Segredo Virtual escrita por Alehandro Duarte


Capítulo 4
Capítulo 4 Como uma Boneca


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que estão acompanhando e comentando a Fanfic,espero que estejam gostando desse mistério que envolve a história,e garanto grandes revelações ao decorrer da história de Sara.



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Sara, dormindo em sua cama da pousada, acorda e rapidamente se levanta, olhando em volta, procurando seu celular. Ela não o acha. A garota sai do quarto, desce as escadas "correndo" e começa a discar no telefone da portaria, que está vazia.

—Oi Sara, não te vejo há dois dias! -Lídia reclama, do outro lado da linha.

—Dois dias? -Ela olha pro calendário que está na parede.

—É, tava aonde?-Sara desliga o telefone e sai da pousada. Ela percebe que tem alguém a observando, olha pro outro lado da rua e vê Jason fitando-a.

—Quer uma carona? -Ele grita de dentro do carro.

Sara nega com a cabeça e sai andando, tentando entender o que teria acontecido na casa abandonada. Ela tropeça no seu próprio pé e acaba caindo no meio da rua.

—Muito bem, Sara, sabe andar que nem uma modelo. -Ela fala para si mesma e se levanta. Ao voltar a andar, acaba esbarrando com o prefeito.

—Desculpe, Sara.

—Pai! -Uma mulher grita,da esquina.

—Já tô indo, Ellen! -Grita o prefeito para a mulher. -Tchau Sara. -Ele vai até Ellen.

—Tchau...

Sara olha para uma loja de bonecas que está na sua frente e decide entrar. A loja está repleta de bonecas ,as menores na prateleira, e as maiores em caixas transparentes.Uma idosa atrás do balcão pega um olho de boneca que está no chão e mostra para Sara:

—Está vendo? -Pergunta a Idosa.

—O quê? -Diz Sara se aproximando.

—O olho... Os olhos são uma coisa sobrenatural, os olhos humanos não podem enxergar o que os de boneca podem.

—Eu já assisti um desenho assim...

—Os olhos de uma boneca mostram visões da morte de pessoas que você nunca viu.

—Só falta dizer que você tem um olho de boneca e viu minha morte.

—O que falta em uma boneca para que ela seja humana? Apenas uma alma.

—Você é maluca! -Sara sai da loja.

—Ela é como uma boneca, é manipulada facilmente, mas as vezes as bonecas acordam, e querem o papel invertido...

Algum tempo depois, em frente a casa abandonada, Sara e Lídia ficam paradas observando a casa.

—Eu não acredito que você me arrastou pra essa furada. -Lídia reclama.

—Amigos servem pra isso. -Diz Sara entrando na casa.

—Vai mesmo entrar? Sara, se você não for embora da cidade ,vai acabar entrando nesse jogo.

—Eu já estou jogando.

—Onde você viu a Peppa morta? -Lídia entra logo após Sara.

—Vem comigo.

Sara sobe as escadas e entra no quarto em que estava. O quarto está vazio e não apresenta nenhum pingo de sangue, nem um animal morto, apenas poeira e teias de aranha.

—Não tem nada aqui... -Ela corre para os outros cômodos procurando qualquer pista, mas não acha nada.

—Dois dias foi tempo o suficiente para arrumar tudo, não adianta procurar, Sara.

Ela ouve um barulho no andar de baixo e vai até lá velozmente. Uma boneca igual a Sara está jogada no chão, ela vai até lá e a pega. Lídia se aproxima de Sara.

—Que legal,achamos a amante do Chucky.

—A loja de bonecas...

—Boiei. -Lídia fala enquanto Sara sai correndo da casa. -Garota, tu vai aonde? -Lídia corre atrás dela. Alguns minutos depois, Sara está onde deveria estar a loja de bonecas, mas ela não está lá.

—Ela tava aqui!

—Sara, já pensou na hipótese de você ser esquizofrênica? -Sara encara a boneca.

—Você acredita em mim?

—Sinceramente, não! -Diz Lídia pegando a boneca da mão de Sara. -Para com essa paranoia! Hoje a noite vai até uma festa á fantasia, quer ir?

—Ele vai tá lá...

—Ele quem?

—Eu vou! É um jeito de tentar desmascará-lo.

—As vezes eu penso que estou em um filme de terror. Venho te pegar ás 7. -Diz Lídia indo embora.

—Estamos em um filme...

Sara sai andando e ouve o barulho de um celular tocando, ela segue o barulho, que dá numa lata de lixo do beco. Na lata não há lixo, apenas o celular de Sara. Ela pega o celular e lê o número.

—Alô? -Ela atende.

—Sara, sou eu, Bianca, a irmã do Dylan. Lídia me passou seu número. -Diz Bianca do outro lado da linha. -Podemos nos encontrar?

Meia hora depois em frente a casa de Sofia, Sara toca a campainha, imediatamente Bianca abre a porta e vai pra trás com a cadeira de rodas para que Sara possa entrar.

—Valeu. -Diz Sara entrando e fechando a porta. -Quer que eu te empurre?

—Não. -Bianca empurra as rodas da cadeira e vai até a sala. -Senta aí, minha mãe saiu.

—E se ela voltar?

—Não seja pessimista.

—Mas por que me chamou aqui?

—Você quer saber sobre o Dylan, e eu tenho as respostas. Ele tinha um espécie de rede social falsa...

—Fake?

—É isso, que você finge ser uma pessoa e faz ações com outras virtualmente.

—E sabe o nome?

—Sei lá, não gostava de internet, mas depois comecei a gostar. Procura na rede social dele, nos amigos.

—Vou tentar. -Ela ouve a porta abrir, era Lídia com um hambúrguer na mão. As duas a encaram.

—Que foi? Gordinhas tem que comer! -Ela vai pra cozinha.

—Você não é gorda. -Diz Bianca. -Você vai a festa á fantasia?Vai ser no colégio.

—Vou, e você?

—Talvez eu vá, mas só pra comer. -Diz Bianca.

—Somos bem parecidas .-As duas começam a rir. Bianca vai até uma estante de livros e pega um caderno.

—Esse é o diário de infância do Dylan, quero que fique com você.-
Ela se aproxima de Sara e entrega o diário.- O Dylan rasgou algumas partes, mas eu consegui salvar boa parte dele.

—Obrigada, Bianca, mas eu não posso, estaria invadindo a privacidade dele.

—Ele rasgou as partes mais pessoais, pode ler, eu já li.

—Tá bom. -Sara sorri para Bianca, que retribui o sorriso. -A propósito, em que data específica Dylan morreu? E qual foi a arma?

—Dia cinco de janeiro, e foi uma pistola.

—Foi um dia depois do meu pai morrer...

—Sinto muito.

Em um quarto da pousada, o prefeito e Sofia conversam, sentados na cama e tomando vinho:

—Temos que dar um jeito nela. -Diz Sofia.

—Acha mesmo que ela seja uma ameaça?

—Não quero ela nessa cidade.

—Ela sabe que estamos juntos.

—Mais um motivo para querê-la fora daqui!

—E se ela nos dedurar?

—A matamos! -Alguém bate na porta do quarto, o prefeito se levanta e abre a porta. É Daniel, ele está parado em frente a porta.

—Já falei pra não me interromper quando estou aqui! -O prefeito esbraveja.

—Me desculpe, patrão, mas sua filha está te chamando, e parece ser urgente. -Daniel se explica.

—A gente se encontra aqui a noite!- O prefeito vai até Sofia e a beija, indo embora com Daniel em seguida. Sofia pega seu celular e liga para alguém.

—Preciso de uma arma. -Diz Sofia no celular. Ela se levanta e fecha a porta.

A noite, no colégio, o mesmo está decorado, cheio de pessoas fantasiadas e musica alta. Sara entra nele junto de Lídia e Bianca. Lídia está fantasiada de vampira e Bianca de dona morte, já Sara de Bruxa.

—Vou buscar algo pra beber. -Ela vai até as bebidas que estão em cima da mesa, coloca refrigerante no seu copo. Jason chega por trás vestido de Zumbi e assusta Sara, que derrama o refrigerante nele.

—Desculpa, cara. -Sara pega um guardanapo e dá pra ele se limpar.

—A culpa foi minha. -Diz ele limpando a fantasia.

—Esse foi nosso quarto encontro. -Ela sorri pra ele.

—Quer ter um de verdade? -Ele sorri pegando seu celular. -Me passa seu número. -Bianca e Lídia observam de longe.

—Shippei .-Diz Bianca olhando eles.

—Que isso? -Pergunta Lídia.

—É tipo... Você não ia entender. -Diz Bianca saindo de perto de Lídia. Sara continua conversando com Jason, mas percebe uma mulher com um capuz e um batom vermelho forte brilhante e começa a segui-la.

—Eu já volto! -Grita Sara para ele.

A mulher leva Sara para o terceiro andar, que está vazio, e para no meio de um corredor.

—Quem é você? -Pergunta Sara, se aproximando.

A mulher faz sinal para que ela parasse, mas Sara continua e fica de frente para ela, tirando seu capuz sem hesitar. Porém, os olhos de Sara são tampados com as mãos de alguém antes que ela pudesse ver a face da encapuzada, e é jogada em uma sala fazia, que imediatamente se tranca. Sara tenta abrir a porta, mas não consegue, e ouve uma criança chorando. Ela se vira, percebendo que uma menina vestida de "Branca de Neve" está no canto da sala chorando. Sara vai até ela:

—Porque tá chorando, linda? -Pergunta Sara, chegando mais perto dela.

—Minha mãe... -A menina soluça.

—Se perdeu dela?

Antes que a menina pudesse responder, Rebeca entra na sala

—Rose, sua mãe tá te procurando por todo lado! -Rebeca vai até a garota, que se levanta e a abraça. -O que tá fazendo com ela?

—Eu ouvi choro de criança...

—Ah... -Rebeca e Rose vão embora.

Algumas horas depois, Sara chega na pousada e abre a porta de seu quarto. Ela entra e arregala os olhos:

—Mãe?!

Célia está sentada na cama de Sara,e as duas se encaram.

Enquanto isso, no beco em que Sara achou seu celular, Sergio está junto com uma pessoa de capuz:

—Já fiz o que você mandou! -Diz Sergio. -Já estou cansado disso, quero que me entregue logo o pendrive!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muitas perguntas e poucas respostas,mas logo a história dará uma reviravolta!Obrigado por ler a Fanfic,até a próxima Segunda!