Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 7
VII - Uma ameaça maior.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, capítulo cumprido com uma menção foda no final.
Espero que gostem ♥



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▲Final da Segunda Guerra Mundial▲

Esconderijo Nazista.

Localidade desconhecida.

            O líder está com o que restou de uma enorme tropa de aliados. Ele teria perdido a luta, mas talvez não a batalha.

            O próprio Hitler em pessoa estava ali. Era uma mansão grande e abandonada. Seus soldados faziam uma vigia pelo local, para certificarem-se de que ninguém estava de olho.

            Ele está dentro de uma sala enorme, a principal. As portas estão fechadas, e apenas três soldados lá dentro sabem o que está acontecendo.

            Por baixo das portas alguns soldados curiosos conseguem ver luzes estranhas, além de escutar palavras bizarras de outra língua, antes nunca escutada, ou pronunciada.

            Do lado de dentro da sala, Hitler tenta seu último plano, já teria entrado em ação. Todos pensariam que ele estaria morto dentro de um bunker, mas na realidade quem estaria ali seria um sósia do mesmo.

            Ele possui um livro bizarro com palavras estranhas. Lá havia um ritual para iniciar uma comunicação com seres distantes. Poderia ser loucura, mas ele era facionado por esse tipo de coisa.

            O ritual envolvia uma grande banheira redonda, noite sem estrelas, e o pronunciamento de algumas palavras.

            Ele então se aproxima da banheira cheia de água com uma faca na mão e o livro em outra. Seus soldados tentavam olhar para ele sem olhares estranhos que o julgassem.

            Com a faca ele faz o grande corte na própria mão. E o sangue logo começa a escorrer na banheira, se misturando com a água.

            Sente uma dor, mas tenta ignorar. Em seguida, ele puxa o livro, abrindo numa página especifica que contaria tudo sobre o ritual. Então com sua voz grossa ele pronuncia em alto tom.

— Deitrerik Almalamoin Zintuh Valar Zimba soutu vintanuh Zimba... — Ele faz uma pausa, olhando para os soldados e o ambiente. Uma sala enorme com várias janelas gigantes. O silêncio reina com sua voz calada. — MUNGUS. — Termina sendo essa última palavra falada com ênfase.

            O clima rapidamente muda. A atmosfera fica densa. Um frio surge. Sussurros vindos além das paredes. Os outros seguidores de Hitler que estão do lado de fora da sala notam que algo estranho está acontecendo, e tentam abrir a porta. Mas sem sucesso, é como se ela tivesse sido trancada por alguém.

            As luzes que eram velas se apagam em um piscar de olhos dentro daquela sala. Os sussurros aumentam um pouco mais, até que algo acontece.

            Uma fenda se abre bem no meio da banheira. A água da mesma começa a borbulhar rapidamente. Um vento enorme entra na sala. E os vidros todos se quebram.

— Está funcionando. — Anuncia Hitler feliz, enquanto os outros três dentro da sala tentam manter o controle e não parecer assustados.

            Do lado de fora, outros soldados tentam arrombar o local. Tentam empurrões e várias coisas, mas nada acontece. É mais resistente do que uma parede de aço.

            Então aos poucos, vai surgindo naquela fenda uma silhueta de alguém. Tem formato humanoide, porém tem quase dois metros e é extremamente musculoso.

            Não é possível ver sua aparência já que ele está como uma sombra. Então se pronuncia.

— Você se proclama líder desse mundo? — Diz com sua voz grossa e assustadora.

— Sim, eu sou. — Ele rapidamente responde.

— Como pode provar isso? — Pergunta intimidando.

            Os soldados nesse momento piram. Tentam acreditar no que está acontecendo. Se aproximam mais para ver se aquilo tudo era verdade.

            Enquanto isso, os outros do lado de fora chamam reforços para arrombar a porta. Mais de vinte homens para destruir uma porta, mas sem sucesso algum.

— Eu criei uma ideologia, tenho vários seguidores e preciso apenas da sua ajuda para ter o controle total desse mundo. Me ajude a vencer o meu inimigo. — Ele explica.

— Entende as minhas intenções com esse planeta? — Pergunta.

— Sim, e estou disposto a fazer um acordo, Mungos.

— Certo, acordo feito. — Ele oficializa. — Deseja ter o conhecimento de outros planetas para ter um bom preparo e estratégia antes de atacar o inimigo.

— Sim. — Ele responde sem pensar duas vezes.

— Então você virá comigo.

            Um clarão branco rapidamente surge tapando toda a sala. Da mesma maneira que ele surge ele some. E leva também Mungos, Hitler e seus três aliados.

            A porta da sala então se abre sozinha, Deixando inútil todo o esforço dos soldados.

            Eles rapidamente entram na sala procurando por pistas, mas nada encontram.

— Droga, e agora? — Pergunta um soldado desesperado.

— Continuem procurando. — Responde o líder da tropa.

— Mas e se não acharmos?

— Então vamos oficializar a morte de Hitler no bunker, e esse evento aqui nunca será mencionado.

▲▲▲

Black Lake

1 de Maio de 2019

15:15

 ▲▲▲

            ExoHand chega junto ao Arqueiro Verde no ala hospitalar dos Patriotas. Eles vão correndo de corredores em corredores, até finalmente achar a sala de recuperação.

            Bryan abre a porta com toda sua força e rapidez preocupado com o estado de Chris.

            Ao entrar na pequena sala, ele nota um clima mais calmo. Chris estava com seu corpo completamente enfaixado, deixando amostra apenas sua cabeça. Ele está deitado numa maca, desacordado. Conversando entre si estão Alben, Wander e Sury, que é uma garota de 19 anos que cuida da parte médica e tecnológica da base dos Patriotas. Todos ali estão preocupados com o patriota, mas estão bem mais calmos.

— Você não quer arrancar logo a porta e levar pra sua casa?! — Pergunta Wander levando um susto com a brutalidade que Bryan teve ao abrir a porta.

— Como é que ele está? — Pergunta o Arqueiro entrando na sala.

            No mesmo momento Sury se levanta da cadeira na qual estava sentada ao lado de Chris rapidamente, junto com Alben.

— Ai meu Deus, ele tá aqui. — Sussurra Sury olhando fixamente para o arqueiro.

            Alben parece bastante surpreso com a chegada do membro da liga na sala.

— Arqueiro Verde, já faz um belo tempo. Bom te ver. — Alben cumprimenta Oliver com um aperto de mão. — Pena que não seja em boa circunstancias.

— Olha só! A cavalaria da Liga voltou! — Wander brinca.

— Olá Wander. — Ele responde rindo.

— O estado dele é grave? — Pergunta Bryan interrompendo a conversa entre os dois.

— Nem tanto. — Sury afirma. — A pior parte já foi. Tive que fazer uma cirurgia nele, mas já está tudo bem. — Ela termina tentando não chamar tanto atenção para não fazer alguma besteira.

— Você me parece familiar... — Oliver olha mais de perto sem revelar sua identidade para a garota. — Cabelos lisos e loiros, olhos castanhos, esses óculos... Tímida... O jeito de falar... Já nos conhecemos?

— Provavelmente não, me lembraria se tivesse conhecido o Arqueiro Verde. — Ela responde ajustando seus óculos, e abraçando seu caderno de anotações.

— Faz sentido. — Ele responde.

— Quanto tempo até ele melhorar? — Pergunta Bryan.

— Bastante. — Responde Alben. — Esse cara que atingiu ele realmente sabia lutar. Ainda não acredito que a Emma foi capaz de fazer isso com a gente.

— Como é que uma espada simples daquela consegue segurar um soco meu? — Wander pergunta retoricamente.

— Eu expliquei isso no relatório dos seguidores do Khallium. Você lembra? — Alben responde.

— Sim... — Ele faz uma paus discreta olhando para todos os cantos disfarçadamente. — Não...

— Deixa pra lá.

— Tá bem.

— Bryan tenho uma missão pra você. — Alben anuncia. — Descobrimos os planos desse Khallium para um servidor. Nele contém todo o tipo de informação ligada a degeneradores. Isso pode ser uma arma para qualquer um. Com isso eles vão saber o ponto fraco de várias pessoas. Além de que o servidor tem um dispositivo que revela a localização de qualquer um.

— Você quer que eu vá lá e destrua esse servidor. — Ele afirma.

— Sim.

— E aonde fica esse servidor?

— No Brasil. — Ele fala tentando não soar tão distante.

— Droga. — Responde. — Faz sentido. Mas por que não mandam o Wander?

— Vai arregar? — Pergunta Wander balançando sua cabeça. — Mas é verdade. Por que não mandam o Wander?

— Ele levou um tiro de kryptonita da última vez que se meteu com essa gente e quase morreu. Khallium não tem conhecimento das suas habilidades.

— Ah, então tá... Quer saber, estou saindo. Tenho que encontrar o Arthur, tchau. — Wander termina saindo da sala e forçando o aperto de mão com Chris, mesmo ele não conseguindo se mover e desacordado.

— Ele ficou bravo? — Pergunta Oliver.

— Ele é assim... — Responde Alben.

— Então tá eu vou para o Brasil.

— Eu também vou. — Responde Sury.

            Nesse momento todo ali ficam em silêncio, franzindo suas testas, e aguardando por uma resposta do que estava acontecendo ali.

— Eu... acho... que... não preciso de ajuda pra explodir um servidor... — Bryan fala ainda achando a atitude da garota estranha.

— Você acha que ele não tem um plano B, caso alguém exploda o servidor dele. Seria muita burrice não ter um servidor reserva ligado ao primeiro e escondido em outro canto. Servidores como esses não se explodem, se desligam com um vírus.

— Está... bem... — Alben concorda aos poucos.

— Mas ainda temos um problema. — Bryan anuncia. — Como vamos conseguir um jato para chegar lá bem rápido, se nem temos um aqui?

— Deixa comigo. — Responde Oliver. — Tem vantagens em ser um membro da Liga da Justiça.

▲▲▲

            Wander está com Arthur novamente de baixo daquela árvore afastado de todos. O céu está lindo, uma tarde bem ensolarada. Algumas folhas de árvores caem na grama enquanto os dois lutam.

            Arthur usa um pano para cobrir suas mãos. Uma forma de aliviar a dor quando ele der um soco em seu adversário.

            Wander está sem camisa, soado e sem proteção alguma, pois ele sabe que o garoto não representa ameaça.

            Num momento Arthur tenta apenas acertar com socos Wander, mas ele é mais rápido e agarra os socos do garoto com muita facilidade.

            É então que Arthur decide tentar algo a mais. Ele se aproxima e investe em um chute na canela de Wander.

            Porém quando ele tenta o golpe, Wander usa um contra-ataque, ele pula desviando da rasteira de Arthur. Aproveita para dar um empurrão no garoto tão forte que ele rapidamente colide com a grama.

            Seu rosto está na terra, e Arthur não sente a mínima vontade de se levantar. Se sente fraco e incapaz de derrotar seu amigo.

— Que foi gelo, quer um pouco de água para acompanhar com a terra que você tá comendo? — Wander zomba enquanto o garoto lentamente se levanta se recuperando do empurrão. — Gelo, tá aí um bom codinome para você. Gostei.

— Água seria uma boa agora. — O garoto responde pegando de sua mochila jogada na grama uma garrafa contendo água.

            Arthur se sente muito cansado, sem muitas forças para lutar. Ele tira a tampa da garrafa enquanto observa Wander mexendo em seu celular. Ele tenta disfarçar seus olhares enquanto bebe a água.

            Logo sente uma sensação estranha. Como se de repente ele recebesse uma energia, muito forte. Deixando ele mais poderoso e mais animado, tirando completamente seu cansaço.

            Rapidamente se levanta ainda achando estranho essa energia toda do nada. Seu coração acelera um pouco. Wander nota a diferença da postura de Arthur, logo percebe que ele está muito mais animado.

— Tá tudo bem aí? — Pergunta Wander achando a situação um pouco estranha. Ele aproveita para guardar seu celular.

— Vamos de novo. — Fala Arthur. — Lutar! — Ele grita.

            Rapidamente parte para cima de Wander sem pensar direito numa estratégia. O alienígena não teria previsto isso. Foi tudo rápido demais. Num momento Arthur estava sendo o mesmo garoto tímido de sempre. E no outro ele estava eletrizado.

            Wander mal conseguiu pensar num jeito de se defender. Rapidamente foi acertado com uma pancada na cabeça e um chute na barriga.

            Ele fica sem folego, e se ajoelha no chão colocando a mão sobre sua barriga. Os golpes de Arthur nunca teriam doido, mas estes doeram até demais para Wander. Alguma coisa estava diferente.

            Ele então olha nos olhos de Arthur e nota que a coloração está muito mais azul do que o normal, que já era bastante azul.

            Arthur se prepara para dar uma cotovelada na nuca de Wander, pega um impulso, mas quando ele vai para atacar...

— Arthur já deu! — Wander grita, os golpes teriam realmente doido demais. — Você já ganhou.

            O garoto então olha para Wander, nota que a situação está diferente. Wander está ajoelhado e sangrando um pouco.

            Ele então tira o sorriso de seu rosto, e seus olhos lentamente vão voltando ao normal. Sua consciência vai voltando ao normal, até que ele percebe o que fez.

— Ai meu Deus, me desculpa. — Arthur fala se aproximando chocado tapando sua boca com as mãos. — Você tá sangrando Wander. Nossa, me desculpa, sério. Eu não achei que...

— Tá tudo bem relaxa. — Wander fala interrompendo seu amigo.

— Droga, o chute pegou no lugar onde você levou aquele tiro. — Ele fala desesperado. — Desculpa! Desculpa! Desculpa!

— Arthur tá tudo bem! — Ele grita interrompendo de vez. — Eu estou bem, relaxa. Isso aqui vai parar, em pouco tempo.

— Tem certeza? — Pergunta o garoto.

— Sim, eu tenho. — Ele afirma sorrindo. — E outra coisa. Gostei de você hoje. Mandou muito bem. — Ele termina dando alguns tapinhas no ombro de Arthur.

— Obrigado. — Ele fala muito mais calmo. — Wander tem mais uma coisa que eu preciso te falar... — Ele diz timidamente.

— O que seria? — Pergunta o garoto sem dar muita atenção.

            Arthur iria realmente revelar seu segredo para Wander. Essa seria a hora. Ele teria se preparado a um bom tempo para isso.

— Eu meio que...

            Ele é interrompido por um som vindo do celular de Wander. É o toque de seu celular.

— Um minuto. — Ele fala puxando seu celular.

            Atende a ligação. Era Emily, a mesma estava num tédio e queria sair com Wander para ir no cinema. Ele termina a ligação após alguns minutos.

— Desculpa, era a Emily. Ela está no cinema me esperando. Tenho que voar rápido pra não perder a sessão. — Ele ri. — O que você ia falar mesmo? — Termina de falar guardando seu celular e colocando sua camisa de volta.

— Nada não. — Ele responde sorrindo. — Não é tão grave assim. Posso deixar pra contar outra hora. Vai lá se não vai perder o cinema.

— Tem certeza? Está bem...

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Light City

1 de maio de 2019

16:20

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            Lá está ele. Thundershock, com um tempo e ajustes ele teria se adaptado ao seu traje.

            Num momento ele pula de telhados em telhados. Na calçada de uma rua bastante movimentada próxima a praia, está um ladrão. O mesmo está usando uma touca para não ser identificado.

            Ele esbarra em diversas pessoas para fugir do herói da cidade. Sabe que Shock está atrás dele, e que se ele o pegar será seu fim.

— Sai da frente! — Grita o homem desesperado esbarrando em todo mundo enquanto carrega um celular roubado.

            É então que Thundershock decide usar uma corrente de raio para intervir de vez. Ele a lança, projetando a mesma de sua mão que possui pequenos fios e capacitores capazes de controlar a energia.

            Um tipo de corda eletrizada é materializada a partir da mão de Shock. Ele a lança contra um dos transformadores da rua que está preso a um poste.

            Pega um impulso correndo em cima do telhado até que finalmente pula. Ele então fica preso somente a corda.

            Enquanto está no ar ele usa sua outra mão para materializar uma outra corda, a lançando contra um transformador de um prédio ali próximo. Ele então solta a mão da corda anterior e fica preso a outra corda, indo em direção ao prédio.

            Logo a sua frente está o ladrão, ainda fugindo de Shock. O herói vai se pendurando em vários cantos com a ajuda de sua corda, chegando cada vez mais próximo do ladrão.

— Aí o Lucas, estou em dúvida. Esse celular que você roubou. — Thundershock fala enquanto “voa” por cima da rua. — Você vai vender ele pra pagar a sua fiança anterior ou a nova? — Ele brinca se aproximando mais ainda.

            As pessoas que estava a caminho da praia. Famílias, adolescentes e crianças notam a presença do herói nos ares e acha um espetáculo. O aplaudindo, mesmo alguns sem entender ao certo o motivo dele estar ali.

            Thundershock não é tão popular fora de sua cidade. Mas dentro dela ele ganhou uma notoriedade consideravelmente grande. Com direito a matérias em jornais, blogs e vídeos de flagras no youtube.

— Sai daqui! Seu merda! — Ele grita irritado puxando uma pistola e disparando contra o céu para todos os cantos desesperado.

            Por sorte e treinamento Shock consegue desviar de todas as balas, mesmo dançando entre as cordas. Mas as pessoas ao redor notam os tiros e rapidamente ficam desesperadas. Algumas decidem se esconder, outras fugirem correndo e outras simplesmente congelam.

— Lucas, sua mãe não te ensinou que não pode falar palavrão? — Ele pergunta muito calmo com um ar de sarcasmo.

— Foi ela quem me ensinou, enquanto nós assaltávamos uma loja! — Ele grita.

— Uau, uma péssima influência. — Ele sussurra. — Ok, hora do show.

            Ele dá uma cambalhota no ar se soltando das cordas e caindo no chão em frente ao bandido, deixando ele sem lugar para ir, a não ser dar meia volta.

            É o que ele tenta. Rapidamente se vira. Mesmo com uma pistola na mão ele tenta correr. Sabe que se parar para lutar pode ser pior.

— Ah não vai não! — Ele grita.

            Shock rapidamente puxa de seu cinto um dispositivo, do tamanho de uma pequena pedra. É redonda e preta. Ele lança contra o ladrão.

            A “pedra” quando atinge as costas do ladrão tem um efeito rápido. Um tipo de raio sai da mesma se multiplicando e eletrizando o corpo de Lucas inteiro. Isso faz ele cair no chão. Como a arma estava ligada ao seu corpo, ele acidentalmente disparou um tiro. A bala por sorte não pegou em ninguém.

— Desculpa galera, erro meu. — Ele ri. — Ainda estou ajustando isso. Se chama “pedra energizada”, eu sei sou péssimo com nomes. “Thundershock”, “Pedra Energizada”.

            As pessoas aos poucos vão voltando ao normal. Se aproximam do herói para ver a situação. Alguns chegam até mesmo a filmar.

            O ladrão está imobilizado no chão. Resmungando sobre o herói, enquanto ele pega o celular.

— Okay, eu tenho aqui um celular preto, que recentemente foi roubado por esse cara! — Thundershock grita para a multidão. — Alguém perdeu um celular preto?!

— Eu! Eu! — Grita uma adolescente surgindo da multidão desesperada.

            Shock então se aproxima da garota e da multidão perdendo a atenção do ladrão que fica lá no chão.

— Aqui está o seu celular, não tá quebrado nem nada. — Ele devolve para a garota. — Quer uma foto? Vamos tirar uma foto.

— Sim, sim. Obrigada. — Ela fala muito energizada.

            Puxa a câmera de seu celular e rapidamente bate uma foto com o herói. Depois do momento de distração, as pessoas estão todas focadas no herói esquecendo o vilão. Até que a garota nota uma movimentação estranha atrás de Shock.

            Ele nota pelos olhares assustadores que ela tem ao ver algo atrás dele, e rapidamente corta seu sorriso.

— Droga. — Fala Shock. — Ele está bem atrás de mim, não está? — Pergunta o herói ainda olhando para a garota assustada.

            Ela junto a outras pessoas balançam sua cabeça positivamente bem devagar, assustados.

— E ele tá apontando a arma pra mim, não é? — Pergunta novamente.

            Novamente eles balançam a cabeça positivamente ainda assustados.

— Lucas, será que você não aceita a derrota? — Ele pergunta se virando lentamente para o ladrão.

— Você arruinou tudo aqui! — Ele reclama. — Está na hora de acabar com isso. Essa cidade não precisa de heróis e...

            Antes que pudesse terminar de falar algo acontece. Algo que deixa todos surpresos inclusive Thundershock. Uma energia invisível joga Lucas contra o chão, o desacordando na hora. A mesma energia tem um som estranho que lembra alguns sons usados em músicas eletrônicas.

— Oxi. — Comenta o herói timidamente notando o silêncio de todos e o fato curioso que acabou de acontecer.

            Eis que então surge ele. Usando o uniforme de Patriota e uma máscara para cobrir seus olhos, impossibilitando os outros de identificarem a identidade do garoto.

            Rapidamente Noah nota o símbolo dos patriotas no uniforme do garoto.

— Quem és tu? — Pergunta ele ainda curioso junto a multidão que bate várias fotos. Alguns até já sussurram seu nome.

— Eu sou, The Dubstep Guy, vadias. — Ele ri chegando com estilo.

— E eu achei que os nomes que eu dava eram bizarros... — Ele comenta.

▲▲▲

— As amazonas estão com uma dificuldade maior para manter Ares preso. — Fala a mulher com seu laço amarelo. Linda com seu traje familiarizado. Um escudo bastante usado, roupas azuis com brancas e vermelhas, lembrando a bandeira americana.

— Ares não é um grande problema para nós, Diana. — Afirma o Homem de Aço observando o planeta terra bem acima dos humanos, na torre de vigilância. Sua bela capa vermelha deixa mais claro quem é. Mas é o símbolo de esperança que entrega sua identidade.

— Não é com ele que eu me preocupo. Ares fica poderoso com guerras e todo ódio existente. E ultimamente isso vem crescendo de uma maneira exorbitante. Receio que uma ameaça maior possa estar a caminho de nós... — A Amazona avisa.

— Então, quando essa ameaça chegar, estaremos preparados...


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Notas finais do capítulo

E então, demorou, mas apareceram shaushuashua
Não se preocupem eles terão um papel muito maior um pouco mais para frente, e fundamental.
Espero que comentem ^^



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