Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 7
"Como se respira mesmo?"


Notas iniciais do capítulo

Amoreeeeeees, olha eu aqui postando mais cedo pra vcs!

Eu estou pulando de alegria aqui, e vocês sabem por que? Porque GANHAMOS MAIS UMA RECOMENDAÇÃO! AHHHHHHHHHH


MUITO OBRIGADA, CAAH, SUA RECOMENDAÇÃO FOI LINDA, EU AMEEEEEEI, DIWAA!
CAPÍTULO DIDICADO A VC MORE! PELA SUA LINDA RECOMENDAÇÃO E PELA SUA SUPER AJUDA!

AI COMO EU AMO MINHAS LEITORAS...

Seja bem vinda leonetta e jortine, ao nosso clubinho dos que já favoritaram a fic, muito obrigada amoree, um beijão!

Minhas lindas dos comentários... Eu não tenho palavras para descrever o quão feliz eu fico lendo as mensagens de vocês, mds! Vocês incríveis demais, sinto até que não mereço vocês!

Bem, eu sei que muitas de vocês estão sentindo falta da Sofia... Vai demorar um pouco pra ela aparecer novamente, desculpem-me por isso mas é que agora eu quero focar no casal Leonetta, mas eu já escrevi um capítulo que ela aparece, é só terem paciência pois como já disse antes, O ANDAMENTO DA HISTÓRIA É LENTO, demorará para que algumas coisas aconteçam, okay?
Mas então, bora ler?



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Alguns dias haviam se passado e como combinado iríamos hoje para a clínica fazer a fertilização in vitro. Durante esses dias comecei com um tratamento com hormônios, para facilitar tudo depois. Já estava tudo preparado e Leonard não podia estar mais feliz com tudo isso.

Saímos de casa ainda cedo já que a clínica ficava um pouco distante e eu sentia meu estômago embrulhar mais e mais conforme íamos nos aproximando do local. Aquilo tudo ainda era estranho para mim, não conseguia pensar em engravidar de um cara e depois de meses entregar a criança para ele como se fosse uma mercadoria. Mas eu teria que me acostumar com isso cedo ou tarde, se eu não quisesse estragar tudo.

Paramos em um pequeno estacionamento em frente a clínica. León, num gesto cavalheiro, abriu a porta do carro para que eu pudesse sair e eu retribui com um sorriso forçado. O nervosismo se fez mais presente quando avistei o local onde tudo aconteceria e Leonard percebeu, segurando minha mão para que assim eu me acalmasse. Adentramos à clínica e León foi na recepção para agilizar alguns documentos.

Olhei em volta e percebi que quase todas as mulheres estavam me olhando, mas, por quê? Busquei com o olhar um lugar vago e quando encontrei, vi León se aproximar de mim sorridente.

— Tudo pronto, daqui a pouco nos chamarão.

— Tudo bem, então... — Disse tentando parecer menos nervosa possível.

— Vou ao toalete, licença — Ele disse educadamente e eu apenas assenti.

— Ei, onde arrumou um cara tão gato? — Uma mulher de uns trinta e poucos anos que estava sentada ao meu lado perguntou sorridente e eu fiquei sem saber responder.

— Ehr, ele não...

— Ah, deixe pra lá... Se meu marido me ouvir dizendo isso, é capaz de me botar para fora de casa — Ela riu alto e voltou a me encarar — Quantas semanas, querida? Estou de quinze mas aposto que você nem chegou a dez semanas, está tão magrinha...

— Hum? Semanas? — Perguntei sem entender.

— Sim, está grávida de quantas semanas?

— Oh, sim — Disse, por fim entendendo — Não estou... Vou fazer a inseminação hoje.

— Entendo... — Ela ía terminar de falar mas se calou quando viu León se aproximando.

— Acabaram de nos chamar, vamos? — Ele estendeu a mão para que eu pegasse e eu assenti.

Passamos por um corredor longo e um tanto estreito. León sinalizou com o dedo indicador a porta que deveríamos entrar e eu parei em frente a ela. Respirei fundo e adentramos. Era como um escritório comum, talvez não fosse ali o lugar onde ocorreria o tal processo. Um homem magro e vestido com um jaleco branco veio nos cumprimentar assim que nos avistou. Ele estava sorridente e parecia bem animado.

— Olá, Leonard e... Violetta, certo? — Ele perguntou sorrindo e eu assenti — Eu sou o Doutor Soarez e acompanharei todo o processo da fertilização e se me derem a honra, poderei ser também seu obstetra.

— Claro, Dr. Soarez — Ele disse animado e eu apenas o encarei.

— Como foi com o tratamento com os hormônios? Fizeram, não?

— Fomos em outra clínica, mais para o centro. Lá eles explicaram tudo certinho e seguimos com as recomendações.

— Então vamos começar — Ele disse se levantando e me entregou um tipo de vestido hospitalar, uma touca fina e algo para colocar nos pés com o mesmo tecido da touca — Aqui ao lado tem um banheiro, pode se trocar lá. A sala que deverá entrar é a F2, no corredor seguinte. Encontro vocês lá.

León ficou esperando do lado de fora enquanto eu me trocava no banheiro. Dobrei minha roupa e quando estava saindo senti um vento passar pelo meu bumbum e então percebi que a parte de trás da camisola era quase que totalmente aberta, mostrando tudo o que não deveria ser visto e fiquei um pouco envergonhada com isso e saí do banheiro segurando a parte de trás para que nada de indevido aparecesse.

— O que está fazendo? — Leonard perguntou segurando o riso e eu entreguei minhas roupas para ele.

— Essa camisola com certeza já foi de uma stripper que de uma hora para outra resolveu virar cristã e esse tipo de roupa foi o mais próximo que ela chegou de ter uma roupa "comportada" — Disse andando estranhamente até a sala que Dr. Soarez havia falado e León veio atrás rindo.
Adentramos em seguida e então pude ver uma maca, um pouco diferente das que eu já vi antes, algumas bancadas e armários branco e extremamente limpos e alguns enfermeiros juntos ao Dr. Soarez.

— E então, vamos começar? — Ele pergunta animado e eu assinto receosa. Ele estende uma touca na direção de León e o mesmo coloca em seguida — Deite-se aqui. As pernas vão ali, e agora é só relaxar.

— Estou com medo — Disse expondo por fim, o meu nervosismo.

— Não se preocupe com nada — O médico disse sorrindo e eu me acalmei um pouco — Estamos começando... Violetta, você vai sentir doer mas é normal, tudo bem?

— Ehr... Sim.

— Vamos começar... Respire fundo — Ele disse calmo e eu senti minhas mãos gelarem. Meu medo era maior que tudo e eu não entendia de o porquê eu estar com medo à essa altura do campeonato.

— Estou com muito medo, acho que não posso fazer isso... — Disse e fechei os olhos para não chorar.
Uma mão quente agarrou a minha com cautela e eu abri os olhos para ver de quem era. Leonard. Ele sorria meigamente para mim me transpondo confiança e cuidado. Logo senti uma forte dor me invadir por alguns segundos e eu fechei rapidamente os olhos com força. A dor foi passando mas mesmo assim ainda sentia que algo me incomodava.

— Calma, Violetta. Esse incômodo vai passar daqui a algumas horas — Ele sorri e León me ajuda a levantar da maca — Pode ir se trocar e me encontre depois no meu consultório.

Fomos andando de vagar até o banheiro e então León entregou minhas roupas para que eu pudesse me trocar e assim fiz. Adentramos a porta ao lado e encontramos Dr. Soarez a digitar algo em seu laptop.

— Sejam bem vindos novamente. Sentem-se que a conversa vai ser rápida — Ele apontou para as cadeiras à sua frente e depois que sentamos ele prosseguiu — É super normal se sentir incomodada depois desse processo, tudo bem? E também é super normal que ocorra, nos primeiros dias após a inseminação, um corrimento de sangue, mas é bem pouquinho. Se você perceber que está vindo sangue demais, me procure o mais rapidamente possível. Se tudo ocorrer bem, verei vocês dois daqui a duas semanas. Tchau!

...

O caminho foi preenchido por poucas conversas vazias e músicas irritantes. León as vezes tentava me divertir com alguma coisa e eu ria sem vontade, apenas para deixá-lo contente. Eu estava tensa demais para prestar atenção a alguma coisa que não fosse no fato de que eu teria um bebê para ter que entregá-lo para outro depois.
O carro passou em uma velocidade considerável pelo prédio onde ele residia mas León não parou. Achei estranho já que ele havia tirado uma folga hoje, não tinha porquê ir ao trabalho e me levar para lá, ainda por cima.

— Para onde estamos indo? — Pergunto desconfiada e ele sorri sem tirar os olhos da estrada.

— Você vai ver.

— Leonard, pelo amor de Deus, não apronte nada! — Disse num fio de voz, por estar preocupada.

— Me chame apenas de León, por favor. Eu detesto me chamar Leonard, diminua o meu sofrimento...

Eu ri. Sim, eu ri, e bastante. Eu com certeza continuaria chamando-o de de Leonard, apenas por prazer. Estou sendo boazinha demais, tenho que mostrar que não sou apenas isso.

— Tudo bem, Leonard. Como quiser...

— Você me dá nos nervos, sabia? Céus, por que mexe tanto comigo? — Han?! O que ele havia falado tinha o mesmo significado que eu tinha em mente?

— O quê? — Perguntei séria e ele me olhou nervoso.

— Digo... Você implica muito comigo... Ehr... É isso! Odeio quando as pessoas... Hum... Me contrariam! — Ele disse sem graça tentando se justificar, o que me fez rir ainda mais com seu nervosismo. Ele estava muito estranho, isso qualquer um perceberia.

A viagem continuou por mais cinco ou seis minutos até que ele deu a volta e parou em um estacionamento nem muito amplo, mas bem arrumadinho. Ele, como sempre cavalheiro, abriu a porta e eu agradeci. Não fazia ideia de onde estávamos até que avisto uma placa gigante no telhado do que estava na nossa frente. "Mc Donald's" estava escrito. Ele me olhou sorridente e eu o encarei incrédula. Não sabia ao certo sobre ele naquele momento. Ele havia lembrado da conversa que tivemos aquele dia, quase uma semana atrás e aquilo me deixou muito feliz. Ele estava mesmo sendo legal comigo...

— Primeiro as damas! — Ele diz galante ao abrir a porta para mim e eu assenti como um "obrigado".

— Cavalheiro como sempre...

— Agradecido. Agora venha aqui — Ele entrou em uma das filas e eu encarei tudo e todos em volta.

As pessoas conversavam monótonamente, como se comer ali fosse normal no seu dia-a-dia e eu não conseguia me imaginar naquela vida de fast-food como ele viviam. Sempre tive vontade de conhecer essas lanchonetes famosas mas nunca tinha dinheiro o bastante para experimentar o sorvete ou ao menos entrar para ver como era. Sempre me contentei a parar na frente das janelas de vidro e encarar as pessoas de dentro do local. Podia ser um Mc Donald's, ou um Starbucks, talvez. Mas não importa, eu nunca cheguei a entrar em nenhum. Bom, graças ao León, pude entrar em um e ter o privilégio de provar algo de lá.

— E então, o que vai querer comer? — Ele pergunta quando estava faltando apenas uma pessoa na nossa frente na fila.

— Eu não sei o que eles servem aqui.

— Tem o Mc Chicken, que como o nome já diz, é de frango. Tem o Mc Cheddar, transbordando de Cheddar. O quarteirão é muito bom mas eu meio que prefiro o Big Mc.

— Quanto "Mc" — Ri e ele pegou a carteira — Acho que vou escolher o Big Mc, já que disse que gosta tanto.

— Tudo bem. Coca-cola?

— Hum? Ah, sim. Pode ser...

Depois que ele pagou nossos lanches, nos direcionamos à fila ao lado e esperamos eles chegarem. Em poucos minutos o nosso pedido estava pronto e em mãos, dentro de uma bandeja de plástico cinza que só não era tão sem graça por que tinha um papel bem fofo a cobrindo.
Escolhemos a mesa mais afastada que tinha, para podermos ficar mais à vontade. Sentamos um na frente do outro e saboreamos um pouco do nosso lanche antes de começarmos a falar de assuntos diversos.

— Gostou? — Ele perguntou e eu assenti, dando outra mordida no hambúrguer.

— Muito obrigada por me trazer aqui. Não sabia que ainda se lembrava do que eu disse...

— Lembro de tudo o que conversamos, Violetta — Ele disse dando a última mordida no seu hambúrguer. Olhei o meu e percebi que nem havia chegado na metade — Come como um passarinho...

— E você como um ogro morto de fome! — Falei rindo e ele fingiu estar bravo.

— Tudo bem, não falo mais do seu jeito de comer!

— Acho bom mesmo... — Rimos — Posso te fazer um pergunta? — Perguntei e ele assentiu tomando o último gole de seu refrigerante.

— Quantas você quiser.

— Porque eu? Quer dizer... Porque me escolheu pra ser sua barriga de aluguel? Várias mulheres melhores do que eu, com mais experiência... — Perguntei e ele deu um gole no meu refrigerante — Ei, já basta acabar com o seu, tem que acabar com o meu também?

— Eu sei que você não quer esse refri. Se quisesse já teria terminado de beber.

— Eu definitivamente detesto refrigerante... — Disse fazendo careta e ele me olhou com quem não acreditava no que acabara de ouvir.

— Tinha suco, por que não pediu?

Eu. Não. Sabia. — Disse pausadamente e ele riu — Mas não importa. Responda minha primeira... Quer dizer, meio que minha segunda pergunta.

— Você sabe o que vai acontecer daqui pra frente? Sabe pelo quê você vai passar? Você tem coração ou pelo menos sentimento? — Eu o encarei sem entender — Eu sei muito bem que a resposta para as primeiras duas perguntas é "não" e a resposta da terceira tenho plena certeza de que é "sim". Eu procurava uma mulher que fizesse o papel de mãe durante esses nove meses, não um robô sem sentimentos que só se importa com o dinheiro que vai ganhar... Eu procurava uma Violetta, e aqui está você! — Um largo sorriso apareceu em meu rosto sem que eu percebesse e León riu da cara de boba que eu estava. Senti minhas bochechas arderem e ele desviou o olhar para que assim eu voltasse ao meu normal.

— Não é que eu não saiba o que vai acontecer daqui para frente mas... É uma coisa que eu nunca vivi, então de qualquer forma vai ser tudo uma grande surpresa, não só pra mim mas pra você também, eu sei disso — Falei antes de abocanhar meu hambúrguer e ele me encarou calado com um lindo sorriso nos lábios.

Como se respira mesmo?


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Notas finais do capítulo

Owwwn, posso chamar essa ultima cena de primeiro encontro deles? Sim? Não? Tava rolando clima? Comentem aí... Um capítulo todinho sem Ludmila, aí que alívio!

Comentem muuuuito, que se tiverem bastantes comentários eu tentarei postar o próximo mais cedo ainda haja'

Faviritem e recomendem aí... Que tal continuarem com essas recomendações uma atrás da outra? Kkkk mas isso depende de se vocês estão gostando ou não da história, viu?

Um beijão e qualquer coisa me chamem nas mensagens, okay?



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