— Eu te amo, Lily.

James não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Acordou mais cedo do que o habitual e deixou-se deliciar com a visão ao seu lado. Não era por Lily estar deitada de roupas íntimas ao seu lado. Não, não. Era por Lily estar deitada ao seu lado. Perdeu as contas das vezes que pegou-se imaginando a cena que estava presenciando; ter o corpo quente da ruiva agarrado ao seu.

Foi impossível não recordar de todas as vezes, em seis anos, que Potter tentou roubar algum mísero beijo ou receber um mínimo carinho. Pior ainda foram os dias que, ao vê-la chegar no Salão Principal, sonhou com o momento perfeito que todas as investidas dariam certo. E deram. A partir do dia que as mãos de James e Evans entrelaçaram-se, os murmurinhos começaram a surgir. Era normal que escutassem um “porra, que sortuda” de garotas que observavam a cena. Porém, o que não sabiam, é que o único sortudo da história era o moreno; o cara que não almejava muito na vida até conhecer o mundo particular de sua namorada. Não tinha a menor vergonha de admitir que estava verdadeiramente, loucamente e intensamente apaixonado por Lily Evans.

Sem saber como agir, Prongs ponderou se deveria preparar um café da manhã caprichado e acordá-la com as três palavras nunca ditas antes ou comportar-se como o bom e velho James e fazer parecer que aquilo não fosse grande coisa.

James queria poder congelar aquele momento tão maravilhoso em uma moldura e, quando quisesse, ficaria revendo cada segundo do melhor dia de sua vida – até agora. Embora ela parecesse corresponder seus pensamentos e sentimentos, Potter não possuía a plena certeza se as emoções que sentia seriam recíprocas.

Mesmo com sua autoconfiança, Potter esperava secretamente que fosse real. Queria que aquilo que sentia não fosse apenas comodidade de seu lírio, precisava que ela o amasse da mesma forma. Significaria tudo para ele.

— Eu também te amo, James.