Dysfunctional family escrita por Srta Rufino


Capítulo 12
Um intruso em nosso meio




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— Aì! – Exclamei, ao sentir o soco que Bonnie me deu com tanta força. – Calma sou eu! – Sussurrei, pondo a mão sobre o lábio.
            - O que você estava fazendo?! – Perguntou ela alarmada, sentando-se na cama injuriada. Fiz um sinal de silêncio com os dedos, pedindo pra que ela ficasse quieta um instante.
            - Fala baixo... Alguém entrou na casa agora pouco. – Disse, voltando a pegar o taco de basebol. -  Kai e eu vamos descer, você e Davina ficam aqui?
            - Mas nem pensar! – Davina disse invadindo o quarto, ainda de camisola, sendo seguida pelo outro.
            - Vocês podiam falar mais baixo! – Pedi, olhando pra ela por um instante, Bonnie virou meu rosto pra ela com as mãos. – Ahn.. eu não estava olhando. – Disse em minha defesa.
            - Mas é você quem está gritando agora. – Rebateu Davina, sentando-se na ponta da cama.
            - Aham sei... – Ela revirou os olhos.
            - Eu estava olhando e ainda estou. – Disse Kai com um largo sorriso.
            - Você está terrivelmente animado pra quem teve a casa invadida. – Bonnie levantou da cama, ela olhou pra si mesma, dando se conta que estava com uma blusa branca e calcinha, depois me encarou de forma acusadora. – Eu não estava com essa roupa quando vim dormir.
            - Ahn... Kai está animado porque tem permissão pra usar a faca. – Desconversei, apontando o taco pra ele.
            - Não me acuse, você adorou poder usar o taco de novo. – Declarou Kai sorrindo triunfante, Davina revirou os olhos.
            - “De novo”? Não sabia que você jogava basebol. – Disse Bonnie.
            - Ele não joga. – Responderam Dav e Kai, me comprometendo sem querer.
            Um barulho no andar de baixo, voltou nosso foco pro que realmente estava acontecendo:
            - Está subindo as escadas... – Observou Kai.
            - Vamos pega-lo lá. – Falei, apontando pra porta. – Fiquem aqui! – Bonnie não manifestou interesse por discordar, Davina bufou. – Por favor ! – Pedi.
            - Tranquem a porta quando a gente sair. – Disse Kai, antes de sairmos pelo corredor.
            Fomos andando silenciosamente, pedi pra Kai esperar, não queria que ele saísse esfaqueando qualquer um. Segurei firme o taco na mão, quando os passos se aproximavam, um a um. Era agora ou nunca, vi um vulto masculino, o atingi, ele rolou escada abaixo, com um grunido estranhamente familiar:
            - Jeremy?! – Perguntei confuso, descendo as escadas.
            - Cara... você de novo! – Ele exclamou. – Qual é o problema de vocÊs?!
            - Qual é o seu problema, você quem está invadindo a minha casa. -  Falei, Kai ainda não tinha guardado a faca.
            - Olha quem o vento trouxe, O ex da Bon bon essa é a sua chance Kol, talvez nunca mais se repita. – Avisou olhando a faca, vi Jeremy arregalar os olhos.
            - Ele está brincando. – Disse, enquanto ele se levantava, não que eu estivesse feliz com ele ali, mas onde o despejaríamos na madrugada na chuva? Eu poderia, mas não precisava ser um gênio pra saber que a boa moça lá em cima não permitiria.
            - Aham... brincando... – Pigarreou Kai. – Podem descer é só o Jeremy... – Disse, quando avistaram as garotas no auto da escadas, agradeci mentalmente por Bonnie ter colocado uma calça.
            - E o que você está fazendo aqui? – Perguntou Bonnie descendo as escadas. – Porque invadiu a casa?
            - Eu estava com a Vicky no carro do outro lado... mas então ela sumiu, eu vim procurar quando a chuva me pegou, eu soube que vocês viriam pra cá por causa da festa,  então pensei que podiam me emprestar um telefone. – Ele colocou a mão sobre o local que eu tinha batido.
            - Nossa isso está horrível! – Disse Bonnie dando dois passos na direção dele.
            - Preocupada Bonnie? – Perguntei de forma acusadora, sem conseguir evitar.
            - Eu te dei a oportunidade, agora já era!  - Lembrou Kai, nem em fale... a oportunidade.
            -  Do que ele está falando? – Perguntou Davina.
            - Pera... vocês dois estão juntos?! Sério? – Perguntou Jeremy, olhando pra mim e depois pra Bonnie. – Mentira.
            - Não, é verdade estamos juntos. – Ela respondeu, o olhar antes preocupado começava a ficar raivoso. – Por quê? – Quis saber.
            -  Porque isso é ridículo! Vocês não...  – Ele parou de rir, quando me olhou, ficou desconfortável. – Então e o telefone?
            - Sem linha! – Avisou Davina bocejando.
            - Bom, parece que vamos ter que esperar até amanhã... – Disse Jeremy, ele também não queria ficar.
            - Enfim, acho que tudo bem você ficar. – Falou Bonnie, quando a tempestade agravou. – Logo vai amanhecer, não é Kol?
            - È... – Sorri cínico. – Pode ficar o quanto quiser.
            Não havia muito o que se fazer a não ser voltar pros quartos e esperar pela manhã seguinte. Aturar o ex da  minha namorada, não era bem o que eu tinha planejado, mas eu ainda podia voltar pro quarto e ficar com ela, já que amanhã tudo podia acontecer:
            - Você pode ficar nesse quarto. – Disse, era um dos quartos dos segundo andar, Kai não queria dividir o quarto com ele, muito menos Davina queria dividir com alguém então, dei o quarto do Finn pra ele, que nunca usava por sinal.
            Ficou um silêncio constrangedor, quando ele colocou sua mochila na cama:
            - Você desenha? – Perguntei curioso, pegando o caderno em cima da cama.
            - Não! Só uns rabiscos. – Ele pareceu desconfortável, abri a primeira pagina e tinha que admitir que ele era bom, mas não ia.
            Ele estendeu a mão pra pegar de volta, tomou com um puxão, mas o caderno caiu no chão, aquela altura já estava com muito mais que uma pulga atrás da orelha, me abaixei pra pegar:
            - O-que-é-isso? – Perguntei, vendo um desenho nada discreto da Bonnie nua.
            - Não é o que parece.. é que...
            - Quer saber eu vou perguntar pra ela! – Disse já com raiva.
            - Não! Não faz isso, escuta isso vai ser horrível pra ela, ela não sabe que eu fiz isso! – Pronto admitiu, essa era a minha duvida.
             Por um momento quis mostrar imediatamente, quem sabe assim acabaria com a forma como ela o via, mas depois imagina-la tão mal... respirei fundo, arraquei a pagina e enfiei no bolso, ninguém veria aquilo:
            - Obrigado.. – Jeremy respirou aliviado,  o puxei pela blusa e escorei contra a parede.
            - Escuta aqui, estou sendo legal, pacifico por causa daquela garota lá em cima, eu só não quebro a tua cara agora mesmo porque vou ter que explicar amanhã o que aconteceu com você, então por hoje você está salvo. Mas se eu se quer desconfiar que você fez algo assim da Bonnie de novo, se eu desconfiar que você se quer estar pensando nela... O nosso incidente vai ser tornar bem mais freqüente, entendeu? – Falei, ele tirou minhas mãos dele com força, se recompondo.
            - Você está mesmo apaixonado por ela... – Rebateu ele sorrindo. – Se essa não fosse a sua casa, eu diria que você tem medo de que ela ainda seja apaixonada por mim, como sempre foi.
            Revirei os olhos, tinha que encerrar aquela conversa antes que eu perdesse o controle. Não falei nada e bati a porta, tentava fala pra mim mesmo de que estava voltando pra ela naquele momento, e amanhã ia ser o melhor dia de nossas vidas e ninguém iria atrapalhar isso, muito menos o Jeremy.
             Assim que entrei no quarto, lá estava Bonnie, sentada na cama com o abajur aceso, estava olhando pra janela vendo a chuva bater no vidro. Eu fechei a porta e ela voltou seu olhar pra mim:
            - Noite longa? – Perguntei, indo pra perto dela, debaixo das cobertas pra me livrar do frio.
            - Mas estamos aqui não estamos?! – Ela sorriu, tocou meu rosto e me beijou, era tudo que eu precisava.
            Nós nos beijamos e ficamos abraçados, mas ficou exatamente assim, logo seria de manhã e tínhamos uma festa pra organizar. Se eu bem conhecia Caroline ela estaria ali, logo cedo pela manhã, a festa era mais dela do que minha.
            E se tinha uma coisa que sabíamos fazer bem, era dar uma festa!


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