Billdip - De novo, Bill. escrita por LeaDoll


Capítulo 15
De volta, Bill


Notas iniciais do capítulo

último capítulo ♡



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Dipper acordou com um peso em cima dele, e uma voz alta e animada o chamando.
— Pinheirinho, Pinheirinho!
— Bill, o que você-
— Vamos sair, Pinheirinho!
— Que horas são..? — grunhiu, pegando seu celular para checar o horário. Três da manhã. Três horas da manhã e Bill estava o acordando.
— Por que diabos você tá acordado a essa hora?
— Você me obrigou a dormir a tarde toda! A culpa não é minha. Agora é sua obrigação me entreter!
— Você deveria estar descansando...
— Eu já descansei demais! Vamos fazer alguma coisa, por favooor!
O moreno piscou algumas vezes, tentando ignorar a sonolência.
— Ah, é, esqueci de uma coisa. — Bill disse, usando uma de suas mãos para acender uma chama azul — Aquele nosso acordo, contrato, enfim. Eu prometi que depois que vocês me ajudassem eu iria ir embora de Gravity Falls e nunca mais voltar, então...
O loiro o olhou hesitantemente, esperando com que Dipper apertasse sua mão.
— Bill...
— Você sabe que eu teria que ir embora um dia, Pinheirinho.
— Mas... Você não precisa ir embora...
— Eu sinto falta do mindscape. Sabe que eu sou um demônio dos sonhos, e bem... aquilo era minha casa.
Dipper, agora bem acordado, estranhou quando o outro fez as chamas desaparecerem, com um sorriso no rosto.
— Oh bem, se você não quer confirmar nosso contrato, isso significa que eu tenho a liberdade de dominar Gravity Falls de novo, não é? Ou talvez mais do que apenas essa cidade! Hahah, eu sinto muito, Pinheirinho, você teve sua chance!
Com os olhos castanhos arregalados, Dipper o olhava com uma expressão perplexa no rosto. Não é possível..., pensou, Essas foram as intenções de Bill o tempo todo? Foi tudo... uma mentira?
— Hahahah, relaxa, garoto! Não é como se eu tivesse feito você se apaixonar por mim ou algo do tipo! — falou, como se estivesse lendo a mente do outro, ou melhor, ele provavelmente estava fazendo isso mesmo. — Você gostar de mim foi só um "bônus" mesmo! Só precisava da ajuda de vocês crianças para recuperar meus poderes, e vocês foram bem úteis!
— M-Mas... Bill...
— Adeus, Pinheirinho!
E assim que Bill Cipher saiu pela janela, rindo como um maníaco e desaparecendo logo depois, a porta do quarto se abriu com um barulho alto.
— Dipper! O que aconteceu? — perguntou Ford, que acabara de entrar no quarto. Ao lado dele estava Mabel, que mostrou uma expressão preocupada ao ver que seu irmão estava chorando.
— N-Não acredito... Desde o começo...
— Eu te avisei sobre o Bill...
— E-Eu sei... Me desculpa, Tivô Ford...
O homem suspirou, envolvendo o mais novo em um abraço.
— Tudo bem, Dipper. A culpa não é sua.
Mabel se juntou ao abraço, tentando confortar seu irmão de alguma forma.
Mas nem isso poderia concertar um coração partido.

Passou-se um bom tempo até eles resolverem desfazer o abraço, e Stanford explicou o mais gentilmente possível que logo precisariam ir atrás de Bill, mas não agora. Agora ele sabia que Dipper precisava de tempo e respeitaria isso, afinal, sabia muito bem como era ser enganado por Bill Cipher.
— Eu... Preciso ficar um pouco sozinho. — o moreno pediu, e os dois concordaram com a cabeça.
— Tudo bem. Você também deveria ir dormir, Mabel.
— Ok... Boa noite, Dip... E boa noite, Tivô Ford. — disse, e Dipper finalmente estava sozinho.
Antes ele achava aquele demônio loiro extremamente irritante. Mas só agora percebeu que sem ele é ainda pior.

Uma semana se passou, e Dipper já havia superado uma parte daquilo tudo. Às vezes, ainda lembraria daquele sorriso fofo, aqueles cabelos loiros que a partir de um certo ponto chegavam ao castanho e a personalidade única, extrovertida e inesquecível.
Stanley e Stanford ainda estavam na Cabana do Mistério — Ford disse que precisava estar com eles para formar um plano para parar Bill.
Exceto que Bill simplesmente não apareceu.
Nenhuma notícia dele, nada de destruição global e nada de diferente em Gravity Falls ou em qualquer outro lugar do mundo. Absolutamente nada, até aquela noite.
Dipper estava deitado na cama, tentando pensar em qualquer coisa menos na imagem do demônio que marcou sua vida, quando sentiu o vento frio em seu rosto. Alguém havia aberto a janela.
— Pinheirinho..? — Uma voz baixa e um tanto rouca o chamava. O moreno, de tão iludido que estava, pensou que aquilo era só sua imaginação e continuou com os olhos fechados.
— Ah... Você tá dormindo... Acho que é melhor assim. Eu acharia constrangedor demais se você ouvisse...
Um suspiro deixou os lábios do loiro, e Dipper escutou o som de alguém sentando no piso de madeira, encostando as costas na cama. Continuou em silêncio, esperando para ouvir o que Bill tinha a dizer.
— Eu lembro de ter te dito que estou ligado a esta forma, quando me perguntou sobre a marca. Aliás, eu ainda tenho ela! Vamos dizer que é a prova que não consigo sair desse corpo. — ele suspirou de novo, olhando para baixo — Eu não me importaria de ficar nele. Você gosta assim, certo? Se sim, então eu não me importaria de continuar humano para sempre...
O loiro sorriu amargamente, cobrindo os olhos com as mãos, ou melhor, o olho. Ainda estava usando o tapa-olho que Dipper lhe deu. Não queria dizer mais nada, mas ao mesmo tempo sentia a necessidade de desabafar, mesmo que ninguém ouvisse.
— O maior problema dessa forma é que ela não cansa de você. Primeiramente era para ser uma mentira... Eu iria simplesmente fingir que gostava de você, mas... Parece que o Bill humano realmente gosta de você.
Ele riu, balançando a cabeça.
— Quem eu estou tentando enganar..? Eu te amo, Dipper Pines. Não é só esse corpo que gosta de você, eu, Bill Cipher, me apaixonei por um humano. Eu estava começando a considerar que isso não é tão ruim, mas... Dói. E acho que sabe disso também. Antes eu achava engraçado, sabe? Quando humanos choravam por causa de seus sentimentos. Nunca imaginei que eu mesmo fosse chegar a essa situação.
Bill abraçou as próprias pernas, olhando as estrelas pela janela.
— E aqui estou eu falando sozinho... Você provavelmente nunca vai me perdoar mesmo, huh. Eu sei que você não me quer de volta, mas... — respirou fundo, engolindo todo seu orgulho — ...Desculpa, Pinheirinho.
Antes que pudesse se levantar e sair, Bill sentiu uma mão afagando seus cabelos carinhosamente, e se virou para perceber que esse tempo todo, Dipper estava acordado. E com o sorriso mais gentil do mundo, ele disse:
— Bem-vindo de volta, Bill.


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Notas finais do capítulo

é isso, espero que tenham gostado da fic!
se puderem deixar um comentário nesse último capítulo dizendo o que achou da história, eu ficaria muito feliz. amo vocês, obrigada por acompanharem até aqui ♡