Olicity - Dark One escrita por Buhh Smoak


Capítulo 9
Capítulo 08


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, voltei.
Desculpem o sumiço e aos poucos eu vou conseguindo atualizar as outras tb.
Espero que gostem, espero comentários tá?

Espero que estejam todos bem.
Se cuidem e cuidem de sua família.
Quem quiser estamos lá no face no grupo Fanfics Buhh Smoak. =)

Ahhh quem puder recomendar essa fic e as outras eu agradeço, porque isso ajuda muito a impulsionar a divulgação. bjssssssssss



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Felicity

Ao contrário do que esperei, ele não voltou logo. Foi Barry que entrou no quarto pouco tempo demais junto com Laurel.

— Apesar de Oliver não querer, agora é nossa vez de cuidar de você.

— Precisa fazer mais exames, Barry?

— Sim, ainda tem sangue ai pra mim?

— Sim, tem. – ri enquanto ele se ajeitava para tirar mais algumas amostras de meu sangue.

— E eu trouxe uma tinta para pintar seu cabelo. Já sabe que a Felicity precisa ser vista por ai né?

— Sei sim.

— Será que ela pode? – Laurel questionou Barry.

— Acho que não tem problema. Você está se sentindo melhor?

— Sim, bem mais do que estava ontem.

— Então vou deixar as mocinhas a sós e vou pra Central City, nunca vi alguém mais enlouquecido do que o Wells com seus exames. – terminando de guardar tudo.

— Estou tão ruim assim?

— Nada, é que você não tem os mesmos resultados de uma pessoa normal em nossa dimensão. Ele parece aqueles estudantes de primeiro ano de medicina que não consegue assimilar tanta informação. – rindo.

— Espero que ele consiga me ajudar.

— E vai, ele é inteligente para isso. Bom, vou indo.

— Obrigada por toda ajuda e agradeça ao Dr. Wells também.

— Pode deixar.

Barry sumiu e precisei respirar fundo pelo susto, Laurel colocou as coisa sobre uma mesa que tinha perto e a empurrou para perto da maca.

— Consegue levantar?

— Acho que sim.

Afastei a coberta e desci da maca. Pensei que ficaria com alguma tontura, mas não senti nada. Ela puxou uma cadeira e sentei para que ela pudesse dar um jeito no meu cabelo.

— Você já pintou o cabelo de loiro antes?

— Não, a não ser quando fiz umas mechas.

— Então vamos começar.

Não tinha nenhum espelho para que eu pudesse acompanhar o que ela estava fazendo. No começo ficamos em silêncio, mas logo ela estava perguntando sobre minha vida na minha dimensão.

— Então você namorou o gêmeo do meu marido?

— Namorei, mas não deu certo. Somos mais amigos do que qualquer outra coisa.

— E o Oliver da outra terra? Vocês nunca tiveram nada?

Parei por um momento e pensei em não falar nada, mas ela parou de mexer no meu cabelo, esperando eu dizer alguma coisa.

— Se não quiser falar, tudo bem.

— Não tem problema, o Oliver já me perguntou isso também. – Ela voltou a mexer no meu cabelo e eu respirei fundo para continuar. – Nos envolvemos em uma das épocas mais difíceis da sua vida. Me apaixonei, mas a vida foi muito dura com ele e eu não tive espaço no coração dele.

— Eu posso imaginar. Eu e o Oliver já namoramos na época da faculdade e não vou falar que as coisas tenham sido as melhores também.

— Mas agora você é casada com o Tommy.

— Sim, o amor da minha vida. Apesar de ser irritante na maioria do tempo. – rindo.

— Então ele é bem parecido com o Tommy da minha terra. Só que eu nunca tive um amigo como ele, apesar de já termos namorado.

— Temos coisas em comum, Smoak. Espero que possamos encontrar mais pontos em comum estando na mesma terra.

Senti um arrepio ao pensar em ter algo em comum com o Oliver dessa realidade que eu estava. Desde que quase nos beijamos eu sentia algo muito além do que senti até mesmo com o Queen e isso me incomodava demais.

— Agora é só esperar para que você lave o cabelo.

— Obrigada.

— Eu trouxe uma coisa também, caso você queira.

— O que?

— É tinta rosa para fazer umas mexas. Se você for como minha irmã que não gosta de parecer igual a todo mundo vai gostar. Principalmente porque assim você ficaria igual, mas diferente da nossa Felicity ao mesmo tempo.

— Gostei da idéia.

— Então vou jogar essas coisas fora e depois volto para te ajudar a lavar o cabelo.

— Obrigada, Laurel. Por isso e por me receber tão bem.

— Não tem o que agradecer, se nossa Felicity estivesse viva era assim que eu gostaria que ela fosse recebida na sua terra.

Ela pegou tudo o que usou para pintar meu cabelo e saiu. Eu continuei sentada e pensando em como minha vida tinha mudado de uma hora pra outra. Eu já estava a ponto de desistir de tudo por não encontrar meios de ajudar minha cidade e as pessoas que eu me importava. Se aquela realidade se tornasse a minha para sempre eu esperava ter a oportunidade de fazer algo por todos que me receberam de uma maneira tão amorosa. E pela primeira vez desde que estive ali, eu deixei que o choro limpasse toda angustia que eu sentia pelo medo do desconhecido.

—--

Quando Laurel voltou eu já tinha me recuperado da crise de choro, ela me ajudou a lavar o cabelo e fazer as mexas nas pontas. Mais uma hora se passou e lá estava eu com meus cabelos loiros como nunca fiz. Ela me trouxe um espelho para ver o resultado final e eu precisei de um tempo para me acostumar com aquela imagem nova.

— Nunca pensei que ficaria loira um dia. Que estranho.

— Agora você realmente está parecida com a Felicity.

A voz dela vacilou por um momento e eu esperei que ela se recompor.

— Acho que precisamos preparar as pessoas para me verem assim.

— Laurel, terminou...

A porta se abriu e Oliver entrou, mas parou quando olhou para mim. Os olhos dele encheram de lágrimas e por um momento ele franziu a testa enquanto olhava para meu cabelo e depois para meu rosto.

— Terminamos sim Ollie. – cruzando os braços e olhando para mim. – Ficou impressionante, não ficou?

— Demais.

— Acabei de falar para a Laurel que precisamos preparar as pessoas para me verem assim.

— É melhor mesmo. Se não fosse as mexas eu poderia jurar que é a Felicity. – respirando fundo e fechando a porta atrás de si. – Mas você está muito bonita.

— Obrigada. – meu estomago parecia ter mil borboletas ao ouvir aquilo.

Ele continuou me encarando e foi Laurel que entrou na frente dele e o fez despertar.

— Vou ir falar com o Tommy e com a Donna. Daqui a pouco venho aqui com eles.

— Ta. – saindo da frente da porta.

— Fecha a boca que daqui a pouco a baba escorre. – ela saiu rindo e Oliver fez uma cara feia antes de voltar a me encarar.

— Ignora a Laurel. – colocando as mãos nos bolsos e se aproximando da cama, para onde eu tinha voltado. – A nossa Felicity usava óculos. Você não chegou com nenhum.

— É, eu não preciso.

— Vou providenciar um sem grau. Pelo menos por enquanto, ai com o tempo podemos falar que você está usando lente. Sei lá.

— Ta bom. Obrigada.

Ele continuou me encarando e eu senti um arrepio pela maneira que ele estava me olhando. A única coisa que incomodava era não saber se ele estava assim por mim ou por me ver tão parecida com a Felicity. Ouvimos uma batida na porta e em seguida a Laurel abriu a porta.

— Podemos entrar?

— Pode sim. – respondi enquanto via Oliver se afastar e encostar na janela que ficava perto da cama.

— Não desmaiem ok? Principalmente você Palmer.

Segurei uma risada ao ouvir que Palmer também estava lá. O primeiro a entrar foi Barry, que soltou um palavrão antes de tapar a boca com a mão. Depois foi Tommy que não disse nada, mas arregalou os olhos ao me ver. Palmer parou na porta, mas logo virou as costas e saiu com os olhos cheios de lágrimas. Sara e Diggle entraram e fui eu que precisei respirar fundo ao vê-los, era perturbador ter a presença deles, mesmo que não fossem os mesmos que eu perdi. E então Donna entrou. Ela parou nos pés da cama e eu sustentei seu olhar, nunca tive esse tipo de relação com uma mãe e vê-la tão vulnerável me fazia ter vontade de levantar para abraçá-la, mas me contive e sorri para ela.

— Sei que é difícil me ver assim, não só para você como para todos. – olhei a minha volta vendo todos com lágrimas nos olhos. – Espero que eu possa honrar a memória da Felicity e fazer por você pelo menos um pouco que estão fazendo por mim. Minha cidade estava perdida, mas quem sabe a de vocês ainda tenha jeito de ser salva. E podem contar comigo no que for preciso para ajudá-los.

— Até agora eu estava me forçando a não pensar na minha menina, mas vê-la assim, tão igual a ela é muito difícil. – dando a volta na cama e parando ao meu lado. – Só que ao mesmo tempo eu sei que ela gostaria que eu fizesse por você o que eu gostaria que fizessem por ela. Lidar com a semelhança vai ser muito complicado e me desculpe pelas muitas vezes que ainda vou chorar ao te olhar e me assustar pensando que é ela, mas tenha paciência. Faremos tudo o que estiver a nosso alcance para que você receba o mesmo amor que minha menina recebia. Porque minha filha era amor para todos, e tenho certeza que se ela te conhecesse faria o mesmo ou até mais do que teremos capacidade de fazer. – chorando ela me abraçou e eu não consegui me segurar.

Enquanto ela me abraçava eu sentia um acolhimento que nunca senti, nem mesmo com meu pai. Nossa vida nunca foi fácil e na minha terra afeto não era algo muito comum. A atmosfera da minha dimensão era pesada e não tinha espaço para um abraço como aquele e quando eu me agarrei a ela senti como se algo mudasse. Abri meus olhos e encontrei Oliver me encarando de um jeito tão intenso que eu não consegui desviar o olhar. Ele estava com lágrimas nos olhos, mas não se rendia ao choro, só que tinha algo mais naquele gesto. Algo que eu não conseguia interpretar, mas que me fazia sentir uma ansiedade surreal de descobrir o porque daquela maneira de me olhar e de despertar em mim coisas que eu jamais senti por ninguém.


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