Além Digimon escrita por Kevin


Capítulo 4
Capítulo 4: Batalhas – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Informados por uma estranha criatura que os deixa em dúvida sobre que lugar era aquele em que se encontravam, são surpreendidos por uma ameaça de morte e precisam lutar para manter suas vidas a salvo.



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– Mas o que tenho aqui... -


Uma quinta voz se fez presente. Mostrava-se com um olhar bem malandro. Pelos roxeados passando para azul era bípede, tinha uma longa calda. As extremidades, tanto da calda, quanto das patas possuía pelos bancos.



– Indomável... -



Armanimonovarde parecia conhecer aquela criatura. Armadinomon falou aos três que se tratava de um dorumom de seu vilarejo.



– Quer dizer que agora está querendo trair a aldeia aliando-se a esses digimons estranhos. Realmente eu deveria ter te matado a noite passada quando falhou em seu ritual de guerreiro. -



– Não fale bobagens! Eu jamais trairia meu povo. Eu... Eu... Eu estava... Enganado eles para ver a força... Vou matá-los, absorver os dados e assim poderei voltar para minha aldeia como grande guerreiro. -




Ninguém havia escutado errado. A criatura amarela que havia dado de comer a eles disse claramente que iria matá-los. Bárbara ia perguntar o que era digimon, e porque estavam chamando eles daquela forma. Mas, Fabrício tampou a boca dela. Eles tentariam fugir enquanto os dois pareciam discutir. Romperam todos para o mesmo lado, mas foram surpreendidos pelo Dorumon que saltou a frente dele mostrando os dentes em um apavorante rosnar. Caíram no chão apavorados e foram chegando para trás.






– Então não vai se incomodar se eu destruir esses digimons e absorver os dados em seu lugar. -








Dorumon ia atacar aos três, mas Armanimon se pôs na frente deles.









– São meus adversários, meus dados! -









Armadinomon tentou golpear a Dorumon! Saiu correndo e gritando contra Dorumon que apenas saltou deixando-o entrar floresta adentro em uma investida desenfreada. Dorumon riu e chamou de patético covarde. Voltou-se para os três que estavam de pé, livre das mochilas e com pedras e galhos nas mãos.









Dorumon investiu contra Valéria inicialmente. Ela tinha um galho de arvore na mão e acertou em Dorumon que nada sentiu. Sacudiu os pelos e sorriu, saltou para o lado desviando das pedras que Fabrício e Bárbara tacavam nele.









Dorumon olhou-os com desprezo. Pareceu respirar fundo e de repente algo saia de sua boca derrubando a Bárbara. Uma bola de metal acertou-lhe no estomago com bastante força, fazendo a menina cair no chão sentindo dor.









Fabrício olhou aquilo e pegou seu canivete, partiu para cima de Dorumon tentando furá-lo. Enquanto tentava acertar o canivete ele pensava que estava ficando doido. Aquela criatura havia cuspido uma bola de metal. Se ele estava sonhando, era hora dele ser herói e derrotar ao monstro que queria matá-los e fazer não sei o que com eles.









Valéria chutou Dorumon quando ele desviou de mais uma investida de Fabrício. O Digimon caiu arrastando-se para o lado próximo ao mato. Armadinomon reaparecia e via que os humanos ainda estavam vivos.









Armadinomon viu como Dorumon estava ofegante. Tremeu, se Dorumon não tinha chances contra aqueles três, que chances ele teria de vencer?









– Ei não trema. Eles são três. Vamos lutar juntos. Você ficara com o dado de apenas um deles. Será o suficiente, falarei na vila que você lutou contra eles sozinho como um verdadeiro guerreiro. -









Armadinomon parecia ter ganhado uma força misteriosa ao escutar a proposta de Dorumon. Parecia um sonho para ele lutar ao lado do grande Indomável. Dorumon era um dos mais admiráveis na vila, era extremamente bondoso. Armadinomon costumava espelhar-se nele algumas vezes em busca de ter êxito no que fazia, contudo sempre se sentiu tão distante e abaixo dele, que jamais pensou que algum dia, um dia como aquele chegaria. O dia em que ele teria coragem de atacar Dorumon de frente, e o dia em que ele lutaria lado a lado com ele. Armadinomon sentia, aquele dia era o seu dia de sorte, para compensar a dor que sentira na noite passada.









– Como dizem... Depois da tempestade vem a Bonança! Vamos lá! Aceito o acordo! -









Agora os dois investiram contra os três. Bárbara ainda estava no chão sentindo dores. Armadinomon havia corrido em direção a ela, iria acertá-la com tudo em uma boa cabeçada. Fabrício ao ver correu e chutou com força o tatu. Doeu, mas como doeu o pé de Fabrício. Armadinimon fechou-se em sua carapaça temendo o pior e ficou protegido. Fabrício caiu ali ao lado dele sentindo o pé.









– Sou um guerreiro! -









O tatu amarelo animou-se com a situação e tentou dar uma cabeçada em Fabrício, que rolou para o lado deixando ele passar mais uma vez sem nada acertar. Foi até Bárbara mancando e a fez levantar-se.









– Obrigada... Me salvou pela terceira vez. -









Fabrício não entendeu nada, mas viu que Dorumon havia derrubado Valéria e tentava mordê-la. Valéria caída no chão segurava cada parte da boca Dorumon com uma das mãos impedindo que ele conseguisse acertar-lhe os dentes.









Fabrício foi para ajudá-la, mas viu Armadinomon vir em uma grande investida contra os dois. Fabrício fez pouco caso, esperou o momento certo e pediu para Bárbara desse um passo para o lado, fazendo com que a criatura amarela passasse direto.









Fabrício e Bárbara pegaram cada qual uma pedra. Juntos, cada qual de um lado, acertaram Dorumon. Fora uma verdadeira prensa, pois de um lado Fabrício forçava uma pedra e do outro Bárbara fazia o mesmo.









– Arg... Aquele imprest... -









Dorumon caiu no chão afastando-se do grupo. Ele havia sentido dor. Ia reclamar de Armadinomon, mas surpreendeu-se. Ele conseguiu acertar uma investida forte em Valéria. Ele veio não correndo, mas rolando e derrubou-a com força no chão. Ela que tinha acabado de se levantar. Sentiu o ataque e agora era a todo o momento acertada pelo ataque rolante de Armadinomon que usava a resistência de sua carapaça.









– Então vocês são meus! Bola de metal! -









Fabrício é acertado e jogado para trás. A força tinha sido bem maior que o ataque feito em Bárbara.









– Escuta aqui sua criaturazinha amarela. Eu achei que estava realmente querendo nos ajudar. Mas, faço questão de matá-lo e dissecá-lo para a ciência. -









Valéria não teve dificuldades em pegar Armadinomon com as mãos, ele não era tão agressivo quanto Dorumon, e suas garras não era perigosas também.









- Desculpe... Eu não pretendia matá-los... Mas... Traidores também são mortos... Ou pior são expulsos para nunca mais voltarem. -









Armadinomon cochichava para que Dorumon não escutasse. Valéria não se lamentava do que escutava, mas ao olhar para o lado vê que Bárbara estava caída e Dorumon preparava-se para matá-la.









- Pare, ou matamos seu companheiro. -









Fabrício se arrastava para junto de Valéria. Quando conseguiu ficar pé apontava o MP4 para Armadinomon. Ele havia perdido o canivete, mas sabia que aquelas criaturas não saberiam que aquilo não faria mal a ninguém. Para eles certamente aquilo seria uma ameaça.









- Eles têm armas... Droga... Não importa! Mate esse covarde! Com os dados dessa aqui, poderei enfrentá-los muito melhor. -









Armadinomon não acreditou que tinha escutado aquilo. A lei sagrada de seu vilarejo era que nunca um irmão do vilarejo levantaria ou deixaria o outro na mão. Dorumon era admirado por todos, era conhecido como Indomável, pela sua garra e justiça, mostrou-se para o pequeno armadinomon um completo vil.









– AHHHHHHHHHHHHHH! -









Armadinomon seu fechou em bola e começou a rodar nas mãos de Valéria que o saltou. No chão ele rolou com velocidade para cima de Dorumon e jogou-se contra ele impedindo que ele continuasse o ataque a Bárbara. Dorumon caiu para frente enquanto armadinomon fez a volta rodando.









- Acabo com você primeiro seu covarde! -









Armadinomon fora acertado pela bola de metal, mas não fez efeito algum, continuou a rodar e acertou mais uma vez a Dorumon que caiu em cima de Fabrício fazendo-o derrubar o MP4. Dorumon gemeu um pouco e logo se desfez em dados.









- Eu... Venci? Ah meu Santo Servidor... Venci! Ai que porcaria que fiz... Eu venci... Matei um membro da minha vila... -









Armadinomon parecia arrasado pelo que havia feito. Ele viu os dados no ar, mais alguns instantes e eles simplesmente iriam desaparecer. Ele sacudiu a cabeça e começou a absorver os dados. Contudo, não conseguiu absorver tudo. O MP4 brilhou deixando-o assustado e o restante dos dados entrou no MP4 que logo parou de brilhar.









– Mas... Não é uma arma? -









Armadinomon não entendia o que havia acontecido. Ele esperava que as criaturas absorvessem os dados antes dele, mas como não pareciam querer fazê-lo, ele o fez. Mas, nunca havia visto um objeto absorver dados.









– Quem... Ou o que é aquilo? -









Bárbara apontava para uma criatura verde, com uma flor na cabeça. Ela tinha olhos grandes e alguns detalhes roxos.









– Palmon... -









– Você... Matou o Indomável... AHHHHHHHHHH!-









A criatura identificada por Armadinomon como Palmon correu apressada pela mata, como se fugisse dos quatro. Armadinomon gritou pelo nome da criatura correndo atrás dela tentando se explicar.









Valéria pegou sua mochila e se jogou atrás dele no mato. Bárbara não acreditava no que via Valéria fazendo, ela estava seguindo a criatura que há instantes tentou os matar. Fabrício pegou a outra mochila e o MP4 do chão, e andou para traz de um mato onde começou a jogar algumas folhas com galhos, fazendo uma espécie de abrigo.









– Ta louco? Não vamos segui-la? -









Bárbara olhando para Fabrício, viu ele balançar a cabeça. Ele foi até ela e tocou em sua barriga, fazendo-a sentir muita dor. Depois ele mostrou o roxo que também estava em seu abdômen. Os ataques de Dorumon não tiraram sangue ou algo parecido, mas havia deixado suas marcas.









– Não sei o porque dela estar seguindo-os... Mas, ela volta! Vamos apenas nos esconder para descansarmos um pouco. É provável que se chegarmos correndo no tal vilarejo com aquela criatura planta contando que o tal Dorumon morreu, nós estaremos mortos. -









Bárbara após escutar aquilo balançou a cabeça compreendendo.






 






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