No Roses escrita por AleyAutumn


Capítulo 24
24




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24

— Nem sempre vamos lidar com as coisas da melhor forma possível. Sou um vampiro, você é minha filha... tal pai, tal filha. – Niklaus riu baixo olhando a figura que estava de frente para eles, podia ouvir a respiração calma da mulher – Tem que aprender que as vezes, é melhor agir do que esperar. Pegue seu inimigo quando ele estiver relaxado, não pense em ter a dignidade de não o atacar pelas costas... afinal... não se esqueça. Palavras demais e ação de menos podem te levar a morte.

Natalia apenas suspirou olhando a mulher enquanto Niklaus sinalizava para ela, mas antes que pudesse fazer alguma coisa a jovem se virou ouvindo batidas no chão. E lá estava Marcel batendo um dos pés no chão com as duas mãos nos quadris enquanto bufava.

— Niklaus ela tem 8 anos! – ele berrou vendo o loiro ficar vermelho e seus cabelos criarem vida própria ficando cada vez mais altos.

— Marcel ela é a minha filha...

Natalia despertou e olhou para os mais velhos.

— Oque estamos esperando? Já sabemos onde está, quem é. – Marcel resmungou com os braços apoiado na mesa.

— Mas não sabemos quem mais estava envolvido. Valerine não se importaria de causar uma guerra mesmo a beira da morte. Sejamos cautelosos. – Elijah interviu.

— Eu concordo. Não sabemos quem mais sabe sobre isso, Davina vem tentando desvendar tudo o que há por trás das anotações. Pode ser que mais pessoas saibam sobre isso e estejam de acordo... os anciões por exemplo.  – Natalia os olhava de braços cruzados.

— É muito estranho. – Rebekah surgiu ao lado de “Finn” que tinha uma expressão muito séria. Davina vinha logo atrás de olho no vampiro. – As amigas de Elena desaparecidas, a população sumindo e deixando a cidade... assim como vários vampiros. – a loira sorriu de maneira cínica já sabendo do que se tratava, ela olhou sorrindo para Finn – Acho que vamos ter que matar alguém.

O moreno continuou inexpressivo olhando para a filha de Niklaus que apenas suspirou enquanto algo passava por sua mente.

Tentei pegar o sangue de Lerry, mas o estranho é que não havia uma única gota de sangue no corpo dela... Ela morreu antes dos 5 dias se completarem... Era pra ter durado ao menos 7. Eu acredito que Valerine iria sobreviver, mas algo saiu errado”. – a voz de Davina ecoava em sua mente constantemente, talvez isso explicasse o motivo do mal humor de Finn.

Era mais do que óbvio, Valerine seria usada como a quarta cura após o teste de Esther. Provavelmente era por esse motivo que Finn por muitas vezes tentava ficar a sós com ela. Estava apenas esperando o momento oportuno para drenar seu sangue.

Natalia se levantou e saiu do local invadindo o quarto de Niklaus, se lembrou que durante toda a transformação o quarto tivera um odor forte de sangue, mesmo que Valerine nunca estivesse sangrando. A jovem vasculhou o quarto e Elijah logo apareceu ao seu lado, no andar de baixo Niklaus se concentrava em controlar a língua terrível de Rebekah.

— O quê? – o moreno questionou.

— O colchão. – Elijah o levantou e encontrou algumas bolsas de sangue sob o mesmo e olhando confuso por algum tempo até se lembrar que Davina havia conseguido apenas uma pouca quantidade da cura quando fizera testes com o sangue de Lerry.

— Então... – a morena sussurrou – Vamos começar. Vamos trazer Finn de volta.

...

— O que as transcrições dizem? – Sebastian questionou – E como Niklaus ainda está com você em sua casa? A essa altura acredito que ele já teria a matado. – o moreno levou o copo aos lábios e Natalia suspirou.

— Ninguém sabe. – a morena deu de ombros e ele passou a mão pelo cabelo escuro enquanto estreitava o olhos.

— Por falar em descobertas... bem. Eu consegui uma pequena informação. Ouvi que... Aquilo que dá início a tudo, é o que dá o fim. Não faz sentido algum pra mim, mas pra você deve. – ele franziu o cenho confuso e suspirou – E que tem que acordar ela logo, a cura não está com Finn. Acredite em mim, ela está desconfiada. Acredito que já saiba o que vocês estão planejando. – ele a avisou – Natalia seja cautelosa, não entre em uma brincadeira com uma bruxa. Ela tem a última cura e acabou de perceber que sua segunda carta foi desperdiçada, ela não é burra.

— Muito obrigada Sebastian. – ela colocou a mão no ombro dele e se apoiou para descer da cadeira – Vamos ficar atentos a tudo. Eu serei bem esperta, eu sei muito bem como os Mikaelson são. E acredite, a criação de Valerine me preparou pra tudo.

— Eu sinto muito pela sua mãe. – ele a olhou com pesar, para Natalia parecia que era ele quem tinha perdido alguém e não ela. Os olhos dele estavam carregados de sentimentos sombrios. – Se precisar de mim, me chame. – e então Natalia aos poucos foi se dando conta de que talvez Sebastian não fosse tão bom quanto fingia ser. Ela tinha que ser mais cautelosa, ele podia ser importante para suas descobertas.

Ela o olhou novamente notando aquele olhar sombria, o mesmo olhar que Kol adquiria quando ele sentia a necessidade de entrar em um jogo muito perigoso. Estava ali o rosto de bom moço e alma muito perigosa.

— Muito obrigada. Eu farei. – ela avisou sorrindo e sentindo as mãos dele percorrerem o rosto quente dela.

— Não vá embora sem antes falar comigo. Eu prometo... Que se decidir ir embora, terá minha companhia e ajuda.- se referiu a saída de Natalia de Mystic Falls.- Eu tenho certeza absoluta que você irá ficar do meu lado, seremos bons parceiros Natalia. – a jovem imediatamente pressentiu o perigo, era óbvio, Sebastian estava se oferecendo para uma vingança mesmo que de maneira implícita.

Foi com surpresa que ela sentira os lábios quentes dele tocaram os seus, os olhos da vampira arregalaram de surpresa e ela quase caiu sendo amparada por ele. Sentiu o aperto firme em seu quadril e quando ele se afastou e desapareceu sem dizer nada, seus olhos se focaram nos dois vampiros originais. Um com o semblante carregado de remorso e ira contida, e um carregado da mais pura fúria. Natalia sentiu vontade de rir ao ver os olhos de Klaus encharcarem de lágrimas, mas se deter quando viu as narinas dobraram de tamanho e quando o viu engolir em seco e torcer o próprio pescoço. Ele estava furioso.

— Você pode correr. – Kol surgiu com as mãos nos bolsos – Antes que ele...

— Natalia!- ela não esperou para ver as cabeças dos milhares de clientes virarem em sua direção, simplesmente desapareceu do local e quando passou pela imensa porta da mansão Niklaus entrou logo atrás batendo a imensa porta. – O que você pensa que está fazendo com aquele projeto de Don Juan? – Klaus esticou o indicador.

— Eu não estava fazendo nada! – ela suspirou passando a mão pelo longo cabelo cacheado – Faça o favor Klaus, de se recolher a sua histeria e vai gritar do lado de fora dessa casa! – ela berrou e Rebekah surgiu no topo da escada com um imenso sorriso ao o ver perder a compostura.

— Não inicie uma guerra de berros. – a loira pediu silenciosamente vendo Kol parando de frente para os dois com a postura rígida como se ele mesmo fosse iniciar uma briga.

— Eu dou as costas por alguns poucos minutos e de uma princesa minha filha resolve se tornar a nova Cristina Aguilera com essas roupas vulgares e seus milhares de fãs espalhados pelo mundo. – ele apontou para o imenso casaco dela – Natalia eu não a criei para se enrolar com meus inimigos, a nossa família está em risco.

— Eu estou fazendo alguma coisa! – o contrariou – Diferente de você durante todo esse tempo fui eu quem tentei achar a cura pra Valerine e trazer ela de volta, fui eu quem fui atrás de tudo. Eu que me esforcei, eu que tentei trazer a minha amiga de volta pra não passar o resto da minha vida tendo que suportar você sozinha! Eu não sou um fantoche Klaus e eu não tenho medo de você, enquanto você fica andando por Mystic Falls só pensando em quando o inimigo vai te atacar pelas costas, eu estou tentando salvar todos nós. Tentando acabar com os problemas que você ignora há mais de mil anos.

— Tentando nos ajudar tendo um relacionamento amoroso com aquele garoto? – Klaus respirou fundo diversas vezes depois de ouvir as palavras duras dela – Eu a criei, eu lhe dei uma família e a oportunidade de estar aqui hoje. Não tente acabar com isso!

— O que mais você vai tirar de mim senão a minha felicidade? Já não basta oque faz com Rebekah? Já não basta as experiências que já teve? Vai me tirar mais o que? Por quanto tempo vai me prender até conseguir finalmente me matar? Com a diferença... – se aproximou dele o olhando firme como em nunca antes sabendo que o machucaria mais profundamente – Que dessa vez... eu vou sofrer por muito mais tempo que Valerine.

Klaus engoliu em seco vendo-a se virar e desaparecer nas escadas, Rebekah fez o mesmo e logo foi atrás. O loiro virou para trás vendo Elijah com a expressão séria e os olhos fixos onde Natalia havia desaparecido, ele pode ver bem que o moreno sofria mesmo que calado com a aproximação do novo amigo de Natalia. E isso fez Klaus voltar os olhos vermelhos em direção ao local abrindo um sorriso mínimo e satisfeito, ao menos dessa vez ela não poderia o culpar. Exceto quando ela já estivesse apaixonada o bastante por Sebastian para Niklaus o matar e finalmente sentir o peso do amor entre os dois Mikaelson desaparecer.

— Eu espero Klaus, que você tenha percebido, que agora está mais sozinho do que nunca. – o moreno o deixou completamente sozinho na sala dando as costas para o irmão e saindo da imensa casa sem se importar em olhar para trás.


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