2 dias depois...

Pov Bonnie

Dois dias haviam se passado e eu não tinha ideia do que tinha acontecido com Kai. Anna havia vindo até minha casa antes de ir embora para Portland e disse que Kai nem havia ido para o encontro deles, o que achei bem estranho.

O pior de tudo era olhar Peter nos olhos e mentir dizendo que seu pai tinha viajado para ver o pai e a irmã. Eu não sabia o que pensar. Onde Kai estava? Onde ele havia se metido? Será que algo pior aconteceu a ele? Fui arrancada de meus pensamentos pela porta se abrindo.

Peter: oi mamãe- falou um pouco desanimado.

Bonnie: oi pequeno, como foi a aula?

Peter: legal- subiu para seu quarto.

Caroline: ele... está tão...

Bonnie: eu sei- pus a mão na cabeça- ele está com saudade do Kai.

Caroline: não acredito muito na hipótese dele ter ido embora.

Bonnie: eu também não quero acreditar- olhei para ela- por que não acredita?

Caroline: por mais que eu odeie o Kai, eu acho que ele estava muito empenhando nessa coisa de reconquistar você e Peter.

Bonnie: só isso?

Caroline: não está entendendo? Ele estava muito empenhado nisso e eu sei que estava super feliz por conhecer Peter, dava para ver nos olhos dele que não era mentira.

Bonnie: se eu não te conhecesse acharia que está defendendo ele- ela riu.

Caroline: só estou dizendo que ele não te abandonou. E também acho que não deve confiar nessa tal Anna.

Bonnie: bom, ela é prima do Enzo.

Caroline: mais um motivo. Aliás, Enzo que está dando aula para Peter de novo.

Bonnie: eu preciso encontrar Kai, Care.

Caroline: vamos encontra-lo.

Bonnie: espero.

Depois de um tempo a porta se abriu novamente e por ela entraram uma Elena preocupada e um Damon acariciando seus ombros.

Elena: nada dele ainda?

Caroline: nada.

Damon: eu avisei aquele idiota.

Caroline: ele não fugiu.

Damon: Caroline, o cara deixa um bilhete desse e você me diz que ele não fugiu?

Caroline: não entende Damon? Ele não fugiu mesmo.

Elena: eu penso o mesmo Care, até acho engraçado.

Bonnie: eu tenho que encontrá-lo.

Damon: bom, vamos fazer o possível.

Bonnie: preciso sair.

Damon: para onde vai?

Bonnie: eu sei como arrancar algo do Enzo.

Damon: vai até o Enzo?

Bonnie: eu sei o que fazer, só fiquem aqui.

Peguei as chaves do carro e fui até a casa de Enzo. Cheguei na casa de Enzo e fui até a porta, bati e logo ele atendeu.

Enzo: veio aqui me acusar de novo?

Bonnie: não- baixei a cabeça- na verdade vim pedir desculpa e...

Enzo: e?

Bonnie: e dizer que tinha razão.

Enzo: uhum, já acabou?

Bonnie: sim- olhei para ele- obrigada.

Enzo: pelo o quê?

Bonnie: por ter me avisado, mas eu nem... nem tive a cabeça para notar o quanto Kai me enganou- deixei que uma lágrima escapasse de meus olhos.

Enzo: não chora Bonnie- ele passou um dedo por minha bochecha- quer entrar?

Bonnie: sim- ele me deixou entrar.

Enzo: olha, eu também te peço desculpas pelo dia... bom... que te bati.

Bonnie: é, aquilo doeu. Mas tudo bem, está desculpado- não mesmo.

Enzo: obrigada- sorri- quer uma água?

Bonnie: sim.

Enzo: fica aí no sofá, vou buscar- sentei e ele foi.

Olhei para a mesinha ao lado e o celular de Enzo apitou, olhei para ver se ele vinha mas nada dele. Peguei seu celular e abri a mensagem. Li e fiquei pasmada, escutei passos e o bloqueei e pus de volta na mesinha.

Enzo: aqui está- me entregou.

Bonnie: obrigada- sorri.

Enzo: e como vai o Peter?

Bonnie: bem- sorri mais uma vez- bom, acho melhor eu ir.

Enzo: mas já?

Bonnie: na verdade deixei Caroline tomando conta do Peter, então tenho que ir logo.

Enzo: ah. Então... tudo bem entre nós?- não.

Bonnie: sim.

Ele me guiou até a saída e eu fui para casa. Não conseguia tirar da cabeça a mensagem.

E como vai as coisas com Bonnie? Olha, espero que cumpra seu trato comigo Lorenzo. Aliás, eu e Kai viajaremos amanhã mesmo.

Eu não fazia ideia de onde ele estava nem nada, mas eu iria tira-lo de lá.

Pov Kai

Eu já estava aqui a exatamente dois dias, nem posso acreditar que não consigo passar por essa idiota baixinha. Se bem que tem aqueles dois brutamontes lá fora, mas eu sabia que tinha de sair.

Anna: bom, ajeite suas malas, vamos embora- olhei para ela com raiva.

Kai: sinto muito baixinha idiota, não vou a lugar algum com você.

Anna: meus pêsames Kai, mas vai sim. Aliás, suas malas já estão prontas e seu passaporte também.

Kai: posso muito bem gritar para policiais no aeroporto.

Anna: não seja ridículo- ela veio até mim- faça movimentos bruscos e seu filho responde por você.

Kai: o que pode fazer com meu filho? Bonnie está lá com ele.

Anna: eu não teria tanta certeza- riu.

Kai: o que está dizendo?

Anna: aff, Carlos, pode me ajudar aqui?- um dos brutamontes entrou.

Kai: fica longe de mim.

Carlos: é melhor ficar quieto, garoto- falou amarrando minhas mãos, eu me debatia, mas já era tarde de mais.

Anna: vamos- ela abriu a porta e Carlos me empurrou.

Eu segui quieto até certo ponto, então dei uma rasteira no pé de Anna, que caiu e corri. Mas não demorou muito para que Carlos e o outro, que esqueci o nome, voltassem a me segurar.

Kai: ME LARGA!- falei me debatendo.

Anna: NÃO SEJA IDIOTA- gritou e deu um tapa na minha cara.

Eu tentei avançar nela, mas os brutamontes continuavam me segurando. Chegamos até um carro e Carlos me jogou lá dentro. Seguimos por uma estrada e estávamos indo ao aeroporto.

Kai: você é tão iludida assim? Acha mesmo que só por que está me levando para longe de Bonnie vai conseguir apagar meu amor por ela? Idiota.

Anna: não, mas você vai ficar comigo.

Kai: então você precisa arrumar suas coisas e ir para um hospício, por que não fico com você por nada.

Anna: bom, ou você fica comigo ou... digamos que seu filhinho tão inocente irá pagar.

Kai: NÃO TOCA NO PETER- tentei me levantar, mas Carlos me segurou.

Anna: ENTÃO FICA QUIETO E FAÇA O QUE MANDO- gritou de volta.

Seguimos calados, mas não fomos direto para o aeroporto. Anna mandou parar em um galpão abandonado.

Kai: o que vai fazer aqui?

Anna: deixa de fazer perguntas idiotas.

Ela saiu e Carlos me empurrou para fora do carro. Eu não sabia o que estava fazendo aqui, e ainda mais por que eu estava saindo do carro, mas eu o fiz silenciosamente, eu reagiria na hora certa. Só espero que esteja tudo bem com meu filho e... e o amor da minha vida.

Entramos no galpão e Carlos continuava me guiando para dentro. Estava um pouco escuro. Só o que iluminava era a luz do sol entre os buracos no teto.

Anna: anda, me entrega logo essa porcaria.

Enzo: olha só- falou rindo e entregou a tal coisa a Anna- não parece tão valentão agora- falou se dirigindo a mim.

Kai: então manda ele me soltar e nós resolvemos isso de homem pra homem- ele riu.

Enzo: se fosse por mim, eu mandava te soltar. Mas a Anna não quer que machuquem o bebezinho dela.

Kai: não sou bebezinho dela. Não sou nada dela- olhei para ela e eles riram.

Enzo: acredite Kai, Peter e Bonnie vão ficar bem... ao meu lado.

Kai: ela jamais vai querer você.

Enzo: hum... veremos.

Xxxxx: ele tem razão- uma voz atravessou o lugar e eu conhecia muito bem aquela voz.