estão os pombinhos – vou matar essa vadia de roupa branca. Os olhos dela brilhavam como pisca alerta, acho que vou vomitar. Comecei a procurar por um cesto para o tal ato – o diretor informou que vocês têm detenção, independente se o Senhor Cullen – uma pausa dramática, totalmente desnecessária, vem cá, essa menina tá afim dele? O que é que ele tem que todo mundo quer? – está se sentindo mal ou não... Por isso, meus queridos, avante! E por favor – ajudei Edward se levantar e estávamos quase saindo – Edward, veja o conselheiro depois – ela olhou para o lado, como se sentisse envergonhada do que iria dizer – às vezes, quando estamos decepcionados com o mundo, fazemos coisas que não queremos... converse com ele sobre essa auto-mutilação, está bem?


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Notas finais do capítulo

AHÁ! e esse amor dos dois? hum... hum...

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