O amor é cego escrita por British


Capítulo 88
Pós-operatório


Notas iniciais do capítulo

Está próximo o fim da fanfic!



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— A doutora disse que você precisa repousar, mas que se o pós-operatório for bom em poucos dias você pode voltar pra casa. – disse Sakura segurando a mão de Sasuke

— E assim você pode voltar para a sua Universidade.

— Não, eu decidi que vou trancar. – disse meio sem jeito

— Como assim trancar?

— Você vai precisar de alguém cuidando de você e eu não quero deixar você sozinho.

— Sakura, se for pra gente ficar junto mesmo nada vai nos separar. Nem os anos que você vai ter que ficar lá. Podemos continuar com o esquema que planejamos.

— Eu também falo isso, porque o clima com o Sai vai ficar ruim e ele estuda comigo.

— Quando vocês terminarem tenho certeza que ele vai ser maduro o suficiente para seguir em frente.

— Nós já terminamos, ele me achou aqui e disse que já sabia sobre nós.

— Quem contou? – perguntou Sasuke surpreso

— Não sei. Ele disse que foi uma amiga.

— Estranho, porque ninguém que conheça ele, nos conhece.

— Eu sei, mas deixa isso pra lá. – deu um sorriso amarelo

[...]

— Sai, eu entendo você não querer falar sobre o assunto, mas já faz dois dias desde que você foi falar com a Sakura e você não me disse nada sobre como foi.

— Eu não quero falar. É um direito meu não é?

— É, mas eu queria saber o que fazer...

— Você não precisa fazer nada. Eu já terminei com a Sakura para que ela possa ser feliz.

— E contou sobre a sua doença?

— Contei e ela se mostrou solidária, mas não a quero se intrometendo. – mentiu, porque sabia que se admitisse que não tivesse dito absolutamente nada a Sakura sobre a doença certamente Shizune contaria.

— Bem, na minha frente ela não disse nada.

— Ela não sabe que você me conhece, como poderia demonstrar?

— Verdade.

— E Shizune, eu decidi que não vou voltar para Yale. Eu quero gastar meus próximos anos fazendo outra coisa.

— O que?

— Posso ser voluntário na sua ONG? Eu lembro que você tinha implantado um projeto de pintura para crianças.

— Verdade. Eu criei esse projeto pensando em você – disse sorrindo

— Então, ele é perfeito pra mim. Posso trabalhar lá?

— Se é o que você quer a resposta é sim. Eu vou pra lá no próximo final de semana, daí te levo e você pode morar lá.

— Ótimo. Leva quantas horas daqui de NY pra lá?

— Umas duas horas de carro.

— Estou animado pra fazer isso.

— É bom te ver animado com qualquer coisa – Shizune então o abraçou

[...]

— Hoje é o grande dia né Sakura? – disse Shizune assim que encontrou Sakura no hospital

— Verdade. Estou muito feliz por Sasuke finalmente receber alta.

— Ele merece relaxar agora. Ele está se recuperando muito bem.

— Eu sei. Vou ficar ao lado dele nas próximas semanas e depois volto pra Yale. Eu queria desistir, mas Sasuke disse que eu não devia abandonar essa oportunidade só pro medo.

— Medo do que? – perguntou Shizune

— Ah, medo da vida mudar o curso de novo e me separar do Sasuke, fora que o clima entre mim e o Sai vai ser horrível.

— O Sai não vai voltar para Yale.

— Como assim? E você conhece o Sai? – perguntou surpresa

— Conheço Sakura. Ele e eu namoramos no passado. E ele me procurou faz um tempo.

— OMG. Ele veio terminar comigo porque está com você?

— Não. Eu e ele somos apenas amigos. Ele me procurou porque está doente, ele te contou isso Sakura.

— Não, ele não disse. Ele está doente? – Sakura olhava preocupada para Shizune e está não sabia o que dizer, porque Sai havia mentido para ela.

— Está, mas se ele não contou a você e mentiu pra mim dizendo que tinha contado então ele tem um motivo e eu não vou dizer o que se passa com ele. Afinal, você já partiu o coração dele. – disse a doutora

— Doutora, eu preciso saber o que se passa com ele! – pediu Sakura

— Não, você precisa tirar o Sasuke do hospital e cuidar dele. O Sai sabe o que faz. –Shizune então se retirou. Ela não diria nada a Sakura antes de conversar com Sai.

[...]

— Finalmente em casa – disse Sasuke assim que adentrou seu apartamento com Sakura

— É melhor você continuar repousando. – disse enquanto se sentava ao lado dele no sofá

— Eu vou repousar, mas antes tenho que checar meus e-mails.

— Lá vem você querendo trabalhar – revirou os olhos

— Só um pouco, não faz mal. Vou até o escritório. – avisou e se retirou de lá

— Ok. – disse e depois que viu que Sasuke estava trancafiado no escritório ligou para Sasori.

— Alô, Sasori?

— É sou eu. Sakura é você?

— Sim, eu acabei de trazer o Sasuke do hospital, daqui a pouco Itachi chega aqui pra ver o irmão.

— Que bom que ocorreu tudo bem. Shizune me disse que foi um sucesso a cirurgia.

— Verdade, falando na Shizune, foi por causa dela que eu te liguei. Sasori, pode e dar o endereço dela?

— pra que você quer o endereço dela?

— Ela me disse hoje que o Sai está doente e eu quero vê-lo. Sei que ele está, só que não tenho o endereço.

— Ele queria segredo sobre isso.

— mas eu já sei, ele não tem como fugir. Preciso conversar com ele, quando nos encontramos ele só terminou comigo.

— Você não vai sossegar até descobrir onde ela mora né?

— De jeito algum.

— Então ta! – disse Sasori

Sasori disse o endereço e Sakura anotou. Assim que Itachi chegou Sakura conversou durante alguns minutos com os dois irmãos e aí disse que precisava resolver um assunto e que quando voltasse ia contar o que era. Então saiu. Será que Sai vai querer conversar com a rosada?

[...]

— Por que você mentiu pra mim? – gritou Shizune furiosa

— O que? Você foi falar com a Sakura?

— Eu fui falar com ela e ela acabou me dizendo que não sabia que você estava doente. O que deu em você pra mentir pra mim?

— Eu só não queria que ela sentisse pena de mim e sabia que se você soubesse que eu não contei iria me
obrigar a fazer isso.

— Pois é. Mas eu não contei pra ela o que você tem, só disse que estava doente, mas tenho certeza que ela vai te procurar.

— Então eu preciso sair daqui.

— Não fuja. Conte a verdade!

— Eu não quero que ela sinta pena de mim! – gritou Sai

— Ela se preocupa com você criatura! – rebateu Shizune

— Tudo bem, eu falo com ela – então eles ouviram alguém tocar a campainha

— Se for ela não poderia ter momento mais propicio – disse Shizune e ao abrir deu de cara com a rosada

— Oi – disse Sakura

— Já sei, Sasori deu meu endereço – disse Shizune

— Sim, ele só queria me ajudar.  Agora eu posso falar com o Sai?

— Claro. – Eu vou sair pra deixar vocês a sós –disse Shizune se retirando

— Acho que você tem algo a me dizer, não? – disse Sakura

 - Você já sabe, não tenho o que dizer.

— Que doença você tem? – disse Sakura sentando-se ao lado de Sai

— Pra que você quer saber? Não vai mudar em nada isso.

— Eu me preocupo com você.

— Ok. Eu falo, mas antes você tem que me prometer que depois que eu disser vai embora e que não vai me procurar nunca mais ta?

— O que? Eu não posso prometer isso.

— Então vai ficar sem saber.

— Se você não contar peço para que a Shizune conte.

— Chantagista – reclamou Sai

— Pode falar, estou escutando.

— Eu tenho um aneurisma e não posso operar.

— E você corre risco de vida? – disse preocupada

— Corro. O médico disse que como não posso operar pode ser que algum dia o aneurisma estoure. Ou seja, eu não faço ideia de quanto tempo de vida eu tenho. Posso morrer amanhã ou daqui a dez anos.

— E como vai ficar a sua vida agora? E por que não me contou antes?

— Eu inventei que ia viajar pra poder fazer os exames e então procurei a Shizune. Eu estava com medo e não queria te apavorar antes de ter um resultado. Mas aí você se acertou com o Sasuke e eu não achei justo contar, porque talvez você pudesse sentir alguma pena de mim e não ser totalmente verdadeira por medo de me magoar. E bem, quanto a minha vida, eu vou sair de Yale.

— Pra onde você vai?

— Não quero falar. Sakura, por favor, eu já disse tudo. Vá viver a sua vida e ser feliz. Eu vou ser
imensamente grato se você fizer isso.

— Eu não quero ficar longe de você. Sai eu amo você. Eu sei que é de uma forma diferente da forma como eu amo o Sasuke. Mas eu não quero que você vá pra longe. Independente de quanto tempo você viva, eu não quero passar um dia sem você por perto.

— Você não vai me deixar em paz?

— Sinceramente? Não. Não mesmo.

— Eu vou sofrer mais caso você insista nisso. Por favor, Sakura, não me procure mais. Vá cuidar do Sasuke, ele precisa e ama você. E eu sei que você sente o mesmo.

— Eu vou embora, porque certamente o Itachi logo mais vai embora e deixará o irmão sozinho, mas só por isso. Amanhã eu volto e vamos conversar de novo sobre essa idéia estúpida de você abandonar Yale e nos afastar desse tempo. Eu quero me formar ao seu lado.

— Acho que esse sonho você não vai realizar.

— Até amanhã – disse Sakura ao se dirigir até a porta

— Sakura, antes de partir, me abraça? – pediu Sai e Sakura então o abraçou muito apertado. Eles ficaram grudados por longos e intermináveis minutos e Sai chorou em silêncio. Era a sua despedida.

— Se cuida e fica comigo. – disse Sakura beijando o ex  na bochecha – independente de como nós estamos agora, eu gosto de você e quero viver o máximo possível ao seu lado. – disse Sakura com os olhos cheios de lágrimas

— Eu ainda não morri. Mas o seu pedido foi recusado.

— Veremos se você vai recusar amanhã, eu vou voltar. – avisou e então se foi e Sai sorriu, porque pelo menos ele pôde se despedir dela.

[...]

— Sakura, por que você está chorando? – perguntou Sasuke assim que viu Sakura entrar ao apartamento em prantos

— Só me abraça – disse Sakura abraçando Sasuke

— O que aconteceu? – perguntou preocupado

— Eu tive uma noticia terrível, Sasuke. – disse se afastando e limpando um pouco das lágrimas que não paravam de cair

— O que? Fala. – pediu já um pouco nervoso

— O Sai vai morrer – disse voltando a chorar

— Como?

— Ele tem um aneurisma Sasuke. Ele não sabe quanto tempo tem de vida e ele me pediu pra não procurá-lo mais.

— E você quer continuar vendo ele?

— Quero e vou. Ele não pode me impedir de fazer isso. – dizia chorando desesperada – Eu não vou aguentar perder mais alguém que eu amo

— Você o ama? – Sasuke então sentiu o ciúme dentro de si

— Amo, mas é como amigo. Você entende?

— Entendo. É claro que entendo. – disse Sasuke voltando a abraçá-la e lembrando do histórico de perdas que Sakura já teve na vida.

— Eu vou enlouquecer se eu perder mais alguém!

— Calma, eu entendo como você está se sentindo. Eu sei de todas as perdas que você teve e o quanto teme perder mais, mas eu quero deixar claro que você não vai me perder e acredito que o Sai possa viver durante muitos anos ainda.

— Você acha?

— Acho. Então se prepare, porque uma hora todos nós vamos morrer.

[...]

— Essa mala arrumada é pra que? – perguntou Shizune ao ver Sai arrumando a mala

— Eu vou até Yale trancar a minha matrícula e pegar as minhas coisas e de lá quero ir até a sua ONG. Você me leva?

— Bom, quando você voltar posso te levar até minha ONG.

— Melhor não, você me encontra no aeroporto e de lá vamos. Não quero voltar pra cá, a Sakura quer me procurar e eu não vou aguentar vê-la de novo.

— Você não quer mesmo ter mais nenhum contato com ela?

— Não, eu só quero que quando o momento certo chegar você entregue aquela carta a ela.

— Tudo bem. Faremos como você deseja.

— Obrigada. Você é minha melhor amiga. – Sai sorriu

 


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