Yin Yang escrita por Typewriter


Capítulo 6
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Desejo à todos uma boa leitura. Este capítulo bônus é dedicado àqueles que leem e comentam esta fanfiction



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O único som ouvido na floresta que antecedia a região dos pântanos no leste da Inglaterra era produzido por quatro rodas de uma carroça muito velha e pelos cascos do cavalo que pisoteavam e amassavam folhas e galhos enquanto o cocheiro seguia a trilha.

A dama esperou que sua carona desse meia volta em direção à vila mais próxima antes de respirar fundo e fechar os olhos e se transformar em um texugo, seu animago, é claro que um pântano estava longe de ser um habite natural para um texugo, mas viver nos domínios de Salazar Slytherin a manteria viva, mesmo que ele não soubesse que ela estava lá – e a feiticeira realmente esperava que ele não a matasse, caso descobrisse.

A primeira vez que Salazar viu um texugo revirando seu lixo atrás de comida acho que estava tendo alguma alucinação, pois a região pantanosa onde vivia não era o natural deste animal, mas aquilo explicava o fato de ter sentido outra forte presença de magia ali, além da sua é claro.

Cerca de quatro meses depois de saber da existência de outro animago em suas terras Slytherin o encontrou encharcado em sua porta, de certo o invasor não sabia que ali costumava ser úmido, frio e chuvoso, por isso tinha ido se refugiar lá, era isto, ou, estava realmente desesperado por segurança.

O dono da casa agachou a fim de pegar o texugo e levá-lo para dentro, mas o animalzinho encolhido fez um barulho que demostrava seu medo antes de dar uma dentada antes de se afastar, mas a dentada que ele recebera no dedo indicador de sua mão esquerda fora tão fraca que quase lhe deu pena; pouco depois de correr um metro de distância o animago desmaiou.

Tomado por uma tremenda satisfação Salazar pegou o texugo e soltou sobre uma poltrona revestida de veludo preto, a qual estava posicionada em frente a lareira.

Com sua varinha em punho o bruxo lançou um feitiço de reversão vendo, em seguida, a luz branca azulada quase atordoá-lo segundos antes do texugo começar a tomar forma humana.

Seus olhos se arregalaram quando uma esbelta silhueta feminina surgiu na poltrona, a pele dela era branca e seus cabelos loiros ondulados caiam sobre o veludo negro num contraste perfeito e no momento que seus olhos se arregalaram pelo medo, ele descobriu que eram verdes.

—Por favor, não me mate. — Suplicou ela num fio de voz. Antes de desmaiar.

As primeiras coisas das quais a feiticeira tomou consciência foi do calor do fogo que crepitava na lareira, a macies da cama sob si e a sensação acolhedora de duas cobertas de pele que a cobriam.

Ela sentia-se bem melhor, provavelmente ele tinha lhe dado alguma poção, que lhe era desconhecida, para sua revitalização e isso era algo realmente estranho, pois a fama que seu recluso anfitrião tinha era de torturar ou matar primeiro e depois perguntar.

Salazar estava na cozinha preparando uma xícara de chá de camomila para a intrusa que repousava na cama do único quarto de visitas que havia na casa; assim que o chá ficou pronto com um conta-gotas ele pingou três gotas de Veritaserum na bebida.

Quando a porta do quarto se abriu a mulher se encolheu na cama apreensiva sobre o que aconteceria a seguir. Bem, pensou ela, talvez ele só esteja se certificando de que estou bem para poder duelar e matar alguém que seja capaz de defender a si mesmo.

—Beba. — A feiticeira deu um pequeno grito assutado quando a ordem dada pela voz masculina a tirou de seus devaneios.

— Obrigada, — Ela o agradeceu enquanto estendia as mãos levemente trêmulas em direção dele para pegar o pires com xícara.

—Quem é você? Por que está aqui? — Slytherin disparou depois de esperar pacientemente a loira acabar de sorver o chá quente.

—Meu nome é Helga HufflePuff, sou uma manipuladora de magia, eu vim dos vales centrais para a região pantanosa do leste em busca da proteção de Salazar Slytherin contra a Inquisição. — A dama respondeu prontamente as questões feitas bruxo e ele reparou que sua voz não vacilou, a poção estava fazendo efeito.

— Por que veio buscar proteção em meus domínios? — Salazar quis saber.

— Sua reputação de ser impiedoso o precede. Por isso vim para cá, nenhum trouxa é capaz de se atrever em suas terras para executá-lo, sendo assim, planejei viver aqui como texugo, minha forma animaga, até que o perigo passasse. — Ele teve sua resposta. — Você vai me matar agora? — Ela o inquiriu.

Salazar se limitar a dar um sorriso torto e sair do aposento, deixando ali uma Helga com borboletas no estômago.

Durante seis semanas a feiticeira recebeu comida bebida e uma tina para poder se banhar, tudo trazido por elfos domésticos, seu arredio anfitrião não dera as caras naquele quarto. Esse fato que a deixava apreensiva, pois não sabia o que a aguarda, ou quando ele a mataria.

Finas e frias gotas de chuva caindo sobre sua pele a acordaram. Seus olhos verdes abriam-se de súbito, levando embora qualquer vestígio de sono que pudessem estar presentes no corpo feminino.

Helga podia sentir a terra lamacenta do brejo grudada em suas costas, braços e cabelos, apesar de ser terra pantanosa, ainda era terra.

Colocando-se de pé o mais rápido que era capaz, a feiticeira olhou ao redor, procurando Salazar, imaginando fora levara até ali para duelarem e, então, ele poder matar um oponente que lutou até o fim de suas forças.

Sua camisola de pele marrom estava suja de terra e molhada, assim como o resto dela, mas isso não a impediu de caminhar pelo terreno nada familiar a procura de seu oponente, contudo Salazar parecia não estar em aperte alguma.

O barulho de algo se arrastando no chão enquanto amassava galhos e folhagens chamou a atenção feminina, que se encaminhou para a direção do som.

Ao se aproximar do lago existe no meio do pântano ela reparou que um Basilisco estava saindo de lá. Ela sorriu e encarou a cobra sem demonstrar nenhum vestígio de medo.

Impressionado e um tanto perplexo pela mulher não ter sido petrificada Slytherin voltou a sua forma humana.

—Por que você não se tornou uma estátua de pedra? — Inquiriu ele sem rodeios a olhando fixamente nos olhos.

— Porque sou Helga HufflePuff, Manipuladora de Magia Elementar e meu elemento é a terra. — A voz dela soava firme e duas ou três oitavas mais alta que o barulho da natureza ao redor. — Você Salazar é Manipulador de Magia Elementar, seu elemento é a água, nossos elementos se completam, assim como nossas magias. Eu serei imunde ao que você é imune e você será imune ao que sou imune, desde que fiquemos juntos., a decisão é sua. — Completou ela com firmeza.

Salazar sentia-se atordoado, pois acreditava que era o último Manipulador de Magia Elementar e ser imune a tudo que a loira a sua frente era mostrou-se uma oferta boa demais para recusar. Ele a manteria perto.

— Sou descendente de Medusa. — A voz masculina a informou. — De quem você descente? — Salazar quis saber.

— Perséfone. — Ela lhe respondeu.

Agora que ele sabia que a linhagem dela era pura, tal como a dele, a oferta estava aceita, por isso o anfitrião fez um movimento de cabeça para que a dama o seguisse de volta para a casa.


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Notas finais do capítulo

Comentem e façam esta autora muito feliz



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