Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 20
"Confusões e mal-entendidos..." - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM RESOLVEU RENASCER DAS CINZAS COMO UMA FÊNIX MARAVILHOSA E GLORIOSA????????

É gente, fui eu não... Tô até com vergonha de meter as caras depois de fazer vocês esperarem tanto por esse capítulo. Não aguento mais pedir desculpas amorecaaaaaaaas! Tô com capítulos já escritos mas tô tendo que passar todos eles pro meu computador e não tá sendo fácil porque eu estava muito acostumada a postar pelo celular :(

E os agradecimentos desse capítulo são para nossa maravilhosa YoyiTini que favoritou a história, muito obrigada Floweeeeeer!

E EU NÃO PODERIA ESQUECER DE AGRADECER A TODAS AS BOAS ALMAS QUE COMENTARAM CAPÍTULO PASSADO AFLITAS PORQUE A TITIA MÁ AQUI CORTOU O CAPÍTULO NO CLIMAX... MUITO OBRIGADA AMORECAAAAAS!

Já aviso de antemão que o capítulo não ficou com eu desejava... Tentei melhorar mas não passou disso, entenderei se ficarem um pouco decepcionados.

E então, bora ler?



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— Eu estou indo embora amanhã de manhã. — O quê? Eu ouvi certo?

— O quê? Mas você não pode fazer isso! Está no contrato, você não vai embora levando o meu filho! — Senti o medo percorrer meu corpo e a tensão se estalar em mim.

— Eu não vou fugir com o seu filho, León. Eu apenas quero sair dessa casa, do seu convívio para ser mais precisa. — Respondeu seca — Estou muito nervosa e estressada, isso não faz bem ao bebê. Estou indo para a casa da minha tia para me acalmar e se eu tiver sorte, nos veremos apenas nas consultas dele ou dela.

— Você está sendo radical demais, Violetta! — Minha voz saiu alta e um pouco estrangulada — Está fazendo isso por causa de ontem à noite?

— Cansei de sofrer por coisas que você faz sem nem sequer pensar antes! Você não percebe que destrói e apodrece tudo o que toca? Parece que você sente prazer em arruinar a vida dos outros... — Ela deu uma pausa e respirou fundo antes de continuar. Durante esse meio tempo tentei refletir sobre suas duras palavras ditas à pouco. Será que ela tem razão? Eu sou tão ridículo assim? — Mas já que você quer uma resposta "convincente", eu dou... Isso é tanto para mim quanto para seu filho ou filha. Tenho responsabilidade de cuidar e zelar pela vida desse bebê enquanto estiver o gerando. Então, tenho direito de escolher ir para onde eu quiser, contanto que seja para o bem dele.

Eu estava sem palavras.

Eu fiz aquilo. Eu tinha proporcionado à garota que mais me importo no mundo um dos seus piores momentos. Eu destruí sua felicidade covardemente por não controlar meus ciúmes. E eu iria consertar toda aquela situação. Não aguentaria viver nessa casa vazia sabendo que ela se foi por culpa minha.

Mas antes que eu pudesse falar algo em resposta à Violetta, ouvi um som estranho vindo da escada e me levantei para ver o que estava acontecendo. Deparei-me com Ludmila saindo sorrateiramente com sua maior mala. Quando me viu encará-la confuso, gelou no mesmo instante.

— O que pensa que está fazendo? — Perguntei olhando para sua mala.

Eu... O que eu tô fazendo? — Ela enrolou. O que está acontecendo com ela? Ludmila nunca foi de enrolar, sempre falou tudo de uma vez.

— Sim, Ludmila. O que está fazendo, amor? — Eu realmente me importava com ela. Vê-la com o olhar perdido estava me deixando triste.

Ela desde pequena sempre esteve ao meu lado para o que desse e viesse, mesmo sendo cabeça dura e muito esnobe. Ela sempre soube quando me consolar, quando me dar um sermão bem chateado e quando me fazer sorrir em tempos difíceis.

De uns tempos para cá, ela pareceu estranha. Quase não saía do seu quarto, quando saía, era de fininho para ninguém perceber. Eu a via sair para trabalhar na sua loja de roupas de grife poucas vezes e quase não estava mais presente nas mesas de café da manhã e jantar. Tentei várias vezes descobrir o que estava acontecendo mas ela nunca abriu o jogo.

— Eu estou indo embora, León. — Como assim? Ela também? O que de tão errado eu estava fazendo para todo mundo resolver ir embora?

— Por quê, Ludmila? — Perguntei incrédulo e ela hesitou antes de responder.

— Hum, não quero ficar morando de favor, sabe? — Por que eu não conseguia me convencer que aquela era a verdade? — E... Além do mais, vou abrir outras três lojas em Paris, então é mais viável que eu vá morar lá, por segurança delas principalmente.

— Por que estava indo escondida? Não iria me contar? — Perguntei chateado.

— Tive medo de te falar antes. Não sei porquê... — Ela abaixou os olhos e ficou encarando o chão por uns segundos — Eu te avisaria quando chegasse lá, juro!

— Mas eu não entendo... Por que resolveu se mudar, assim, de última hora? — indaguei preocupado e ela me encarou por um tempo antes de responder.

— Não foi de última hora, querido. Eu estava planejando isso há muito tempo. É o meu sonho, León! — Ela olhou o relógio de pulso — Tenho que ir agora, senão perderei o vôo.

— Tudo bem. Boa viagem, minha cabeça dura! — A puxei para um abraço demorado e depositei um beijo em sua testa antes de soltá-la totalmente — Mande-me notícias sempre e volte para nos visitar, não se esqueça!

— Não esquecerei, babe. Mande notícias do bebê também, a madrinha aqui tem que ficar a par de tudo.

— Tudo bem, adeus!

— Adeus, Leonzinho!

Fechei a grande porta de entrada e me virei. Violetta me encarava do fim do corredor, acho que tentando entender o que havia acabado de acontecer. Fui andando em sua direção a ela mas Vilu andou em passos rápidos de volta a mesa de jantar. Não voltei para lá, acabei perdendo a fome com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Minha cabeça estava atordoada com tudo o que estava acontecendo.

Estava subindo as escadas para relaxar um pouco na sala de músicas quando vi que a porta do quarto dela estava aberto e o seu celular repousava em cima de sua cama. Uma ideia passou pela minha cabeça e tratei de colocá-la em ação imediatamente.

Se eu tinha causado toda aquela bagunça, eu arrumaria ela até não sobrar uma partícula de sujeira.

Olhei para os lados para ver se ninguém vinha e entrei. Peguei o celular de Violetta e liguei, como não tinha senha ficou tudo mais fácil. Procurei "Alex" em sua agenda de telefones e salvei no meu celular. Tomei cuidado ao sair e tranquei-me no meu quarto. Se eu ligasse do meu telefone, ele não saberia de quem se trata e atenderia. Eu só espero que ele não desligue assim que souber quem está do outro lado da linha... Coloquei o celular no ouvido e esperei ele atender.

— Alô? — Ouvi uma voz do outro lado da linha. Limpei minha garganta e pensei no que iria falar para ele.

— Alex? — Perguntei — Por favor, não desligue.

— Mas... Quem está falando? — Ele perguntou.

— Eu digo se você me der certeza que não vai desligar o telefone quando souber quem sou eu.

— Hum...Tudo bem, não desligarei. Mas por favor, diga quem é.

— Sou Leonard Vargas. O cara imbecil e idiota que fez aquele escândalo ontem à noite.

— Ah, você... O que quer? — Perguntou ríspido — Já não basta ter me humilhado ontem vai querer me humilhar pelo telefone também?

— Hey, calma. Eu vim em paz, por favor me escute. — Dei uma pausa e respirei fundo — Eu reconheço que fiz merda e quero consertar isso. Violetta é importante demais para mim, não posso deixá-la sofrer por algo errado que fiz.

Do que está falando? Elá está comprometida e grávida de você, o que quer dizer em "consertar a merda"?

— Primeiramente ela não é compromissada comigo... Tive a intenção de te fazer pensar isso porque fiquei com receio de que você pudesse de alguma forma mágoa-la futuramente e tentei afastar você com isso.

— Eu nunca faria isso, Senhor Vargas. Eu gosto dela de verdade! — Ele disse em um tom melancólico. Ele também estava chateado.

— Agora eu sei, e quero pedir desculpas pelo ocorrido. — Um silêncio se fez — E por favor, me chame apenas de León... Não faça eu me sentir mais velho do que já sou.

— Eu o perdôo, vejo que se arrependeu mas fiquei meio amargurado por ela não ter me contado nada...

— Violetta só estava esperando o momento certo. Ela tem dessas coisas, espera até ter certeza de que é a hora. — Ri baixo quando lembrei de algo — Eu que tive que acidentalmente descobrir sobre o bebê, ela estava esperando para me contar "no momento certo", palavras dela.

Então... Ela está mesmo grávida de você? — Ele perguntou e eu senti um certo receio em sua pergunta.

— Sim. Mas não é o que você está pensando, Alex. O bebê não é fruto de um relacionamento nem nada disso, Violetta é minha barriga de aluguel. Somos apenas bons amigos. Ou éramos...

— Entendo... Obrigado por esclarecer as coisas.

— Só peço uma coisa: não a culpe pela crise de ciúmes que tive. Ela está sofrendo muito por isso e eu quero reverter essa situação o quanto antes. A culpa é totalmente minha.

Sim, tudo bem... — Outro momento de silêncio

— Posso te pedir um favor? — Perguntei com medo de sua resposta.

Claro... O que quer?

— ...

Trabalho feito.

 

Senti uma tonelada sair das minhas costas depois de esclarecer tudo a ele. Se tudo desse certo, Violetta mudaria de ideia sobre ir morar com a tia e continuaria morando comigo. Se para ela ser feliz precisava ter por perto Alex, eu aceitaria da melhor maneira possível. Eu estou disposto a abrir mão de em um incerto futuro ao lado dela sendo seu companheiro no amor e me contentar com sua amizade, se isso significar uma vida regrada de alegria e de realizações para ela.

Eu a amo, vou querer sempre seu bem...


VIOLETTA CASTILLO

Acordei sentindo-me um pouco melhor do que ontem, talvez o dia não fosse tão sufocante quanto imaginei. Levantei-me e encarei minhas malas prontas e arrumadas em um canto do quarto. Tentei não pensar muito nisso e segui para o banheiro. Iria tomar um banho de banheira para relaxar um pouco. Depois de mais ou menos meia hora saí de lá e adentrei ao closet procurando alguma roupa que me servisse. Optei por um vestido florido e soltinho já que os shorts já estavam ficando um pouco apertados. Depois que escovei meus dentes e ajeitei meu cabelo, resolvi descer para tomar café da manhã.

Enquanto me aproximava da escada, conseguia ouvir León conversar com alguém mas não conseguia ouvir a outra pessoa. Ele parecia falar baixo então tive que me esforçar para ouvir. Talvez ele estivesse falando ao telefone...

Desci devagar as escadas, estava sem pressa nenhuma para comer ou fazer qualquer outra coisa da minha vida. Ouvi León gargalhar e fiquei curiosa para saber o que estava acontecendo. Apertei o passo para descobrir e praticamente congelei quando vi quem conversava com León tão descontraidamente.

Alex...

O que ele estava fazendo aqui a essa hora? Por que ele e Vargas conversavam como se fossem amigos de longa data e aquela discussão de noites atrás não tivesse acontecido? O que estava acontecendo ali? Isso é um sonho maluco ou o quê?

— Bom dia, Bela Adormecida. — León se lançou a falar quando percebeu minha presença ali — Temos visita...

— Estou vendo... — Foi a única coisa que consegui falar. Não conseguia acreditar em que estava vendo.

— Eu sei de toda a verdade, Vilu. — Alex enfim se pronunciou e levantou, vindo em minha direção vagarosamente — León me ligou ontem e explicou que tudo não se passou de um mal entendido e se culpou pelo que aconteceu. Espero que esteja disposta a me desculpar por duvidar de você e não te escutar...

— Você não tem que pedir desculpas, eu acho que faria a mesma coisa no seu lugar. — Sorri para confortá-lo e isso pareceu funcionar, pois seu sorriso fraco aumentou, iluminando seu rosto.

— Fico tão feliz de te ter de volta... — Ele disse se aproximando e eu fiz o mesmo.

— Desculpa não contar antes tudo a você, tudo bem? — Ele sorriu em resposta.

— Claro que desculpo. — Ele me abraçou e eu retribuí, tão feliz quanto ele por termos nos "reconciliado".

Enquanto o abraçava, levantei um pouco meu rosto e encarei sorridente León, que nos encarava de pé em um dos cantos da sala com seus braços cruzados e uma pose ereta e refinada. Seus olhos estavam brilhando e seu sorriso singelo, eu podia ver bem o quanto ele estava feliz por ter nos unido novamente.

— Obrigada. — Disse apenas mexendo os lábios. Ele pareceu entender e assentiu calmamente antes de se aproximar de nós— Hey, mais devagar com esse abraço aí, tem um bebê residindo meu útero! — Disse rindo e Alex me soltou delicadamente.

— Desculpe-me bebê, tinha me esquecido de você. Mas não foi por mal, hein! — Ele falou acariciando minha barriga minimamente volumosa.

— O que vocês acham de irmos tomar café? Estou tendo que comer por dois, minha fome tá do tamanho da de um leão agora.


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Notas finais do capítulo

Bom, agora temos um finzinho feliz... Mas tem muita treta vindo por aí! MWAHAHAHAHAAAAAAA!

Nosso León se mostrando compreensivo e super amorzinhoooooo!!!
E essa Ludmila, hein?! Meio estranha, não?!

Comentem o que estão achando da história e me deem suas sugestões e ideias que vocês achem uma boa para entrarem e animarem a fic, okay?

RECOMENDEM e FAVORITEM a fic se me quiserem ver essa pessoa maravilhosa aqui (eu me achando :p) MUITO FELIIIIIZ!

Até logo, Flowers!