Noite calma, uma leve brisa ventava os cabelos lisos, curtos e castanhos de Amika.

Amika chorava silenciosamente, fechava os olhos, tentando pedir ás estrelas do céu que a salvasse.

Amika estava sozinha em casa, na varanda de seu quarto, em pé. Ela sabia que seus pais logo chegariam em casa, obrigando-a sair daquela casa e de tudo que continha em Hokkaido, cidade em que vivia e nascera.

Em menos de cinco minutos, ouvia-se os passos que subia na escada, Amika virou-se, era a sua mãe. Aemi. Amika correu ao encontro da mãe e se abraçaram fortemente, esperando um consolo materno.

Seu pai, Chuu, abraçou-as em seguida. Aemi se desvencilhou-se, e pediu para que pegassem suas malas para prosseguirem ao aeroporto. Amika não podia acreditar no que estava acontecendo, sabia que teria que abandonar suas duas fiéis amigas, e a sua paixão pelo Fumio, que nem tempo teve para se declarar. Fumio era seu amigo de infância, sempre disposto a ajudar, gentil... ah... tinha namorada. Foi umas das razões que não se confessou! tinha medo do que aconteceria se falasse, apesar de tudo.

Ao chegarem ao aeroporto, ainda faltava 20 minutos para o voo. Amika olhou para o relógio fixamente, a cada segundo que passava, sua tristeza foi crescendo... não... ela ainda não estava pronta para um novo começo, não agora.

Amika: Pai?

Chuu: O que foi filha?

Amika: Osaka é muito longe daqui?

Chuu: Não pense muito nisso, quando estiver no avião, em pouco tempo os seus pés tocarão a cidade de Osaka, minha filha.

Atenção passageiros, o voo de Hokkaido para Osaka chegou.

Aemi: Ei! vamos logo!

Amika olhava pela janela, emburrada. Enquanto o avião saía em partida.

Aemi: Oh! Chuuuu! chegamos em Osaka! viva! viva!

Chuu: Calma querida, eu sinto que aqui é o nosso lar. Mas ainda estou chateado pela Amika, está com uma atmosfera de depressão...

Amika: Aqui é Osaka... EEEEEH?!

Aemi: Acalme-se, acalme-se.

Ao saírem do táxi, observaram a nova casa, tão pequena... já que era uma vila, apesar de tudo.

Aemi: Amikaaa! seja gentil com os vizinhos novos, eles estarão vindo aqui na nossa casa hoje a tarde para dar boas-vindas, entendido?

Amika: En-entendido.

Amika bateu a porta de seu quarto desconhecido aos olhos e começou a resmungar, sem parar mesmo! Bufava feito um touro. Não acreditava de verdade. Começaria sua vida escolar secundária nessa nova cidade, Amika tinha 17 anos de idade.

Aemi trouxe o resto das roupas de Amika, exigindo que ela escolhe-se pelo menos uma roupa de gosto para a visita. Aemi saiu do quarto depois disso... Amika não estava nem aí com as roupas de 'gosto', iria realmente se revoltar.

Ela escolheu um short xadrez, rasgado. Camisa  manchada de tinta, manchado quando ainda estava no colegial. Roupa que seria totalmente desclassificada pela sua mãe. Ela não ligou, ficou sem tomar banho, fez um cock no cabelo, desleixado, e por fim, usou uma pantufa de coelho.