Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 3
III - Assalto em Lucky Island - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Bem como já viram pelo título, esse capítulo foi dividido em duas partes. Eu não gosto de fazer isso, mas vi que foi necessário, já que o capítulo ficaria muito grande. Bem o que eu posso dizer é:
1 Essa primeira parte será focada mais na ação.
2 A segunda parte será mais focada na investigação e se preparem, porque ela terá várias referências ao universo DC



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 Lucky Island 

23 de Março de 2019

                                              

         É uma linda tarde. As crianças brincam com os seus pais numa bela praça em frente ao um dos bancos mais seguros da cidade.

         Um clima muito agradável. Fazia um calor naquela tarde, mas nada que um vento fresco junto com alguns vendedores de sorvete resolvessem.

         Três carros fortes chegam ao banco. Seguranças muito bem armados estão defendendo o que há dentro dos carros. Estão fazendo uma transferência. Há muito dinheiro naqueles carros.

         As pessoas ali por perto ignoram. É apenas um dia normal em Lucky Island. A cidade é conhecida por ser uma das mais ricas da América.

         Após algumas horas, os carros já teriam saído do banco. O local estava mais cheio. Várias pessoas querendo usar os caixas. A fila estava gigante, todos sem paciência. Já era final de tarde, e tudo que eles queriam era voltar para suas casas e descansar.

         Em frente ao banco, um carro preto chega. Uma movimentação estranha e diferente que chama atenção de alguns moradores. O mesmo não possui identificação alguma na placa. Ele derrapa com suas rodas até parar na frente do banco. Os vidros são escuros, logo ninguém consegue ver quem está dirigindo aquele veículo.

         Ele finalmente para e rapidamente as quatro portas se abrem. Delas saem quatro homens usando ternos escuros e máscaras. Uma máscara de hóquei, outra de porco, caveira e uma que lembrava claramente o morcego de Gotham. O homem que carregava a máscara do morcego em seu rosto possuía uma grande altura, conseguia colocar medo em qualquer um por perto. Aproximadamente 2 metros de altura.

         Além disso, outra coisa que chama bastante atenção de todos ali, são as armas que os quatro carregam. São fuzis de alta precisão, muito assustadores e mortais.

         Os dois seguranças em frente ao banco ao notarem as armas e a estranha movimentação decidem agir de alguma forma.

         Mas antes que pensassem em fazer algo um dos quatro, o homem com a máscara de caveira, dispara dois tiros rápidos e certeiros nos seguranças. Os tiros atingem o peito dos dois que caem no chão ao mesmo tempo com dificuldade para respirar.

         Os quatro andam até a entrada do banco tranquilamente, enquanto isso as pessoas de fora do banco fogem desesperadas sabendo do que se tratava a situação.

— Nós sabemos que vocês estão usando coletes, não sejam burros de achar que estão engando a gente fingindo estarem machucados. Isso só vai piorar as coisas para vocês. — Fala o homem com a máscara de hóquei que continua andando com os outros.

         Eles passam pelas portas grandes de vidro. O que usa uma máscara de porco dispara alguns tiros para o alto, atingindo o teto e causando mais pânico ainda naqueles que estão sendo feitos de refém agora. Ao todo 42 pessoas dentro daquele grande banco, com uma bela arquitetura feita para causar conforto, o que as pessoas não estavam sentindo naquele momento.

— Cavalheiros e cavalheiras, como já perceberam, isso é um assalto. Então vamos facilitar todo aquele processo que vocês já conhecem. — Enquanto fala, o homem com a máscara de caveira puxa um saco preto enorme. — Coloquem por favor tudo que é de bom uso aqui.

         Os quatro estão bem atentos a qualquer sinal exterior e qualquer tentativa de escapar.

         Enquanto alguns vão colocando os seus bens materiais nas sacolas, outros ficam deitados no chão com as mãos na cabeça torcendo para nada pior acontecer.

         O que os quatro não contavam é que um dos civis era na verdade, um policial apaisana, e estava esperando o momento certo para agir. Ele já teria pedido reforços sem que ninguém ali percebesse. Era uma questão de tempo para que outros policiais chegassem.

         Uma criança que teria ido ao banco com a sua mãe encara o homem vestido com uma máscara familiar. Ele não parece ter muito medo. A sua idade ainda não entendia muita coisa.

— Você é o Batman? — Pergunta o menino timidamente. — Por que está fazendo isso?

         A mãe do garoto aperta a mão do menino dando um sinal para ele parar de falar.

         O misterioso homem vestido com a máscara do cavaleiro de Gotham olha fixamente para a criança, causando medo na mãe que torce para que ele não faça nada.

— Ele é só uma criança, ele não entende nada. Me desculpe. — A mulher fala desesperada enquanto outras pessoas com medo cochicham sobre algo.

         É nesse momento que o policial apaisana decide agir. Ele se levanta rapidamente puxando a sua arma.

         É o tempo de todos olharem para ele e ele disparar uma rajada de oito tiros contra o mascarado do justiceiro.

         Infelizmente ele erra todos, causando apenas grandes estragos nas paredes brancas do banco. O mascarado nem parece preocupado com a recente rajada de tiros que ele quase recebeu. Em compensação os outros não perdem tempo em atirarem no policial, todos ao mesmo tempo.

         São muitos os tiros disparados. As pessoas com medo não sabem como reagir. Algumas até gritam. Os barulhos dos tiros são muito altos e assustadores.

         Após a chuva de tiros contra o policial, ele cai no chão. Há sangue em todo o corpo dele. Carne viva está exposta, alguns civis mal conseguem olhar a cena. O policial ainda se debate quase morto.

         Ouve-se um barulho vindo de fora. São sirenes, várias. Viaturas da polícia vem chegando e fechando todas as possíveis saídas dos bandidos com seus carros.

         Os policiais saem dos carros, e um deles puxa um megafone e começa a falar:

— Aqui é o comandante da polícia de Lucky Island. Devolvam o dinheiro e saiam pela saída da frente.

         Os bandidos escutam a voz do comandante e o de cabeça de caveira decide responder:

— Vão se ferrar, seus escrotos! — Ele grita colocando seu corpo à amostra para os policias na porta da frente. — E continuem colocando o dinheiro.

         A discussão se encerra junto com os sussurros das pessoas quando todos escutam um estrondoso barulho vindo do céu.

         O som é alto como uma turbina de avião que passa muito perto do chão. Já estão todos olhando para o céu com um olhar de esperança.

         E lá vem ele, rasgando as nuvens em alta velocidade. Wander usando uma jaqueta de couro preta com um “P” representando a equipe dele, e calças confortáveis para uma luta de cor preta que combinam com suas botas. O seu clássico traje de luta.

         Sua entrada é triunfal. Ele aterrissa em frente à entrada do banco e analisa muito bem a situação. Soltando um leve sorriso por finalmente encontrar ação.

— Tem um Patriota aqui! — Grita o homem com a máscara de porco.

— Derrubem ele! — Fala o outro com a cabeça de caveira.

         Três dos quatro homens partem para cima de Wander com a intenção de mata-lo. Os mesmos disparam vários tiros contra ele enquanto correm em sua direção. Mesmo sabendo dos poderes do garoto, e sobre as lendas do mesmo, eles ainda partem para cima. É o momento em que o dinheiro fala mais alto do que o medo.

— Fala sério, eu sou praticamente um Deus, querem realmente tentar isso?

         Tendo em vista que os homens continuam atirando contra Wander, ele toma isso como um sim. As balas atingem seu corpo, mas caem no chão como se tivessem atingido um pedaço de aço impenetrável.

         O garoto então decide agir enquanto os policiais apenas assistem o espetáculo, já sabendo do resultado evidente.

         As pessoas dentro do banco se sentem mais seguras agora com a chegada do Patriota. Tendo visto que a briga foi levada para a grande escadaria do lado de fora do banco, bem na entrada. Porém não era tudo, o homem com a máscara de morcego ainda estava do lado de dentro vigiando tudo, sem perder a postura.

         O máscaras de porco atinge alguns socos no abdômen de Wander. Mas ele age como se aquilo não machucasse ele. A raiva do homem faz ele criar uma força maior, emendando alguns socos com coronhadas e tiros no menino. Ele serra os dentes de raiva, mas Wander pouco parece se importar.

         Enquanto isso o homem com a máscara de caveira mira com seu rifle em Wander esperando por um momento certo para atingir a cabeça do mesmo, com cuidado para não acertar o seu parceiro.

— Está esperando o que? Pega ele! — Grita o caveira para o máscara de hóquei.

         Ele sai correndo pegando um impulso muito grande pensando em dar um chute certeiro no rosto do garoto.

— Está bem, já chega. — Diz Wander perdendo a paciência.

         O garoto acerta um soco leve no rosto do homem que ainda socava seu abdômen fazendo ele cair no chão com bastante força. É incrível como ele consegue puxar tanta energia. Depois disso, ele dá alguns tapinhas no próprio ombro, como se estivesse limpando alguma sujeira.

         Já o outro vem em direção a Wander e dá um salto muito alto já mirando com seu pé direito no rosto de Wander enquanto gritava. Porém o garoto apenas dá um passo para o lado, fazendo o homem com a máscara de hóquei perceber que ele vai se dar muito mal.

         Sem perder tempo Wander segura o pé do homem que ainda está no ar, isso tudo em pouco segundos. E com sua força ele arremessa o mesmo contra o outro que já estava caído no chão. Desmaiando os dois de uma vez só.

— Sua vez Batman! — Grita o com a máscara de caveira.

         Wander franzi o cenho no mesmo instante. Ele não teria reparado no outro homem.

— Batman?! — Fala Wander sem entender muito.

         É então que o homem com a máscara do morcego surge. Wander repara de cara no detalhe em seu rosto, além de seu enorme tamanho.

— Caramba. — Comenta o garoto. — O morcegão vai processar alguém.

— Você morre hoje Wander! — Grita o homem com uma voz grossa e amedrontadora.

— Pode vir.

         O homem mexe a sua mão com o punho fechado a uma longa distância de Wander, como se ele fosse arremessar algo. E então de sua mão sai um tipo de bola de energia na cor verde bem eletrizante.

         A bola de energia atinge rapidamente Wander que sente um choque muito grande.

         Ele recua sentindo uma dor bem próxima de seu peito. Haviam tempos que ele não sentia algo daquele jeito. O garoto chegou a ficar impressionado com tal força.

         Aproveitando a guarda baixa o homem parte para cima do garoto emendando vários socos em seu rosto enquanto segura ele pelo pescoço.

         Diferente dos outros dois homens, esse consegue causar machucados em Wander. E a cada soco no rosto era mais sangue sendo derramado.

— Na cara não, por favor. Maquiagem custa caro! — Wander comenta ainda brincando com a situação, mesmo estando apanhando feio.

— Vai se ferrar! — Grita o brutamonte.

         Wander dá um soco no estômago do homem enquanto ele está sendo segurado pelo pescoço.

         O mascarado perde o controle sobre o garoto e solta ele imediatamente.

— Okay, você é forte. — Wander fala recuperando o folego.

         Uma luta começa. Uma grande troca de socos e chutes, seguida de poderes especiais e xingamentos. Os policiais não sabem ao certo como reagirem. A mídia já está no local fazendo várias transmissões ao vivo. Enquanto isso, os reféns torcem por Wander, e o outro mascarado assiste a luta.

— Por que você não morre? — Pergunta o homem enquanto soca os dentes de Wander.

         Wander tenta a sorte com um chute no peito do mascarado, mas erra. O homem contra-ataca o golpe segurando o pé do garoto e o girando. Isso faz com que Wander tombe no chão.  

— Eu também não sei. — Ele murmura.

         Ele se coloca de pé novamente, dessa vez sem muita paciência. Cospe no chão o que parece ser sangue que estava escorregando de sua boca.

Vai em direção ao homem com um olhar raivoso, o outro sabe que conseguiu provocar um pouco o alienígena.

 O garoto usa suas duas mãos dando um empurrão no homem. Ele aproveita para pegar um impulso e dar um chute no estômago do mesmo.

         O chute atinge em cheio ele, que fica sem ar no mesmo instante. Para poupar que o homem se recupere, Wander decide usar seu poder de telecinese para arremessar uma viatura da polícia contra o homem.

         O mesmo desmaia de vez. E o carro fica com um estrago muito feio.

         Wander respira fundo agora, tendo visto que o maior problema já passou. Todos ali sabem que o último que restou não é um grande problema.

— Sua vez agora. — Ele fala recuperando o folego.

         O último restante dá um passo para trás intimidado com a situação. É então que algo inesperado acontece.

         Uma movimentação estranha entre os civis que estão vendo a situação do lado de fora do banco.

         Alguns homens, todos de preto usando panos que cobrem a parte da boca de seus rostos surgem. Vinte ao todo. Ninguém ali percebeu como eles surgiram, mas deram um susto muito grande surgindo da população.

         Eles passam por debaixo da facha de segurança e entram na batalha.

         Wander e o mascarado com a caveira não sabem o que está acontecendo. Enquanto isso os vinte estão caminhando na direção dos dois.

         Os policiais apontam suas armas contra eles. Mas são muito, e eles não sabem ao certo o poder dos vinte.

         Chegaram rápido demais, como se seus passos fossem apurados.

         Wander achou que eles iriam ataca-lo, e o caveira pensou a mesma coisa. Eles estavam todos vindo na direção do garoto puxando facas muito bem afiadas. Verdadeiras lâminas gigantescas.

         Wander se prepara então para se defender, ficando completamente sério agora, por não conhecer seu inimigo. Um inimigo novo, assustador e desconhecido.

         Mas eles começam a passar reto por Wander, ignorando o garoto. O mesmo tentava entender a situação. Os homens passavam por Wander e o ignoravam como se ele não estivesse ali.

         É então que se houve o som de uma faca penetrando carne. Wander olha para o lado com os olhos arregalados e nota que o outro mascarado está imóvel.

         As pessoas não sabiam o que estava acontecendo. E ficaram apavoradas com a cena.

— Pela lei de Khallium. — Fala o homem cuja faca penetrou o mascarado.

         Os outros seguem os mesmos passos. Dando uma facada, falando a mesma frase calmos e deixando o local. Vão saindo em fileiras e se misturando novamente entre a população.

         Wander chocado com a situação tenta impedir. Ao puxar um dos homens que está com uma faca na mão ele escuta um som alto vindo de um prédio.

         Os civis se abaixam e os policiais focam suas armas na origem do som. O alto de um prédio de 10 andares.

         Levou-se alguns segundos para eles perceberem que foi um tiro. Mas Wander foi o primeiro a perceber, por a bala afetar diretamente ele.

         O som é alto e diferente, porém único..  A bala não é comum. Ela realmente machuca Wander. Penetra sua pele causando um grande machucado e escorrendo sangue por sua roupa.

         O garoto cai no chão sentindo muita dor. Ele não sabia que arma era aquela. Mas sabia que nenhum tipo de arma deveria machuca-lo. Mal consegue respirar, e fica ali no chão quase imóvel enquanto os misteriosos homens continuam fazendo o processo estranho.

— Vocês! Coloquem a mão na cabeça e se afastem do garoto! — Grita o comandante que faz toda a sua equipe apontar as armas para os homens.

         Wander já está caído no chão junto ao outro mascarado. O comandante sabe que os vinte são perigosos, pois conseguiram derrubar Wander sem fazer esforço algum. Ele toma todo tipo de cuidado para não começar uma guerra ali na praça com civis vendo tudo.

         Os homens encaram os policiais e não expressão emoção alguma. Por alguns segundos os silêncio reinou. Até que eles resolveram sair da frente do banco e ir embora.

— Senhor? O que fazemos? — Pergunta um policial para o comandante.

         Depois de muito pensar numa solução, ele finalmente acha uma que não cause mortes.

— Deixe eles irem...

         Os policiais acham a ordem dada pelo comandante muito estranha, mas respeitam.

         Aos poucos os homens de preto vão sumindo e ninguém se atreve a segui-los, com medo do que eles possam fazer.

— Fiquem de olho no garoto, não deixem ninguém que eu não autorize chegar perto! — Grita ele saindo da facha de segurança.

         O delegado decide se aproximar do corpo de Wander. Ele logo nota que o garoto ainda está vivo, porém, sentindo muita dor. O sangue está para todo o lado. A bala teria atingido a costela do menino.

— Toma, aperta o botão... — Fala Wander entregando um comunicador para o comandante quase sem forças para nada. Sua voz mal sai. — Chame alguém.

         O comandante não sabe ao certo o que fazer com aquele dispositivo. Apenas pega da mão de Wander que ainda reage ao ferimento. Observa bem o aparelho e nota um bota verde próximo a uma pequena antena. O aparelho tinha um tamanho de um celular normal, e parecia com um também. Porém, era mais simples. Ele então aperta, e no mesmo instante Wander desmaia de vez.

— Eu não sei se essa coisa está funcionando, mas aqui é o comandante da polícia de Lucky Island. Eu estou com Wander, ele está gravemente ferido e eu preciso que alguém apareça aqui...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então pessoas o que acharam? O primeiro contato entre um patriota e os seguidores do Khallium. Eu tomei bastante cuidado para que essa parte ficasse épica. Espero que tenham gostado e sentido o mesmo que eu senti ao escrever.

Bem, obrigado por lerem, e comentem para me dar aquela ajuda ^^ Até mais :)



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