Férias do cúmulo do Inferno escrita por Marzipan


Capítulo 4
Capítulo 04 - Mar de rosas.


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas finalmente postei. Desculpem a demora! Tava louca esperando chegar nessa parte ♥



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Yukine teve alguns problemas nessa noite. Não havia abajur no quarto, então por causa do medo do escuro, ele ficou olhando para a janela. Na noite, viu um vulto e quase gritou. Ao perceber que era Hiyori, ele pareceu mais relaxado. Começou a ter tanto sono que, graças a luz da lua, acabou dormindo.

Eram 6 da manhã. Não tinha relógio algum no quarto, mas deu pra notar por causa do sol nascente enorme pela janela. Mesmo com cortinas, a luz do sol irradiou todo o quarto e os três acordaram (ou quase). Yato e Yukine acordaram por meio segundo e dormiram de novo. Pareciam exaustos. Talvez pelo fato das camas serem muito confortáveis, eles acabaram ficando presos à elas. Hiyori estava abraçada com Yato naquele dia frio, mas estava aquecida. Não sentiu medo, nem vergonha e nem nenhum outro sentimento além de carinho. Apesar disso, ela levantou e voltou ao seu quarto, sozinha, para que ninguém em casa suspeitasse. Talvez até já tivessem esquecido de Yato e Yukine, mas quis garantir assim mesmo. Deitou em sua cama fria e voltou a dormir.

Passaram-se duas, três, quatro horas, até que o pai de Hiyori foi acordá-la.

— Filha, já são quase 11 horas! Se não acordar agora, vai perder a praia! – Saiu com um sorriso no rosto após abrir as cortinas.

O dia parecia que iria chover de novo, apesar do sol radiante. Havia algumas nuvens escuras e o clima ainda estava gelado.

Hiyori acordou caindo de sono e a primeira coisa que fez foi ver os meninos. Ambos ainda estavam no quinto sono. Ninguém foi acordá-los. Ela, então, abriu a janela, a cortina, a porta, e os acordou.

— Yukine-kun... – o balançou e logo migrou para Yato – Yato... Acordem...

— Xô... – ele resmungou dormindo.

— Xô uma ova...! Acorda! – O empurrou mais e ele só ficou se contorcendo.

Ele estava até resmungando algo parecido com “minha deusa está me notando”.

— Yato! – gritou, sonolenta – Acorda!

Ele abriu os olhos com a expressão mais assustadora já vista. Pareciam uma mistura de tigre do inferno com algum tipo de demônio.

“Que medo...!”

— Yato... Já são 11h...

— Por que você me acordou............? – resmungou.

— Acorda, encosto! – Yukine jogou seu travesseiro na cara de Yato, que caiu no chão.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?! – Levantou e o jogou o travesseiro em Yukine, furioso – EU ESTAVA SONHANDO!

“Eu acabei de acordar e eles já tão brigando...”

— Tá, vamos nos arrumar... – Ainda estava acordando.

— Pra quê? – ambos perguntaram.

— Minha família quer ir pra praia, então eu vim chamar voc-

— É CLARO QUE IREMOS! – Yato a interrompeu, felicíssimo, com os olhos brilhando!

Yukine também comemorou.

— DAÍ, PODEREMOS CATAR CARANGUEJOS, PROCURAR CONCHAS, AH, MAS NESSE SOL VAMOS PRECISAR DE PROTETOR...! – de repente passou em sua mente Hiyori de biquíni pedindo para ele passar protetor em suas costas e tirando o biquíni e coisas mais pornográficas. – Mas ai vai precisar passar nas costas e....

Ele ficou vermelho, sua voz foi diminuindo e ele foi encolhendo até sumir e ninguém entendeu mais nada.

— Que aura escura é essa? - Yukine, já arrumando uma mochila.

— Bom, seja como for, vistam roupas de banho e tragam toalhas! Vamos aproveitar que ainda está sol! – Sorriu.

A família de Hiyori rapidamente lembrou dos dois de novo e todos foram para o carro em direção à praia. Ainda estava sol e fresco. Ao chegarem, o mar estava muito azulado e transparente. Haviam muitas pessoas, mas não o suficiente para ser considerado uma multidão. Então, foram para um canto e montaram uma barraca. Além dos pais e tio de Hiyori, mais conhecidos por perto apareceram.

Yato, Yukine e Hiyori estavam de camisa e bermudas/shorts. O trio foi para perto da água e Hiyori parecia apreensiva.

— S-Será que não podemos voltar?

— Hm? Por quê? – ambos perguntaram.

— É que eu... – Parecia tímida – Tenho medo de mar...

— Você tem medo de nadar?!

— N-Não é de nadar! É de mar! – Ficou se balançando de um lado pro outro.

— Não se preocupe, nós não vamos deixar nada acontecer! – Yato sorriu e Yukine sorriu logo em seguida.

Hiyori parecia nervosa, mas aceitou. Os dois tiraram a camisa para entrar na água e Hiyori também, já que estava de biquíni por baixo. Os olhos de Yato cravaram no corpo dela e ele parecia fervendo. Não só ele, como ela também não parava de olhá-lo.

— E-E-Então, por que não entramos logo?! – Ela disse, apontando pra água.

Yukine não entendeu nada (apesar de ele também estar meio seduzido).

Os dois entraram na margem da praia, que a água batia nos joelhos. A água estava meio fria, mas não gelada.

— Pode vir! – estenderam as mãos para Hiyori entrar.

Assim que entraram, eles foram para a parte mais funda onde batia eu seus ombros.

— EU PISEI EM ALGUM DEMÔNIO! – Gritando, ao ter pisado em uma alga.

Com isso, a alma de Hiyori saiu de seu corpo e Yato teve que segurá-lo. Só que, ao ver o corpo dela todo molhado de biquíni, ele acabou o soltando de vergonha.

— O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! PEGA O MEU CORPO! EU VOU ME AFOGAR! – Em pânico.

Ele paralisou enquanto Yukine a segurava.

Os três tiveram que voltar e levaram o corpo comatoso de Hiyori para os pais.

— Com licença, a Hiyori teve a soneca instantânea de novo... – Vermelho, sem olhar para o corpo dela.

— Oh, obrigada por trazê-la, Yato-san! – A mãe de Hiyori o agradeceu.

Ele a deitou numa toalha e foi, ao começar a caminhar com os dois, Hiyori acabou voltando pro seu corpo na hora. Assim que levantou, gritou com Yato.

— SEU BURRO! BURRO! – Vermelha.

— EU TE TROUXE ATÉ AQUI!

— FOI O YUKINE QUE ME SEGUROU! SEU INÚTIL!

— COMO OUSA?!

— Pfffffff..... – Yukine, com a mão na testa.

[...]

Após um ótimo almoço de caranguejo, o sol estava radiante. As nuvens pareciam ter sumido, então Yato e Yukine começaram a fazer esculturas de areia. Hiyori sentou-se perto deles para ver. Yukine fez uma montanha que nomeou de castelo enquanto Yato fez, DE FATO, um castelo lindíssimo.

— De onde saiu esse dom artístico...? – os dois sem entender, enquanto ele se gabava.

— Hm, Hiyori? – Yukine parou para olhá-la.

— O quê?

— Você está totalmente vermelha. Digo, seu rosto, ombros, costas...

— Ah?! Eu me esqueci do protetor! – Se olhando, assustada.

— Mas você não trouxe?

— Trouxe, está aqui! – Tirou um da bolsa. – Vocês não poderiam passar em mim?

Perguntou, enquanto passava no rosto.

Yato encarou Yukine com uma expressão maquiavélica.

— Você quer passar, não quer? – Resmungou como um fantasma.

—É... – Yukine o olhou feio também.

— Eu passo, Hiyori! Se o Yukine tocar em você, morrerei apunhalado! Hahaha! – Riu forçado, encarando Yukine (que parecia querer mata-lo).

Hiyori apertou os olhos, irritada, mas acabou cedendo.

— Tá. Toma. – Deu o protetor para Yato e começou a tirar a parte superior do biquíni.

— Q-Que que você tá fazendo? – Ficou muito, muito vermelho.

— Você não vai passar nas minhas costas? – O olhou irritada, virando-se.

Yukine estava soltando fumaça e apunhalando Yato, então começou a olhar o mar e brincar com um siri que achou na água.

Yato estava olhando as costas de Hiyori nuas e respirou fundo para não morrer sem ar. Apesar de ter conseguido passar o protetor sem morrer, ele demorou mais do que o normal. Não porque não sabia passar, mas porque não queria parar de olhá-la. Não conseguiu ver, mas Hiyori estava tão vermelha quanto ele. Não falaram uma palavra enquanto isso. Passou o protetor desde os ombros até à cintura, mas acabou parando ali.

— O que foi? – Hiyori perguntou, enquanto ele pausou as mãos em sua cintura.

Yato começou a lembrar do episódio clássico de quando foram a Capyperland.

— Nada... – respondeu rápido, se levantando. – Já terminei. Pode sair rolando por ai, porque a areia vai grudar em você toda agora. Vai parecer até algo empanado.

— Mas... O quê...?? – Sem entender nada, vendo ele fugir até Yukine rápido.

Acabou que, no final, eles não se falaram muito. Hiyori entrou na água de novo, mas grudada com os dois por causa do medo de mar. Quando estavam indo embora, já estava anoitecendo. Foi uma tarde divertida, se for para pensar bem.


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Notas finais do capítulo

Bom, no final ficou aquele clássico shoujo de comédia (ando assistindo muito shoujo, acabou dando nisso). Não consigo não fugir do romance, desculpem ;3; espero que tenham gostado! ♥ Próximo capítulo talvez eu faça romance puro.