P.O.V  Victória Parker

Eu  estava de frente  para  o  espelho.   Terminava de ajeitar   meu vestido preto.  Meus  cabelos prendi num rabo de cavalo e  não usava maquiagem nenhuma.   Suspirei de tristeza.  Hoje  era   o velório da Nath. Não  consigo aceitar  ainda que perdi   minha  amiga por causa daquela cadela falecida.  Eu ainda  não havia contado a Castiel que eu era obrigada  a partir.     Eu não estava com cabeça para isso.  Sei que pode parecer egoísmo  da  minha  parte, mas  eu acabei  de perder  uma amiga,. Minha  cota de  tristeza   já ultrapassou todos os  limites.  Calcei   meu  saltos  altos  pretos  peguei  um óculos  escuro.  Peguei minha bola  tiracolo preta  e   sai do meu quarto pronta  para me  despedir.   

Chegando à  sala   todos  conversavam   de  jeito desanimado. Todos   estavam com semblantes  abatidos. Aproximei-me de Castiel sorrindo  fraco, tentando dizer  que eu estava bem, só que falhei  miseravelmente.   

— Você está  bem?  - Me perguntou Castiel.

— Para ser  honesta, não.   – Digo   e  dou  um suspiro  triste.  – Nem sei se vou ficar  tão  cedo.   -   Confessei a Castiel e  ele  me  abraçou. Eu  é  claro retribui ao abraço. 

Eu precisava de muito apoio.  A  última vez  que fique i tão fragilizada  foi no velório  de Olivia.    Caminhei com os outros  até lá fora  e entrei no meu carro junto com Castiel, Oliver e Evangeline.   Fui o caminho inteira  calada. Focada  apenas  na estrada, até  que  chegamos  no cemitério aonde seria o enterro.

(...)

Aproximei-me  do caixão de  Natasha.   Eu fui sozinha pois todos já haviam dado   o último adeus  a Nath.  Eu segurei  sua mão e comecei a falar  tudo  o que  eu sentia.  Na  esperança  de   Natasha  ouvir  seja aonde ela estiver.

(Play  na  música)

—  Nath eu só queria  dizer que  eu vou sentir  sua falta.  Você  fez parte de boa parte da  minha vida  e    me  ajudou diversas  vezes.   -  Digo começando  a chorar.

“Dizem quando é pra ser

Um triste amanhecer

O teu sorriso não está mais entre nós”

— Eu vou sentir  falta   das suas  piadinhas. Do seu sorriso. Dos  seus  conselhos.  -   Falo acariciando suas mãos.  -  Lembra  lá no orfanato, quando eu fiquei presa      no alto da arvore e você superou  seu medo de altura só para me ajudar.  – Comento  rindo.  – Você  gritava: “ Victória não olha para  baixo! Pensando bem, é melhor  eu não olhar para  baixo.”  -  Lembro dando um sorriso de saudade.

“Vou lamentar pra quê?

Talvez seja você

Que aí de cima nos fará bem melhor”

—  Ou se lembra  daquela  vez que  aquele  garoto  chamado Kurt bateu na Giovana e nós  duas  fomos bater nele com tacos de beisebol.   – Digo  rindo.  -  Eu nunca  vi uma  garota dar um  grito tão  afeminado, quanto Kurt  deu  quando você acerto os países baixos dele.   – Comento.

“Mais tarde eu pensei

Até ajoelhei

Deus não me julgue, não leve a mal”

 Um nó  se  formou  ao  me lembrar  que    aquilo erma apensa lembranças  e que   Natasha não ia mais voltar  para me ajudar  a descer de árvores  ou  bater em garotos  babacas.  Ela  estava morta. 

—  Seja  aonde  você estiver, tenho certeza  que esta tendo seu merecido descanso!  - Afirmo voltando a segura a  mão de Nath.   -     Tenho  certeza  que  via  fazer muito  por nós ai de cima. -  Digo e olho para  o céu.

“Lembrei de toda a nossa infância

Vou guardar no melhor lugar

Pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre”

— Eu vou guardar  todos os nosso melhores  momentos   juntas  no melhor lugar  do meu coração.  Eu vou   guardar  lá para sempre.   -  Digo  soluçando de tanto chorar.

“Ouvi palavras que

Me deram mais poder

O seu espírito está entre nós”

—  Eu sinto muito por toda as brigas que tivemos. Por  todas as coisas ruins que eu te disse.  Por todas  as vezes que  não te  apoiei. Por todas ás  vezes que te julguei.   Por tudo  de ruim que  eu possa  ter feito mesmo sem saber a você.  -  Me  desculpo com ela .  -  O cruel é saber  que   meu  tempo  de pedir  perdão a você   já passou. Nós só percebemos as coisas  de errada que fazemos    ou a  falta  que  alguém  faz para nós, quando já é tarde demais.  – Confesso.  

“Não vamos te esquecer

Não vamos nos perder

Nossa família agora é o meu bem maior”

“Eu sei quando errei

E eu já me condenei

Deus me perdoe, não fiz por mal”

—  Nós  nunca vamos te esquecer Nath!  -Garanto a ela.   -  Eu vou fazer de tudo para ficar na terra, pois  agora  nossa  família  precisa  de mim.  E  pode  ir  tranquila  que eu vou cuida de todos eles, eu prometo. -  Faço  uma promessa  a Nath   e a  mim mesma.

“Eternamente em nossas lembranças

Vou guardar no melhor lugar

Pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre”

—  Natasha, eu amo  você!  Você será minha melhor   amiga por  toda  eternidade  - Digo  pondo  minha  flor  branca  em suas mãos.   -  Adeus e  eu nunca vou me esquecer de você!   -  Digo leh dando um beijo na testa e colocando minha  pulseira ao lado da pulseira  Giovana  que estava no  pulso direto de Natasha junto com a da falecida.

“Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre

Eu vou guardar, vou lembrar pra sempre”

Depois  de alguns minutos vi o corpo de minha amiga  sendo enterrado.  Abracei Castiel e  me permiti chorar  mais  um pouco.  Natasha fazia  parte  da  minha  vida. Seu nome   estaria marcado para sempre  nas páginas  da  minha  vida. Olhei para o seu  sorrindo.

“  Eu sei que  você  está  ai em algum lugar!” -  Pensei.