Void escrita por Lilindy


Capítulo 19
Capítulo 16 - Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Voltamos com mais um capítulo! Obrigada pelos 16 acompanhamentos e por todos os comentários!
Bom, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/684091/chapter/19

 

O relógio marcava 4 horas da manhã quando Roman abre os olhos e ainda sonolento avista Zoey em seus braços, dormindo profundamente. Delicadamente ele a afasta de seus braços, mesmo ouvindo a própria resmungar, ela sempre fazia isso. Warner beija a testa da garota e sai da cama, calçando os sapatos e pegando seu cinto. Ele olha para si, precisava da camisa ainda que estivesse encharcada. Ele precisava descer até a cozinha antes de sair da casa pela janela.  Porém a idéia some quando Roman volta a sentir seu ombro latejando, não podia fazer esforço descendo pela janela, a melhor opção seria a porta dos fundos. Ele dirigisse até a porta do quarto de Starling quando a ouve falar.

— Roman.

Ela estava acordada? Roman vira-se apenas para constatar que a garota estava falando enquanto dormia. Ele a olha, odiava ter que deixá-la, mas ele precisava. Precisava achar o tal perseguidor, precisava dar um fim nisso tudo ainda que soubesse qual seria a reação de Starling quando descobrisse. Warner então se dirigisse até a escrivaninha do quarto de Zoey, pega um pedaço de papel e uma caneta e escreve um bilhete, esperando que ela lesse e compreendesse um pouco sua atitude.

“Não quis acordar você. Tive que fazer isso, espero que entenda.

OBS: Não consegui dormir esta noite, passei o tempo todo olhando para você! “

Assim Warner sai do quarto e vai até a cozinha, vesti a camisa azul, suja do sangue do psicopata com o cheiro bastante forte. Porém Roman esquece esse fato quando nota que o piso da casa estava sujo com grãos de terra. Ele segue os rastros que aqueles vestígios formavam e chega até a porta dos fundos. Alguém estivera ali, alguém os vigiava naquela noite, porém esse alguém estranhamente não se mostrou, não agora.

Pensando em tudo isso Roman conclui que precisa ir atrás de Mason, ele sai da casa e segue para o outro lado do terreno, precisava de um carro para chegar até onde ele queria,nem que para isso precisasse pegar algum ali mesmo, na vizinhança.

                                             ***

O alarme do celular toca. Ainda lenta e com muita preguiça, Starling estica o braço, tocando com a mão o lado oposto ao que estava na cama. Confusa ela abre os olhos, ele não estava lá. Zoey se senta na cama, a garota olha para o lado e vê um papel em sua escrivaninha. Ela o pega e lê.

— Droga Roman! O que você foi fazer?

Starling morde o lábio com a irritação, mas esse sentimento logo passa quando ela terminar de lê o final do bilhete. Involuntariamente ela sorri.

— Mentiroso!

Ela sabia que aquilo era mentira, Roman tinha dormido mais rápido do que ela na noite anterior. Isso sempre acontecia quando ela fazia carinho no rosto dele ou no caso da noite passada, no peitoral dele.

A garota suspira, as coisas estavam avançando, isso ela não podia negar.

— Não pense nisso, são 5:30 da manhã!

Straling começa a fazer sua higiene matinal com os pensamentos nele, olhos âmbar, as mãos, os beijos. Isso continuou durante toda a preparação para enfrentar o dia. Zoey começa a trancar a casa quando percebe os grãos de terra no local. Ela gela na hora.

— O ghostface. – Sussurra ela, pegando as chaves do carro e saindo de casa.

— Zoey Starling? – Ela vira-se, vendo uma senhora acenar para ela.

— Eu mesma. A senhora é...?

— Miranda Prize. Bom, eu sou sua vizinha ali da frente. Sabe, bem ali. – A mulher aponta para uma casa do outro lado da rua. Zoey assenti, confusa. A senhora continua. – Nós não nos conhecemos, quer dizer, nunca falei com você, mas todo mundo te conhece.

A garota se espanta.

— Você sabe da TV. Você passou na TV. Você é do FBI, certo?

— Certo. Desculpa, mas eu preciso ir...

— Não vai demorar, só queria avisar que alguém tem entrado em sua casa pelo telhado ultimamente.

— Telhado? – Zoey suspira, a única pessoa que entrava na sua casa pelo telhado era Roman. – Ah droga!

— Pois é. E hoje de manhã soubemos de um roubo de carro no final da rua. Quem sabe não é a mesma pessoa.

A garota suspira de novo, era mesma pessoa. Roman tinha roubado o carro e ido fazer sei lá o quê!

— Eu agradeço senhora Prize a preocupação. Irei tomar mais cuidado agora, mas agora eu realmente tenho que ir para meu trabalho. Tenha um bom dia!

Zoey se dirige até o veículo e entra nele. Ela coloca sua bolsa no banco de trás, ligando o carro. Ela para um pouco, no que estava pensando? Que ninguém o veria? Por acaso  ele era invisível? Claro que não! Como poderia vê-lo de novo sem que a tal senhora Prize o visse e ligasse para a polícia ou até mesmo se toda vizinhança resolvesse ligar?

                                             ***

— LIAM!! – Allison grita do final da escada, olhando o relógio logo depois. –Estou atrasada e isso é completamente culpa sua!

O Argent mais novo desce os degraus imitando o jeito da irmã.

— Seu pirralho!

— Sua chata! Calma! Já desci, viu?!

Os dois se dirigem até a saída da casa e vão até o carro.

— A Zo mandou alguma notícia?

— Estranhamente não, quer dizer, ela visualizou uma das minhas mensagens e não me respondeu.

— Grande coisa. – Allison sorri com a cara do irmão.

— Sabe, a última vez que ela visualizou minha mensagem foi ás 2 horas da manhã. Eu acho que a Zo foi para alguma festa e não me disse.

— Ela tem 23 anos Alli! Você age como se ela tivesse obrigação de contar todos os detalhes da vida chata dentro do FBI!

— Ela não está me contando tudo! Você não a viu na manhã antes do seu jogo, não conversou com ela direito. Algo mudou, tenho certeza, minha intuição diz que sim!

— Maluca! – Liam liga o rádio antes de continuar. – Pirada! Paranóica!

— Cala a boca anão!

                                            ***

Ao entrar no departamento, Zoey avista Theo e Malia conversando com Jack Craford em sua sala minúscula. Ainda com raiva, ela os encara.

— Bom dia. Em que posso ajudá-los?

Zoey vestia uma blusa verde musgo, com um casaco preto por cima e uma calça jeans. A identificação estava pressa em sua blusa.

— Teremos uma reunião com todos os envolvidos com o que aconteceu na noite passada. Starling, a central do FBI em Washington decidiu convocar todos nós. – Declara Craford.

— A central? – Zoey os encara, a raiva subindo em suas veias. – Espera ai. Desde quando a central faz visitas e marca reuniões com nosso pessoal?

— Desde quando você não está dando conta do caso! – Fala Malia. – Você tem idéia das besteiras que já causou?!

— Besteiras? Eu digo que existe alguém me perseguindo, alguém mata uma pessoa na festa do FBI e vocês ignoram!

— Não é alguém Starling, é o Roman! – Ela fica surpresa quando Theo fala tal coisa.

— Então admite que alguém está me perseguindo? E eu não sabia que Mason Verger comprava até a central de polícia! – Ela diz a última frase de forma sarcástica.

— Starling, agora já chega! Estamos nos baseando em provas e até agora você só nos entregou uma foto de Warner fugindo do hotel que foi tirada de uma filmagem da câmera de segurança do hotel. – Diz Craford.

— Mason tem algo haver com isso, sabem disso!

— Starling, a reunião começa em meia hora. Eu preciso que fique calma e me deixe lidar com situação. – Pede Jack Craford, retirando-se do local. Zoey encara Theo e Malia pegando sua bolsa e saindo da sala em seguida.

— Zoey! Zoey! – Theo corre em direção a garota. Ela vira-se com má vontade. – Mandei uma mensagem para você ontem á noite avisando sobre a reunião.

Ela fecha os olhos, ontem á noite estava com Roman, por isso não viu a mensagem. Ela se recompõe, ainda estava com raiva, mas tinha que dá uma explicação para a falta de compreensão do agente Raeken.

— Por que eu olharia ou responderia sua mensagem, Theo? Você olhou nos meus olhos agora a pouco e praticamente disse que não acreditava no perseguidor e nem que Mason Verger estava envolvido!

— Porque é loucura Zoey! Isso é o Warner mexendo com sua cabeça lhe fazendo acreditar que ele é inocente, mas na verdade ele é o maior culpado de todos!

— Roman Warner não está mexendo com minha cabeça! – A voz da garota falha. Ele não estava mexendo com sua cabeça, estava mexendo com seus sentimentos, o que era pior.

— Quais provas você tem? A única prova que você tem é uma foto tirada de uma filmagem da câmera de segurança do hotel que aponta diretamente para ele!

— Exatamente! Isso é óbvio demais, fácil demais! A não ser que...

Ela encara o agente, lembrando-se de alguns fatos. O perseguidor sabia onde ela morava, Theo também.  O tal alguém havia ferido Roman e Theo parecia odiá-lo. Theo estava na festa de Halloween e na festa que ocorreu antes disso também, a festa que ela foi antes de ser perseguida pela primeira vez. Raeken toca no ombro da garota, ela se afasta.

— Você não foi fantasiado ontem á noite. – Constata ela. – Se afastou de mim e de repente você e a Malia sumiram.

— Do que diabos está falando?

Ela vai se afastando, negando com cabeça. Starling vai até a porta principal do departamento, precisava andar, se recusava a acreditar.

— Zoey, você está bem? – Pergunta Raeken confuso.

A garota abre a porta e vai até o estacionamento. Precisava de ar, respirar e pensar. Ela não podia confiar em ninguém, ninguém! E se  realmente fosse o Theo? Ou a Malia? Quantas pessoas não estavam sendo compradas pelo dinheiro de Mason Verger? Pensando nisso tudo, chegava até ser irônico que a única pessoa em que ela podia confiar naquele momento e naquela cidade era Roman Warner.

                                                ***

Warner usava óculos escuros, presente nos arredores da propriedade de Verger. Sabia que era extremamente arriscado, mas precisava esclarecer o que ele queria com Zoey. Porque ameaçá-la? Roman queria pelo menos achar alguma informação, estava ali há mais de 3 horas, sentado no banco do motorista do carro que havia roubado.

Começou a pensar nela e na noite passada, ele sabia que tinha se envolvido muito mais do que pretendia e sabia que não deveria está ali e sim na Europa como havia planejado há semanas atrás. Porém toda vez que ele a via não conseguia pensar em outra coisa. Tudo era tão certo entre os dois, tão natural. Quando se viam os corações de ambos batiam tão rápido que parecia que sairiam do peito, isso ocorria toda vez desde da EIchen. Zoey lhe pertencia. Ela era dele e ele era dela. Será que ele deveria contar sobre as passagens? Para ele era a opção mais correta, fugir e a fazer vislumbrar o mundo que ela quis ver.

Os pensamentos de Roman são interrompidos quando um carro velho entra na propriedade. O mordomo Cordel aparece sendo gentil e educado como sempre. Roman tira os óculos escuros e avança com o carro apenas um pouco mais para frente, para ter uma vista mais clara. Ele nota que um senhor negro vestido de branco sai do veículo. Era Barney.

                                               ***

Esperando a reunião começar e pensando um pouco como toda sua vida tinha virado uma grande confusão, Zoeu ouve o celular tocar, era Allison, uma outra pessoa para quem Zoey mentia constantemente.

Oi Alli!

— Oi Zoey, como vão as coisas? Eu sei que está em horário de trabalho, mas eu pensei que sei lá, vai que ela atende.

Zoey suspira.

Eu adoraria ter boas notícias Alli, mas eu tenho uma reunião com a central daqui a alguns minutos.

Isso ruim? Ou muito ruim?                                                  

— Eu não sei. Na verdade não tenha certeza de nada há um bom tempo.

Allison fica muda por alguns segundos.

— Zo, o que está acontecendo? De verdade, o que tanto mudou em sua vida?

Zoey fecha os olhos. A resposta para aquela pergunta era simplesmente o fato dela está se envolvendo com um assassino fugitivo considerado mentalmente instável! Estava envolvendo-se com Roman, com suas pintinhas, com história triste de vida, com suas perdas, seus beijos, sua voz. Mas isso não são coisas que se poderia dizer em uma ligação de celular e muito menos ao vivo! Não eram coisas que você diria para outra pessoa, na verdade não eram coisas que diria para ninguém, porque ninguém entenderia. Sem contar que havia um perseguidor, alguém que queria prejudicá-la e pelo visto estava conseguindo!

Zo?

A voz de Allison traz a garota outra vez para a Terra. Ela tinha duas opções: Contar toda a verdade para sua melhor amiga e acabar com tudo o que existe entre ela e Roman ou simplesmente ser uma mentirosa e continuar a tentar ter algum relacionamento com Warner.

Allison eu...

Craford aparece no estacionamento indicando que a reunião estava prestes a começar.

Eu tenho que ir. Eu te amo, Alli. Desculpa, beijos!

Ela encerra a ligação e entra pela porta de vidro.

                                            ***

Ao entrar na sala, homens velhos vestidos com seus ternos a encaram. Zoey era a única mulher presente no local. Theo e Malia teriam a mesma reunião em outro horário. A agente levanta o queixo, caminhando e sentando-se na cadeira separada para ela ao lado do seu chefe na enorme mesa da sala branca.

— Zoey Starling, agente do FBI do departamento de Nova York. Vinda de Beacon Hills, estou certo? – Pergunta um velho gordo sentando do outro lado da mesa.

— Sim senhor, correto. – Diz Starling, encarando de maneira firme os olhares tortos lançados em sua direção.

— Nos últimos relatórios a senhorita acusa Mason Verger, um dos maiores colaboradores desse departamento, de estar envolvido em mortes e participando de uma conspiração contra Roman Warner, atual fugitivo com distúrbios mentais.

— Na verdade acredito que vingança pessoal é o motivo e não estou tirando todas as acusações de Roman...Warner. – Diz ela, falando a última palavra com dificuldade. – Acredito que as atuais tragédias tenham sido planejadas pelo senhor Verger sim.

Um outro homem com aparência de 40 anos no máximo a encarava maldosamente, analisando por bastante tempo o rosto da garota. Infelizmente é ele que toma a palavra.

— Em seus relatórios Starling, você disse que ele lhe entregou uma foto da câmera de segurança. Você diz que as origens da foto são inconclusivas, diga-nos o por que.

Ela o encara já com raiva.

— Desculpe senhor...?

— Paul Krendler. – Ela assenti.

— Senhor Krendler, eu gostaria que me dissesse em que universo uma foto sigilosa vinda de uma das câmeras do Hotel de onde Roman estava instalado antes da fuga, câmeras estas que estão supervisionadas pela polícia agora, chegaria à caixa do correio de Mason Verger?

— Roman? Vejo que as conversas na Eichen deixaram vocês bem íntimos. – Ironiza ele. – Então é verdade o que dizem. Warner se interessou pela caipira de Beacon Hills.

— Perdão Senhor Krendler, acho que esta reunião se trata das recentes investigações e não das passadas. – Diz ela, já furiosa.

— Silêncio! Silêncio! – O velho sentado do outro lado da mesa pede. – O senhor Krendler está aqui para lhe ajudar Starling. Krendler, prossiga.

— Bom, continuando. Todas as fotos relacionados a Roman Warner vão para  Eichen, assim como todos os outros arquivos sobre ele estão lá. Starling, não há como Verger ter acesso a tais documentos, nem ele, nem ninguém. Não sem um mandado.

Zoey começa a pensar, raciocinando, montando o quebra cabeça em sua mente.

— Starling?

— Não retiro minhas acusações e suspeitas. Como uma agente atenta aos detalhes e também como psicóloga tive acesso aos padrões de Roman Warner. Porque de repente ele estaria atrás de Mason? Logo agora depois de tanto tempo, logo depois de sua fuga. Acham mesmo isso plausível?

— E os assassinatos? O taxista? O aluno de Theo Raeken, um dos nossos futuros agentes? – Pergunta outro homem velho sentado mais a direita de onde ela estava.

— Novamente pergunto o que Warner estaria ganhando com assassinatos aleatórios e que não fazem parte do perfil de suas vítimas? Senhores, com todo respeito, isso tudo me parece uma fraude.

— Parece convicta no que diz. – Krendler volta a falar, ele segurava seus óculos de grau em duas das mãos. – Também mencionou que existe um tal perseguidor lhe ameaçando. Me diga, porque você em específico? E porque deveríamos crer nisso, já que ninguém além de você o viu?

— Exatamente por ser a única contra o que Mason Verger propõe aqui no departamento.

“E por está com Roman” Pensa ela.

— Starling! – Jack Craford a repreende. Zoey não se cala, não olhando para o chefe.

— É uma grande acusação, Starling. – Diz Paul. – E devo admitir que gosto desse tipo de posicionamento. – Diz ele com um tom mais baixo na voz, encarando a garota. Zoey sorri com sarcasmo, movendo sua boca para formar a frase “Vá se ferrar”. Krendler dá um sorriso sarcástico.

O homem mais velho da sala se posiciona, tirando os óculos e suspirando um pouco. Ele era gordo e teve dificuldades em se levantar da cadeira.

— A reunião está encerrada. Agente especial Zoey Starling, suas acusações são sérias! Tem uma semana para provar sua teoria e colocar diante do tribunal. Em breve teremos outra reunião neste mesmo horário. Todos estão liberados.

Zoey se levanta furiosa e sai da sala, ainda pensando o que Krendler tinha falado. Alguns funcionários da Eichen poderiam ter acesso aos arquivos e havia um funcionário em específico que tinha ficado com algumas coisas de Roman após a fuga do assassino. Antes de chegar á sua sala para pegar sua bolsa, Starling é parada pelo tal Paul.

— Você tem uma língua afiada, Starling! Não é mentira o que falam de você por ai.

— Não estou interessada. Se me dá licença, tenho uma semana para provar o quanto Verger faz o FBI de fantoche. – Antes que ela tivesse oportunidade de sair do caminho, Paul segura o braço da garota.

— Sabe que posso mudar sua situação diante o departamento e do seu chefe. Apenas com uma palavra minha você cai nas graças deles.

— Você é mais idiota do que pensei Paul! – Ela se solta da mão dele. – Fique longe de mim!

— Quem sabe mude de idéia, caipira. Estou a sua disposição.

— Você me enoja! – Ela vira-se indo para sua sala.

O ódio a dominava enquanto ela pegava sua bolsa, saia do departamento e entreva no carro batendo a porta do veículo com força. Ela o liga, sabia quem procurar. Starling sai do estacionamento e vai seguindo pelas ruas de Nova York.

                                               ***

Malia observava Theo ligando, tentando falar com Zoey. Ela gargalha.

— Theo, tenha um pouco de orgulho uma vez na vida quando se trata dessa garota.

— Ela disse algumas coisas confusas. – Diz ele, ignorando as palavras da parceira.

— Ela sempre diz e você sempre cai. Já parou pra pensar que esse perseguidor possa ser loucura? Quem sabe ela não precisa ir para a Eichen. – Diz Tate sarcástica.

— Malia! – Theo fica indignado. – Por que a odeia? Sério, porque age desse jeito com a Zoey?

— Ela roubou nosso caso! Nossos direitos! O caso do imitador de Warner era nosso! Nosso, Theo! E você age como se ela fosse uma espécie de anjo só porque você está apaixonado por ela! – Fala Malia, já irritada.

— Então esse é o problema? O fato de eu me preocupar com ela?

— Não! O problema é que ela não gosta de você! Vê se acorda Theo! Ela nunca vai gostar de você, não do jeito que você quer!

— Ela disse algumas coisas sobre nós dois na pista de dança ontem. – Fala Raeken, novamente ignorando as palavras da amiga. – Sobre não estarmos lá quando ela foi nos procurar, ela disse que sumimos e de fato você sumiu Malia. – Ela faz uma careta de espanto.

— Está desconfiando de mim? – Ela o encara e depois o empurra com força. – Depois de três anos você duvida de mim?

— Eu não quis dizer isso Malia. Eu confio em você, demais até!

— Mentiroso! – Tate estava com os olhos lacrimejados. – Cego e mentiroso! Vai se ferrar Raeken! Ainda vai se arrepender de sempre escolher ela!

Malia bate a porta da sala em que estavam, furiosa e magoada.

— Malia! Malia!

                                                 ***

Roman havia seguido Barney desde o encontro na mansão de Verger. Os dois estavam fazendo alguma espécie de acordo? O que seu ex- enfermeiro teria haver com aquilo tudo? Warner não conseguia entrar não mansão e mesmo que tivesse conseguido, seria arriscado demais. Ele sai do carro que estava próximo á algumas latas de lixo da rua onde Barney agora caminhava segurando uma maleta preta. O moreno entra em sua casa, Warner pensa em um jeito de tentar invadir o local. Talvez houvesse uma porta nos fundos da casa talvez, era uma das opções.

Roman atravessa a rua silenciosamente, estava sem os óculos escuros, muito exposto. Ela vai até o jardim localizado atrás da casa, espalhando terra pelo caminho, fazendo ele resmungar baixo por tal feito. A porta estava ali e era por ali que entraria na casa do enfermeiro e descobriria seus segredos.

Warner escuta um barulho de carro na rua próximo a casa. Quem poderia ser? Alguns passos até a varanda e Roman senti o silenciosa novamente naquela noite. Porém o som de passos começa a ecoar no local, fazendo o assassino se preparar para atacar quem quer que fosse. Ele se posiciona, porém desiste de tal ato quando vê Zoey apontando uma arma bem ali na sua frente.

— Roman! – Ela sussurra. – Como? Como é que... – Ele suspira. Starling coloca sua arma de volta na cintura.

— o que está fazendo na casa do Barney? – Ele morde o lábio antes de falar em um tom baixo.

— Nosso querido Barney está trabalhando com Mason Verger. Eu o vi na mansão.

— Você esteve lá?! Então era isso que se tratava o bilhete? – Ele dá de ombros.

— Não prece surpresa com a notícia. Espero que você tenha lido a observação que escrevi no fim do bilhete. – Ele sorri cinicamente.

— Li. – Fala Zoey, tentando permanecer séria. – Então seu plano brilhante é o seguir e, espera, não via matá-lo Roman! Não pode fazer isso, ele ajudou você!

Warner fecha os olhos, colocando uma das mãos na cintura. Tinha conseguido trocar de roupa e agora estava com uma camisa branca de botões, ele estava mais lindo do que nunca para a agente.

— Nem pense nisso!

— O que veio fazer Starling? – Ela olha ao redor, alguém poderia aparecer a qualquer momento.

— Sobre a foto da câmera de segurança, acredito que Barney anda vendendo itens seus, fotos, gravações.

Roman morde o lábio, passando a mão pelo queixo irritado.

— Acha que ele sabe sobre quem persegue você?

— Eu não sei, não faço idéia. Roman, não vamos agir de forma precipitada. – Ela se posiciona para ficar na frente dele., o impedindo de entrar na casa do enfermeiro. – Além do mais e se Mason tivesse visto você?

— Preocupada comigo, Starling?

— Irritada, eu diria. Me deixou dormindo e ainda deixou uma droga de bilhete! Não poderia ter me dito?

— Ficaria ainda mais irritada. Pior, não me deixaria ir. – Fala ele com um tom um pouco mais elevado na voz, se aproximando dela.

— Com toda a razão Roman! – Zoey faz uma cara de desespero. – Além do mais você roubou um carro!

— Era necessário. – Declara ele com sua cara cínica e sedutora. – Escute Zoey, eu não queria deixar você no quarto sozinha sabendo que existe alguém querendo lhe machucar, especialmente depois de ontem. – Ele morde o lábio, agarrando a cintura dela.

—Ontem. – Diz ela, suspirando, envergonhada, lembrando dos momentos.

— É, ontem. – O hálito doce dele bem próximo da boca da garota. – Mas eu tinha que encontrar uma pista e encontrei.

— Não queria que tivesse ido. – Zoey coloca suas mãos no pescoço dele, perdendo a racionalidade aos poucos.

— Estou aqui com você agora. – Os dois se encostam em uma das paredes da varanda. - Eu preciso contar uma coisa.

— É? O quê? – Roman desce seus lábios até pescoço de Zoey, a fazendo se afastar um pouco.

— Não pode entrar no meu quarto. – Diz ela com dificuldade. Roman aperta o corpo da garota contra o dele.

— Porque especificamente? – Ele a beija, um beijo longo. Indo até sua orelha, a mordendo.

— A senhora Prize, ela viu alguém entrar na minha casa pelo telhado. – Diz Zoey, sem fôlego.

— Entendo. Então temos que improvisar nossos encontros, Zoey. O que acha? – Roman a beija outra vez, mais lentamente, tirando o casaco dela, o deixando pendurado na altura da cintua da garota.

— Roman para! Não podemos fazer isso aqui! – Ela diz, mas o beija mesmo assim, bagunçando os cabelos quase negros dele.

— Não aqui. – Ele sorri em meio aos beijos.

— Temos que falar com Barney. – Ela sussurra. Warner tira o resto do casaco dela, o fazendo cair no chão.

— Sim, temos. – Fala ele sem fôlego. – Temos que entrar agora mesmo. – Suas mãos grandes tocam a pele da garota por baixo da blusa verde musgo de Zoey, ainda a beijando constantemente, sendo um pouco possessivo.

Logo depois ele a encara sem fôlego. Zoey toca o rosto de Warner e depois Roman pela primeira vez a beija de língua fazendo o coração de Starling disparar. Ela corresponde com vontade, sentindo suas mãos quentes em sua pela.

Distraídos demais para perceber alguma coisa ou alguém ao redor, os dois não percebem a porta dos fundos ser aberta. As mãos da garota viajavam pelas costas do assassino em meio aos beijos.

— Zoey?

A voz espantada, surpresa e chocada de Barney ecoa no local. Roman para de beijá-la, afastando-se da garota. Ele encara o enfermeiro.

— Olá Barney.

Roman sorri cinicamanente. Zoey por sua vez, fica em choque. O coração pulava de tão nervosa. Ela se recompõe, puxando a blusa para baixo e pagando seu casaco no chão com as mãos trêmulas.

— Não parece tão surpreso assim, Caro Barney. – Afirma Warner.

— Bom, não sou cego. Sei o que acontecia nos encontros na Eichen e sabia de usas intenções Roman. – O enfermeiro olha para Zoey. – Só não tinha certeza das suas intenções Zoey.

A garota encara o chão, envergonhada e assustada, sem saber o que dizer. Roman o encara.

— Engraçado Barney, nós também não sabíamos da suas. Quando começou a negociar meus pertences com Mason Verger?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do Barney ter descoberto sobre Roman e Zoey? E sobre o capítulo, gostaram? Cometem para a gente saber! Qualquer erro vocês podem nos avisar, vocês já sabem não é?
Nos vemos no próximo capítulo!
Bjus, Lili ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Void" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.