Pov Bonnie

Acordei com o despertador tocando, vi um bilhete perto dele dizendo...

Oi Princesa!

Bom, você estava dormindo, eu não queria te acordar, fui para casa ok? Beijos!

Kai ♥

Sorri ao ver o bilhete, levantei e fui até o banheiro, tomei banho saí e me vesti, pus uma calça jeans azul escuro, uma blusa preta e uma sapatilha preta. Peguei o celular e liguei para Kai, nada dele atender, então liguei para Caroline.

Caroline: oi linda!

Bonnie: pode vir me pegar?

Caroline: aham, já passo aí- desliguei.

Tomei café, escovei os dentes e Caroline chegou, fechei a porta e fui até seu carro.

Caroline: cadê o Kai?

Bonnie: não sei, liguei para ele e ele não atendeu.

Caroline: estranho, ele atende logo na primeira- rimos.

Fomos para a escola, chegando lá Caroline estacionou e entramos. Fui até meu armário pegar os livros.

Elena: olá!- ela nos abraçou- cadê o Kai?

Bonnie: não sei.

Caroline: ela ligou e ele não atendeu.

Elena: ah, ele deve estar doente ou algo assim- fechei o armário.

Bonnie: é né.

O sinal tocou e fomos para a aula, eu não consegui me concentrar pensando no bebê e em Kai. Será que ele foi embora? Não, ele prometeu ficar. Mas... acho melhor não pensar nessa possibilidade, ele deve estar doente, só isso. As aulas se passaram normalmente, depois do almoço Caroline foi me deixar em casa.

Caroline; que tal irmos ao apartamento dele?- estávamos no caminho.

Bonnie: boa ideia!- ela desviou o caminho e fomos.

Chegando lá o porteiro já me conhecia, abriu o portão e fomos. Chegando na porta nós batemos e ninguém atendeu, então resolvemos entrar, estava aberto.

Bonnie: Kai?- falei entrando- se estiver nu vista-se, Caroline está aqui.

Caroline: haha!- gargalhamos.

Entramos e procuramos por todo canto, ele não estava. Desci e fui falar com o porteiro.

Bonnie: José, sabe dizer se o Kai saiu?

José: olha dona Bonnie, a ultima vez que vi ele saindo foi logo cedo, ele não voltou até agora.

Bonnie: ué!

José: mas pode deixar que quando ele chegar eu ligo para a senhora.

Bonnie: ok- deixei meu numero com ele e voltei para o carro.

Caroline: e aí?

Bonnie: a ultima vez que ele saiu foi bem cedo.

Caroline: nossa! Onde esse garoto se meteu?- ela deu partida e fomos para casa.

Chegando em casa eu resolvi ligar para Kai de novo, nada dele atender. Enviei mensagem e tudo, nada ainda. O tempo foi passando até que anoiteceu, eu já estava ficando preocupada, liguei para Elena.

Bonnie: Elena?

Elena: oi amiga.

Bonnie: preciso da sua ajuda!

Elena: fala.

Bonnie: preciso que venha aqui, com seu carro ok?

Elena: ok- desliguei.

Fiquei esperando e tempos depois Elena chegou, entrei no carro dela e fomos até o apartamento de Kai, chegando lá fui até o porteiro de novo.

Bonnie: seu José, alguma noticia?

José: Bonnie, ele não chegou ainda. Mas, eu fui até seu apartamento e ache isso- ele me entregou uma carta- tem seu nome, achei melhor não abrir, eu estava ligando para a senhora, mas meu celular acabou descarregando.

Bonnie: ok, obrigada- sorri e ele retribuiu o sorriso.

Entrei no carro e fomos até minha casa, Elena ligou para Caroline e ela veio.

Caroline: já abriu?

Bonnie: não, estou com medo do que posso ler.

Elena: quer que eu abra?- entreguei a carta a ela.

Ela abriu e começou a ler, sua expressão era indecifrável, eu já estava começando a ficar estressada.

Bonnie: fala logo Elena!

Elena: espera- ela olhou para Caroline e entregou a carta.

Bonnie: o que tem escrito? Anda.

Caroline: “oi Bonnie, bom, espero que não fique com raiva e antes de ficar muito emotiva, pense que talvez pode acabar com o bebê. Olha, eu não estava pronto para ser pai, sinto muito, mas eu tinha que ir embora! Por favor não fique com raiva! Beijos!”- ela terminou de ler e lágrimas correram pelos meus olhos.

Bonnie: não! Só pode ser brincadeira!

Caroline: quer ler?- peguei a carta e li.

Bonnie: mas... por que meu Deus!- comecei a chorar descontroladamente.

Elena: Bonnie, todo esse estresse faz mal pro bebê.

Bonnie: ele foi embora!- soltei e comecei a chorar ainda mais- ele me deixou aqui! Ele me deixou sozinha!

Caroline: você não está sozinha amiga!

Bonnie: idiota!- joguei a carta no chão- imbecil!- comecei a esmurrar o travesseiro.

Elena: para Bonnie!- ela falou me abraçando- Caroline, acho melhor dormirmos aqui.

Caroline: vou ligar para minha mãe- ela saiu.

Bonnie: não! Por que? Por que ele fez isso?

Elena: Bonnie! Para!- ela falou ainda me abraçando.

Por que ele fez isso? Não era pra isso está acontecendo! Por que todos que eu amo me deixam? Meus pais, minha avó e agora ele... ele prometeu ficar e me ajudar, ele mentiu!

Caroline fez um chá de camomila e eu tomei, precisava me acalmar... adormeci.

Acordei no meio da noite, olhei para os lados, Elena e Caroline estavam deitadas ao meu lado direito. Levantei e fui até o banheiro, me olhei no espelho e tive raiva de mim mesma, mais raiva ainda dessa criatura que estava em meu ventre. Ele é culpado! Se eu não tivesse engravidado quem estaria aqui era Kai!

Abri a portinha do armário de remédios no banheiro, peguei vários deles e fiquei olhando, quando eu ia colocar na boca alguém me segurou.

Bonnie: ME LARGA!

Caroline: não vai fazer isso!

Bonnie: EU TENHO QUE FAZER CAROLINE!

Caroline: ELENA!- Elena correu.

Elena: para Bonnie!

Bonnie: me larga Elena! Ele tem que morrer.

Elena: não tem!

Bonnie: tem sim! Me larga!- falei me contorcendo.

Caroline voltou a me segurar e me puseram na cama.

Caroline: olha pra mim!- olhei para ela chorando- para com isso!

Elena: estamos aqui e vamos te ajudar.

Bonnie: mas, e o Kai...

Elena: não percebe Bonnie? Ele foi um imaturo, um idiota! Ele te deixou, um homem de verdade assumiria seu papel de pai e cuidaria.

Caroline: Elena ta certa! Ele foi um imbecil que te deixou aqui sozinha, esse bebê não merece morrer.

Elena: verdade! E faremos de tudo para ajudar você e o bebê!

Bonnie: mas...- falei chorando.

Caroline: mas nada! Somos suas amigas e é isso que fazemos...

Elena: ajudamos umas as outras!- comecei a chorar e elas me abraçaram.

Caroline: está tudo bem Bonnie! Tudo bem!

Continuamos abraçadas ali, eu estava desolada, mas eu sei que elas me ajudariam... eu seria mãe, eu cuidaria do bebê...