O lugar em que estavam era frio, escuro e úmido. Em Azkaban já não tinha os dementadores, mas à noite o lugar fazia muito frio, mas não era qualquer frio, era um frio descomunal, quase mortal.

Eles não iriam ficar ali por muito mais tempo, eles iriam fugir e iria ser hoje e, o melhor de tudo, agora eram quatro e não três. Já estava tudo planejado, eles levaram quatro anos para formarem o plano perfeito e nada podia dar errado dessa vez. Nada.

Na hora do jantar os guardas distribuíam a refeições dos prisioneiros, e ao chegarem nas ultimas celas do primeiro andar foi quando aconteceu tudo muito rápido.

A prisioneira robusta e mais baixa que o homem, após ele lhe entregar sua refeição e se virar de costas para ela, ela o atingiu com um pedaço do vaso sanitário que ela havia quebrado mais cedo no pescoço do guarda fazendo-o cair no chão em frente a sua cela, o outro guarda que estava por perto preparou-se para pegar a varinha e ataca-la mais foi impedido pelo prisioneiro o qual estava servindo, recebendo um mata leão sufocando-o até cair desacordado. A prisioneira robusta pegou a chave do guarda caído a sua frente e abriu a porta de sua cela e mais três libertando seus prisioneiros.

— Finalmente livres. – Disse um dos homens libertados.

— Vamos sair daqui logo. – Falou a outra prisioneira que fora libertada.

Eles não se demoraram em mais nada para saírem daquele lugar horrível, afinal tinham um plano para executar.

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No dia seguinte, na casa dos Potter....

As férias do trabalho haviam acabado e a família Potter, estava voltando a rotina aos poucos.

Estavam todos juntos na mesa de café da manhã comendo tranquilos e sonolentos, quando monstro se aproximou com as correspondências das corujas que haviam chegado mais cedo. Ele entregou-as para Harry, que agradeceu, e monstro deu uma reverência exagerada antes de sair.

— Minha matéria sobre o jogo de Merliah já deve ter sido publicada. – Comentou Gina quando viu o profeta diário entre as correspondências.

Merliah, ao ouvir aquilo, pediu o jornal ao pai e ele entregou segurando o riso para a sua animação contida, todos sabiam que ela adorava ler sobre seus jogos. Merliah pegou o jornal esperando ver na primeira página o anúncio público de seu casamento, mas quase caiu para trás quando viu a notícia que continha ali. Todos na mesa perceberam a sua mudança de humor repentina.

— Merliah… você está bem? – Harry perguntou preocupado.

Ela apenas colocou o jornal no meio da mesa e todos eles viram o que deixou ela daquele jeito.

                                        Fuga em Azkaban!

Na noite de ontem, quatro prisioneiros fugiram da prisão de Azkaban, provocando medo em toda população bruxa, pois não se sabe exatamente quem fugiu.

Tudo que se sabe, é que um guarda encontrou alguns de seus colegas caídos no chão, provavelmente mortos, quatro celas abertas e nenhum sinal de quem as habitava. No momento, os aurores não quiseram nos dizer quem havia fugido da prisão. Talvez eles também não saibam quem fugiu.

— Você não sabia disso? – Gina questionou olhando para Harry.

— Deve ter sido os aurores de plantão. Eu tenho que ir, já vi que terei um dia cheio de trabalho para fazer. – Respondeu Harry levantando-se de sua cadeira, pegou um pedaço de uma torta de caramelo e em seguida deu um selinho em Gina e um beijo no topo da cabeça de cada um de seus filhos antes de sair. – Eu amo vocês.

— Nós também te amamos. – Responderam todos os outros Potter.

— Quem vocês acham que fugiu de Azkaban? – James perguntou após a saída de Harry.

— Foram quatro… será que são perigosos? – Lilian indagou.

— São muitas pessoas presas. Bem antes de vocês nascerem, ou até mesmo antes de seu pai e eu… até hoje também. Então não tem como adivinhar, mesmo que eles dissessem a ala. – Gina respondeu em um tom levemente preocupado.

— A ala? – Alvo questionou confuso.

— Em Azkaban existem muitos andares e em cada um colocam tipos de prisioneiros diferentes. Os mais perigosos ficam no último e os menos perigosos no primeiro. Os outros tipos de prisioneiros ficam no resto dos andares, que são muitos. Não tem como saber – Gina explicou.

— Liah, você está bem? – Perguntou Alvo olhando para a irmã, que não parecia estar ali naquele momento. Ao ouvir o irmão, ela balançou a cabeça espantando seus pensamentos.

— Eu… eu estou bem. – Disse ela e tentou mostrar um sorriso. Não os convenceu. Mas como sabiam que era um pouco difícil ela falar de seus sentimentos desde criança, eles não comentaram mais nada com ela. – Estou indo para o treino, até mais tarde.

— Até, meu amor. – Gina respondeu quando ela lhe deu um beijo no rosto.

— Tchau, pirralhos! – Gritou Merliah já na porta.

— Tchau, Liah! – Responderam seus três irmãos.

— Também já estou indo. – Gina anunciou levantando-se. - Vocês três se cuidem, estão me ouvindo? Não quero encontrar a casa destruída quando voltar mais tarde para irmos ao beco diagonal. – Ela disse estirando o dedo indicador para seus filhos.

— Sim, mamãe. – Todos eles disseram e reforçaram acenando com a cabeça.

— James, você está no comando. – Gina anunciou.

— Serio?! – James replicou surpreso.

— Sim… só não mate seus irmãos. – Pediu Gina.

— Pode deixar, mamãe. Não se preocupe com nada! – Declarou James com uma certa animação.

— Também não se aproveite deles. – Gina falou desconfiando da animação do filho.

— Está bem, mãe. Tchau! – James rapidamente concordou.

— Tchau, Jay… – Gina despediu-se e aparatou pensando seriamente se realmente foi uma boa ideia deixar James no comando.

Quando voltou, teve certeza de que realmente foi uma péssima ideia, já que encontrou sua lavanderia alagada e cheia de espuma pois a tampa da máquina de lavar estava aberta e seus filhos no meio de toda aquela espuma e água.

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No dia seguinte, pela manhã...

Ao acordarem na manhã seguinte, a primeira coisa que Gina e seus três filhos mais novos encontram quando acordam é Harry e Merliah na cozinha da casa.

Harry estava de pé ao lado da filha, que estava sentada em uma das cadeiras da mesa. Harry muito sério e Merliah branca feito papel olhando para o profeta diário na mesa.

— O que aconteceu? – Preocupou-se Gina olhando de um para o outro. Harry indicou o profeta diário na mesa e Gina o pegou. Ela leu o que estava na página e teve que se sentar para não cair, seu rosto em uma mistura de raiva e pavor.

James se aproximou devagar da mãe e pegou o jornal de suas mãos. Alvo e Lilian leram a notícia junto ao irmão.

                 Identidade dos fugitivos de Azkaban é revelada!

Na tarde de ontem, os aurores finalmente decidiram nos dizer a identidade dos fugitivos. Seus nomes e fotos seguem na pág.5.

Na página, havia a foto de quatro pessoas, as quais os irmãos, infelizmente, conheciam três. A moça da direita e os dois rapazes. Já a quarta pessoa, eles não faziam ideia de quem era. Mas uma certeza eles tinham, sua cara era igual a de um sapo.

— Nossos raptores fugiram. – Murmurou Lilian.

Lilian terminou de falar e Harry golpeou a parede próxima com um soco.

— Ela disse que voltaria! Disse que iria pegar vocês de novo! – Harry esbravejou. – Eu não vou deixar isso acontecer de novo!

— Calma, pai… – Merliah tentou tranquiliza-lo, mas Harry a cortou.

— Calma?! Você me pede calma, Merliah? Eles já arriscaram a vida de vocês uma vez, tiraram vocês de mim e de sua mãe! Eu acho que tenho motivos para ficar nervoso!

— Temos que proteger vocês quatro. – Gina falou mais para ela mesma que para os filhos.

— Mais ainda? – James disse como se reclamasse.

— Sim, muito mais… estive pensando em uns feitiços de proteção, mas, primeiro… – Respondeu Gina e ela virou-se para Harry. – Querido, estive pensado no feitiço que seus pais usaram.

— O fidelius? – Harry questionou já considerando a ideia.

— Sim, poucos conhecem nosso endereço e por mais que tentem, os repórteres nunca nos acharam. – Gina argumentou. – Temos que proteger a casa e nossos filhos.

Harry pensou na proposta dela.

— Sim, nós faremos o feitiço fidelius. – Ele declarou.