Segredo Virtual escrita por Alehandro Duarte


Capítulo 6
Capítulo 6 Filha


Notas iniciais do capítulo

O capítulo anterior teve muita tensão,e dessa vez não será diferente!A história de Sara dá mais uma reviravolta,BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/680170/chapter/6

A casa está queimando e o fogo alto impede que Sara e sua mãe saiam do porão.

—Temos que sair daqui! - Sara vai descendo a escada, tossindo.

—Aonde você vai?

—Pegar meu celular. - Ela vai até o celular caído e o recolhe. Também liga para os bombeiros e informa a localização. - Ainda temos que sair... A gente vai ter que pular...

—Como a gente vai fazer isso?

—Temos que dar um jeito! - Sara consegue pular as chamas,mas ainda há mais fogo pela frente. - Sua vez!

Célia pula, mas acaba se queimando e grita.

—Calma mãe, se a gente subir as escadas, subir no corrimão e nos jogarmos dele, chegaremos até a porta!

—VOCÊ POR ACASO É LOUCA?

—Precisamos fazer isso! - Sara consegue atravessar o fogo e sobe as escadas, puxando sua mãe. - Você primeiro!

—Quando chegarmos em casa, a gente conversa!

Célia se joga do corrimão e cai em frente a porta. Ela se levanta e espera Sara pular.

—VEM! - Ela grita para a filha. Sara pula e cai aos pés da mãe, que a ajuda a se levantar.

As duas saem da casa tossindo e com seus rosto sujos de fumaça, e assim que se veem livres da fumaça, caem deitadas na calçada, arfando. Um carro para em frente a casa e dele descem o prefeito e a Sofia.

—QUE PORRA VOCÊ FEZ AGORA, RETARDADA? - Sofia grita com Sara.

—Não fala assim da minha filha, sua... - Célia se levanta e vai até
Sofia, mas o prefeito anda para ficar entre elas.

—Eu sou o prefeito dessa cidade. - Diz ele, estendendo a mão para cumprimentá-la. Ela o faz e Sara se levanta, indo até eles.

—A gente tava passeando, até que a gente viu o incêndio... E tinha uma... CRIANÇA, UMA CRIANÇA LÁ DENTRO! A GENTE PROCUROU, MAS ELA NÃO TAVA MAIS LÁ! - Sara inventa a desculpa olhando para sua mãe, que concorda com a cabeça.

—Eu não acredito em você. - Sofia encara Sara.

—Sou mais confiável que você! - Ela devolve o olhar de raiva.

—Se realmente tem uma criança lá dentro, temos que chamar os... - Antes que o prefeito terminasse a frase, se ouve um barulho de sirene vindo da esquina.

—Eu já liguei pros bombeiros... - Sara sente uma enorme dor na cabeça, que ainda está cheia de sangue.

Na casa de Bianca, Lídia está na sua cama deitada e ouvindo musica no rádio, até que seu celular começa a tocar e ela o atende.

—Alô?

—Oi, Lídia. - É a voz de Daniel. No mesmo instante que a ouve, Lídia sorri, se levantando da cama.

—Oi, Daniel, como você tá?

—Tô bem, quer dar uma volta?

—Quero sim, onde?

—No cinema seria uma boa.

—Ótimo, vou me arrumar. Nos vemos daqui há...

—Uma hora?

—Ok então! Tchau. - Lídia desliga o celular sorridente e vai até o
quarto de Bianca,que a estranha.

—Que foi? Tá com cara de tapada. - Diz Bianca.

—O Daniel me chamou pra sair. - Lídia conta, toda contente.

—Por isso... Deixa eu adivinhar, quer ajuda pra escolher uma roupa.

—As vezes você parece que é vidente. - Lídia vai até seu quarto e Bianca a segue.

—Por favor, não seja uma daquelas garotas tapadas de Fanfic que
vão em um encontro, falam que foi mágico e depois brigam, aí, no final, voltam.

—Não sou dessas. - Lídia abre o guarda roupa.

—MEU DEUS!

O guarda roupa está cheio de roupas, de todos os detalhes, cores e formas possíveis.

—Que foi? Me ajuda logo a escolher!

—Eu não mereço isso...

Sergio chega na casa e vai direto para seu quarto. Ele pega uma arma na gaveta e a admira.

—Aproveite seus últimas dias, Sara... Pois garanto que serão os últimos.

O homem com a máscara de "Guy Fawkes" entra no quarto.

—Eu sei que você está gostando dela, mas esse amor vai te prejudicar muito, daqui pra frente! - Sergio o provoca. O homem pega a arma de Sergio e aponta para ele. - Se você quisesse me matar, já o teria feito. Você e o Dylan tem o mesmo sangue e a tendência por matar...

Sara está na rua com sua mãe e uma bolsa de gelo na cabeça, até que um táxi para em frente a elas. Jason sai de dentro do carro.

—Oi, Sara, por que tá segurando isso na cabeça?

—Bati a cabeça, mas nada grave...

—Ok, o encontro de sábado ainda está marcado?

—QUE ENCONTRO? Sara, tá namorando? Moço, qual seu nome? Trabalha? Quantos anos? Assiste novela? - Célia inicia uma sessão de perguntas, mas Sara pisa no pé dela, interrompendo-a.

—Para, mãe... - Ela cochicha.

—Você é a mãe da Sara? - Jason pergunta.

—Sim, meu nome é Célia, e o seu? - Célia responde.

—Jason.

—Aonde você conheceu minha filha, Jason?

—MÃE! - Sara grita, contrariada. - Jason, foi mal, mas...

—O que foi?

—Eu tenho que ir embora da cidade...

—Como assim?

—Ficar nessa cidade é um risco pra mim e pra minha mãe, e não posso deixar que ela se machuque por minha culpa!

—Entendo...

—Desculpa, eu só quero proteger a minha filha. - Diz Célia, andando.

—Então, acho que é um adeus. - Sara dá um sorriso meio torto.

—Nunca é um "adeus", e sim "até logo". - Ele retribui o sorriso torto e volta para o carro. Sara volta a andar mas acaba esbarrando em Ellen, que deixa as folhas que estava carregando caírem no chão.

—Foi mal. - Sara recolhe os papeis.

—Tudo bem. - Ela a ajuda. - Você é a Sara?

—Sim, por quê?

—Toda a cidade está comentando sobre você.

—Pois não vão mais... - Sara a entrega os papéis.

—Por quê?

—Eu vou embora da cidade.

—Espero que consiga algo melhor fora daqui, tchau! - Ellen sai andando.

Sara começa a olhar as lojas, até que ela percebe... A loja de bonecas. Ela rapidamente entra procurando a idosa que lhe atendeu da outra vez, que logo aparece atrás da Sara e coloca a mão em seu ombro:

—Olá Sara, como vai a sua sósia? - Ela pergunta. Sara se vira e fica frente a frente com ela.

—COMO VOCÊ FEZ ISSO? COMO TIROU A LOJA DAQUI? VOCÊ SABIA QUE EU IA ACHAR AQUELA BONECA!

—Como vai a sua sósia?

—MAS QUE PORCARIA DE SÓSIA VOCÊ TÁ FALANDO?

—A boneca.

—Ela veio da sua loja?

—Ela consegue te enxergar.

—Será que você pode me responder?

—Você mesma tem que ir atrás das respostas. Uma boneca pode parecer apenas uma pedaço de pano, mas todas tem uma alma aprisionada dentro dela. O seu papel não vai inverter, Sara, se você não fizer algo á respeito...

—Você não tá falando nada com nada!

Dois homens de capuz aparecem na frente de Sara, que grita enquanto é arrastada para fora da loja. Alguns minutos depois, ela acorda deitada no meio da rua, rapidamente se levanta e procura a loja de bonecas, mas não a acha. Ela pega a bolsa de gelo do chão e vai andando para a pousada.

Dentro de uma sala do cinema, Lídia e Daniel entram na sala segurando pipoca e refrigerante. Eles sentam na última fileira. Ellen entra na sala junto com um homem e se senta ao lado de Lídia e Daniel:

—Oi Lídia, tá em um encontro? - Pergunta Ellen, indiscreta. O silêncio reina na sala, até que o homem decide quebrá-lo.

—Meu nome é Thiago. - Ele estende a mão para cumprimentar Lídia.

—Sou Lídia, e esse é o Daniel. - Ela se apresenta e Daniel o cumprimenta, depois de Lídia.

—Desculpa por atrapalhar vocês. - Ellen vai para a fileira da frente. O celular de Lídia toca e ela decide atender:

—Alô?

—Sou eu, Sara, preciso te ver...

—Tô ocupada...

—Eu vou embora da cidade...

—O quê? - Ela aguarda a resposta, mas Sara havia desligado.

—Aonde você vai? - Pergunta Daniel, enquanto Lídia está saindo da sala.

—Ajudar uma amiga!

Alguns minutos depois, Lídia chega em frente a pousada e acaba cruzando com Rebeca.

—Que bom que te achei, precisamos falar sobre Rose. Jessica não quer que você a veja. - Rebeca vai direto ao assunto.

—Ela é minha filha, e eu tenho o direito de vê-la!

—Você abriu mão dela, Lídia!

—Eu não sabia o que fazer, a Sofia me pressionando... Eu só quero ficar perto da minha filha!

—Que filha? - Sara estava ouvindo, sem que elas soubessem. -
Desde quando você tem uma filha, Lídia?

—Sara...

—Agora fala!

—Quando eu tinha 15 anos, me apaixonei por um garoto e a gente
acabou ficando junto...

—Quem é o pai da sua filha, Lídia?

—Sara, eu não posso...

—Conta pra ela, Lídia. - Diz Rebeca.

—Eu tive uma filha com o Dylan.

A expressão no rosto de Sara é de uma grande surpresa, que a deixa de boca aberta.

—Porque não me contou?

—É uma coisa muito pessoal, Sara.

—Isso não é mais tão importante, eu vou embora da cidade.

—O quê? - Rebeca e Lídia falam em um coral.

—Minha mãe quer que eu volte pra casa, aconteceu uma coisa que...

—Que coisa?

—Mesmo se eu contasse não adiantaria nada, o prefeito encobre tudo o que tem a ver com Dylan, e se eu continuar aqui, vou ser enterrada... - Sara sobe as escadas, Rebeca e Lídia a acompanham. Ela entra no quarto e apresenta as amigas para Célia. - Mãe, essa é a Lídia e a Rebeca.

—Prazer. - Dizem as duas em coral.

—Você tá bem conservada pra uma mãe. - Lídia comenta.

—Obrigada... Acho. - Elas riem.

No dia seguinte, Sara está em frente a pousada junto com sua mãe e as malas. Ela olha para a boneca tentando entender o que a idosa da loja quis dizer.

—O que você tanto fica olhando nessa boneca? - Pergunta sua mãe.

—Não sei... - Sara guarda a boneca na mala. Um táxi para em frente elas, era Jason.

—Eu disse que era um até logo. Quer que eu te leve pro aeroporto?

—Ok. - Sara aceita, mas antes de Sara e Célia entrarem, Lídia e Bianca chegam.

—Fiquei sabendo que você vai embora... - Bianca fala, meio triste.

—É, eu vou. Vou sentir muita falta de vocês!

—Temos que ir, Sara. - Diz Célia.

—Ok, mãe...

Sergio aparece no meio da rua com uma arma apontada para Sara.

—Adeus, vagabunda! - Ele atira.

Célia se joga na frente de Sara e leva o tiro no peito, caindo no chão com os olhos lacrimejando.

Todos se assustam com o disparo e Sara fica paralisada, mas as suas lágrimas escorrem pelo seu rosto assustado. Ela se ajoelha em frente a mãe e repousa a cabeça sobre o peito dela. Bianca e Lídia observam a cena com um ar assustado. Jason sai do carro e olha para a rua, mas não vê ninguém. Célia coloca sua mão sobre os cabelos de Sara.

—S-sara... E-e-eu não s-sou... S-s-sua mãe... - A mão de Célia cai no chão.

—MÃE!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo que escrevi mais rápido e sem preguiça,me superei nisso.O próximo capítulo contará com a morte de outro personagem e uma revelação que vai esclarecer muitas perguntas!