Um amor adolescente! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 22
O Trote!


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada desculpa pela demora, desculpa mesmo as coisas ficaram meio complicadas por aqui. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678957/chapter/22

Vinicius

O despertador me acorda de madrugada, estou dormindo debruçado em cima da mesa, passei várias horas da tarde e da noite trabalhando no plano de ação 2.0, Bruno está dormindo pesadamente em uma cadeira ao lado. Acordo ele e enquanto ele termina de ajeitar tudo tomo uma ducha fria, ele faz o mesmo em seguida.

O sorriso dele e perfeito e ele está com olheiras. Depois de colocar todos os “projeteis” no carro como planejado trocamos um sorriso e um olhar firme. Não falamos nada, a compreensão está estampada em nosso rosto, depois disso todos iram nos odiar de qualquer maneira.

O Plano elaborado para o clube rosa era simples mais teria algumas consequências, uma solução quimicamente balanceada, posta em balões de festa, como pequenos projeteis químicos. Dentro a solução liquida daria uma alergia como o pó de mico, porém mais profunda, poderia causar manchas na pele, queda de cabelo e cegueira temporária. Todos os resíduos foram misturados e eram de fácil acesso, depois de montarmos os balões eles seriam dispersos em toda a área da cantina do campus. Eles escolheram esse lugar porá ser um espaço amplo. E como a cafeteria já tinha tido sua cota de tragédia escolheram a cantina para o trote.

O prédio que abrigava a cantina era mais afastado da direção ali havia algumas salas para o curso de culinária e outras disciplinas que eu nunca explorei, o prédio era menor e quadrado e a cantina ficava no centro, parecei bem um presidio, os três andares no centro eram um aberto onde no primeiro ficavam as mesas e bancos de concreto e nos ouros dois eram bancadas que rodeavam todo o centro, dando visão de todos os ângulos.

Muitas vezes o pessoal do teatro usou esse espaço e já houveram manifestações ali, eventos culturais e outras coisa, hoje seria o palco do trote do ano. Ao redor de todo o espaços nos três andares aviam cestos de lixo espalhados e eles seria nossos deposito de “munição” nos encontramos com os outros ali. A segurança era precária o campus nunca fora invadido com fins maliciosos ou para furto. Nos dividimos em duplas e espalhamos dezenas de projeteis nos cestos isso leva cerca de 45 minutos já que temos que subir todos os andares em silencio, quando chego lá em cima olho o centro do ambiente deserto, e imagino como seria tudo isso amanhã.

É chegada a hora de ir para casa, e voltar para o 2.0 as aulas terão início em breve.  

Thiago

Todos estavam tensos mais tínhamos nosso próprio plano, Kaio, Marcelo o irmão do Will e eu vamos para o campus no meio do período e ficamos na cantina, lá é um espaço aberto e não seremos incomodados por estar ali, dezenas de alunos ficam ali o dia todo vadiando e os funcionários não se incomodam em perturba-los, e quanto aos alunos eles não notariam três estranhos ali nem que tivéssemos armados.

Quando todos saem para o almoço vejo Brenno e Lucas se juntarem ao Kaique e ao Will, Vejo o tal Bruno com algumas meninas. Marcelo e Kaio estão sentados juntos em uma mesa mais ao canto. Rebeca senta junto a mim

— Viu algo de suspeito?

— Nada, desde que estamos aqui, nenhum deles apareceu.

— Muito estranho será que só estavam blefando?

— Não sei aquele tal Bruno parece estar conferindo quem está aqui.

Estávamos todos errados logo as quatro portas bateram ruidosamente e houve um apagão. Eu já não estava mais com a muleta não precisava dela, o caos estava tomando todo o lugar então uma voz ecoo por todo o salão por um mega fone logo que as luzes foram acessas.

—Senhoras e Senhores, e com orgulho e prazer que reunimos aqui o clube rosa para um evento especial. _ Olho ao redor e vejo várias pessoas com um panfleto na mão.

Pego um de uma garota que estava próxima e leio.

CAROS ALUNOS O CLUBE ROSA SE REUNE HOJE NA CANTINA PARA UMA APRESENTAÇÃO EDUCACIONAL PARA CONCIENTIZAÇÃO GLBT EM NOSSO CAMPUS, SE VOCÊ SOFRE ALGUM TIPO DE PRECONCEITO VENHA NOS ASSISTIR PARA SABER COMO DENUNCIAR.

E claro assim eles conseguiriam reunir todos os que eles queriam em um só lugar. E estávamos no centro do picadeiro, aquilo era um circo e nos as atrações, enquanto eu lia e mostrava para a Rebeca que se ocupou em mostrar para os meninos muitos alunos e alunas estavam ocupando o lugar nas bancadas com pequenos balões não mão. Eles não eram só os dez da clareira eram pelo menos um 30 e nos um grupo bem menor não chegávamos a 20.

Quase todos iam parra o café esse horário e ali costumava ficar parcialmente cheio levando em consideração que parte deles estava ali e agora estava ocupando o espaço acima eles tinha tudo em mãos.

— Andersom porque não para com esse show ainda e tempo de recuar_ Vinicius estava em cima de uma mesa com dois balões, um azul e um vermelho cada um em uma mão.

— O que você está sugerindo Vinicius? _ o interlocutor tinha um sorriso macabro.

— Sabe que isso pode ter consequência serias, isso não é só um trote.

—Trote? Do que eles estão falando? _ Uma aluna tinhas disparado, agora era obvio que estávamos em um trote e muitos demonstravam medo. Agora todos falavam ao mesmo tempo.

—CALADOS _ o cara do mega fone gritou_ Hoje depois de o clube rosa ser marcado queremos que saiam de nosso campus e parem de poluir nosso cotidiano

Aquilo era o preconceito puro e destilado das famílias ignorantes.

— Vou te dar mais uma chance de voltar atrás. – Vinicius parecia determinado a impedi-los

— Você e tão rosa quando eles não é? Acha mesmo que eu não sei disso? Acha mesmo que eu não sabia sobre você e o Kaique.

Ele parece ter perdido o chão, todos estão o olhando Kaique esta vermelho e parece um tomate, seu irmão tenta o acalmar.

— Vinicius isso é muito tocante, mais não adianta tentar nos impedir, afinal vocês estava aqui quando preparamos tudo isso. _ agora todos tinham um olhar zangado para ele, ele estava longe, mais o Vinicius estava ali a mão de todos, poderia ser o culpado.

— Você vai pagar caro por isso! Kaique, meninos _ele procurou o olhar de todos eles_ pessoas estranhas confiem em mim vai dar tudo certo.

— Do que você está falando? _ Só agora ele parecia ter me notado.

— O que está fazendo aqui?

— Não te importa o que estou fazendo aqui. _ ele desceu da mesa e todos abriram espaço, agora estavas dentre de um círculo menor.

— Você veio protege-lo não e mesmo?

— Não exatamente, vim por que todos ali são meus amigos.

— Não minta, você veio por ele, está mentindo para você mesmo de novo.

— Vinicius pare com isso, porque você mudou tanto nesses últimos anos?

— Eu mudei? Serio mesmo? Porque você acha?

— Eu não o entendo, nunca o entendi na verdade depois do quartel você voltou diferente

— Depois do que? Não culpe os outros por um erro que foi só seu. _ tinha muita tensão no ar, todos olhavam para a nossa discussão que estava aos gritos.

— Erro meu? Que foi que eu te fiz?

— Não seja sínico! Deveria ter me deixado se afogar aquele dia a anos atrás.

— Porque eu deixaria, naquela época...

Era isso o Kaique estava certo, eu o amava e ele o mesmo, eu o rejeitei, o bilhete foi como uma adaga para ele, dilacerando seu coração e transformando o amor em ódio. Eu podia ver o ódio em seus olhos e era tudo culpa minha, todos aqueles anos de amargura que ele viveu o transformaram.

— Acho que é tarde demais para perceber onde errou. Fique com o Kaique ele é todo seu, só me aproximei dele para confronta-lo, e você está cerdo Andersom sou tão rosa quanto eles mais você não tem o direito de os insultar ou fazer o que está prestes a fazer, se você não aceita isso apenas respeite.

— Eu ainda acho que isso pode ser uma lição e um traidor como você merece ela tanto quando todos aqui.

— VINICIUS _ grito para ter a atenção dele de novo. _Todo esses anos, todo esse tempo além do rancor que cresceu você ainda sente algo por mim?

— Você e um completo idiota _ ele dispara o primeiro balão e me atinge no peito olho e vejo uma substância liquida e rosa escorando pela minha camiseta. _ Como ousa perguntar isso agora, depois de tudo que me fez passar.

Ele estava chorando... Como eu fui burro esse tempo todo me escondendo de minha família, procurando o amor de minha vida em todos os cantos, sendo que eu mesmo o joguei fora, se eu amei alguém um dia na vida foi ele e agora ele me responsabiliza por toda a sua dor e me culpa por todo o mal que ele diz que eu causei.

Vinicius

A minha raiva estava perdendo o controle eu havia o atingido com o primeiro balão a tensão estava concentrada em nós de novo. Ele está com um olhar vago e perdido como se estivesse pensando no passado, atiro o outro balão e acerto sua cara que fica rosa também como a camiseta. Ele cospe o tinta e remove o excesso dos olhos e vejo que está muito furioso, sinto a movimentação atrás de mim

— Nem pensem nisso, isso e briga minha e dele. _ me viro a tempo de ver dois dos amigos dele vindo em minha direção, mais Bruno já está postado entre nos.

— Vai lá eu te dou cobertura. _ dou um meio sorriso para ele, ele vira e fica de frente para os dois atacante ele está com dois balões na mão também.

—Bruno o que está fazendo ai? Não me diga que também vai trair a causa? _ Andersom fala no megafone.

— Não estou traindo a causa! Só estou a defendendo! _ ele sorri para ele e depois volta a encarar os meninos.

Thiago vem em minha direção e eu o acerto no queixo, felizmente para sua sorte meu punho desvia por causa da tinta e não tem muito efeito, o rosto dele está liso. Ele agora está bravo e contra ataca ficamos em uma dança silenciosa onde desviamos e nos acertamos casualmente então ele se rende e o acerto suscetivelmente. Ele dobra os joelhos e cai assim, ficando a meia altura minha.

Vejo que ele não quer brigar, ele não está reagindo a mim, só está chorando em silencio.

— O que pensa estar fazendo? _ olho para ele com o punho erguido pronto para desferir mais um golpe.

— Se eu fui a culpado de tantos problemas, vou deixar você descontar toda a raiva que tem guardado, deixar que coloque todo a magoa de todos esses anos e se der certo vou tirar você dessa solidão que você se prendeu.

Ele estava sujeito a deixar eu bater nele até me sentir melhor por tudo o que me fez. Isso poderia levar alguns anos, eu tinha muita magoa guardada mais não, eu não podia. Não era o que eu queria fazer, eu me afundei na solidão por tantos anos, não era isso que me tiraria dela. Recuo dois paços e cai de joelhos e então acerto o soco no chão, fico assim curvado, enquanto as lagrimas vem.

—Muito comovente, agora vamos acabar logo com o show. _ ele fica mudo quando um balão o tinge na cara deixando ele rosa.

— Prestem atenção isso e um jogo onde todos podem jogar, tragam as lixeiras pra cá AGORA _ logo que o Bruno terminou de dizer isso alguns alunos o escutaram e trouxeram as lixeiras pra o centro do pátio.

Logo aquilo virou um pandemônio de balões sendo atirados em todas as direções, havíamos removidos os suprimentos do terceiro andar para obrigá-los a descer e fica mais fácil de acerta-los. Todos estavam rosa e todos riam ou gritavam de ambos os lados era uma guerra rosa. Eu não dei atenção aos detalhes eu tinha noção da tinta em meu cabelo e em meu corpo, onde havia sido atingido.

Tinha noção de todos os gritos e risadas e todos no ambiente, mais as lagrimas eram mais fortes e eu sentia aquela dor que vinha suprimindo a anos me esmagando agora. Senti alguém tocando meus ombros e levantei a cabeça levemente para ver um Thiago rosa com a marca das lagrimas no rosto.

— Vini, me desculpe por tudo, eu não imaginei que faria tão mal, mais na época em que escrevi o bilhete eu estava assustado, era estranho naquela idade ter meu melhor amigo apaixonado por mim, fique com medo das nossas famílias e com medo do que isso poderia causar a tudo o que conhecíamos.

— Não importa mais, não importa agora. Você me disse isso na festa de despedida aquele dia.

—A festa? Pelos deuses era você naquele quarto escuro?

— Vai me dizer que nem disso você lembra? _ minha raiva estava de volta.

— Sim eu lembro, mais por anos achei que aquilo não tinha passado de um sonho pós bebedeira.

—Não, não foi um sonho, foi bem real. Foi como se meu mundo tivesse acabado ali naquele momento naquele quarto escuro...

Ele me interrompe, ele não deixa que eu conclua a frase. Sinto o toque de seus lábios e o gosto de framboesa da coloração que havia preparado. O beijo dele e quente, e seu corpo está próximo do meu, nesse momento sinto o tempo parando ao nosso redor é como se não houvesse nada ali, só ele e eu, em um beijo perdido no tempo.

Já não escuto mais a guerra de balões e já não sinto mais o ambiente, não a gritos, não a nada, sinto o corpo dele mais próximo e ouço meu coração batendo rápido é a única sinfonia, nossas respirações estão aceleradas e o beijo é quente e carinhoso, então estou de volta a cinco anos atrás no quarto escuro onde nos beijamos a primeira vez, a sensação foi a mesma e como se nossos mundos fosse um é como se fossemos um.

Abro os olhos e estou de volta a realidade me assusto quando o barulho ao redor volta aos meus ouvidos de uma única vez, e ouço vivas e vaias ao redor é como se todos estivessem fazendo barulho ao mesmo tempo. As portas são escancaradas e vemos quase todo o corpo docente do campus ali com os seguranças. O local está sujo em todos os lados e todos estamos rosa.

— O que está acontecendo aqui. _ O diretor anda em nossa direção, já estou em pé e o Thiago também. Ele passa o dedo em uma badeja e cheira depois prova! _ Alguém pode me explicar o que é tudo isso?

— É Uma mistura simples de agua e amido de milho com sabores artificiais de framboesa e morango e colorido artificialmente de rosa! _ Bruno está irreconhecível e está sorrindo.

— Eu recebi uma denúncia de que haveria um trote aqui e que poderia ser algo químico e perigoso?

Levamos um sermão e depois de mostrar onde havíamos colocados os balões químicos e mostrar as conversas e os vídeos que fizemos dos verdadeiros culpados, as medidas seriam tomadas. Foi um dia longo e bagunçado mais tinha chego ao fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou ser breve e direto vou terminar essa ficc logo estou com um publica baixo e não da Visualização atualmente apenas cinco acompanhando e em nome desses cinco vou termina-la, amo vocês fui...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um amor adolescente!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.