Miraculous: Tire a Máscara escrita por SofyLiddell


Capítulo 26
Segredos e Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

AQUI O TÃO ESPERADO CAPÍTULO COM (quase) 4000 PALAVRAS!!
Sim, eu disse que ia ser 5000, mas não deu certo, vou explicar:
Gente, MIL DESCULPAS MESMO PELA DEMORA!
eu fiz caquinha e tive que ficar um mês sem o PC, e depois o PC quebrou o/ (Por isso vou postar logo, por conta da demora!!)
MAS PELO MENOS EU TERMINEI O CAPÍTULO E ESTOU AQUI PRA POSTAR!
ESPERO QUE GOSTEM ♥ ♥



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Uma voz irritante o chamara. Ele voltou sua atenção para ela, e viu Chloe, uma importante figura na cidade de Paris, filha do dono de quase toda aquela cidade. Quando digo toda, quero dizer quase toda mesmo, ele vive comprando e comprando mais lojas para satisfazer o desejo de ambição de sua "filhinha querida". Imagine o que seria se ele não fosse o homem mais rico da cidade?

Ela sempre era acompanhada por sua "escrava", uma garota ruiva que usava roupas que a própria Chloe escolhia, e não podemos reclamar, ela tinha um bom gosto ao se vestir, mesmo que seja muito extravagante. A loira abusava nas joias e nas rendas, enquanto a ruiva preferia apenas manter-se atrás das cortinas, não gostava de chamar atenção, e a loira preferia assim:

— Que coincidência encontrá-lo por aqui - Chloe começou se aproximando de Adrian e abraçando seu braço - Eu estava fazendo alguma compras, gostaria de me acompanhar? - Perguntou aproximando seus lábios de sua bochecha e assim, depositando um beijo, que o garoto retribuiu com uma cara de nojo e se despediu rapidamente, deixando a loira com uma expressão raivosa.

Todos nós sabemos porque ele ignora a Chloe. Seu coração pertence a heroína da cidade, Ladybug, aliás, quem não gosta dela? Realmente, ela é uma das poucas mulheres da cidade que recebem conhecimento. Muitos homens admiram Ladybug, por sua beleza e por sua inteligência. Não vamos mentir, Adrian sentia ciúmes, eram muitas pessoas querendo sua Lady e ele era apenas mais um entre vários. Apenas um gato preto.

Esses pensamentos foram espantados ao ver de longe, um braço agitado tentando chamar sua atenção. Quando se aproximou, percebeu que era sua amiga Juliette:

— Finalmente, estou lhe chamando faz um tempo. O que estava fazendo? - Perguntou assim que viu seu colega frente a frente.

— Bom, perdido em pensamentos. - Respondeu e logo deu um sorriso, que foi retribuído.

— Ah, eu fico assim também. Eu estava indo na biblioteca, você quer vir comigo? Q-quer dizer, s-só se você quiser - Gaguejou.

— Bom, na verdade, eu não tinha um lugar certo pra ir - O garoto disse e depois respondeu o convite - Sim, eu quero ir com você!

Ela se virou rapidamente fazendo o caminho para a biblioteca e escondendo o sorriso que formou em seus lábios quando ele aceitou seu convite. Ficaram calados durante um tempo até chegarem na porta da Biblioteca. Juliette abriu para os dois entrarem e logo ficaram em silêncio. Não tinham muitas pessoas ali dentro. Os amigos foram juntos até chegarem em qualquer prateleira. Juliette estendeu sua mão para pegar um livro qualquer deles e abriu em uma página qualquer. Não lhe interessou muito e devolveu-o para o seu lugar. Acabou não levando nada. Quando iam saindo da biblioteca, perceberam um garoto, da altura de Adrian, com os cabelos mais escuros e a pele morena. Chamaram a atenção dos dois amigos, pois ele estava falando sobre Ladybug e ChatNoir. Adrian chamou a atenção do garoto e começaram uma conversa:

— Olá, meu nome é Adrian. Lamento interromper, mas eu sou um grande fã do ChatNoir - O loiro se aproximou e atrás dele vinha Juliette.

— Bom, estávamos mesmo conversando sobre os heróis da cidade - O garoto moreno respondeu apontando para uma garota pálida, seus cabelos estavam presos em um coque alto e um véu cobria uma parte do seu rosto, deixando apenas um olho a mostra, que mostrava ser da cor vermelha. Seu vestido era de um estilo gótico, e da cor preta com alguns enfeites roxos - Meu nome é Antônio. Sou um policial, estou apenas de passagem aqui na livraria. Esta jovem disse que ouviu algo dos heróis que podia ajudar no caso do vilão que mexe com o psicológico das pessoas.

— Meu nome é Julietta, prazer - A garota com o véu apertou a mão dos dois amigos, e Adrian riu um pouco pela semelhança entre os nomes da jovem e da sua amiga - Ontem mesmo, eu estava passando por um beco e ouvi uma voz estranha. Era perto de uma loja e uma padaria. O nome da padaria era Mr. Maerd. Bom, espero ter ajudado senhor policial. Até qualquer outro dia, senhores e senhora - E se retirou da biblioteca.

Os amigos se despediram do policial e logo Juliette teve que inventar uma desculpa, pois tinha que se vestir de Ladybug o mais rápido o possível. O garoto teve que inventar também outra desculpa, ambos tinham que virar heróis.

Correram cada um para um beco diferente e saíram como Ladybug e ChatNoir. Se encontraram de frente a uma padaria que tinha uma placa a identificando como "Mr. Maerd". Ao lado dela, havia um beco. Adentraram naquele local escuro e procuraram por algo que podia ser uma pista:

— Como vamos achar alguma coisa? - ChatNoir perguntou para a companheira - Quero dizer... Nem sabemos ao certo o que viemos procurar!

— Esse é o problema Chat. Nós não sabemos o que estamos procurando - Ladybug respondeu tentando achar alguma coisa numa caixa de papelão que tinha por ali - Mas não podemos desistir. Lembre-se, somos os heróis da cidade, todo mundo confia na gente para isso. Agora, vamos continuar procurando.

E assim, os heróis passaram quase uma hora naquele beco procurando alguma coisa, infelizmente não achando nada. Ficaram com fome, até heróis sentem isso. Resolveram ir para a padaria ao lado. Os dois pediram um sonho, ChatNoir sorriu:

— Olha só, por que será que a senhorita não aceita esse sonho aqui? - Perguntou apontando para si mesmo.

— Por que eu estou muito bem acordada - Respondeu e depois virou-se, pegou a sacola com dois sonhos dentro e saíram da loja - Não acredito que não achamos nada!

— Calminha, Ladybug. Nós vamos conseguir, afinal, somos heróis, certo? - Seu companheiro chamou sua atenção - Nunca desistimos e sempre vencemos!

— É o que eu disse. Você está apenas dizendo o que eu mesma disse, Chat.

— Por isso mesmo, siga seus próprios conselhos, Ladybug. Do que adianta dá-los para outras pessoas se nem você mesma segue?

A heroína sorriu. Ficaram apenas mais um tempo no beco procurando algo que nem mesmo eles sabem o que é. Não encontraram nada que possa identificar o vilão, mas não desistiram. Combinaram de voltar no dia seguinte, e se despediram.

O gato preto foi para sua casa e entrou pela janela. E conseguiu tirar sua roupa de herói antes de seu pai entrar no quarto:

— Boa noite, filho.

— Boa noite, pai - E apenas com essa pequena conversa, o homem se retirou do quarto. O garoto se sentou na cama e observou o seu gato preto subir para o seu colo em busca de carinho - Ele acha que um boa noite serve de atenção. Como se um boa noite recuperasse todos os anos que nós nunca nos falamos.

O gato miou.

Adrian sorriu.

A jovem heroína da cidade também estava em sua casa. Seus pais ainda não haviam chegado. Eles quase não ficam em casa, raramente fazem uma refeição juntos, e quando fazem, eles praticamente engolem a comida pois "não tem tempo". Juliette sabe que eles são ocupados, mas ela realmente queria passar mais tempo com eles. Pensava nisso enquanto pintava. Com Tika ao seu lado, enquanto comia o seus deliciosos biscoitos. A garota pintava um campo. Um bonito campo. Onde podia-se ver o céu com vários tons de azul, amarelo e rosa. Resolveu fazer um por do sol. Uma árvore também podia se encontrar na imagem, uma corda presa ao galho e na ponta, um pedaço de madeira, um balanço. Juliette imaginou como seria poder ir para um local parecido com esse e ficar se balançando, enquanto via seus pais por perto fazendo um piquenique. Paz, pensou, uma palavra tão simples, mas com um significado tão forte.

Ouviu o barulho da porta se abrir. Correu para a sala e viu novamente, o homem que comprava seus quadros. Ela fingiu um sorriso e o levou até seu atelier:

— Juliette. Pelo jeito que você correu para a sala, você estava esperando alguém importante, posso saber quem?

— Eu achava que eram meus pais. Mas eu acho que só fui iludida.

— Por que acha isso?

— Eles nunca param em casa, e não é de um dia pra noite que isso vai mudar - A garota já sentia seus olhos úmidos, e não podia impedir isso - Tudo o que eu queria era alguém presente em minha vida, acompanhando meus passos e elogiando minhas vitórias e me ajudando a aprender com os meus próprios erros. Mas eu nunca tive isso. Nunca - Lágrimas desciam de seus olhos. Ela não conseguiu segurar.

Um abraço. Foi o que o homem deu para a pequena jovem. E era apenas tudo o que ela precisava naquele momento. Ao se separarem, ela limpou as lágrimas e sorriu. Pegou o quadro que o homem veio levar e deu em suas mãos. Ele agradeceu, e disse depois que preferia ficar, para vê-la pintando. Ela gostou da ideia e se sentou em frente ao seu quadro, pegou o pincel e começou a passar mais vida para aquela pintura.

Apenas uma coisa a nossa pequena heroína não notou.

E era que Tika não gostava nem um pouco da presença daquele homem.

—x-x-x-

Era impossível. Era o mesmo que procurar gato na água. E eles sabiam disso. Mas mesmo assim continuavam querendo achar algo que tinham certeza que não existiam.

Já era a terceira vez na semana que eles vinham para aquele beco. Já havia acontecido mais dois ataques, e as vítimas dos dois disseram que ouviram a voz misteriosa desse beco. Viram aqui. Viram ali. Reviram o mesmo lugar todo no mínimo umas dez vezes. Cansaram, era inútil, o vilão que estavam enfrentando não era um simples ladrão, era praticamente um ninja! Sempre sumia sem deixar rastros, e desse jeito, os heróis detetives não iam conseguir muita coisa.

Mais uma vez foram para a padaria do lado do beco. Novamente os dois pedidos, os mesmos pedidos que fizeram desde que tiveram ali pela primeira vez. Comeram, mas dessa vez, o gosto era muito igual, enjoaram-se do gosto daquilo. Mas mesmo assim, comeram. Ladybug principalmente, não havia comido nada desde que acordou. ChatNoir estava bem, e sem fome, sempre tem um farto café da manhã disposto para ele.

Os dois heróis resolveram ir para a delegacia, queriam falar com um único policial que tinha ali. Não era qualquer um:

— Queremos falar com o policial Antônio! - A voz do gato preto era alegre. Sempre estivera com um sorriso no rosto, diferente de sua companheira. E com esse simples pedido, foram levados para uma sala onde estava o homem moreno.

— Ladybug! ChatNoir! A que devo a visita de vocês? - Assim que o policial que levou os heróis para aquela sala saiu e fechou a porta, a expressão no rosto de Antônio mudou - Então, o que descobriram?

— Nada! Apenas um beco imundo, como sempre! Não vamos achar nada lá! - Ladybug desabafou. Estava cansada. Cansada da mesma rotina de sempre. Não pediu permissão, simplesmente se jogou em uma das cadeiras que estavam ali. ChatNoir fez o mesmo.

— Bom, tem alguém que vocês conheçam que pode ajudar com isso? - Perguntou.

— Nós já conversamos com as três vítimas que tiveram até agora - O garoto de cabelo loiro, que era escondido pelo chapéu, chamou a atenção para si naquela sala - Doutor Raul, que virou um cara louco que queria queimar tudo. A florista Rosiny, que queria tratar todos como plantas. E o cientista que é dono da empresa Aknek. E tudo nos leva para aquele beco, que já deve estar cansado das nossas visitas.

— Se querem a minha opinião - O policial começou - Eu acho que esse vilão já está esperando vocês irem para esse beco todo o tempo. Então obvio que ele irá sair dali sem deixar nenhum rastro! Ele não vai querer ser descoberto!

— Eu acho que você está certo, policial Antônio - Ladybug começou - Tudo o que precisamos fazer é um plano. E eu tenho um perfeito. Mas ainda precisa ser melhor planejado - A heroína levantou da cadeira com uma expressão renovada em seu rosto - Eu e meu companheiro iremos agora conversar com um jornalista. Amanhã, pode ter certeza, nós voltaremos.

— Estarei aguardando sua visita, Ladybug - O policial Antônio se despediu depositando um beijo na mão da heroína, deixando ciúmes surgirem em ChatNoir.

Ele não podia culpar ninguém. Nem mesmo o próprio Antônio. Era difícil encontrar um só homem naquela cidade que não fosse apaixonado pela garota mascarada. Mesmo nessa época que o machismo era grande, Ladybug era uma das únicas mulheres que são reconhecidas na sociedade. Ela era incrível e não podemos evitar de dizer que também era bem bonita. Qualquer um faria qualquer coisa para ficar com ela.

Mal sabiam eles que seria inútil. Por debaixo daquela máscara, havia uma garota que já tinha seu coração roubado por alguém. E esse roubo, não podia ser desfeito pela heroína.

Saíram daquela delegacia e andando pelas ruas de Paris, chamando atenção. Chegaram no prédio que era responsável pelos jornais da cidade e entraram. A própria pessoa que eles queriam conversar atendeu os heróis e os levou para a sua sala.

Louis, nome conhecido por ser o melhor jornalista da cidade. Ninguém naquela cidade sabia, mas não era bem Louis seu nome. Nasceu sendo chamado de Louisa. Mas preferia sempre manter isso em segredo, por causa do alto preconceito na época, tinha que manter seu nome verdadeiro escondido e seu cabelo preso em um coque e dentro de um chapéu.

— Então, o que planejam fazer aqui? - Perguntou - Desculpe meus modos. Por favor, sentem-se - Disse, forçando o tom grosso.

— Precisamos conversar, sobre um plano. Eu preciso da sua ajuda para planejá-lo melhor - Ladybug contou.

O plano era simples. Bem simples, na verdade. Uma pessoa teria que fingir um sentimento ruim e passar em frente àquele beco, e tentar identificar a voz. Mas todo plano tem suas dificuldades. Primeiro, teriam que ter uma pessoa que conseguiria ser um bom ator. Segundo, teriam que ter um espião ali perto, pronto para identificar o vilão. Conseguiriam fazer isso? Só se colocassem em prática. Pediram ajuda para o jornalista, que ajudou com prazer ajudá-los, já que era fã dos feitos dos heróis.

O próximo passo era pedir ajuda para o policial que ajudava eles. Isso seria fácil, já que ChatNoir e Ladybug já se tornaram meio que amigos do Antônio. Mas já estava tarde, e se o garoto por baixo do óculos e chapéu do herói chegasse tarde em casa, teria sérios problemas. Se despediu da heroína com um beijo depositado em sua mão, o que fez a garota corar levemente, mas o gato preto não percebeu. Ladybug ficou mais alguns minutos conversando sobre o plano com o jornalista, até finalmente se despedirem.

O jornalista agradeceu um pouco pela heroína ter ido embora e tirou o chapéu de sua cabeça, o que revelou seu cabelo que ia um pouco abaixo dos ombros:

— Poderiam simplesmente aceitar mulheres nos ambientes de trabalho, seria tão mais fácil - Louis, antes chamado de Louisa, olhou para a porta por onde a heroína havia saído - Ladybug, você é tão sortuda.

A nossa garota morena estava correndo rápido para chegar logo em casa. Praticamente arrombou sua própria porta e foi recebida por altos latidos de sua cadela:

— Calma! Calma! Sou eu, Juliette - Respondeu e depois sentiu o peso de Tika sobre seu corpo e lambidas em seu rosto - Você deve estar com fome, não é? Desculpa, eu estava ocupada - Se levantou do chão e colocou um pote de biscoitos para sua cadela se deliciar.

—x-x-x-

Era um novo dia, Juliette estava no mercado da cidade com seu amigo Adrian enquanto escolhiam algumas frutas. Depois, resolveram ir para uma praça, se sentar em um banco qualquer. Olharam para frente e se depararam com uma padaria e um beco. Os dois sabiam o que era aquilo, mas nenhum dos dois sabiam que a pessoa que estava ao seu lado também sabia. Era um grande segredo ser um herói, e sufocante também, ninguém sabe, apenas você, por isso é um segredo. Segredo só é um segredo se você não contar pra ninguém:

— Então, pintando muito? - Adrian perguntou, dando uma mordida em uma maçã.

— Já tenho a encomenda de mais dois quadros - A garota respondeu com um grande sorriso no rosto.

— Hm, você deve gostar mesmo de pintar, não é?

— É divertido e libertador... Sei lá, me sinto eu mesma quando pinto!

— E você não é você mesma de alguma outra forma? - O garoto perguntou aquilo por um simples motivo, ele era muito mais ele mesmo quando estava com seu rosto escondido por um chapéu que continha orelhas de gato. Mas de vez em quando, ele se abria mais perto da sua amiga Juliette, o que ele começou a achar estranho.

— Bom, tem algumas vezes que sim, eu me sinto mais eu mesma - A garota respondeu, com a imagem dela mesma vestida de Ladybug em sua mente. Mas claro que não era só nesses momentos que ela sentia a vontade de ser apenas ela mesma - E também quando eu estou com você. Me sinto mais a vontade com você, sabia disso Adrian? - O loiro se virou e ficou a olhando de cima a baixo com um sorriso. Juliette logo corou, olhando para o chão - D-desculpa, e-eu não devia t-ter falado i-isso!

— T-tudo bem! - A garota percebeu muito bem que o garoto gaguejou no início da frase, então começou a passar várias teorias por sua cabeça, cada uma mais maluca que a outra, e cada uma mais perfeita que a outra - Bom, eu vou ter que voltar logo para casa.

— Adriaaanzinhoo! - Aquela voz novamente o irritando - Você por aqui? Ah, claro, bem que eu percebi - A loira falou olhando a garota do lado do loiro - Você nunca compraria coisas no mercado, pediria a sua escrava - E logo em seguida bateu palmas, e uma garota ruiva apareceu do seu lado.

— Eu não sou escrava dele! - Juliette tentou se posicionar naquela conversa.

— Por que você sempre trata os outros como se você fosse a rainha da cidade, hein? - Adrian perdeu sua paciência, não aguentava mais Chloe agindo como se fosse a dona de todo aquele mundinho que ela chamava de seu - Você não é dona de tudo.

— Você quer ver como quase toda loja dessa maldita cidade é minha? - Reclamou, com uma voz fina, não gostava de ser contrariada e tinha um péssimo hábito de reclamar de tudo.

— Chloe, um dia essa ambição toda pode se voltar contra você - Juliette falou, tentando acalmar a garota.

— Todos nessa cidade me amam! Quem não me ama posso resolver isso facilmente! Eu mando em tudo, caso não perceberam! - Os gritos finos chamaram atenção de algumas pessoas ali no mercado, se não de todas. Lágrimas falsas desciam pelo rosto da loira, que logo foram limpas por um pano nas mãos da ruiva que sempre a acompanhava. Ela logo saiu correndo, como o mesmo draminha de sempre, e sua escrava foi atrás.

— Deixa ela - Adrian impediu Juliette de ir atrás da mesma, parou para pensar durante um tempo e resolveu obedecer o menino. Andaram lado a lado até um banco em uma praça e ali ficaram - Não entendo porque tantas garotas gostam de mim, é sempre assim.

— B-bom, e-eu também gosto de você Adrian, você s-sabe disso, não é?

— Sim, você é minha melhor amiga! - Ele respondeu, deixando a garota ao seu lado com medo de falar o que vinha a seguir - Juliette?

— N-não é só como amigo que e-eu gosto de você, Adrian...

— O que você está tentando dizer com isso?

— É que... De uns tempos pra cá, eu percebi que eu não gosto de você só como amizade, eu vim percebendo que eu o amava de verdade, e... E-eu gosto mesmo de você, Adrian... Acho que você já tinha percebido - A garota parou de falar e encarou o menino à sua frente, ele engoliu em seco e logo Juliette teve vontade de nunca ter dito aquilo e ficou extremamente envergonhada. Mas ainda assim continuou - E-eu queria saber o que você sente também.

— J-juliette, eu nunca pensei que... Mas, infelizmente, e-eu vou ser sincero...

— Por favor, seja.

— E-eu já gosto de outra pessoa...

É obvio que ele gostava de outra, a vida não era um conto de fadas. Adrian era filho de um dos homens mais ricos da cidade e era rodeado por meninas quase sempre, em algum momento ele ia prestar atenção em uma delas, e Juliette não estaria perto nesse momento para impedir. Mas tudo que ela queria era um pouco de consideração, por simplesmente ter guardado esses sentimentos durante todo esse tempo, não foi fácil, foi uma das coisas mais difíceis que ela já fez, e agora que ela simplesmente contou o que queria contar, ela esperava no mínimo uma frase fofa ou um movimento que pudesse provar de que ele pudesse talvez sentir o mesmo.

Mas ele não sentia.

Ele já amava outra pessoa. Outra pessoa que não era a Juliette.

— Quem é... Essa pessoa? - Ela quis acrescentar a palavra 'sortuda' no final, mas sentiu que esse não era o melhor momento.

— Bom, eu realmente acho que é uma idiotice eu gostar de alguém que eu simplesmente não sei quem é.

— Como assim?

— Por favor, não ria, mas eu gosto da... Da heroína de Paris. A Ladybug.

E por uma fração de segundos, uma mini onda de esperanças surgiu no coração de Juliette.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam nos comentários ♥
Beijinho pra voxês ♥
P.S.: Me perdoem MESMO pela demora ♥