"Se você quiser me ensinar como é que se faz

Pra te amar;

Hoje eu te garanto meu bem que eu serei só seu

E de mais ninguém..."

De Mais Ninguém

Edu Ribeiro

Hotel Seatle  (sábado a noite)

Connor

Assim que chegamos ao hotel, Sarah troca de quarto, transferindo-se para o meu,mais amplo e com uma cama para criança. Feito isso, subimos, pegamos suas coisas no antigo quarto, levamos para o, agora, nosso, arrumamos tudo, banhamos e trocamos nossa filha e descemos para o restaurante do hotel onde jantamos.

Ao final, retornamos para o quarto. Valentina, cansada da longa viagem e de toda agitação, não deu o menor trabalho para dormir.

—Tem certeza quanto a amanhã?--pergunto a Sarah, levantando a grade da cama, forrando-a com o protetor para evitar que nossa filha prenda braços ou pernas na mesma--Posso passar a cirurgia e ficar tranquilamente com Valentina.

—Mentiroso!!--Sarah fala, pondo Valentina na cama, apertando meu nariz--Está crescendo viu pinoquio! --me provoca,rindo-- Bem não vi esses seus olhinhos brilhando!!--me abraça, ainda rindo--Se bem que até eu estou empolgada.

—Por isso mesmo. Se um de nós não puder participar,melhor que seja eu--digo, envolvendo sua cintura--De coração partido,admito, mas posso ficar de fora. O estágio é seu e não meu.

—Isso tudo é ciumes de nossa filha é??--questiona, erguendo uma sobrancelha.

—Não....Tá, um pouco!-- admito--Não gosto de deixá-la com estranhos. Já não gostei de ter sido obrigado a deixá-la com sua mãe!!--relembro, fazendo uma careta , Sarah rindo ainda mais-- Falando nela, devia ter me prevenido desse lado "mamãe sedutora" dela!-- reclamo, sacudindo os ombros--Arggh!! Foi pra lá de esquesito!!--falo e ela joga a cabeça pra trás em uma gargalhada-- Ah, é assim é?--digo, começando a fazer cócegas nela, que se contorce de tanto ri, escapando de meus braços,saindo do quarto na tentativa de se livrar de mim-- Fugindo senhoras Rhodes? Como se fosse adiantar!--volto a agarrá-la, recomeçando a "torturá-la".

—Connor... não... para!!!--pede, entre uma e outra crise de riso.

—Não parar,é isso??--provoco-a--Certo, não paro--digo, entrando no outro quarto da suite.

—Para! Para!--volta a pedir, deitando-se na cama,as duas mãos em meu peito,me empurrando,tentando, sem sucesso, me afastar.

Deito-me sober ela,prendendo-a com meu corpo, iniciando uma nova sessão de "torutra",dessa vez com beijos. Primeiro no pescoço, descendo até alcançar o decote, começando a abrir os botões de sua blusa um a um, abrindo-a.

Beijo o vale entre seus seios, seguindo pela barriga, parando junto ao cós da calça, subindo novamente até os seios, afastando o tecido rendado, tomando um em minha boca enquanto acaricio o outro com a mão, suas risadas transformando-se em suspiros, levando as mãos a meu cabelos, enfiando os dedos segurando minha cabeça onde estava.

—Connor!!--geme, arqueando o corpo quando passo minha boca para o outro seio, e aproveito para abrir o fecho de seu sutiã, retirando-o junto com a blusa.

Ergo-me, sentando sobre seu quadril, tirando minha camisa, voltando a deitar sobre ela, tomando sua boca em um beijo sedento, cheio de desejo e saudade.

—Senti tanto sua falta,meu amor!--declaro, junto a sua boca, aumentando a pressão ao voltar a beijá-la,minha língua invadindo sua boca, explorando, provocando, interrompemdo o beijo quando nos falta o ar, refazendo o caminho que leva até seus seios, barriga, parando mais vez na cintura.

Procuro o ziper de sua calça, abrindo-o. Seguro as laterais do tecido, deslizando-o por suas pernas, descendo junto, até retirá-la. Subo distribuindo beijos por suas pernas, minhas mãos precendo minha boca, tocando seu sexo por a calcinha, sentindo a umidade ao deslizar os dedos sob o tecido. Retiro a peça, beijando a parte interna de sua coxa até alcançar sua intimidade, beijando-a, estimulando-a com a língua, seus gemidos e sussuros aumentando minha excitação.

Ergo-me,cobrinado-a novamente com meu corpo, tomando sua boca em mais um beijo, me encaixando entre suas pernas. Em resposta, ela enrosca as pernas ao redor de minha cintura,me trazando para mais perto enquanto suas mãos passeiam por meu corpo, subindo e descendo em minhas costas, apertando, arrannhando..

—Te amo, te amo, te amo! ...Quero você, em mim,agora!!--sussura , rouca, em meu ouvido, mordendo meu pescoço.

Retiro suas pernas de minha cintura, afastando-me. Retiro meu sapato e o restante de minha roupa sob seu olhar de luxúria, retornando para a cama, deitando a seu lado, trazendo-a para cima de meu corpo. Devagar, ajudo-a a se encaixar sobre meu membro ereto, sustentado seu quadril, penetrando-a lentamente. Ela apoia as duas mãos sobre meu peito, iniciando uma cavalgada ritmada, as unhas cravando-se em minha pele a medida que aumenta o ritmo, subindo e descendo cada vez mais rápido até atingir o ápice do prazer, o corpo estremecendo em espasmos involuntários, continuando a mover-se até me fazer, pouco depois, gozar dentro dela, relaxando em seguida, deitando-se sobre mim, abraçando-me. Ficamos assim um tempo.

Sem sair dela, inverto nossas posições,coloco minha mão entre nós, estimulando-a com os dedos. Levo a boca a seu seio, sugando-o, contornando o mamilo com a língua até senti-lo enrijecer, fazendo o mesmo com o outro. Começo a mexer meu quadril devagar,em movimento giratórios, saindo de dentro dela para retornar em seguida em uma estocada vigorosa, abafando seu grito com um beijo. Aumento o ritmo até que gozamos juntos. Ainda invisto mais algumas vezes até sentir nossos corpos saciados.  Saio dela, deitando-me a seu lado, puxando o coberto, cobrindo-nos parcialmente.

Sarah aconchega-se a mim,e a abraço, beijando o topo de sua cabeça. Adormecemos algum tempo depois, aninhados um ao outro. Acordo no meio da madrugada sentindo o espaço vazio, ouvindo-a cantarolar enquanto dar a mamadeira a nossa filha.

Fico deitado, ouvindo aquele som que me fez tanta falta durante o mês, sorrindo sozinho feito um bobo.

Quando retorna para a cama, a recebo com um beijo,recomeçando as caricias. Nos amamos mais uma vez,voltando a dormir abraçados após nos satisfazermos.

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Sarah

Estico o corpo,espreguiçando-me, um sorriso em meus lábios. Olho Connor deitado a meu lado, dormindo tranquilo. Pego o relógio na cabeceira me surpreendendo com a hora. Haviamos dormido um pouco além da conta.

—Connor-- chamo, beijando suas costas bem em cima de sua tatuagem, sorrindo ao lembrar a primeira vez que a vi, contornando-a com os dedos-Connor!-chamo mais uma vez e ouço resmungar,fazendo meu sorriso aumentar---Temos exatamente uma hora e meia para chegar ao hospital--informo e erge a cabeça me olhando confuso-- A cirurgia--lembro-o, vendo-o despertar , sentando na cama--Romano está certo. Nada como uma cirurgia rara pra despertar o interesse de um cirurgião!!

—Discordo--afirma, olhando em meus olhos--Existem outras coisa que me despertam--diz, beijando-me de surpresa--Isto , por exemplo!--exclama, volatndo a me beijar e envolvo seu pescoço com os braços,retribuindo--Bom dia,meu amor!!--fala assim que nossos lábios separam-se, me presenteando com um de seus sorrisos lindos.

—Bom dia!!--devolvo, dando-lhe um selinho-- Que tal um banho juntos antes que uma certa garotinha acorde??--sugiro e ele pula da cama, puxando-me, me erguendo em seus braços, levando-me assim até o banheiro,onde me põe no chão,já dentro do box--Isto só pode ser um sim,não é?--provoco-o, envolvendo seu pescoço mais uma vez enquanto ele beija o meu.

—Hum,hum-mumura, a boca colada a minha pele.

Estico o braço ligando o chuveiro, a água morna caindo sobre nossos corpos. Viro, ficando de costas para Connor, pegando o sabonete liquido e esponja,voltando a ficar de frente para ele, passando-a sobre seu corpo a começar pelos ombros, descendo pelo torso, o quadril, abraçando-o, ensaboando suas costas, a bunda, retornando para os ombros.

—Minha vez--diz, pegando a esponja, fazendo o mesmo comigo. Me viro,ficando de costas para ele uma vez mais, encostando o corpo ao seu enquanto segue me ensaboando até alcançar meu sexo. Prendo a respiração ao sentir sua mão massageando-o, sem a esponja , os dedos insinuando-se em uma deliciosa invasão. Fecho os olhos. No momento seguinte, sinto-me ser erguida e encostada a parede. Enrosco as pernas em sua cintura, sentindo-o penetrar -me vigorosamente. Acompanho seus movimentos, sua mãos me dando apoio. Cravo minhas unhas em seus ombros quando atinjo o topo do prazer, deixando escapar um gemido alto e rouco, sentindo-o me acompanhar.

Connor sai de dentro de mim, me colocando no chão sem me soltar. Nos beijamos, terminando nosso banho a seguir.

Saímos do banheiro e nos arrumamos. Termino antes dele e vou até o quarto, encontrando Valentina acordada, sentada na cama ocupada com seu mordedor favorito. Ela sorri quando me vê, falando seus ma-ma-ma. Levo-a até o banheiro em nosso quarto, Connor dando um beijo rápido em nossas cabeças, já levando nossas coisas para a sala.

—Amor, arruma a bolsa dela, por favor--peço  e ele ergue o polegar,uma bolacha presa entre os dentes--Onde achou isso?

—Frigobar--responde do corredor.

Banho nossa filha com a duchinha, evitando  ter que tomar um novo banho. Volto ao quarto onde encontro uma muda de roupa sobre a cama e sorrio.

—E não é que seu pai é muito eficiente!!--elogio, deitando-a, enxugando e vestindo-a.

Me junto a Connor, que nos aguardava sentado no sofá,vendo tv. Assim que chego, levanta-se, desliga o aparelho, coloca uma bolacha em minha boca, pendura minha bolsa e a de Valnetina nos ombros e abre a porta.

Descemos até o restaurante, tomamos um café da manhã rápido ao mesmo tempo que dou a mamadeira a nossa filha.

Entregamos a chave na recepção e seguimos para o hospital, chegando em cima da hora.

Entrego Valentina a Neela, que já nos aguardava, seguindo junto com Connor direto para o bloco cirúrgico, encontrando os doutores Romano e Lewis começando a fazer a assepsia. Pedimos desculpa pelo atraso recebendo um sorriso divertido de Lewis e Romano, que arqueia a sobrancelha, interrogativo, mas não pergunta nada,limitando-se a apresentar Susan Lewis e Connor enquanto faziamos nossa assepsia.

Apesar de delicada e cansativa, a cirurgia, que consiste,neste primeiro momento, em recobrir o coração com uma membrana, preferancialmente de tecido humano,abrir a caixa toraxcica,aumentando o espaço a fim de colocar o coração em seu devido local, corre tranquila, sem sustos. Susan e Connor se entendem perfeitamente, parecendo, para quem não os conhecesse, já terem feito várias cirurgias juntos. O que devo admitir me causou um certo ciume no começo. Depois, deixei pra lá, me dedicando a observar e aprender  o máximo possível com meu marido, Susan e meu mentor.

—Admito, foi fascinante!!--comento com Neela e Sabrina, segurando Valentina nos braços-- Assustador,mas fascinante. Tanto quanto acompanhar um transplante de pulmão.

—Se me disser que fez isso, vou ter que me controlar pra não te esganar!!--Neela diz, fazendo a mim e Sabrina rirmos-- Sempre quis ver acontecer.

—Tivemos uma no Med. Logo no inicio do estágio de Connor com David--informo e ela faz uma careta.

—Ok, agora quero esganar seu marido também!!--acrescenta e rimos ainda mais.

—Ele está exultante,não é?--Sabrina pergunta, observando-o conversar com os pais da bebê junto com Robert e Susan, que o convidaram a participar da conversa-- Dá pra ver daqui.

—Está sim.Connor é apaixonado pelo que faz. Sua paixão, aliás, foi uma das coisas que me fez aceitar o desafio de David em me especializar--afirmo.

—Pensei que ia dizer que foi um dos motivos que fez se apaixonar por ele--Sabrina reclama, sorrindo-- Porque dá pra ver,não, dá pra sentir no ar o amor entre vocês. Seus olhos brilham ao falar dele.

—Também foi--admito, olhando em sua direção, que parece pressentir pois se vira para mim,acenando e sorrindo.

—Dá pra ver que é recíproco--Neela afirma-- Literalmente!! Na pele!!--exclama e a olho sem entender--Desculpa, mas foi impossível não notar a marca arroxeada no pescoço dele--diz, sorrindo sem graça e arregalo os olhos.

—Marca??- questiono, voltando a olha-lo, vendo-o despedidir-se dos pais,vindo a meu encontro, Susan e Robert a seu lado. Assim que para a meu lado, olho seu epscoço vendo a bendita marca, entendendo o porque das reações de Susan e Robert,e baixo os olhos, corando violentamente.

—Tudo bem Sarah, isto acontece!!--escuto Susan dizer e ergo os olhos para ela--Acontece de vez em quando comigo também--repete,tocando o próprio pescoço, sorrindo--Se me dão licença, tenho dois pacientes para dar alta . Foi um prazer operar a seu lado Rhodes--afirma, estendendo a mão para Connor, que aperta-a-- Pena que não estara aqui para a sequencia! - lamenta--Te dou noticias.--assegura, saindo  com um aceno e uma piscadela para mim.

—Também vou fazer minha ronda--Robert avisa--Até amanhã Sarah. Connor, David estava mais do que certo ao escolher você e não a metida da Samantha como pupilo. Quanto ao que disse ontem, está enganado. Você está sim no mesmo nível de seu mentor!! Por isso David estava se pavoneando todo!!--revela, fazendo-nos rir--Até mais ver--despede-se, saindo.

—Nossa vez-Neela anuncia--Foi um prazer ficar com a filha de vocês. Ela é um amor. Até amanhã Sarah, doutor Rhodes, até mais ver--despede-se, começando a caminhar, parando para esperar Sabrina, que nos observa,pensativa.

—Aceiteriam jantar em meu apartamento hoje a noite?--convida, nos surpreendendo.

Troco um olhar com Connor, que ergue os ombros, deixando em minhas mãos decidir.

—Aceitamos.--digo, movida pela curiosodade.

Havia notado um interesse de Sabrina por Connor desde o dia que descobriu que era casada com ele. Nunca foi indiscreta ou invasiva. E por algum motivo não sinto ciumes dela.

—Certo--vibra,aguçando ainda mais minha curiosidade--Vou passar meu endereço por msn pra você, pode ser?--pergunta e concordo--Ótimo. Até mais tarde então..- despede-se, um sorriso nos lábios, juntando-se a Neela.

—Certo. Por que isso?--Connor questiona e volto meu olhar para ele--O que há aqui que não sei?

—Também não sei. Que há alguma coisa não tenho dúvida.Por isso aceitei o convite--admito, vendo-o sorrir.

—Curiosa!!--me provoca, dando-me um selinho.

—Sou mesmo!--exclamo.

—Ok. Vamos dar uma volta pela cidade? Aproveitar a folga!--convida e assinto que sim.

—Mas antes vamos até e enfermaria--digo, girando nos calcanhares, caminhando em direção ao local.

—Fazer o que??--questiona,me seguindo.

—Passar alguma coisa pra esconder ou disfarçar esse chupão no seu pescoço. Chega de ver todo mundo olhando dele pra mim com um sorriso mailcioso!!--digo, fazendo uma careta,entrando no elevador com nossa filha nos braços,Connor a meu lado rindo alto...

"...O meu coração já é seu,faço tudo por um beijo teu;

Noites em claro eu passei,pensando no momento pra dizer;

E se você quiser me ensinar como é que faz pra te amar;

Hoje eu te garanto meu bem que eu serei só seu;

E de mais ninguém.."