Blair escrita por Lady Darkness
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Boa leitura
“Mais um corpo é encontrado no centro da cidade de Nova Iorque.
O corpo é de um jovem, ele foi encontrado com marcas de unhas e de mordidas pelo corpo, a policia acha que foi um atropelamento, mas um detetive da perícia criminal considera uma obra de Blair, já que a vítima apresenta os mesmos ferimentos que os corpos encontrados anteriormente”.
Sorri e desliguei a televisão, me levantando do sofá. A sala estava escura, mas já morava há tantos anos no mesmo lugar que já havia me acostumado. Caminhei lentamente até o interruptor e acendi a luz. O local era simples, havia um sofá branco com algumas almofadas, uma mesinha de centro quase sempre com xícaras de café e uma televisão não muito grande. As paredes tinham um triste tom amarelo do qual eu pretendia me livrar em breve.
Caminhei até a cozinha e abri a geladeira, pegando uma garrafa de vinho. Servi em uma taça e bebi um gole, deixando que o gosto amargo queimasse minha garganta. Fechei os olhos, mas os abri em um susto ao ouvir um som em meu quarto. Caminhei lentamente até a porta e a abri, acendendo a luz. O quarto era bem simples, uma cama de casal raramente arrumada, janelas grandes e brancas encobertas por cortinas azuis e um papel de parede azul. Suspirei ao ver que o som havia vindo da janela, quando meu gato, Nyx, entrou. O peguei no colo e o levei para a cozinha, colocando um pouco de leite em sua vasilha. O soltei no chão e me escorei na bancada, o olhando enquanto bebia mais um gole de vinho.
Ouvi sons de batidas na porta e sorri, me aproximando. Ao abrir a porta, me deparei com um jovem, de aproximadamente uns vinte anos. Ele era alto, forte e bonito. Tinha cabelos curtos repicados e escuros e olhos castanhos avermelhados. Ele sorriu ao me ver.
— Senti sua falta, Claire.
Revirei os olhos, bebendo mais um gole de vinho
— O que quer aqui?
Ele se aproximou da porta.
— Posso entrar? Tenho assuntos a tratar com você.
Suspirei lentamente e me afastei, lhe dando passagem para que entrasse. Ele caminhou até a sala e se sentou. Tranquei a porta e me sentei ao seu lado.
— O que você quer? – repeti, o encarando
— Tenho mais um caso para você, o cliente exigiu que fosse você.
Sorri, finalmente meu trabalho era reconhecido.
— Trouxe o que eu preciso?
Ele riu e me entregou uma pasta. A abri e li um pouco dos papéis que estavam ali.
— Te entregar um trabalho é como entregar doce para uma criança – Nathan riu, enquanto brincava com seu chaveiro
— Ora, cale a boca. – suspirei e continuei a ler – Certo, quando e quanto?
— Essa semana, seis mil dólares.
Coloquei a pasta em cima da mesa.
— Certo, pode ir embora.
Ele riu e se acomodou no sofá
— Por quê? Adoro ficar com você, Claire. – Ele sorriu, colocado a mão em minha perna.
Tirei sua mão calmamente de minha perna e o encarei.
— Se me tocar de novo, arranco seus dedos.
Ele se levantou e suspirou, enquanto se dirigia a saída.
— Boa sorte, Blair.
— Não preciso de sorte, Nathan.
Nathan abriu a porta e saiu. Me levantei, trancando a porta novamente e me dirigi ao meu quarto, abrindo meu guarda roupa, peguei um vestido vermelho e saltos pretos. Os deixando em cima da escrivaninha. Me deitei na cama e fechei meus olhos, adormecendo.
Acordei na manhã seguinte com o sol batendo em meu rosto. Me sentei e olhei a hora no relógio, eram oito horas. Me levantei e fui para o banheiro, ligando a água para encher a banheira. Me despi e me olhei no espelho. Meus cabelos estavam loiros, ondulados até as pontas, minha pele levemente bronzeada e meus olhos castanhos. Meu corpo era definido, seios fartos, cintura fina e quadril não muito largo. Prendi meu cabelo em um coque e entrei na banheira quente, apoiando minha cabeça na borda.
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas quando saí da água, ela já estava fria. Me sequei e coloquei as roupas que havia separado no dia anterior em minha mala, junto de meias 7/8. Sequei meu cabelo e o cacheei. Em seguida passei maquiagem preta e um batom vermelho, sorrindo. Peguei em meu guarda roupa uma calça jeans preta e uma blusa da mesma cor.Me levantei e fui para a cozinha, colocando leite para Nyx, que havia fugido novamente. Comecei a andar em direção a porta quando parei em frente ao espelho que havia no corredor. A blusa que eu usava era colada ao corpo e tinha um decote sutil, meu cabelo caia até a cintura em cachos soltos. Sorri e arrumei meu cabelo, olhando a hora em meu relógio. Saí de casa e peguei um taxi até um prédio de uma empresa imobiliária.
Ao sair do carro, coloquei meus óculos escuros e entrei no prédio, indo até a secretária. Ela era baixa, devia ter uns dezessete anos. Tinha cabelos avermelhados e olhos azuis, além de sardas pelo rosto todo.
— Em que posso ajuda-la? – ela sorriu
— Tenho hora marcada com o senhor White.
Após digitar algo no computador, ela me olhou.
— Nome?
— Claire.
Ela digitou novamente e sorriu.
— Ah, sim, o senhor White está esperando.
Sorri e caminhei até o elevador, entrando, apertei o ultimo andar e me apoiei na parede enquanto ele subia. A música era lenta e calma, de certa forma era até irônico. Quando o elevador parou e a porta abriu, saí, me dirigindo até uma porta de madeira clara. Bati na porta e esperei até ouvir uma resposta sonolenta.
— Entre...
Abri a porta e entrei no escritório. Era uma sala simples, algumas estantes de livros, desenhos de casas e algumas plantas. A minha frente havia uma mesa com um computador e enfeites de pássaro. Atrás da mesa havia uma cadeira grande e vermelha, onde havia um homem sentado. Seus cabelos eram castanho escuros e tinham um corte estranho, sempre bagunçados, tinha olhos castanho-claros e pele pálida. Ele vestia um terno preto, camisa e luvas brancas e, nas costas de sua cadeira, havia um sobretudo preto e um chapéu de mesma cor.
Me sentei na cadeira a sua frente vendo um sorriso doentio se formar em seus lábios.
— Olá docinho, quer comprar uma casa?
Revirei os olhos, tirando os óculos.
— Francamente, Eryon. Só vim buscar minhas armas.
Ele riu, pegando um molho de chaves em cima da mesa.
— Soube que ameaçou arrancar os dedos do Nathan ontem a noite.
Sorri e o segui com os olhos.
— Odeio que me toquem. – me levantei e o segui, parando em frente a uma estante
— Ah, princesa, você vai ter de se acostumar.
Ele pegou uma das chaves e a colocou na capa de um livro, fazendo a estante se abrir. Em seguida ele a arrastou, abrindo outra porta, que revelava um arsenal impressionante. Haviam vários tipos de arma ali, desde pistolas simples até armas antitanque. Eryon sorriu, abrindo os braços.
— Escolha uma.
Me aproximei das pistolas, eram pequenas e fáceis de esconder.
— Qual...?
— Pegue a preta, é uma 38, e pegue um silenciador também.
Sorri, pegando a arma e o silenciador, os guardando na bolsa.
— Obrigada
Ele sorriu, me levando para fora do arsenal e fechando as portas.
— Boa sorte, princesinha.
Caminhei até a porta em passos curtos, quando aproximei a mão da maçaneta, Eryon me chamou.
— Claire... Você ainda os tem?
— Tenho o que...?
Me virei e o fitei, ele havia se sentado em sua cadeira.
— Sabe... Os poderes...
Suspirei, me apoiando na porta.
— Tenho, mas descobri como controlar. E você?
Ele desviou o olhar, encarando o chão.
— Mais ou menos...
Sorri, o olhando.
— Posso te ajudar com isso depois, agora preciso ir
Ele sorriu e me observou enquanto eu saia da sala e, rapidamente, do prédio. Chamei um taxi e pedi que me deixasse em um hotel ali perto, afinal. Eu precisava me arrumar para aquela noite.
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Estou repostando por pedidos de uma amiga. Espero que tenham gostado