1001 Motivos Para Amar Você escrita por WonderQueen


Capítulo 7
Capítulo 7: Doces sonhos e caras flores...


Notas iniciais do capítulo

Olááá, meu povo! Trouxe para vocês mais um capítulo que acabo de escrever dessa emocionante história. E, claro, agradeço muito pelos comentários que tenho recebido ultimamente, eles me foram muito inspiradores. O capítulo a seguir pode ser um pouco clichê, mas é porque eu gosto de coisinhas assim de vez em quando. . . Sem mais delongas, boa leitura e espero que gostem ^_^



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  Haruhi finalmente chegou em casa. Ela agradeceu ao motorista que a havia trazido assim que saiu do carro, e então subiu as escadas do edifício onde morava, andando em direção a seu apartamento. Destrancando a porta, viu que o lugar estava vazio: seu pai ainda não havia chegado do trabalho. Ela não ficou nem um pouco surpresa. . . Atualmente, ele sempre vinha chegando tarde, pois estava fazendo hora extra para poder ganhar um salário melhor; Suspirou e foi para seu quarto, colocou a mochila sobre a modesta escrivaninha que ficava no canto do cômodo e se jogou direto em sua cama, cansada. Muitas perguntas atormentavam seus pensamentos incessantemente. Havia muitas delas, as quais ela não conseguia parar de se questionar. . .

 Haruhi não sabia se conseguiria conversar ou olhar para Kaoru no dia seguinte. Ela tinha um sentimento dentro dela que era estranho, talvez um pouco semelhante a culpa. Mas culpa pelo o quê, exatamente? Mesmo que fosse errado ignorar alguém pelo resto do dia, só de pensar nele lhe causava mais confusões. Ela precisava se resolver, de uma forma ou de outra. Um calor subiu por seu rosto quando o rapaz lhe veio a mente. Se sentiu imediatamente feliz e aquecida por dentro, como o fato de simplesmente se lembrar dele lhe trouxesse alegria ou puro embaraço. .  . Kaoru conseguia controlar os sentimentos dela como ninguém nunca havia feito antes, como se a jovem anfitriã fosse uma marionete, ou talvez, no ponto de vista do gêmeo ruivo e imaturo, um brinquedo, apenas um mero brinquedo. . . Sentiu suas pálpebras ficarem pesadas, e, por fim, resolveu descansar e esquecer um pouco tudo o que havia acontecido.

 . . .

 

O rapaz ruivo e magro se achava em um campo bonito de flores e diversas outras plantas abundantes. Haviam muitas, de todas as cores e tipos, ricamente espalhadas pelo ambiente. Uma brisa morna e fresca passava por seu corpo enquanto levava consigo um par de folhas de primavera. Ele respirou fundo, absorvendo todo o ar puro que pôde absorver, toda a agradável sensação e a essência pura e natural que aquele ambiente lhe trazia, e que muitos outros humanos como ele haviam perdido com o passar dos séculos, em meio as fabricações de automóveis, construções de grandes cidades e a conhecida e odiada poluição. . .

Ao seu redor, insetos e pássaros passeavam de flor em flor coletando pólen, fazendo o trabalho que a natureza lhes dera. Ficou parado ali por uns bons minutos, admirando o lugar e a paisagem. Era tudo tão parecido com o campo que havia conhecido quando visitou a Holanda aos 10 anos, porém mais bonito e paradisíaco. Então, teve a impressão de avistar uma conhecida silhueta ao longe.

“Será que é ela?” Ele pensou.

  Com esse nítido pensamento, saiu caminhando apressadamente pelo campo, quase correndo de ansiedade. As flores lhe batiam na altura dos joelhos, e Kaoru teve muito cuidado para não pisotear em nenhuma delas o tanto quanto fosse possível. Odiava estragar coisas tão belas como as flores, porém amava alguém que era como uma flor, uma flor linda, inocente e cheia de vida, nobre e imprudente. A melhor flor que podia haver em todo o jardim, do melhor modo que ela pudesse ser, Haruhi Fujioka era perfeita a seus olhos. Ela era a silhueta prostrada a sua frente, simpáticamente encarando – o. Tinha um olhar cheio de doçura, talvez um que ele nunca tivesse visto antes, um tanto esparso e encantador. Kaoru sorriu para ela agora que estavam cara – a – cara, ela sorriu de volta e ambos se abraçaram. Se abraçaram como um casal apaixonado, um gesto morno e carinhoso. Ele sentiu seus braços envolverem a menina frágil como porcelana enquanto ela murmurava seu nome, as palavras saindo quase como sussurros de seus lábios finos e delicados.

— Kaoru. . . Kaoru. . . Senti sua falta. . .

Ele aspirou seu perfume, desejando intoxicar – se com sua presença, o cheiro inebriante de mel e morangos em seu cabelo, o aroma de flores que havia nela, de essências muito suaves e instigantes.

 — Pensei que tivesse perdido você. - Ele murmurou em seu ombro, seu tom de voz soando quase como uma súplica em vez de uma simples afirmação. Ela lhe deu um olhar brilhante, compreensivo e acolhedor, e, junto com sua boca, até mesmos seus olhos pareciam sorrir para ele.

— Você nunca vai me perder, bobo! - Ela lhe disse, estendo a mão e tocando – lhe o rosto levemente, acariciando suas bochechas em um gesto misto de gentileza e sensibilidade. A morena parecia ter uma áurea jovial ao seu redor, como se tivesse rejuvenescido alguns anos, e mesmo ali e agora, ela parecia a menina mais jovem, bonita e atraente que ele já tinha visto. Sentiu – se relaxar e amolecer, descansando a cabeça nas mãos dela, fechando os olhos do mesmo modo como fazia quando era consolado por sua mãe. Sua mão continuou a traçar-lhe o rosto prazerosamente enquanto lhe embalava. Até que ela parou e pediu:

 — Venha brincar comigo no campo! Duvido você me alcançar!

 Com pequenos risinhos, ela o puxou pelo braço toda sorridente, cheia de graça e inocência. . . Se afastou dele e começou a correr pelo campo, sorrindo, abrindo os braços e gozando de sua liberdade sob a luz dos fracos raios de sol que lhe iluminavam a face e faziam com que sua pele brilhasse. O jovem rapidamente libertou – se de seu torpor e, sorrindo também, passou a persegui – la pelo cenário. Ambos sem rumo ou direção, Kaoru  estava atrás tentando alcançá – la, e Haruhi na frente, tentando fugir dele, em uma longa e divertida brincadeira de pega – pega. . .

Ela estava muito mais a sua frente, até o momento em que  tropeçou em uma pedra que estava meio escondida, e então caiu com tudo, resultando  em um mar de pétalas que flutuaram ao seu redor, as flores abaixo dela, esmagadas. A grande quantidade de plantas a seu redor ajudaram – na a amortecer a queda, e a garota parecia ter caído em um travesseiro macio e fofo, sem ter se machucado. Kaoru apenas viu de longe o momento em que Haruhi caiu e, preocupado, correu até onde ela estava. Ela ri e ri, deitada nas flores recém – esmagadas, e ele suspira de alívio ao ver que sua preciosa menina estava bem e não tinha se machucado. Se ajoelhou por trás dela e olhou para o rosto da morena de cabelos curtos, que parou de rir e se acalmou, com uma expressão serena encobrindo todo o seu rosto.

— Você está bem?— Perguntou.

 — Melhor não poderia estar. . .

 Ele sorri, e, neste exato momento, o mundo ao redor deles parecia ter congelado. Neste instante, Kaoru não escutava mais o canto dos pássaros, não ouvia mais o zumbido das abelhas e zangões, não sentia mais a brisa.  . . Tudo o que ele sentia era a respiração de Haruhi em seu rosto enquanto ela estava com a cabeça deitada em seu colo.

Lenta e inevitávelmente, inclinou – se em sua direção, aproximando – se mais em direção a seus lábios, que ele tanto revindicara só para si. Antes que pudesse beijá – la, parou momentaneamente e olhou para ela, que tinha os olhos muito abertos e não recuava, pois sentia – se segura com ele e lhe entregaria de tudo, até mesmo um simples e apaixonado beijo. Ela levantou um pouco a cabeça, enquanto Kaoru  selou seus lábios com delicadeza, beijando – a docemente, suspirando enquanto sentia a menina lhe retribuir, ambos parando apenas quando o ar virara uma grande necessidade para eles. Ofegantes, se separaram. O menino não conseguia tirar os olhos dela nem por um instante. Sorriu e lhe deu mais um rápido beijo, quando  ela o chamou:

 – Kaoru.

— Sim? — Ele lhe respondeu, fitando seus olhos cremosamente achocolatados, a fisionomia de uma dama  bela e inocente, e, mais uma vez os lábios avermelhados e macios que ela maravilhosamente lhe concedera.

— Kaoru, acorde! — Ela exclama.

— Hum? O quê?  — A questiona, sem entender. E então, de uma forma abaladora, as coisas se desintegram e se vão ao seu redor, como se estivessem sendo sugadas por um buraco negro. Em um piscar de olhos, tudo começa a se desintegrar, como se as coisas estivessem sendo apagadas por uma borracha em uma folha de papel. Tudo desaparecia: as flores, o campo, os insetos, as aves, o lugar lindo e primaveril em que estava e, finalmente. . . Haruhi. Ela lhe deu um terno sorriso antes de ir embora também, sua essência flutuando pelo ar enquanto Kaoru tentava desesperadamente pegá-la e alcançá – la, como se pudesse trazê – la de volta para ele. . . Ele se vê solitário, parado em um espaço escuro, vazio e silencioso. . . Na verdade, quase silencioso, se não fosse pela voz nítida e permanente que parecia vir de lugar nenhum, mas era alta, muito alta e próxima, como se alguém estivesse ali, bem a seu lado. E então ele identifica que, durante esse tempo todo, a voz era a de seu irmão. . .

  Neste momento, Kaoru acorda com um pulo, assustado. Hikaru, que oestivera chacoalhando - o por um tempão, já recém – vestido e preparado para a escola, dá uma suave risada enquanto olha para a expressão grogue e desconcertada de seu irmão, a típica expressão de quem acaba de acordar.

— Ah, você finalmente acordou, dorminhoco! Eu já estava quase desistindo e ia te largar aí mesmo.

 Kaoru esfregou os olhos, e, quando recuperou seu estado consciente, rápidamente perguntou:

— Que horas são, Hikaru?

— 07:15.  — Ele simplesmente respondeu.

— O quê?!? — Exclamou, sem acreditar, os olhos arregalados. Pulou da cama em menos de 1 segundo apressadamente.

— Ah Deus! Nós vamos chegar atrasados para a escola! Por que você não me chamou antes?

— Desculpe, mas você estava impossível de acordar! Por um minuto, pensei que você tivesse desmaiado, Kaoru. . .  — Hikaru deu de ombros e em seguida encarou seu irmão gêmeo, que rápidamente correu para o banheiro para se preparar para a escola.

" Kaoru. . . Com o que será que ele sonhava que parecia ser tão bom com aquele sorriso besta no rosto? Pensando bem, eu devia ter tirado uma foto pra zoar!" Pensou Hikaru, com um sorriso travesso e já imaginando a cara que seu irmão faria ao contemplar sua expressão hilária.

Olhou para o porta - retrato ao lado de sua cama, uma foto de todo o Host Club unido que eles tiraram quando foram uma vez ao parque de diversões plebeu. Os garotos estavam um ao lado do outro, com Kyoya no canto, Mori ao lado , Hunni senpai, Tamaki, e, bem no centro, Haruhi sorrindo, com os dois gêmeos com os braços ao redor dela. Pegou o porta retrato e olhou para cada membro da foto com um sorriso no rosto, passando o olhar por cada um até chegar em Haruhi e neles. Na foto, Hikaru fazia uma cara travessa, com seu conhecido sorriso de gato de Cheschire. Já Kaoru, no entanto. . .  Ele nunca havia reparado antes, mas ele lançava um sorriso doce e gentil para a menina no centro, que, por um breve segundo durante a foto, olhou para ele, de modo que o gêmeo mais velho pode perceber que ambos lançavam olhares entre si, sorridentes.

" Esse Kaoru. . . " Pensou ele, balançando a cabeça.


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Notas finais do capítulo

A Haruhi não se parece em nada com a maneira como ela normalmente age neste capítulo, não acham? XD



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