O amor é cego escrita por British


Capítulo 82
Diagnóstico




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— Sasuke, tudo bem? – perguntou Shizune ao dar de cara com Sasuke na entrada do hospital

— Na verdade não. To sentindo uma dor no peito.

— É forte essa dor? – perguntou já se aproximando para que Sasuke se apoiasse nela

— Bastante.

— Ok. Vou te levar pra minha sala. – Embora seu trabalho naquele hospital fosse na área de dependência química, Shizune também era cardiologista e resolveu prestar os primeiros socorros a Sasuke já que aquela era a noite do seu plantão e ela estava na emergência.

— Bom, para a sua dor passar eu vou te dar um remédio. Não vai ter problema nenhum você tomar. Mas você vai ter que passar a noite aqui em observação e também fazer uma série de exames.

— Por quê? – disse após tomar o remédio que ela deu

— Por que pelos seus sintomas você pode ter um infarto a qualquer momento Sasuke. Precisamos ver isso com cuidado.

— Não sabia que você era cardiologista.

— Eu sou, mas é que aqui meu trabalho é em outra área.

— E por que está me atendendo?

— Estou atendendo na emergência hoje, já que estou de plantão. E o seu caso foi uma emergência.

— Obrigado por me atender.

— Bem, agora eu vou te deixar sozinho por uns minutos e logo mais vem uma enfermeira te conduzir até a sala dos exames onde nos reencontraremos ok?

— Ok doutora.

[...]

Na manhã seguinte...

— Os resultados de seus exames estão prontos. – declarou Shizune

— E qual é a notícia?

— Eu tenho uma boa e uma má noticia.

— Fale a boa.

— Você não tem colesterol alto, nem diabete, seus exames de urina e fezes também deram resultados dentro do normal

— Mas?

— Você sabe que tem o mas né?

— Sempre tem – disse calmo

— Depois de te examinar pude conferir que seus sintomas eram de sopro no coração.

— E é muito ruim? Porque eu li em algum lugar que o sopro pode ser benigno.

— Em geral, o sopro é benigno em crianças e pode desaparecer com o tempo. Embora o sopro possa ser benigno em adultos, não é muito comum. No adulto, as doenças das válvulas se desenvolvem ao longo do tempo. Se paciente tiver sintomas de insuficiência cardíaca, como falta de ar, edemas, cansaço fácil e dor no peito como você é fácil saber que o sopro cardíaco é indicativo de doença das válvulas do coração. O problema é que no adulto, o sopro pode ser o primeiro sinal de doença cardíaca, precedendo em anos o surgimento dos sintomas de falência do coração.

— Então você quer dizer que eu vou morrer logo?

— É bom lembrar que o sopro não é uma doença, mas sim um sinal de doença. O que preocupa não é o sopro em si, mas a doença que o está causando. No caso de lesão das válvulas, o tratamento é mais complexo. Se a lesão da válvula não acarreta maior esforço ao coração e não há sinais de insuficiência cardíaca, o tratamento é feito clinicamente. Nas situações mais graves, com importante lesão valvar, pode ser indicada a cirurgia para troca da válvula nativa defeituosa por uma válvula artificial.

— E o meu caso é de tratamento clinico ou cirurgia?

— Cirúrgico.

— E eu tenho quanto tempo pra fazer essa cirurgia?

— Você não precisa decidir agora. Você pode esperar, pensar, até porque toda cirurgia tem seus riscos, mas eu aconselho você a fazer isso o mais rápido possível para que você se recupere bem e possa voltar a ter uma vida normal.

— Eu vou pensar bem e volto em uma semana. Eu preciso ajeitar algumas coisas.

— Se sentir qualquer coisa venha para cá e também pode me ligar. Aqui meu cartão – entregou a doutora

— Obrigado doutora. Você é um anjo.

— Tento ser para iluminar o caminho dos meus pacientes.

— Já estou de alta?

— Não totalmente. Você pode ir pra casa sim, mas com a condição de voltar daqui a uma semana e espero que possamos ajeitar a sua operação.

— Claro.

[...]

— Você tem medo de perder as pessoas que ama? – perguntou Sai a Sakura enquanto a rosada estava deitada em seu colo

— Eu já perdi muita gente na vida e mesmo que a gente nunca saiba quando uma coisa dessas pode acontecer, eu acho que eu não vou suportar passar por isso de novo.

— Mas você tem consciência que todo mundo morre um dia, não é?

— Sei. Mas aceitar é diferente. Por que essa conversa macabra hein?

— Curiosidade. – alegou com um sorriso

[...]

— Tenten, pode pegar o meu remédio? – disse Sai mais tarde quando estava conversando com Tenten em seu alojamento

— Ok, pego. Está onde?

— Na minha cômoda na segunda gaveta.

— Você está mais pálido que de costume e parece tonto.

— Eu to tonto, mas vai passar – disse enquanto enchia um copo d’água e pegava o remédio na mão da amiga

— Isso acontece sempre? Você ta doente?

— É só um mal-estar, vai passar, não se preocupe.

— Já foi ao médico? – perguntou preocupada

— Já – mentiu – eu vou ficar bom

[...]

— Itachi, tudo bem?

— Claro e com você querida? – respondeu ai entrar no elevador

— Ótima, acabei de deixar o Nagato em casa.

— Eu não perguntei pelo seu namorado.

— Ele não é meu namorado, é meu amigo e eu falei sobre ele porque você sempre ta tão interessado né?

— Você acha mesmo que eu tenho interesse na sua vida?

— Claro que tem. Vai querer me enganar? – respondeu já de saída do elevador no seu andar

— Eu não consigo te enganar Konan. Quer saber, eu vou ignorar tudo que eu digo pra mim toda noite antes de dormir e te convidar pra jantar comigo. – disse enquanto Konan prendia a porta do elevador

— E o que você diz pra você toda noite?

— Que você não me ama e não me merece.

— Quem dera fosse isso... – Konan revirou os olhos

— Ta admitindo que me ama? – Itachi sorriu bobo e Konan entrou de volta no elevador

— Bora pro seu apartamento logo antes que eu mude de ideia ta?

— Você que manda. Subindo.

[...]

 Shizune? – Disse sai assim que a ex-namorada atendeu ao telefone

— Oi Sai, como você ta? – respondeu simpática

— Eu queria dizer que bem, mas – Shizune então o interrompeu

— O que você tem?

— Eu não queria te incomodar, mas acho que só você pode me ajudar.

— O que eu posso fazer?

— Eu preciso que você marque uma consulta pra mim. – então a voz fraquejou

— Você ta doente? – perguntou Shizune preocupada

— Pessoalmente eu te falo, estou pegando um avião na próxima hora.

— Estou esperando. – então se despediram e desligaram


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