Dança da Extinção escrita por yumesangai


Capítulo 12
João e Maria quando andam pela floresta... encontram a casa da bruxa.




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Sehun abriu os olhos, ele tentou se colocar de pé, mas todo seu corpo dóia, ele arrastou o corpo, mas seus braços arrastaram-se pelo vidro estilhaçado, só quando sua visão entrou em foco que ele viu o asfalto, o vidro e as árvores, e principalmente, que ele estava fora do carro.

— Minseok... hyung. – Primeiro conseguiu se sentar, olhou em volta, nenhum sinal do mais velho, mas os dois estavam no banco da frente do carro, ele tinha que estar próximo.

Também havia um outro, Jongdae, ele estava falando com eles, bem na ponta do banco, ele também deveria ter sido arremessado quando eles se chocaram contra... Sehun franziu o cenho, não havia nada no campo de visão.

Uma árvore, um animal, uma pessoa.

— Droga...

Ele tinha a arma no coldre, uma faca presa no cinto, ele precisava achar o carro, as armas e o restante do grupo. Sehun não sabia se continuava andando reto para procurar os dois ou se voltava e tentava achar o carro e o que havia ocasionado o acidente.

 

—/-

 

— Eu escolhi mal, você já está mais pra lá do que pra cá, não é?

Uma voz estranha, Suho abriu os olhos, mas não conseguia se focar, o garoto tinha os olhos pequenos, cabelo curto e preto, ele trazia um rifle no ombro.

— E-eu... – Sua garganta doía, seu ombro latejava, ele sabia que havia voltado a sangrar, também escorria sangue em seu rosto, ele conseguia sentir algo com gosto de ferro em sua boca.

— Eu sei reconhecer quando a carne é fraca, tem o cheiro de morte no ar. Talvez os seus amigos te encontrem, isso vai fazer com que eles fiquem mais lentos.

Suho apenas respirava fundo, até que seus olhos fecharam. Hyuk, era o nome do garoto com o walk-talk, ele colocou o pé no ombro de Suho, o movimento foi o bastante para que ele caísse nas folhas secas do chão, ainda desacordado.

— Tsc, tsc, tsc. – Ele pegou uma outra arma que estava em sua cintura e atirou para o alto e então voltou a andar.

 

—/-

 

Baek, Baek...

— Chanyeol...? – Ele tentou esticar a mão, mas ele parecia distante, havia muita claridade, ele não conseguia vê-lo muito bem.

Baek, você precisa acordar.

— Sehun? – Ele não conseguia identificar a sombra contra a luz.

E então ele ouviu o barulho de um disparo e Baekhyun deu um salto na cama, não havia a mesma claridade de antes, porque era um sonho, ele percebeu. Nem Chanyeol ou Sehun estavam por perto, na verdade ninguém estava.

Ele ocupava uma cama e estava com uma coberta quente em suas pernas, o ambiente não era nada familiar, o último lugar em que eles passaram a noite havia sido numa pequena igreja, depois o carro e então...

Ainda conseguia ouvir os gritos e tudo ficando confuso e escuro.

Baekhyun se levantou da cama, sua coluna imediatamente estalou e sentiu uma dor desagradável, ele cambaleou um pouco até ajeitar a postura, havia um espelho, ao julgar por seu reflexo, parecia que não dormia há meses, seu cabelo estava bagunçado e precisando de um corte, suas unhas estavam incomodando e algumas estavam quebradas. Suas mãos estavam cheias de cortes.

Ele sentia saudade de quando eram pequenos cortes, tipo quando ele tentava fazer algo na cozinha, apenas para disperdiçar material e Chanyeol ter que cuidar de tudo, sempre com um sorriso, mesmo quando deveria ser o lanche deles no colégio.

— Yeol...

Ele desviou o rosto do reflexo no espelho, não querendo ver as lágrimas brotando.

A casa era uma espécie de cabana na floresta ele percebeu, casa de madeira, do tipo que o chão estalava quando se andava, ele tentou ser silencioso, mas seu corpo estava muito dolorido para pisar na ponta dos pés.

Não se lembrava de como havia chegado ou de quem havia o trazido, a porta do quarto estava aberta, ele viu um pequeno corredor, algumas portas fechadas e a sala, com tapete de pele de animais e duas carabinas presas na parede, também havia uma besta num canto.

Ele foi em direção a besta, porque ela era familiar, Minseok andava com uma, ele ainda se lembrava nitidamente do garoto a usando no colégio.

— Minseok? Suho? – Ele foi até a cozinha. – Kyungsoo? Jongdae? – Ele esticou a cabeça na janela, apenas mato e mais mato. – Sehun?

O barulho de corrente e uma porta se fechando o fez se virar, ele viu um garoto adentrar o cômodo limpando as mãos num lenço que estava pendurada em sua calça, ele tinha cabelos realmente compridos e pretos.

— Ah, você está de pé, como está se sentindo? – Seu tom era agradável.

Era estranho conhecer uma pessoa nova, era mais estranho ainda porque parecia uma situação normal, mas não era.

— Com dor, meus amigos estão aqui?

— Estou terminando um chá, tem alguns remédios aqui, você vai precisar de algo forte. – Prontamente ignorou a pergunta.

— Como você disse que se chamava mesmo? – Perguntou indo atrás do outro.

Havia uma chaleira no forno a lenha, a cozinha era cheio de panelas e coisas penduradas na parede e no teto, cheio de ervas e coisas secando no parapeito da grossa janela de madeira. Parecia um cenário retrô de algum filme ou pintura.

— Taekwoon. – O garoto manteve seu tom baixo e sorriso agradável.

Baekhyun percebeu que estava olhando desesperado em busca de uma saída, a porta de entrada estava em seu campo de visão, mas ele sentia que não poderia virar as costas e sair correndo por ali.

Era suicídio.

— Baekhyun. – Se apresentou novamente. – Eu acordei com um barulho de tiro...

— Meu irmão caça na região.

— Vocês moram juntos?

— Sim, claro. – Ele serviu duas xícaras com a água quente e mergulhou umas folhas na caneca. – Você tem irmãos?

— Eu... sim, ele estava comigo, meu irmão mais novo. Ele estava no banco da frente, talvez você tenha o visto.

A mentira saiu naturalmente, ele sentia que deveria elaborar uma história em sua cabeça e que não deveria confiar na situação confortável que estava.

— Não, só você. – Taekwoon estava de costas, Baekhyun não conseguia ver sua expressão, queria saber se ele era bom nisso.

Em mentir.

— De onde vocês vieram? É um mundo muito grande para parar aqui, no meio do nada. – Ele empurrou a caneca para Baekhyun.

Seus olhos eram penetrantes e ele o encarava o tempo todo, havia um desafio ali, Baekhyun conhecia esse tipo de olhar, o de quem está tentando mostrar algo.

— Da cidade, Exodus, conhece?

— Exodus? – Taekwoon franziu o cenho. – Parece o nome de uma boate. Eu e meu irmão não saímos muito daqui.

— Antes do apocalipse? – Baekhyun se viu se fazendo confortável naquela cozinha e sentando-se à mesa.

— Mesmo antes do apocalipse, depois dele quem é que vai querer se aventurar pelo asfalto com prédios cheios de pessoas? O certo é ir para longe.

— Você ainda está aqui.

— Aqui é longe. Sempre foi, sem barulho, pessoas enxeridas.

Baekhyun sorriu, ele pensou que era isso que Chanyeol faria nessa situação.

— Parece solitário.

Taekwoon arregalou os olhos e então acabou rindo, a única coisa que pareceu sincera desde então.

— É, eu acho que sim.

Quando Baekhyun decidiu beber o chá já estava frio.

 

—/-

 

Jongdae foi andando tropeçando até cair sentado num riacho, ele afundou o rosto e as mãos sentindo tudo latejar com os pequenos cortes, havia vidro em seu cabelo. A água pegava na altura de seu quadril, ele ficou ali por um tempo.

Ele sabia que deveria voltar para o carro e esperar os outros, mas o carro não tinha derrapado, era algo planejado, eles caíram numa armadilha e estavam no território de alguém, ele só esperava que não fosse outro grupo como o de Tao.

Quantas vidas eles ainda tinham para gastar?

Suho parecia estar gastando a última, Kyungsoo também não estava bem. Ele olhou para a própria mão enfaixada. Ele não era a pessoa mais útil nesse momento.

Ele foi caminhando junto a encosta, escondido da visão de quem vinha por cima, mas perto o bastante caso alguém estivesse andando, ele decidiu procurar um lugar para poder se secar e então pensaria o que fazer.

Suas mãos tremiam, ele só queria ter certeza que Suho estava bem.

 

—/-

 

Kai estava sentado no chão do prédio, havia fogo, fumaça e gritos do lado de fora, armas disparando constantemente e passos, assim como grunhidos.

Ele e Taemin estavam cara a cara.

Taemin tossiu de cuspir sangue, mas seus olhos fundos deveriam indicar algo, era a linha final. O relógio na parede acima dele estava com o ponteiro mexendo lentamente.

— Eu só queria te ver.

Ele sorriu, ou tentou.

— Você ficou vivo e bem... é tudo que eu queria, é tudo que eu sempre quis.

Kai balançou a cabeça negativamente.

— Eu e você, lembra?

— Não, é você contra o mundo. – Taemin pressionou a mão contra os lábios, mas o sangue pingava entre seus dedos. – Esse olho, é minha culpa.

Kai sorriu verdadeiramente.

— É tudo que eu tenho.

Taemin assentiu, ele não parecia ter energia para mais nada, ele encostou a cabeça contra a parede e foi fechando os olhos lentamente. Kai tentou manter o sorriso, mas aos poucos seus lábios foram tremendo e se torcendo.

Ele pegou a arma que estava no chão e puxou o carregador e viu que só havia uma bala.

Kai soltou a respiração.

Os ponteiros do relógio pararam de mexer.

 

—/-

 

Kyungsoo não sabia por quanto tempo ficou desacordado, mas o sol estava forte, deveria ser meio dia ou uma hora.

— Droga... – Ele esticou a mão, mas não tocou no ombro ferido.

Ele foi andando por um tempo considerável, provavelmente na direção oposta, porque não havia visto o carro ainda, mas achou o que causou o acidente. De uma ponta a outra na estrada, havia um cabo de aço em duas alturas, o bastante para acertar a roda e o para-choque.

Como eles estavam em alta velocidade pela estrada, o carro havia capotado, ele conseguiu ter uma localização quando viu a encosta, a marca das rodas no chão e o estrago na mata.

— Mas se isso foi colocado aqui, então..

Ele escutou um assobio, não de uma canção, mas algo de sinalização, ele não era muito entendido do assunto. Ele viu os pássaros saindo dos galho e atravessando o céu.

— Perdido? – Hyuk perguntou saindo de trás de uma árvore. O garoto era alto, estava bem vestido e não parecia ter sofrido nenhum acidente de carro, o que não significava uma coisa boa na atual circunstância.

— Ferido... – Respondeu com a mão sobre o ombro, onde havia uma mancha vermelha, se formando em sua camisa.

— Você quer ajuda? – Perguntou se aproximando um passo.

Kyungsoo recuou dois.

— Não, obrigado.

— Sabe, assim me faz parecer suspeito e você está na minha região. Então não seja deselegante.

Kyungsoo olhou de cima a baixo para o garoto, ele tinha um perfil de atleta. Não parecia ser um estudante de colégio que veio parar ali, mas um local.

— Aquele cabo na estrada, foi culpa sua?

O garoto deu de ombros.

— O que vai fazer a respeito? – Seu olhar de desdém, o tom de desafio. Kyungsoo queria virar as costas e ir embora, mas não existia essa opção. Esse garoto não o deixaria ir. – Eu encontrei um dos seus. –  Ele sorria e girava uma faca entre os dedos. – Achei que ele seria divertido, mas ele já estava com o pé mais para lá do que para cá.

— Como ele era?

— Ah, então só tinham garotos no carro? Isso não é muito interessante.

Kyungsoo engoliu em seco, então era uma espécie de jogo?

— Já que não é interessante eu posso encontrar os meus amigos e ir?

— Você caçou alguma vez? – Hyuk prontamente ignorou sua pergunta.

— Não.

— Sabe, existe uma adrenalina, uma emoção. Dá orgulho. Já brincou de pique-esconde? Pique-pega?

Kyungsoo recuou mais alguns passos involuntariamente.

— Por que você não caça os errantes?

— É assim que você chama a praga? – Hyuk pareceu verdadeiramente confuso.

— Não é uma praga.

— Não? Se espalhou como a peste negra do século XIV.

— É, mas não foi causado por pulgas ou roedores.

— E como você sabe? Você é um cientista? Um último sobrevivente? Porque essa praga já deve ter dizimado mais da metade da população, esses grandes centros e essas pessoas tolas e materialistas.

Ele viu uma oportunidade e como ganhar tempo, o garoto não era idiota, ele provavelmente acreditava nessas teorias. Ele também tinha um rifle pendurado, e nenhum movimento que fizesse seria rápido o bastante, para fugir ou atacar.

— Eu sou. Aquele grupo estava me escoltando. – Ele pensou se não era tarde demais para mudar a postura. – Nós estamos indo atrás da cura.

— Cura? Não tem cura!

— Eu disse a você, isso não é a peste negra!

— Então o que é? – Hyuk gritou de volta e Kyungsoo percebeu pela primeira vez que era um garoto, ele tinha uma postura austera e um pouco assustadora, mas era um garoto, talvez da idade e Sehun.

 - É um vírus transmitido pela mordida, como a raiva, mas ele foi criado com o intuito de reprogramar as células mortas.

Até ele ficou surpreso com sua capacidade de falar qualquer coisa que fizesse algum sentido, ou ao menos ele esperava que fizesse.

— E onde está essa cura? Eu não acho que ela seja feita com ervas medicinais dessa floresta.

— Não, mas está em Jeju.

— Em Jeju? – Hyuk repetiu incrédulo.

— É um centro de preservação, não poderia estar no meio da cidade. Eu preciso achar meus amigos e—

— Não, você pode tentar salvar meu amigo.

— Naõ, eu—

Hyuk o segurou pelo braço machucado, Kyungsoo gritou, mas não teve escolha a não ser andar atrás do garoto.

— Nem pense nisso. - Disse se referindo a faca que ele trazia na cintura. - Eu corto seu braço fora, garanto que você ainda pode ser útil com uma mão só.

 

—/-

 

— Então... – Baekhyun abaixou o olhar, ele poderia se fingir de burro e inocente, as pessoas adoravam isso, ter alguém para proteger, ser superior de alguma forma. – Você e seu irmão, vocês parecem bem arranjados aqui, com suas armas e casa.

— Você pode pensar dessa forma se quiser. – Taekwoon sorriu confiante.

Baekhyun manteve a expressão neutra, mesmo no fim do mundo as pessoas adoravam ter seu ego massageado. Se ele quisesse atirar em si mesmo ele poderia tê-lo feito em Exodus, e ele teria ficado lá, ao lado de Chanyeol.

Mas agora? Sabe-se lá onde eles estavam e sem sinal de civilização, ele não queria morrer ali e ficar esquecido. Ele era a prova que Chanyeol havia vivido, havia lutado. Se ele morresse, quem iria carregar aquela memória?

Ele se perguntou se era isso que Sehun sentia, o peso de uma vida conhecida, de fechar os olhos todas as vezes e ver o que aquela pessoa havia se tornado e sonhar com o que ela poderia ter sido.

— Eu sei pescar um pouco. – Disse tentando se fazer interessante, quase flertando. – Eu nunca cacei, é um pouco assustador, não é?

Inocente e tolo, ele repetiu mentalmente algumas vezes, enquanto sorria um pouco.

— É porque você nunca caçou, gera uma adrenalina, a perseguição, é emocionante.

Taekwoon falou com experiência, ele mudou a postura para ficar mais próximo de Baekhyun, ele parecia realmente empolgado em falar sobre isso.

— O que tem aqui para caçar? Veados? Ursos?

— Veados, esquilos, coelhos. Às vezes é um pouco monótono.

— E o que você faz para passar o tempo?

— Eu e meu irmão consertamos carros, sabe, tem uma loja perto da estrada.

— Você acha que conseguiria consertar o meu carro? Eu não lembro o que aconteceu, você pode me levar até lá?

Taekwoon recuou, seu olhar ficou mais sério e Baekhyun percebeu que havia calculado mal seu passo.

— Vai escurecer logo, não é legal andar na floresta à noite, ao mesmo pra você que não sabe onde está pisando. Vamos amanhã, sim?

— E-eu estou preocupado, meu irmão mais novo... – Imediatamente Baekhyun abaixou o rosto e se encolheu.

— Não se preocupe, Hyuk conhece bem a região. – Ele passou a mão nos cabelos de Baekhyun.

Ele sentiu um frio na espinha, ficou de cabeça baixa enquanto ouvia os passos de Taekwoon se afastarem, irem para outro cômodo.

Baekhyun se levantou e pegou uma faca de cozinha e colocou presa no cinto, ele ajeitou o casaco e se certificou que não havia nada proeminente.

Ele estava vivo na casa de uma pessoa estranha, enquanto seus sentidos gritavam para sair de lá. Ele andou lentamente pelo corredor das portas fechadas, uma no final do corredor chamou sua atenção, pois estava fechada com um cadeado. Ele afundou o pé na madeira, ele sabia que havia algo embaixo da casa.

Muito possivelmente um porão, e esse porão deveria ter acesso do lado de fora, como as casas de filmes.

Baekhyun foi andando para voltar para o quarto quando esbarrou em outro garoto, alto, com os cabelos escuros, olhos maiores.

— Quem é você?

— H-hyuk? – Dessa vez ele não precisou fingir estar assustado.

A aura dessa pessoa era algo que o fez recuar um passo, ele se viu entrando em pose de defesa, mas logo reparou em Taekwoon entrando no campo de visão.

— Ravi, o que está fazendo aqui?

— Taekwoon-sshi! – Baekhyun correu na direção do anfitrião e se escondeu atrás dele.

Seu coração estava batendo tão forte e suas mãos estavam tremendo de verdade. Quem eram essas pessoas?

— Eu vi um carro capotado na estrada, vim checar o parâmetro, mas parece que está tudo bem? – Perguntou olhando para Baekhyun.

— O irmão dele está desaparecido, sabe?

— Oh.

— Hyuk saiu para procurar, mas ainda não voltou.

— E como é o seu irmão?

Baekhyun teve que se fazer presente, sua postura estava toda errada, com os ombros encolhidos, ficou batendo o pé parecendo ansioso.

— Alto, o cabelo é como meu, mas é castanho.

— Bonito como você? – Ravi perguntou sem filtro.

Baekhyun arregalou os olhos, Ravi era desconcertante, ele não conseguia fingir, ele não conseguia dar alguns passos para trás e calcular o que fazer ou o que dizer.

— Eu...er... e-eu acho que não. – Deu uma risada sem graça.

Ele mordeu a língua para não deixar escapar um palavrão e controlou a mão para não ir na direção da faca.

Ravi deu um sorriso de lado.

— Claro que não.

— Ravi. – Taekwoon disse algo silenciosamente, pois Ravi apenas ergueu a sobrancelha e girou os olhos e saiu pela porta da frente. – Me desculpe, as vezes ele pode ser um pouco...

— É, não... tudo bem. – Baekhyun se encolheu um pouco.

— Vá descansar, foi um acidente ruim, você precisa de repouso. Eu vou ver se Hyuk tem notícias do seu irmão ou dos seus amigos.

Taekwoon foi conduzindo Baekhyun de volta para o quarto, sua mão estava apoiada em seu ombro, ele ainda sentia a coluna doer, ele não relutou muito em deitar e fechar os olhos.

Seu corpo parecia estar desligando.

Ele ouviu os passos de Taekwoon estalando na madeira.

— Hyuk.

 - Tem um cientista, ele tem a cura.

— O que?

Ele disse que tem cura.

Os ruídos ao fundo atrapalhavam a conversa, Taekwoon estreitou os olhos, de jeito nenhum que aquele garoto magrelo estava andando com um cientista.

— Ravi, volte pra cá. Hyuk está indo pra uma armadilha, eu vou cuidar disso.

Okie dokie!

Baekhyun abriu os olhos, Taekwoon estava apoiado no portal de seu quarto.

— Você vai continuar aqui, sabe, um dos nossos também era bonito assim, acho que vou precisar de você.

Com as pálpebras pesadas, Baekhyun fechou os olhos enquanto Taekwoon saia de casa.


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