Falling escrita por Lohane Pinheiro


Capítulo 2
Capítulo II - I don't even know if I believe


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta folks e com atualização! YAAAAAY!
Como prometido eu agora vou começar a postar com mais frequência, pelo menos tentar pois eu ainda estou escrevendo a fanfic. A atualização vai ficar para todo domingo a partir das 20:00.
O capítulo de hoje está mais extenso mas os próximos vão ser mais curtos para não cansar a leitura e tudo isso ok? então... VAMOS LÁ!



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Ariel abriu os olhos, olhou para os lados e estava presa. Tentou puxar os braços mas os mesmo estavam acorrentados. Ela começava a entrar em desespero, sua visão ficou turva.

— Não – ela começou a tentar se soltar mas não dava certo – aonde eu estou? Aonde eu estou? – ela fechou os olhos e sentiu como se um buraco tivesse sido aberto debaixo de seus pés e ela caia. Em volta dela era tudo em um tom sombrio, como se tivesse labaredas passando por ela. Ariel acordou assustada, olhou para os lados e se viu no quarto de hotel. Passou a mão no rosto que estava suado e sua cabeça latejava – droga – decidiu tomar um ar do lado de fora do quarto. Ao sair viu alguém sentado no capô do Impala, ficou receosa de se aproximar, pois o último encontro que teve com a pessoa não foi muito amigável. Ela se aproximou devagar e parou do lado do Impala – insônia?

— Tem muito tempo que eu não... o que você quer? – Ariel suspirou e se sentou do lado dele – hey

— Cala a boca. Eu tive um pesadelo horrível e preciso de um tempo – os dois ficaram em silêncio. Ariel passou a mão pelos braços quando uma brisa mais fria bateu em seu corpo. Sentiu algo pesado nos seus ombros, olhou para o lado e Dean só vestia a blusa que tinha por baixo da jaqueta – obrigada – ela voltou a ficar em silêncio. Olhou para o braço dele e lá estava, vermelha e assustadora – o que aconteceu para que você ficasse com... – ela apontou para o braço dele – não parece uma queimadura normal

— Não é uma queimadura

— Mas tem aspecto de uma

— Você não iria entender

— Tenta – ele suspirou e ficou em silêncio. Ariel olhou para baixo e começou a brincar com os próprios dedos – ou não... me desculpe

— Como eu disse, você não entenderia – Ariel passou a olhar diretamente para ele – Sam tem razão – disse ele olhando também para ela – o que um vampiro iria querer com você? Você não parece nada ameaçadora

— Talvez ele pensava que eu sabia de alguma coisa ou... eu não sei. Tem como esquecer isso? Ele já está bem morto por sinal – ela fechou a jaqueta no seu corpo – Então... você e seu irmão viajam o país em um carro velho atrás de monstros que as mães contam para dar lição de moral para seus filhos? Tipo, lobisomens, vampiro, bicho papão...

— Você está zoando com a minha cara?

— Ficou tão na cara assim? – Ariel sorriu – não, eu só estou tentando entender o porquê disso. E você deveria ter mais senso de humor. O que mais existe, além de vampiros?

— Demônios, fantasmas, anjos... toda essa porcaria que você possa imaginar. Tentamos acabar com eles mas... nem sempre conseguimos

— Relaxa, vocês não precisam ser super-heróis. O que vocês fizeram por mim já vale muito como heroísmo mas não significa que vocês têm que ser a metade da equipe dos vingadores – Dean ficou olhando para ela, segurando para não rir – eu sou nerd ok? Não comece a rir – Ariel sorriu e olhou para frente, o céu já começava a ficar mais claro – vou tentar descansar um pouco e – ela entregou a jaqueta – obrigada novamente – deixou Dean sozinho do lado de fora e entrou no seu quarto. Claro que não ia dormir, não ia conseguir novamente. Ainda tentava digerir toda aquela informação. Ficou deitada na cama por algum tempo sem fazer nada, ouviu duas batidas na porta, ela se levantou e foi abrir. Sam estava parado nela sorrindo.

— Pronta para ir para casa?

—x-

Sam olhava para o notebook em seu colo, Ariel tinha acabado de se sentar no banco de trás, estava dormindo depois de passar a noite toda acordada, dessa vez sem pesadelos. E Dean vidrado na estrada. Ariel se perguntava se algum dia esse homem já tinha dormido porque pelo olhar cansado que ele tinha era bem difícil que isso tivesse acontecido recentemente. Só pararam para comprar um café e voltaram para a estrada. Chegaram na frente da casa de Ariel, ela se levantou e viu a porta entre aberta. Claro, eles tinham arrombado para conseguir entrar e salvar a vida dela.

— Se vocês não tiverem mais nada para fazer hoje, podem ficar aqui para descansar um pouco. Parecem que nunca tiraram um dia de folga

— Não temos esse luxo

— Por mim, por tudo que vocês fizeram por mim ontem. Como um gesto de gratidão, por favor – ela sorriu – além do mais, do jeito que você está. É capaz de capotar o carro na próxima curva que fizer – Dean bufou e saiu do carro. Ariel, que tinha saído antes dos irmãos, parou na porta da frente, algo ali estava diferente. Olhou para a pequena garagem que tinha e viu um carro estacionado ali – mãe? – olhou para trás e os dois estavam conversando. Entrou em casa e foi andando devagar pelo local. Tinha vaso quebrado e vários papeis espalhados pela sala. Ela não lembrava de ter deixado a sala desse jeito. Entrou na cozinha e viu um rastro de sangue. Seguiu o rastro até paralisar. Sua mãe estava morta, parecia ter sido estraçalhada por, seja lá o que for. Sua respiração ficou ofegante, não conseguiu fazer nada se não gritar.

Os irmãos entraram correndo na casa, já com as armas a postos. Sam parou na porta e parou o irmão que vinha logo atrás quando viu a cena. Ariel estava ajoelhada do lado de um corpo que estava em um estado deplorável. Ariel chorava compulsivamente e tinha a roupa e seu corpo coberto de sangue e o corpo da sua mãe estava em seus braços.

— Vou chamar a ajuda – Dean se afastou. Sam se aproximou de Ariel, ela não notou sua presença até ele colocar a mão em seu ombro

— Ariel...

— O que ela fez? Porque eles mataram ela? Foi um deles não foi? Minha mãe era a pessoa mais... porque ela? – Sam conseguiu afastar ela do corpo, Ariel sem pensar muito o abraçou.

—x-

Vários carros de polícia e uma ambulância estavam paradas na frente de sua casa. Alguns curiosos tinham parado para ver o que acontecia. Ariel estava sentada na escada de frente a porta de entrada, tinha um cobertor nos seus ombros e suas mãos agora estavam limpas mas suas roupas ainda continuavam sujas. Ela ouviu a voz de Dean e Sam atrás dela mas não se virou para olhar para eles. Os dois pararam na frente dela

— Foi a mesma coisa que me atacou ontem não foi? – eles se entreolharam – digam a verdade por favor – Dean indicou com a cabeça para que ela os seguisse. Ariel se levantou e seguiu os dois até um pouco mais distante do tumulto de pessoas que já tinham ali, se misturando com os policias – então...

— Não foi a mesma coisa. Encontramos rastro de enxofre na sua sala.

— O que significa isso?

— Demônios – Sam falou olhando para ela – e pelo jeito eles estavam procurando alguma coisa que sua mãe tentou esconder. Tem indícios que teve uma luta entre ela e a criatura

— Minha mãe? Lutando contra um demônio? Pelo amor de deus ela só era uma senhora de... – Ariel colocou a mão no pingente no seu pescoço, tirou o cordão e encarou aquele pequeno frasco – ela disse para mim uma vez que eu deveria manter isso comigo sempre, em segurança.

— Você não sabe o que é isso?

— Não, na verdade eu achei que era apenas uma joia artesanal mas... eu não sei – os dois se olharam – espera, vocês acham que eles estavam... – um barulho de asas interrompeu ela – mas que...

— Você, precisa vir comigo – o homem de sobretudo creme segurou o braço de Ariel e logo em seguida os dois estavam em uma sala clara demais. Ariel se sentiu enjoada e se apoiou na parede

— Quem é você?

— Ariel...

— Como você sabe meu nome? – outras pessoas apareceram. Ariel entrou em pânico, estava encurralada. Ela olhou para os lados, viu um vaso pequeno e o pegou, apontando para eles – o que vocês querem de mim? Fiquem longe! – o homem virou para as pessoas

— Eu falo com ela, não precisam assustar ela mais ainda – todos pararam aonde estavam – Ariel, fique calma. Eu posso explicar

— Me leva de volta

— Você está correndo perigo agora – Ariel olhou sem entender para ele – estamos observando você desde quando você foi gerada. Sua mãe foi uma de nós, a mais poderosa de todas mas, por ter se apaixonado por um mortal, ela foi expulsa.

— Do que você está falando?

— Sua mãe te protegia esse tempo todo, te deixando fora do radar de qualquer um que quisesse encontrar você. Ela tinha medo de alguém se aproveitar dos poderes valiosos que você possui – Ariel olhou para a mulher de olhos azuis que se aproximava – com a morte dela agora você está vulnerável

— Isso é algum tipo de pegadinha? Poderes? Sério?

— Quando for a hora você vai descobrir, agora você precisa nos dar esse colar – a mulher estendeu a mão, Ariel sorriu e colocou o colar novamente

— Nem no inferno – ela olhou para aquele homem que levou ela até ali. Seu rosto não era estranho. Ela já tinha visto ele várias vezes em alguns sonhos que tinha que ela dizia que era sonhos malucos do lado perturbado da mente dela – você. Eu já vi...

— Me desculpe por invadir seus sonhos. Eu precisava para saber se você ainda estava viva – Ariel ficou olhando para o homem sem acreditar – você então deve saber meu nome

— Castiel. Eu pensava que você era algum tipo de amigo imaginário que eu via apenas quando dormia. Pelo amor de deus o que está acontecendo aqui? – ele não disse nada, apenas tocou novamente nela, agora em sua testa e ela voltou. Agora estava no Impala. Sentada e ouvindo os dois conversarem. Olhou para os lados assustada

— Está tudo bem? – ela olhou para frente e viu o olhar de Dean no espelho

— Eu... eu estou bem – ela tentava lembrar o que tinha acontecido mas não conseguia – o que aconteceu?

— Você parecia fora do ar. Achamos melhor não te deixar sozinha, você pode ser um perigo solto – Ariel soltou um sorriso falso para ele – não sabemos o que esses desgraçados querem contigo, então você fica com a gente por enquanto – Ariel passou a mão na cabeça e olhou para fora. O vulto do homem de sobretudo passou pela estrada. Ela olhou novamente para frente assustada, tentou não transparecer. Os dois já estavam em outro assunto e não prestou atenção nela naquela hora, o que ela agradeceu. Ariel passou a mão pelo peito e sentiu o pingente ainda em seu pescoço, suspirou aliviada ‘talvez só foi um sonho muito louco, é isso’ ela sorriu disfarçadamente

— Então... estão me levando para o quartel general ou algo parecido? Um bunker escondido no meio do nada tipo o que o Hitler tinha?

— Quase isso – Ariel, que sorria, ficou séria.

— Vocês estão de brincadeira né?

—x-

— Meu Deus – ela parou no meio da escada – vocês tem quantos títulos aqui? Ok, não precisam responder, é impossível saber. O que é isso aqui?

— Um local seguro, isso é tudo que você precisa saber agora – Sam respondeu sorrindo

— Você sai do ar com frequência? – Dean colocou a mala dela em cima da mesa que tinha logo no meio daquele local

— Não... eu não sei... olha, nunca fiquei reparando ok? – ela olhou para a própria roupa – eu preciso de um banho – Sam pegou a mala e foi levando ela até o corredor. Tinha várias portas, todas estavam fechadas. Ariel olhava cada porta com curiosidade de saber o que tinha ali dentro. Sam parou em uma delas e abriu, Ariel viu um quarto simples com uma porta no fundo dele que ela acreditava ser o banheiro – obrigada – ela entrou no quarto, Sam deixou a mala em cima da cama e sorriu para ela

— Nossos quartos são mais a frente, qualquer coisa é só gritar que escutamos. Mas acredito que não vai precisar, esse lugar é o mais seguro que você pode estar nesse exato momento. Acho que você precisa de um tempo sozinha depois de tudo.

— Por favor – Sam sorriu novamente e foi andando em direção da porta – obrigada novamente. Sério, vocês não precisavam fazer isso por mim

— Bem, te envolvemos nisso. É justo agora protegermos você – Ariel ficou olhando ele sumir do quarto e sorriu fechando a porta. Sabia que com o tempo iria criar algum laço de amizade com Sam, mesmo que ela não quisesse. Por que seria mais difícil dar adeus quando ela precisasse, mas ela não estava conseguindo pensar em mais nada a não ser que ela estava completamente imunda

— Jesus! Ariel, você está horrível – ela sorriu com o próprio comentário e abriu a porta que tinha no fundo do quarto. Era um banheiro simples também, como ela imaginou, mas o suficiente para satisfazer a vontade dela naquele momento – chuveiro, quanto tempo não nos vemos - Ariel tomou um bom e demorado banho. Ainda tinha a toalha enrolada no corpo e procurava algo para vestir naquela mala – okay, não acredito que tenha sido algum deles que tenha feito isso e como eu não estava no meu estado normal... talvez eu tenha que me preocupar com o que tenha aqui dentro – Depois de muito procurar, Ariel encontrou uma lingerie e uma blusa básica. Tinha encontrado uma calça jeans no fundo e vestiu ela. Deixou o colar escondido em um canto do quarto e saiu. O corredor estava silencioso, quando ela foi chegando perto do que ela via como cozinha, viu os dois um de frente para o outro falando algo que ela não conseguiu entender – ok, é isso. Digamos que eu comece a caçar com vocês. Eu estaria completamente ferrada porque eu não consigo entender nem uma frase que vocês dizem em 5 minutos de conversa.

— Você quer que treinamos você?

— Não treinar mas... eu preciso entender o que realmente acontece quando... se entra nessa vida. Vamos ser sinceros, eu perdi uma parte da minha vida hoje, eu não tenho mais o que perder depois disso. Seja o que for para acontecer de agora em diante, eu to aceitando de peito aberto – os dois não falaram nada – olha eu não quero...

— Não vamos envolver mais você nisso, vamos resolver sozinhos e você fique longe de tudo. É só isso? Ótimo – o mais velho se levantou saindo, ficou um silêncio por alguns minutos até Ariel suspirar e começar a falar novamente

— Eu não quero ser uma obrigação para vocês

— Não vai ser, olha. Dê um tempo para ele, fique tranquila. Vamos fazer de tudo para descobrir quem fez isso com sua mãe. Só fique longe do perigo tudo bem? - Sam respondeu

— Okay – Ariel saiu desapontada. Estava pronta para aprender, seja lá o que fosse, o que eles faziam. Não quis voltar para o quarto, já estava entediada. Foi andar pelo bunker. Além dos quartos, tinha algumas passagens secretas e algumas portas que estavam fechadas. Aquilo ali não aparentava ter o tamanho que tinha, nem de longe. Abriu uma das portas e tinha algumas gavetas e estantes – arquivos, será que são sobre o que? – ela entrou na sala, antes de começar a ver o que tinha ali dentro, deu uma olhada para a porta. Só estava ela e os papeis. Ariel mexia em todos os papeis que via na frente, tomando cuidado para não tirar da ordem que estavam guardados. Ariel ouviu passos e quando se virou deu de cara com um Dean olhando para ela

— Dean! – Ariel disse assustada

— O que você está...

— Antes que você surte, eu precisava conhecer um pouco do lugar aonde você vai me manter trancada. Encontrei essa sala por acaso e achei interessante... É isso – Ariel tentou passar por ele mas ele segurou seu braço

— Por que será que eu não consigo acreditar nisso?

— Porque você é um idiota, pode me largar? – ele soltou o braço dela, Ariel sorriu – obrigada – ela saiu da sala de arquivos e voltou para o quarto. Algumas memórias vieram na sua mente no caminho, Ariel sorriu lembrando do seu primeiro dia de aula aonde ela errou várias datas históricas de autores famosos. Ariel lecionava literatura inglesa para crianças e ela mesmo as vezes se perdia nas datas, ela se julgava horrível por aquilo. Ela sentiu saudade, mesmo negando. Sentiu saudade das manhãs na sala dos professores com todo mundo falando ao mesmo tempo e dessa mesma coisa na sala de aula. Sentiu saudade até das perguntas sem cabimento que os alunos faziam. Ela tinha uma vida rotineira mas fazia bem a ela, fazia ela esquecer de todos os problemas, até mesmo da quedinha que ela tinha por Owen. Pobre Owen, morto por um  motivo que ela nem sabe e nem queria saber. Ela lembra quando conheceu Owen, aquele garoto de Las Vegas que tinha sido transferido para a sala dela na época de faculdade chamou a atenção dela, ele não era babaca que nem os outros homens que ela tinha conhecido que, afinal, ela tinha um ímã para eles. Sua mente estranhamente partiu para o cara que conseguia ser mais arrogante do que todos os caras babacas que ela tinha conhecido. Ele era atraente mas não fazia seu tipo, ela não gostava de caras que achava que tinha Deus na barriga, Sam fazia mais o tipo dela mas ela descartou a ideia já que via ele mais como um amigo do que outra coisa. Ariel soltou uma risada baixa, ela mesmo não acreditava no que sua mente podia fazer com ela, ir de um assunto tão banal para homens arrogantes e uma possível “friendzone” – você não presta Ariel Smith!


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Notas finais do capítulo

Ow, então o que acharam?
Queria agradecer pelos comentários que eu recebi sobre o primeiro capítulo, isso significou muito, de verdade.
Até semana que vem seus lindos ♥



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