Três Desejos escrita por Kayra Callidora


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

I'm back
On popular demand
MY DADDY ALABAMA, MAMMA LOUISIANA, YOU MIX DAT NEGRO WITH DAT CREOLE MAKE A TEXAS BAMMAA...
Alguém aí curte Formation? Não?

Okay, eu sei que devo umas desculpas. A verdade é que não é TOTALMENTE culpa minha. Eu vim aqui hoje pra dar uma olhadinha na conta antes de postar o capítulo quatro (sim, QUATRO!), e acabei me deparando com o fato de que - vocês não vão acreditar - EU NÃO TINHA POSTADO O CAPÍTULO TRÊS!

Estava prontinho, editado, revisado, mas a criaturinha aqui simplesmente se esqueceu de postar! E agora aqui vai o prometido e tãão demorado capítulo, e hoje mesmo (ou amanhã bem cedo) o capítulo quatro vai estar disponível.

Desculpinhas pelo ocorrido. ;)



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Capítulo Três

Sua cabeça e suas veias latejavam. Como podia um único deus ser tão insolente, infantil e irreverente como Poseidon? Nem Ares conseguia deixá-la irritada com tanta facilidade, e isso porque ela passava grande parte do seu tempo brigando com ele no Olimpo. Com Ares eram sempre brigas quase sem sentido, provocações aleatórias que, ou terminavam em gritos do deus da guerra e um sorrisinho vitorioso no rosto de Atena, ou em Zeus brandindo o raio-mestre e dando um fim à confusão. Com Poseidon, no entanto, era muito diferente. Estavam juntos há menos de uma hora e ele já havia conseguido despertar nela um ódio que ela levava anos para acumular contra alguém, um ódio real e profundo que fazia com que ela perdesse o domínio de sua racionalidade toda vez que brigava com ele.

Se bem que, ela pensou, a cena que havia acabado de acontecer nada mais era do que uma explosão do ódio que já existia entre eles há milênios, e estava acumulado em seu peito por anos. Na verdade, Atena duvidava muito que aquela mágoa um dia desaparecesse ou ao menos diminuísse.

A água quente do chuveiro escorrendo por suas costas foi o alívio de que Atena precisava. O calor parecia tirar todo o peso da raiva de seu corpo junto com o frio da água que Poseidon havia atirado nela. Atena ficou lá por mais tempo do que o necessário. Não tinha pressa alguma para ver Poseidon de novo, e a água acalmava seu espírito como nada mais. Quando finalmente saiu, viu pelas enormes janelas transparentes que o sol já estava quase no meio do céu. Sua barriga roncava de fome, já que Atena havia saído de casa sem comer de manhã (havia, ingênua como era, esperado que Poseidon e Zeus fossem pontuais), mas como ela não estava nem um pouco ansiosa para ficar perto de Poseidon de novo, preferiu se trocar sem pressa e desfazer todas as suas malas antes de descer para almoçar. Ela escolheu uma roupa lentamente, penteou os cabelos com paciência e separou uma metade do guarda-roupa para guardar suas roupas. Felizmente, a tarefa de pendurar todos os vestidos nos cabides e guardar todo o resto das peças nas gavetas levou bastante tempo, e Atena tinha esperanças de que, quando descesse as escadas outra vez, o clima entre ela e Poseidon estivesse mais ameno e sua vontade mútua de se matar fosse menor.

Ela conferiu sua aparência no espelho uma última vez antes de tomar coragem para ir para o andar de baixo enfrentar a fera. Atena desceu a passos sonoros pela escada, dando para Poseidon a chance de ir para outro lugar caso quisesse ficar longe dela (algo pelo qual ela se sentiria muito grata), mas assim que pisou os pés na sala, o deus dos mares estava sentado tranquilamente no sofá, os olhos cravados na televisão enquanto comia um salgadinho. A deusa se sentou do lado oposto ao dele, quieta, observando ele comer aquela porcaria enquanto seu estômago roncava. Ela não sentia cheiro de comida vindo da cozinha, e com a fome que sentia no momento, estava em sérios apuros se não arranjasse logo um jeito de se alimentar.

— Você não vai almoçar? - ela perguntou, tentando soar casual. Sua tentativa claramente falhou, porque Poseidon olhou para ela com as sobrancelhas erguidas.

Para quem estava prestes a matá-lo segundos atrás, Atena entendia que sua pergunta soara bastante estranha.

— Tomei café da manhã muito tarde, não estou com fome ainda - ele respondeu, no entanto, a voz muito lenta. - Por que a pergunta?

— Nada - Atena respondeu de imediato, se recostando no sofá. - Só curiosidade.

O silêncio pairou entre eles, nada além do som da televisão preenchendo o ambiente, mas Atena não estava realmente prestando atenção ao que passava. O estômago da deusa roncou sonoramente outra vez, e ela, sem aguentar mais, rumou para a cozinha. Atena abriu todos os armários e olhou para todas as panelas, mas nada parecia ter uma utilidade direta ali. A fome agora parecia fazer sua barriga grudar nas costas, mas não havia nada que pudesse fazer. Se recusava a pedir ajuda para Poseidon e ainda mais a contar para ele a pequena e humilhante verdade de que não sabia fazer algo tão simples quanto cozinhar.

Garimpando muito, ela encontrou alguns ingredientes que reconheceu: um frango congelado no freezer e diversos temperos em potinhos coloridos sobre o balcão. Ela leu nomes que pareciam sugestivos a se colocar em um frango e, torcendo para que desse certo, começou a preparação. Não havia nenhum livro de receitas nos armários - honestamente, Afrodite jamais se dedicaria ao trabalho de fazer algo tão mundano quanto cozinhar, não quando podia estalar os dedos e fazer aparecer a refeição que quisesse diante de seus olhos. Mas Atena, em plena posse de seus poderes, mas sem poder usá-los, precisava mais do que nunca de um livro para se orientar.

Tudo pareceu funcionar estranhamente bem até a hora de colocar o frango na panela. Apesar de estar com um cheiro estranho, nada parecia diferente nele, Atena pensou. Isso até colocar em prática. Algum tempo depois de colocar para cozinhar, um cheiro desagradável inundou a cozinha. Era amargo e vinha da panela, e Atena, que estava sentada na ilha da cozinha, esperando o momento em que deduzia que o frango fosse estar pronto, correu para o fogão para ver a situação. O frango fumaçava muito e estava preto, além de grande parte estar grudada no fundo da panela. Atena supôs que não devesse estar assim, e começou a se desesperar. Correu de um lado a outro da cozinha atrás de uma colher, e quando finalmente achou e voltou para o fogão, os frangos mais pareciam pedaços de carvão. Ela apagou o fogo e, com um pano de prato, começou a abanar a fumaça de cima da panela. Mas como tudo que estava ruim podia ficar pior, no meio desse trabalho, o pano de prato prendeu em uma das alças da panela, puxando o braço direito de Atena para o pior lugar possível: a borda da panela. Com o aço queimando contra sua pele, Atena teve que puxar o braço mais de uma vez antes de conseguir se libertar do metal fumegante. A esse ponto, seu antebraço ardia muito, uma queimadura fina o riscando do pulso ao cotovelo.

Como se não estivesse ruim o suficiente, todo o seu estardalhaço chamou a atenção de Poseidon, e assim que ela se afastou da panela e virou para trás, viu que o deus caminhava da porta até ela com o nariz franzido pelo mau cheiro. Seus olhos percorreram a cozinha inteira, desde a fumaça que escapava pelas janelas até o antebraço machucado que Atena segurava, e ele pareceu absorver a situação toda lentamente. Depois de um som saído de seu nariz, que pareceu uma risada mal contida, ele perguntou:

— O que aconteceu aqui, Atena?

A deusa, que nem por um segundo abandonaria seu orgulho, neutralizou a expressão.

— Nada demais. Eu coloquei a comida no fogo e esqueci. Deixei por tempo demais.

O deus espiou dentro da panela, as sobrancelhas erguidas.

— Esqueceu por bastante tempo, aparentemente - ele comentou, pingando ironia em cada palavra dita. - E também esqueceu de colocar óleo para que o frango não grudasse na panela desse jeito, não é mesmo?

Atena sentiu ondinhas de calor subirem até suas bochechas diante da expressão de diversão de Poseidon.

— Tudo bem, você ganhou - ela admitiu, em tom de derrota. - Eu não sei cozinhar, mas estava morrendo de fome e precisava comer, então tentei fazer um frango por mim mesma e deu errado. Satisfeito?

Poseidon balançou a cabeça negativamente, um sorrisinho atrevido nos lábios e o braço direito apoiado no balcão.

— Poderia só ter me pedido - ele disse, para a surpresa de Atena. - Eu não deixaria você morrer de fome.

Assim que ele terminou de falar, seus olhos baixaram um pouco e ele franziu o cenho quando viu o braço queimado de Atena.

— O que aconteceu aí? - ele perguntou, chegando mais perto para ver.

A deusa soltou o braço, deixando sua queimadura, agora de um roxo-avermelhado, visível.

— Só uma queimadura leve de quando eu encostei na panela - Atena deu de ombros. - Nada demais.

— Não tem nada de leve nessa queimadura, Atena - ele segurou a mão de Atena para girar seu braço e conseguir ver toda a queimadura. A deusa inconscientemente prendeu a respiração nesse momento e enrijeceu todo o corpo, incomodada com a proximidade do deus. Era uma reação quase automática do seu corpo toda vez que Poseidon se aproximava: levantar a guarda e ficar alerta. - Pode não parecer nada, mas isso vai arder muito mais tarde. Precisa de cuidados.

Atena não sabia o que dizer em resposta, então simplesmente ficou quieta, absorvendo, estranhamente embaraçada, toda a cena que tinha causado. Depois de um segundo, Poseidon suspirou e abriu um sorriso pequeno.

— Vá achar uma pomada para cuidar disso - ele disse, inesperadamente, já se colocando em movimento. - Eu vou preparar alguma comida.

— Para nós dois? - Atena perguntou, ainda que a pergunta parecesse um tanto idiota.

— Claro que sim - Poseidon respondeu como se fosse óbvio.

Atena meneou com a cabeça, embora o deus dos mares já não conseguisse mais ver, e saiu em direção à sala, estarrecida. O comportamento de Poseidon quanto àquela situação fora completamente diferente do que ela esperava, e a surpreendera de maneira positiva. Não imaginava que ele se preocuparia com seu machucado ou que se ofereceria para cozinhar nem em um milhão de anos. Sua mente ainda girava, um tornado de pensamentos acelerados, quando ela chegou à sala e começou a vasculhar alguns armários em busca de um kit de primeiros socorros que provavelmente não encontraria. Em qualquer outra situação, ela seria perfeitamente capaz de se curar sozinha, usando magia - e Afrodite também. Por isso não esperava que a deusa do amor tivesse se dado ao trabalho de comprar um kit de curativos quando construiu a casa. O problema era que, naquela condição, em que precisava evitar usar magia por causa da proximidade dos titãs, era exatamente o que Atena precisava. Depois de vasculhar muito todos os cantos possíveis, para sua surpresa, encontrou, em uma prateleira, uma pequena caixinha vermelha que não tinha nada mais do que um band-aid, uma pomada e uma gaze enrolada. Ela pegou a única pomada, cujo uso específico ela sequer sabia qual era, e passou uma gota na linha vermelha em seu braço. A queimadura ardeu, e Atena teve que trincar os dentes para não gemer de dor.

Não houve nenhum efeito imediato no ferimento, então a deusa voltou para a cozinha, a pomada ainda secando no braço, na esperança de que a comida já estivesse pronta.

A cena que encontrou ao chegar lá era no mínimo curiosa. Muitos ingredientes e panelas dispostos sobre a ilha que ficava no meio da cozinha e Poseidon de costas - finalmente voltando a vestir uma camisa -, encostado ao fogão, experimentando algum caldo em uma colher de madeira. Ele parecia muito concentrado no que fazia, e sequer percebeu a presença de Atena até que a deusa se aproximasse e perguntasse:

— O que você está preparando?

O deus se sobressaltou ligeiramente ao vê-la ali, mas se recompôs rapidamente e respondeu:

— Filé de frango à parmegiana. Você gosta?

Atena meneou com a cabeça - ela desconfiava que fosse gostar de qualquer comida que ingerisse no estado em que estava -, e inalou o cheiro delicioso que saía da panela mais próxima.

— Parece estar muito bom - ela comentou.

— Não tenho certeza - Poseidon mergulhou a colher de madeira na panela e a estendeu para Atena. - Aqui. Experimente um pouco e me diga o que acha.

Atena aproximou a boca da colher, sem poder deixar de achar um pouco estranho aquele ato, e saboreou o caldo que estava ali. O gosto que sentiu a fez ter vontade de fechar os olhos e sorrir. Ela nunca diria com palavras tão elogiosas em voz alta, mas aquele caldo estava perfeito. Os dedos de Poseidon roçaram levemente seus lábios ao puxar a colher de volta, e mesmo Atena sabia que suas bochechas estavam vermelhas depois daquilo.

— Está muito bom - ela concedeu contidamente, dando a volta na parede que dividia a cozinha da sala de jantar e parando, agora, frente a frente com Poseidon. - Não imaginei que soubesse cozinhar.

Poseidon colocou a colher de lado e se moveu para o lado, passando sua atenção para outra panela. Ele deu de ombros para o comentário de Atena.

— Eu tenho bastante tempo livre às vezes - ele respondeu. - É algo que eu gosto de fazer e também é relativamente fácil. O que me surpreende mesmo é que a enciclopédia ambulante do Olimpo não saiba cozinhar.

— Eu não sou uma enciclopédia ambulante - Atena reclamou. - E bem... Eu nunca tenho tempo livre - ela sorriu amargamente. - Não desde que... De toda forma, estou sempre tão cheia de trabalho que dificilmente eu conseguiria separar algum tempo para aprender isso.

— Que tipo de trabalho poderia tomar tanto tempo assim? - Poseidon indagou, parecendo curioso.

— Ah, eu faço todo tipo de coisa - Atena respondeu, endireitando a postura. - Supervisiono a reforma do Olimpo, resolvo alguns problemas com deuses menores, atendo situações do mundo dos mortais, organizo festas... Entre outras coisas.

Poseidon ergueu a cabeça, dessa vez nitidamente interessado.

— Pensei que tudo isso fosse o trabalho de Zeus.

— Algumas dessas coisas são - Atena respondeu, encolhendo os ombros. - Mas parece que ao decorrer dos anos meu pai está ficando irresponsável. Ele não se preocupa com mais nada além das amantes dele, e se eu não intervir, as coisas se tornam um caos. E eu não posso deixar o Olimpo desmoronar só porque ele não se importa o suficiente.

— Mas isso não é justo com você - Poseidon exclamou, e agora parecia indignado. - Você ao menos recebe ajuda de outros deuses?

— Eles estão tão desinteressados quanto Zeus - Atena admitiu.

Poseidon franziu o cenho de um modo muito preocupante, e Atena desejou saber o que se passava em sua cabeça naquele exato momento.

— Então vir à esta missão foi praticamente como entrar de férias para você - ele respondeu depois de algum tempo refletindo.

— De certa forma, sim - Atena concordou. - Burocraticamente falando, eu vou ter muito menos trabalho com essa missão do que no meu dia a dia.

— Por outro lado, você vai ter muito mais trabalho comigo do que no seu dia a dia, não é mesmo? - Poseidon sorriu marotamente.

Atena não pôde se impedir de sorrir também. Era quase assombroso o modo como a conversa com Poseidon fluía tão naturalmente depois de uma briga feia como a que tiveram. Quase como se nada tivesse acontecido e conversassem como amigos.

— Muito bem, acho que isso está pronto - Poseidon anunciou, retirando a deusa de seus devaneios. - Está com muita fome?

Quase como se ouvisse a pergunta, o estômago de Atena roncou sonoramente outra vez e ela sorriu.

— Eu diria que sim.

Poseidon colocou dois pratos e alguns talheres sobre a ilha, e Atena deu a volta para se servir. O frango que colocou em seu prato estava suculento e macio, e quando a deusa experimentou o primeiro pedaço, era como se fosse levada ao paraíso por um instante. Com a fome que estava, duvidava que fosse achar qualquer comida ruim, mas tinha que admitir que aquilo estava realmente saboroso.

Por algum motivo estranho, estavam comendo na sala - Poseidon serviu seu prato e seguiu para o cômodo, e Atena, tão possuída pela fome que mal controlava seus passos, apenas o seguiu. Mas isso era bom, porque Atena precisava conversar com o deus, e era melhor que estivessem confortáveis enquanto o faziam.

Ela esperou até que ele terminasse de comer - muito tempo depois dela - e então pigarreou.

— Precisamos conversar.

Poseidon se virou para ela, parecendo ao mesmo tempo curioso e amedrontado.

— Seja lá o que tenha acontecido, eu juro que não fui eu.

Atena apenas balançou a cabeça.

— Para variar, você não fez nada dessa vez - ela respondeu. - Mas acho que precisamos deixar algumas coisas claras se vamos viver juntos durante algum tempo.

Impressionantemente, Poseidon concordou sem discutir, então Atena continuou:

— Primeiramente - ela suspirou, e a próxima coisa que disse não deixou seus lábios sem relutância. - Muito obrigada por isso. Pelo almoço, eu quero dizer. Eu teria morrido de fome sem você hoje.

Poseidon sorriu, fingindo modéstia, mas Atena conseguia enxergar o convencimento debaixo de seu sorriso.

— Não foi nada - ele respondeu. - Afinal, não posso deixar minha companheira de missão morrer de fome. Eu teria que fazer tudo sozinho.

— Muito altruísta da sua parte - Atena rebateu, irônica. - Mas continuando... Precisamos estabelecer algumas regras de convivência. Sabe, para sabermos o que fazer para que um não queria matar o outro.

— Eu temo que isso vá acontecer de um jeito ou de outro - Poseidon riu. - Mas já que você comentou, por que não começa?

— Certo - Atena endireitou as costas para falar, como se já tivesse todo o discurso pronto em sua mente. - Primeiramente: nada de semi-nudez na minha presença. Estou falando sério! - ela exclamou quando a risada de Poseidon se tornou uma gargalhada. - É uma questão de respeito.

— Atena, eu vou defender até a morte a minha visão de que ficar sem camisa não é semi-nudez - ele respondeu. - É um hábito, amor. Existem certas coisas que não conseguimos mudar.

— Eu acredito na sua capacidade de anular um hábito tão simples quanto esse só por alguns dias - Atena rebateu, irredutível. - Assim como esse hábito de me chamar de amor. É o único pedido que eu vou te fazer, Poseidon.

— Tudo bem - Poseidon suspirou. - Eu vou tentar.

— Obrigada - o tom de Atena era sincero. - Tem alguma regra que você gostaria de criar?

— Hum... Não, acho que não - Poseidon concluiu.

— Certo - Atena respondeu. - Então só para que fique claro entre nós: a partir de hoje você vai tentar - ela reforçou a ironia na palavra - cobrir o seu tronco e não me chamar de "amor". Também vamos deixar determinado que aquele que dormir no quarto vigia a ilha no dia seguinte. É isso?

— Se você diz... - Poseidon concedeu, dando de ombros.

Atena estava até um pouco surpresa com sua concordância sem brigas, mas pelo bem da pequena trégua em que haviam concordado, não insistiu no assunto.

— Tudo bem - ela se levantou, alisando a roupa ao fazê-lo. - Eu vou... Conhecer um pouco mais da casa.

Poseidon simplesmente assentiu, como se já tivesse se desligado daquela conversa, e com isso, Atena se retirou.


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