O amor é cego escrita por British


Capítulo 13
Perdoado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681030/chapter/13

— Eu posso entrar? – perguntei a Hinata que estava paralisada na porta e não sabia se permitia ou não minha entrada
— Entra brother – falou Naruto que estava sentado no sofá da sala. Então Hinata abriu caminho
— Ela está no quarto, é a última porta do corredor. – deu a dica e então eu fui com o coração na mão. Sakura precisava me escutar. Bati na porta de leve e ouvi sua doce voz
— Entra Hinata – mandou, então eu entrei
— Não é a Hinata – falei me sentando na cama em frente a ela
— Não quero falar com você – escondeu o rosto como uma menininha zangada
— Mas eu não vou sair daqui até você ouvir todas as minhas razões – ela permaneceu em silêncio então entendi isso como o sinal de seguir em frente – Eu não menti pra você por mal. Eu nunca quis prolongar a mentira, tanto que decidi te contar logo depois de iniciarmos um namoro. Eu sei que de qualquer jeito foi errado, mas eu estava com medo. Sasuke Uchiha tem fama, dinheiro, beleza, coisas que eu não acho que devem ser levadas em conta em um relacionamento. Eu queria que alguém me amasse do jeito como eu sou, mas sem os quesitos atrativos ao olho comum. E você conseguiu me amar mesmo eu sendo só um cara comum que não tinha uma profissão promissora ou uma conta bancária milionária, aliás, você nem se apaixonou pela minha beleza porque você não pode me ver. Eu me encantei com tudo em você, desde a sua beleza, quanto a sua alma e a sua história. Eu me envolvi com você do jeito que nunca me deixei envolver por mulher nenhuma e estou aqui de cara limpa oferecendo o meu amor. E também estou aqui para pedir o seu perdão.
— Você só se esqueceu de uma coisa Sasuke.
— O que?
— Mentir não vai fazer você deixar de ser rico, bonito e famoso. Essas coisas também são você. Por mais que você odeie que as pessoas se aproximem de você apenas por interesse você tem que entender que você não vai conseguir se livrar totalmente de oportunistas.
— Eu sei, mas eu não preciso dos outros, eu preciso de você – segurei a mão dela e de repente ela tirou, escapuliu entre meus dedos.
— Vá embora – mandou
— Não posso
— Vá.
— Eu não terminei de me explicar – ela voltou a fazer silêncio, queria me ouvir, então continuei – Eu só me apaixonei duas vezes na vida. A primeira vez foi por uma mulher na faculdade, ela era estudante de cinema como eu, muito visionária; e ela apostava as fichas dela em mim. Dizia que um dia íamos ser o casal mais premiado no Oscar por produções incríveis. Durante todos os anos de faculdade namoramos e aí chegou a formatura. Tudo parecia um sonho do qual eu me recusava acordar. Aí, de repente as coisas mudaram, mas eu não percebi, ela foi se afastando, se afastando e eu só me dei conta disso no dia que ia a pedir em casamento. Logo após a exibição do meu primeiro curta num festival de cinema profissional ela me deu o fora dizendo coisas horríveis. Meu filme contava a nossa história e ela me disse que era uma merda. Depois disso eu coloquei na minha cabeça que eu ia fazer sucesso, que eu precisava ganhar fama e dinheiro pra esfregar na cara dela, mas com o tempo eu fui esquecendo essa tola vingança. E me tornei um homem frio para as outras mulheres, tendo um caso aqui outro ali, mas nada que durasse mais que uma noite. As mulheres oportunistas foram aumentando, meu medo de ser enganado de novo crescendo e aí me enclausurei de vez.
Eu desisti do amor, eu já tinha perdido as três pessoas que eu mais tinha amado, meu pai, minha mãe e aquela mulher. Então eu vi você no vídeo que o bobo do Naruto tinha feito no central park... Eu te achei tão linda. Eu fiquei fascinado e perguntei quem você era, ele disse que vocês se tornaram amigos e que você era cega. Então eu pensei que com você eu poderia sentir o amor de novo e não me enganei, em um dia você conquistou meu coração e me tratou tão bem sem nem fazer idéia de quem eu era. Eu sei que eu errei em mentir, mas eu fiz isso por medo. Primeiro por medo de conhecer alguém e mais uma vez me ver frustrado por ser tratado como apenas uma celebridade e depois por medo de te perder. Compreenda-me, você também sofreu traumas na vida. Eu tive os meus e de hoje em diante eu só quero te falar a verdade.
— Eu entendo. Te perdôo – abracei Sakura com força, mas ela ficou parada, imóvel.
— O que foi?
— te perdoar não quer dizer que eu vou te aceitar.
— Você não vai voltar a me namorar?
— Eu nunca te namorei. Eu namorei Itachi e ele não era você. Agora vá.
— Você não quer pensar nenhum pouquinho mais? – pedi
— Não. Já me decidi.
— Nem ser seu amigo posso?
— Não sei se quero sua amizade.
— E a do Naruto? Ele não teve nada a ver com a minha mentira, aliás, ele nunca aprovou isso.
— O Naruto eu ainda quero como amigo, ele não tem culpa se o poderoso Sasuke Uchiha me viu como seu próximo capricho.
— Você não é um capricho pra mim.
— Chega. Não quero mais ouvir sua voz. Saia daqui. Preciso ficar sozinha. – Beijei a testa dela e testemunhei ela limpar meu beijo como se estivesse com nojo. Saí do quarto dela com o coração partido. Havia sido avisado que ela me deixaria, eu sempre soube, mas quis arriscar. Eu era tolo. O que fazer agora? A única coisa que me restava era voltar a vida de sempre, terminar meu filme e fazer a pré-estréia no cinema.
Saí de lá com a cabeça baixa Naruto assim que me viu passar pela sala me seguiu e deixou Hinata praticamente falando sozinha, ele estava preocupado comigo. Do jeito que me conhece sabia que eu era capaz de fazer alguma besteira.

— Espera ae Sasuke, não vou te deixar dirigir desse jeito – disse Naruto tomando conta do volante.
— Ela não me quer mais – falei derrotado
— Eu odeio ter que falar isso, mas eu te avisei irmão.
— Eu sei. Você e o Itachi estavam certos.
— Eu preferia mil vezes estar errado e te ver feliz.
— Valeu irmão. Obrigado por tudo. Sem o seu apoio eu não sei o que seria de mim.
— Você sabe que sempre vai poder contar comigo. Irmãos são pra isso – sorriu. Ele estava tentando me animar. Em momentos assim Naruto nunca me deixara na mão.
— Ainda precisa de ajuda com o documentário? – ofereci, pois agora me sentia mesquinho e egoísta, afinal me recusei várias vezes a ajudá-lo e agora ele estava me socorrendo
— Ajuda sempre é bem vinda – disse sorrindo – Aliás, a Sakura também vai me ajudar
— Você está sugerindo que... –
— estou sugerindo que você apareça e a surpreenda. Surpreenda-me também, seja criativo e conquiste essa mulher.
— Obrigado – foi apenas o que consegui dizer. Naruto além de me socorrer estava me oferecendo uma chance de reencontrar Sakura mesmo que a vontade dela fosse nunca mais cruzar meu caminho.
— Me agradeça sendo feliz de novo. – ele então ligou o carro e me levou pra casa. Eu tenho o melhor amigo do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O amor é cego" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.