"Estranho." - Gihihi... "Hã?"—Gya! Hahahahahaha! — Veio ver o show também? "Mas eu não... Por que está escuro?" — Gya gya hya hahaha! Ahá aaahhh gaha ha. "Por que ela está rindo? E quem está rindo?" — Tanto tempo se passa e você ainda não sabe? Hehe... "Hã? De quem são essas vozes o que tá acontecendo?" - EEEEI!!! 

— Gya hahahaha  Gya aaaaha! "Hã? Minha voz saiu, mas..." - Por que estão rindo? *Além das risadas um barulho de conversa de muitas e muitas pessoas que ecoavam como se estivessem em uma sala fechada, um outro barulho me chamava a atenção e por algum motivo ele me dava medo, apesar de eu não saber explicar bem o que é.*

— Ôoo... Estão vendo isso? *Diz uma voz debochada e uma grande ovação de concordância em resposta.* — Gya ha hihiha. Ei, Koishi, pare com isso e veja. *Então a primeira voz da risada pareceu parar de falar porque ela sumiu no meio de tantas outras e entrou em foco.* — Sim Koishi! Eu estou vendo ela. Gihihi... Essa ai é a que não tem memória né? Gihihi... Gyahahahaha. — É... *Então o barulho de algo que parecia estar rasgando pareceu calar a todos.* — Ei! Koishi! Não é porque a Koishi saiu do controle que você pode simplesmente acabar com a diversão! *Diz a voz em um tom arrogante, porém não parecia tão irritada, o problema era...* — EU TAVA BRINCANDO! SUA VADIA ESTÚPIDA! IDIOTA! *Então mesmo sem enxergar eu consegui perceber que estavam discutindo, foi então que eu senti dor como se tivesse levado um soco, e vieram vários em seguida, mas sentia na perna, no rosto no braço.* - QUE TÁ ACONTECENDO?! *Grito suplicante sem entender.*

—Tsch... Você é uma vadia mesmo eim? Quanto tempo demorou da outra vez? Duas semanas... Saco... Já tem uma e pouquinho já tá na... *Antes dele continuar a frase, eu me lembrei de como se enxergava, era só abrir os olhos.* — Ah finalmente. *Então eu notei que aquilo tudo era apenas vozes, não havia ninguém.* — Gyahahaha! Ei gente! A Esquecida aprendeu a abrir os olhos! Parém de brigar vocês duas! Quer levar a gente pro hospital é? *Assim que ele respondeu, eu vi minha própria mão vindo em direção ao meu rosto e me acertando, a boca no entanto mordeu o braço e eu senti a dor tanto do soco quanto da mordida.* — Hunf! Quem mandou acabar com a graça do gato, opa! A gente pode ver agora? Boa Koishi! Gihihihihi, ver assim sempre é mais legal! Gya haha haha!

— Do que vocês tão falando? *Pergunto em dúvida, mas a resposta estava diante de meus olhos.* - Pera ai... Por que minha mão tá com sangue? — Gyahahahah! Isso nunca perde a graça não é Koishi? — Sim! Sim! Graça! Graça! Gihihihih hya hahahaha! Olha mais pra baixo! Olha mais pra baixo! Baixo! Gihihihihi! — Ei! Koishi! Não estraga a supresa. Hehehehe. "Pra baixo?" *Então eu fiz o que diziam, e vi no meu colo um gato, ou o que era dele, ele não tinha patas, nem orelhas, nem focinho e a barriga estava aberta no meio.* - Aaaaaaaahhh!!! *Soltei um grito que ecoou pelo quarto.* — Gyahahahahaha! MUITO BOM! Aaaah! Ahahahahaha! — Gihihi hahahahahaha! Koishi ♪... Koishi... ♫ Sim! Sim! Nunca perde a graça! Olha pra... — Não! Espera ela ver! Vai ser mais legal! Gya hahahaha. *No meio dessa cena estranha, vi meu corpo se mover sozinho, quando eu tentava ir para frente, senti que uma força queria ir para trás, então acabei caindo para trás, claramente sentando em algo, então uma voz de longe surgiu.*

EI! EU TAVA TENTANDO CHAMAR A MULHER! QUEM FOI A KOISHI IDIOTA QUE QUIS IR PARA TRÁS?!

*Apesar de longe era agressiva, uma outra também ecoou, um pouco mais perto.* 

P-p-p-parem com isso! P-p-por que gostam tanto de-d-d de atormentar a Koishi?

— Hãaa? Prefere que atormentamos você é? Koishi? Gya hahahaha! — Gihihi hya ha ha! Sem graça! Sem graça! Você só fica calada chorando, não tem graça! GRrraaaaaçaaaaa! Gyahaha hihihihihi! *As duas vozes pareciam ecoar novamente, mas quando eu levantei e fiz o braço ir em direção ao local, notei que era as patas e as orelhas do gato, soltei na hora com um grito agudo.* - AAAAAHHHHHHHHH! *Caíndo novamente para trás.* — AH... Muito bom! Você vai me matar! Você vai me matar! *Então eu comecei a bufar de rir ali no chão sem controle, assim como virei minha cabeça e vi meu braço pegando uma faca e enfiando na cabeça do gato que já estava morto.* — Gyaaaah hihihi hahahahaha! Assim é melhor! Melhoooor! ♫♪ Pobrezinho do gatinho... não acha Koishi? *A voz dizia claramente direcionada a mim.* - O que tá acontecendo? O que tá acontecendo? *Minha voz saia enquanto eu virava o rosto procurando uma confirmação desesperada, mas somente o quarto e mais nada estava presente.*

— Pobre Koishi... sempre sozinha... não sabe o que está acontecendo não é? Gya hahahah! Permita-me que eu, Koishi lhe explique.— Não! Não! Não! Koishi também quer explicar! Explicar! Gihihihi hhahahahaha! Você tá sozinha porque é louca! Louca! LOUCA! Gihihi hahahaha! *E com as duas vozes ecoando em minha cabeça, eu notei que meu corpo havia começado a se mover sozinho em direção a porta e ela estava fechada, percebi porque meu braço tentou abrir e não conseguiu.*

— Deixa de ser burro! Tá que nem a Koishi que esquece? É claro que a porta tá fechada sua imbecil!

*Uma voz parecia estar discutindo com outra.*

— Mas... eu pensei que... talvez... poderiam... trazer... hãaa... outro gato... 

*Diz a voz enquanto meus dedos se enrolam um no outro e eu começo a sentir meu rosto esquentar.*

— E você acha que vão dar outro gato pra gente? É o quinto só desse mês! Aquelas Koishis sempre fazem isso pra assustar a Koishi!

*Ouço a conversa interessada, mas logo minha cabeça bate na parede, e eu não consegui parar minhas pernas antes.* 

— Não discuta comigo! — É! E nem comigo! Vocês são fracas! FRaaacaaaas! Gihihihihi hahahaha! — É Vocês são só Koishi e Koishi! Calem a boca! *Enquanto isso minha mão se movia massageando a testa.* — Como eu estava dizendo. — Ela vai dizeeer!♫ Koishi vai dizer! ♪ Gihihi hahahaha! — CALA A BOCA! *Me ouvir gritar é um pouco estranho demais... e medonho, apesar de eu estar sentindo que eu já estava ficando acostumada com aquilo tudo.* — A gente é a Koishi. *Vou em direção ao espelho e me vejo lá, cabelos verdes platinados, olhos verdes, um fio roxo estranho em volta de mim, roupas laranjas...* - Quantos anos eu tenho? — Você não a gente. Nós. Gyahahahaha. — Sim! Sim! A gente! Nós! Koishi! Koishi! ♫♪— E temos nove.

"Nove anos... Então eu sou isso?" *Minha mão vai em direção o espelho, de repente fecha o punho, o soca quebrando em pedaços e cortando minha mão.*

— KOISHI! Para que esmurrar o espelho no meio da explicação? *Então uma voz estranha ecoou.*

Porque eu quis oras! Vai fazer o que? colher cana com a bunda vai! Ce não me bota medo não Koishi! 

*A voz respondeu grosseiramente e com palavriado chulo.* — Tá loca é?! Eu mato a gente! Eu MATO! *Eu disse pegando a faca e começando a cortar o pulso.* — Gihihihi! Ela mata!♫ Ela mata!♪ Hyahahahahahahaha!

Vai lá! Nos mate! Estou pouco me fodendo pra você Koishi! Como se eu me importasse, sua filha da puta!

*O incrível é que eu consegui ouvir isso, acima de todas as outras vozes que estavam indignadas, notei também que havia largado a faca e que havia pegado um pano para me limpar.* — Deu sorte Koishi! Ce vai ver! Fala mais que eu passo é na garganta mesmo, não vai dar tempo pra vocês me impedirem! — Vocês vão veeeer! Gihihihihahahaha! Ei Koishi! Koishi! Continua explicando pra Koishi! Ela parece tá perdida ainda! Peeerdiiiiida... Iiiiida ♫!

— Enfim, nosso nome é Madtsuki Koishi, somos uma linda garota como você pode ver, e como você pode ver, nós vivemos na porcaria de um quarto fechado, onde passam comida por debaixo da porta, nos alimentam três vezes ao dia, nos mandam sacrificios em formatos de cachorros e gatos e nos drogam pelo menos uma vez ao dia. *Eu consegui ouvir tudo e enquanto ela falava, as memórias desses acontecimentos iam voltando a minha cabeça.* - E... papai e mamãe? Onde eles estão?

— Gihihihi hyahyahyahahaha! - Paaaaappaaaaaai! Mamãaaaae! *Me ouvi gritando no local, e ecoar pelo quarto inteiro.* - Me salveeeeem! Tem um homem maaaaaau! Malvaaaaaaado! *Eu disse em um tom zombeteiro de quem queria ofender.* — Hehe... Você não cansa não? *Pergunto em uma voz uma voz de quem estava achando graça, e só havia falado por falar.* — Gihihihi hahahahaha! Homeeem com faca! Homem atrás da porta! Paaapaaaaai! Mamãaaaaae! *Eu continuava gritando, então minha cabeça começou a doer, quase que no mesmo lugar que eu havia batido.* — Atráaas ♫ daaaaa portaaaaa ♪ P-p-papai?! Mamãe? *Digo com um sorriso no rosto, fingindo gritos e com a faca na mão.* — Gihihihihihi hahahahaha! Ei Koishi! Olha pro gato! *Meu olhar foi direcionado ao gato que agora estava no chão fazendo uma poça de sangue ali.* — Papai e mamãe ♫♪ Vamos brincar? Gya hihihi hahahahahah!  Brriiiinnncaaaaar ♪! — Sua maneira de explicar nunca faz sentido pra ninguém além de você Koishi. 

— Hã? O que você quer dizer? *Pergunto sem entender e ouço minha voz confusa pronunciar as palavras.* 

Você é burra ou o que? É claro que a gente matou eles né? Depois de cortar em pedaços, a gente limpou, colocou tudo em uma mala, e como a gente morava perto do campo, simplesmente enterramos eles lá.

*Disse uma voz sibilosa, quase inauditiva, apesar de eu não ter ouvido minha boca se mexer.*

— Isso ai! Meu polpou o trabalho. 

Você ia acabar dizendo em voz alta. Você é a Koishi... você é burra.

— Gyahihihahahahah! Buuuurrraaa! Koiiishiii é Buuuuurra! ♫ — Cala boca vocês duas! "Então a gente matou os nossos pais?" — Sim! E você é mais burra! Tá vendo a Koishi aqui? Dá pra comunicar com os pensamentos! Por que você não pensou nisso?

Porque ela é a única Koishi que consegue pensar sua imbecil. Se a gente conseguisse só pensar ia ser mais fácil, e a gente não tava internada!

— Hãaaa... *Disse a voz um pouco desconcertada.* — Cala boca! — Gya hhihihahahahaha! "Só eu posso pensar, todo o resto fala?" 

Além de esquecida é burra também? Já basta o tanto de Koishi burra, você também?

"Ah é, a questão dos pais..." *Penso por um momento perdendo o fio da conversa anterior.* " Por que apesar de surpresa eu não sinto mal com isso?" — É porque todo mundo aqui é Koishi. — Somos Koishi! Gihihihi! Hahahah! Ko-o-iiii-shiiii! ♫ Gya hi hiha hahaá ahahahaha! Koishi! Somos Koishi. — É... a gente foi diagnosticada como múltiplas personalidades, e é isso que a gente é. *Enquanto isso meu corpo fazia certos movimentos estranhos, inclusive chutar o gato.* "Não daria para decepar ele também não já que cortaram os membros?" — Woooooh! Boa ideia Koishi! Decepar! Decepar! Cabeeeeça! Boa Koiiishiiii! ♪♫ Vamos! Vamos! — Olha só... já tá se lembrando de quem realmente era... Pior que todas nós... sem escrupúlo nenhum. Você é Koishi. — Não! Não! Eu só pensei eu não quero! Eu não quero! *Digo desesperada quando elas pegam o que eu disse de forma errada.* — Gyahahahaha! Você quer sim, só não sabe ainda... vem cá... *Então meu corpo pegou a faca e colocou em cima da garganta do gato.*— Kooooiiishi! ♫ Vaaai Koiiiishiii! ♪ D-e-c-e-p-a-r! Gihihihihi kyaa hahahahah! Koiiishiii! ♫! "Não! Não! Nãonãonãonãonãonãonãonãonãonãonãonãonãonãonão!" - NÃO! PARA! PARA! *Mas minha mão simplesmente se apoiou na faca e com um movimento só arrancou a cabeça do gato.* — Viu? *Minha voz saiu segurando a cabeça do gato.* — Quer sentir uma coisa louca?— Você vai fazer? Vai fazer? Gihihihi hyahahahaha! Koishi acabou de acordar! Koishi acabou de lembrar! Gihihihihi! Você é cruel Koishi! Gihihihi! Koishi acabou de lembrar e você vai fazer! Gihihihi hahahahaha! 

— Fazer o que? Fazer o que? O que eu vou fazer? *Minha voz sai estridente.* — Obrigada! Mas de qualquer jeito com essa gritaria toda, devem ter acordado, e viriam pra cá de qualquer jeito. Gya hahahaha! 

*Então ouvi todas as outras vozes discutindo em desaprovação, mas dessa vez pareciam não se importar tanto ao ponto de parar a ação como da outra vez.* — E lá vai! HOME RUN! — Yaaaaaaay! Homeeee ruuuun! Ruuuuuun! ♫ Gihihii HAHAHAHAHAHAHAHA! *O Barulho da minha risada ecoou junto com a janela quebrando, o alarme soando e quase que instantaneamente dois homens adrentaram a sala.* — Viu! Viu! Eu disse que viriam! Eu disse! Gyahahahahahah! — Sim! Sim! Vieram! Home Run! Run! Home! ♫♪ *Foi tão rápido, que apesar de eu ter tentado fugir, os homens me agarraram e me injetaram alguma coisa. — Tá vendo? Vai escurecer! Vai escurecer! — Escuuridãaaaao! Tãaaaao leeegaaaaal! Gya há! Hahaha! Hahahahaha! HAHAHAHAHAH! *Então tudo ficou escuro e eu não senti, nem ouvia mais nada.*