Destination escrita por tenteningrid


Capítulo 1
Ônibus


Notas iniciais do capítulo

Quando minha amiga me contou como conheceu o marido divo, rico, carinhoso e gostoso eu pensei “vou transformar isso em uma fic AGORA!”. Espero que gostem como eu kkkk



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A chuva caia forte, ela segurava o guarda-chuva como se o frio fosse passar devido a pressão que a mesma fazia, olhara pela terceira vez o relógio, se irritando ainda mais ao perceber que seu ônibus estava atrasado meia hora. Hinata, nome daquela pequena jovem que espetava naquela parada, estava exausta, havia acordado as cinco horas da manhã.

Ela morava no centro da cidade, em uma grande casa no fundo do posto de saúde que trabalhava, a casa funcionava como uma espécie de república coordenada pela própria diretora do posto, Sra. Tsunade, quase que sua segunda mãe, e olha que nem se lembrava da primeira.

Logo após oito cansativas horas de trabalho e meia hora corrida de almoço, foi para a sua universidade, onde cursava medicina e logo após quatro horas de luta constante contra o sono, sentada naquela dura cadeira, almejava com todas as suas forças sua caminha, que mesmo sendo velha, era sua melhor amiga.

Entretida com toda sua lamentação interna só foi perceber a presença do rapaz quando o mesmo pisou forte demais em uma poça de chuva molhando sua canela. Ela preparou mentalmente todos os palavões que conhecia, que no caso não eram muitos, e ate pensou na ideia de inventar alguns, porém quando seus olhos repousaram sobre aquele poste recheado de músculos, levemente bronzeado, com cabelos de forma absurdamente loiros e as duas safiras, que choravam por um motivo que a mesma não sabia, sua leve vermelhidão de raiva se transformou em vergonha.

Naruto Uzumaki, também conhecido como filho do magnata Minato Namizaki, acabara de ter mais uma das incontáveis discussões com seu pai devido sua falta de interesse em ser o CEO da empresa corrupta que o mais velho montara a custo de muito desvio bancário, e nessa tinha saído ate porrada, só não espancou seu velho porque sua mãe chorava incansavelmente ao lado em defesa do safado, e por ela Naruto tinha tremendo amor e respeito. Estava desolado, sem rumo, machucado e ainda com muita raiva.

Ele estava encharcado, com mãos machucadas, roupas levemente rasgadas e ate mesmo sangue escorrendo pelo canto de sua boca. Ela, meio que de forma automática, envolveu, em seu pequeno guarda-chuva, parte daquela massa musculosa, com isso ele pareceu despertar de seus devaneios.

Prestando atenção naquele corpo ele logo constatou que era perfeitamente pequeno, e quando ele pôs seus olhos sobe aquelas duas luas todos os seus problemas, que naquela noite “premiada” não eram poucos, pareceram se dissipar e sua mente, que ate momentos atrás estava uma confusão só, se concentrou nos receios: “Seu dente estava sujo de sangue?”, “Se estivesse sujo de sangue, ela teria medo caso ele sorrisse?” e “Ela sabia quem ele era?”.

Mesmo com todas essas dúvidas, ele arriscou e quando ela retribuiu ele pensou que acabara de presenciar a imagem mais pura e bonita de toda sua vida, já ela, levemente corada, se preguntou se aquele na sua frente não seria o próprio apolo que veio para lhe proteger daquele doloroso frio.

Ele então se concentrou em tentar arranjar uma desculpa para iniciar uma conversa com a bela dama. Pensou em perguntar o nome dela, porém teve medo, medo que a mesma o reconhecesse.

Faz muito tempo que está esperando? — falou propositalmente rouco.

Logo ao ouvir aquela voz, algo dentro dela deu um solavanco e seu problema de gagueira foi, do todas as formas que ela conhecia, amaldiçoado.

E-eu to aqui faz um bom tempo — falou extremamente vermelha e tão baixinho que se o mesmo não estivesse tão próximo dela, devido ao guarda-chuva, não teria ouvido — P-porém deu vou pegar o do centro. Você também vai para o centro? — falou já se animando, mas quando notou o sorrindo dele sumindo ficou com medo de ter passado dos limites — NãoQueSejaDaMinhaContaEu… — morta de vergonha quase se enfiou na própria bolsa.

Não, é que eu tive uma discussão com minha família e no momento estou sem rumo definido — disse com um sorriso amarelo, amaldiçoado as lembranças que estavam aos poucos retomando sua cabeça.

Eu sinto muito — falou de forma bastante sincera — Eu-eu moro em uma espécie de república em dentro do posto de saúde em que trabalho. A-acho que a dona num se importaria de lhe ceder um quarto. É bem simples sabe? Mais muito confortável.

Ele tomou um grande susto com o convite daquela pequena, pensou logo consigo que se ela estava propondo isso certamente não o reconhecia. Agradeceu aos deuses do destino por aquele lindo pedaço do céu na sua frente.

Eu sou um completo estranho, nunca lhe ensinaram que isso não se faz? — ele brincou só para ver a resposta dela.

Orabolas, eu já estou sendo muito hospitaleira sabia? Se não quiser ir não vá oxi — ela falou emburrada e ele teve uma vontade desenfreada de lhe morder a bochecha. Como uma pessoa podia ser tão fofa irritada? Tomou a bolsa calmamente do ombro dela, como se não quisesse que o contato entre a mão dele e a pele, incrivelmente macia dela, terminasse.

Pois me deixe tentar agradecê-la, eu levo sua bolsa e aceito com toda a felicidade sua hospitalidade. — ele logo pensou que deviam colocar aquela pequena em uma caixinha. “Boa de mais para esse mundo”.

Como se fosse uma peça de teatro e o destino estivesse só esperando a sua deixa o ônibus, que antes a pobre Hinata tão almejara apareceu no horizonte. Ele fez sinal e a ajudou a subir como se ela fosse uma criança andando de ônibus pela primeira vez.

Hinata, Hyuuga Hinata — ela falou de forma inocente só tentando manter a conversa.

E admirando aquela face angelical ele nem percebeu quando respondeu.

Naruto, Uzumaki Naruto — ele logo se assustou, e se ela começasse o tratar ele diferente depois de descobrir?

Serio? Seu nome exala poder — ela falou a última parte quase que sem querer.

Ele nunca ficou tão feliz com a inocência de uma pessoa, geralmente isso o irritava, mas nela o fazia querer agarrá-la. E ao pensar nessa palavra ele não se conteve em imaginar as diferentes formas que poderia fazer isso. E em pensamento ela agradeceu pensando: “obrigada por ter demorado ônibuzinho lindo!”


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Comentários? Essa é a primeira fic que tenho coragem de postar kkk