O amor é cego escrita por British


Capítulo 31
Mal entendido




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Naruto sabia que não ter atendido aos telefonemas de Hinata o traria problemas. Ino ter pegado seu celular deveria ter deixado Hinata chateada. Então, assim que saiu do jantar com Ino, resolveu passar no apartamento da amada para tranquilizá-la. Mas, chegando lá, o resultado não foi o esperado.

— Oi, amor - Disse Naruto assim que Hinata abriu a porta
— Oi. Está tudo bem? - disse após adentrarem ao apartamento e seguirem até seu quarto para terem privacidade já que Sakura também estava no apartamento.
— Por que não estaria? - Naruto se sentou na cama, Hinata o seguiu o sentou ao seu lado
— Porque a Ino atendeu o celular no seu lugar... Fiquei preocupada...
— Não tem razão para você se preocupar, meu amor...
— Então porque eu não me sinto dessa forma? Já reparou no seu cheiro?
— O que tem meu cheiro? - Naruto se assustou
— Esse perfurme não é o seu... - Hinata observava Naruto atentamente
— Acho que deve ser o perfume da Ino... Você sabe que estava em um jantar de negócios
— E esse chupão no seu pescoço? - Hinata falou com lágrimas nos olhos e Naruto ficou desesperado. Ele não havia percebido que as investidas de Ino teriam deixado marcas nele.
— Hinata... Eu posso explicar!
— Explicar o que? Que não resistiu a bela cantora?
— Essa acusação é um absurdo! Tudo bem, a Ino tentou me agarrar, mas não aconteceu nada. Eu não deixei que ela fizesse nada...
— Você chama essa marca de nada? 
— Não foi nada importante!
— Vá embora, Naruto... - Hinata pediu nervosa
— Eu não vou!Não enquanto você pensar que eu poderia traí-la!
— VÁ EMBORA! ACABOU! – e me empurrou para fora de seu quarto. Ela trancou a porta e eu só ouvi seu choro. Então não contive minhas lágrimas e chorei também, eu nunca seria capaz de traí-la, eu sei que as evidencias em meu corpo denunciavam o contrário, mas nada tinha acontecido, nada que eu classificasse como importante, pois que eu amo e sempre vou amar é ela: Hinata. Sakura ouviu o choro de nós dois e saiu do seu quarto.
— Naruto, melhor você ir. Depois eu converso com a Hinata. – eu me levantei do chão e abracei Sakura, precisava de um abraço amigo e ela apenas me deixou chorar em seu ombro.
— Eu vou, mas diga a Hinata que ela está me julgando errado. Eu nunca a trairia. – limpei as lágrimas e saí de lá.

[...]

— Hinata, quando você se sentir melhor vá ao meu quarto. Estou aqui pra te ajudar amiga – Falei alto para que Hinata pudesse me ouvir. Não falaria com ela agora porque ela não queria falar com ninguém, estava mal pelo acontecido. Se bem que eu tenho certeza que o Naruto não é tão culpado como a Hinata pensa.
No dia seguinte Hinata estava melhor, pelo menos não estava mais chorando e a voz havia voltado para o tom normal, mas eu acreditava que se eu pudesse ver certamente veria um rosto inchado de tanto chorar e olheiras, pois tenho certeza absoluta que ela não conseguiu dormir.
— Como está Hinata? – perguntei enquanto tomava meu café
— Bem – resumiu e ouvi o barulho da cadeira sendo arrastada, então ela se sentou à mesa
— Naruto já ligou vinte vezes. – Avisei
— Eu não quero falar com ele. Acabou Sakura. – a voz era triste, mas forte.
— Você acha mesmo que o Naruto é culpado?
— Acho, ele queria me esconder o fato da Ino ter agarrado ele, Naruto gostou.
— Não é o que eu acho. Hinata você se lembra que a Ino já agarrou o Sasuke também?
— Sim.
— Então, ela é tarada, ela agarra os homens para conseguir seus objetivos. Ela deve ter se interessado pelo Naruto pelo fato dele produzir o filme dela assim como antes ela estava interessada no Sasuke. Não culpe o loirinho, ele te ama. A cachorra da história é a Ino.
— Eu peguei pesado com ele?
— Eu acho que sim.
— Mas ele chegou aqui todo marcado e fedendo a vagabunda.
— Ela deve ter usado todas as artimanhas possíveis para fazer isso.
— Ela atendeu o celular dele e disse que ele não poderia falar comigo.
— Foi tudo culpa dela, não dele. Não jogue fora o amor dele por você.
— Você fala assim, mas também não correu atrás do Sasuke.
— Ele não queria que eu fosse, ele me pediu um tempo, então ele agora vai ter o tempo que queria.
— Tudo bem, quanto ao Naruto quando ele ligar da próxima vez peça pra ele vir aqui. Quero vê-lo.
— Boa decisão amiga – sorri, pois sabia que o amor daqueles dois era forte, queria que o meu pelo Sasuke fosse tão forte quanto.

[...]

— Queria me ver? – Naruto disse abrindo a porta do meu quarto
— Queria – mirei bem nos olhos azuis dele, estavam vermelhos e inchados como os meus.
— Você sabe que eu não te traí, não é? – ele ficou de pé diante de mim
— Eu sei meu amor – me levantei e o abracei com toda força que tinha. Então eu senti as lágrimas dele molharem meu corpo. Ele chorava.
— Eu te amo Hinata. – disse num sussurro ainda chorando
— Eu também. Me desculpe por te julgar antes de ouvir tudo, mas conhecendo aquela cantorazinha já era de se esperar que ela fosse a culpada.
— Nunca mais diga que a gente acabou, porque eu não vou deixar a gente acabar NUNCA ouviu? – os olhos dele sorriam pra mim, o azul mais lindo que eu já vi em toda minha vida.
— Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. – o beijei e ele correspondeu. Nós nos amávamos então nada nem ninguém ia conseguir nos separar.
— Hinata, eu não vou mais produzir o filme da Ino. Não tem como depois de tudo.
— Mas era o seu sonho fazer um filme grande.
— Eu vou fazer um filme melhor que esse depois. – sorriu e eu sorri junto. Estava feliz por ele ter tomado essa decisão sozinho.

[...]

— Esse filme não vai acabar nunca? – perguntou Temari no intervalo entre uma cena e outra
— Esse é o último filme, está sendo feito com calma para que seja perfeito. Esse é o trabalho da minha vida. – expliquei pacientemente
— É, você vai ser pra sempre conhecido como o homem que criou Decifra-me ou devoro-te. Parabéns.
— Foram quatro anos planejando tudo. – falei olhando o horizonte
— Quer dizer que quando a gente ainda namorava você já tinha a idéia de fazer esse filme?
— Tinha. Eu tinha um caderno com algumas anotações, depois eu fiz uma pesquisa maior, apresentei a proposta para alguns patrocinadores e aí consegui produzir o primeiro filme seis meses depois. Aí como foi sucesso de bilheteria e ganhou prêmios fizemos a seqüência que estreou há pouco tempo nos cinemas e agora vem a parte final para fechar esse ciclo.
— vai ser lançado quando?
— Final do ano.
— Já tem algum plano pra depois disso?
— Não. Eu não sei nem o que vou fazer depois de acabar esse filme.
— Não vai voltar para Nova York?
— Não sei. – fiquei pensativo
— Sasuke, eu tenho uma proposta pra você. – ela sorriu
— Que proposta Temari?
— Vamos nos dar uma chance? Que tal a gente viajar para Londres ou paris e curtir como nos tempos da faculdade.
— Não Temari. Eu quero ficar sozinho. Pensar.
— Tudo bem – ela saiu de perto de mim triste, mas eu sabia que isso era por enquanto Temari era uma louca, tinha certeza absoluta que ela não me deixaria em paz tão cedo.


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