Polaroid escrita por Swimmer


Capítulo 11
Love is a...


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Eu sei, deveria ter postado esse capítulo tipo... um século e meio atrás, mas fazer o que?
Titia ama vocês ♥
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678032/chapter/11

Percy

 

Percy chegou em casa e começou a fazer uma lista das coisas inúteis que faria até a hora do jantar. Mas é claro que não podia ser tão fácil assim, e o motivo estava pregado na porta do quarto dele.

"P, fui procurar minha caneta no seu quarto e levei meia hora pra encontrar embaixo de toda aquela bagunça. Arrume aquilo antes da Annabeth chegar. O quarto todo. E nada de enfiar tudo no armário, vou checar.

Beijos, Mamãe."

Ele olhou o relógio na parede. Annabeth chegava às quatro, eram quatro e dez. Ela tinha dito que talvez se atrasasse um pouco quando se esbarraram na casa de Jason.

Até Sally estranhara a frieza da garota com ele nos últimos tempos depois da cena de casal feliz depois da festa na piscina. Quando ela perguntara, ele dissera que eles tinham brigado.

Ele arrancou o bilhete da porta e entrou. O quarto não estava tão bagunçado assim. Só um pouco. Okay, talvez estivesse.

Ele entrou no quarto e chamou Dorotheia, já preparando a cara de cachorro com fome.

—Nem me venha com essa cara, menino. Sua mãe já me disse para não te ajudar. Aqui estão essas caixas para pôr o que não quer mais - ela deixou cinco caixas, uma dentro da outra, no chão, bagunçou o cabelo dele e saiu.

—Obrigado, mãe - ele murmurou. Tirou todos os papéis da escrivaninha e jogou no chão. Se sentou no meio deles e começou a jogá-los em duas pilhas: a "eu deveria guardar isso" e a "por que foi que ainda não joguei essa droga fora?".

Depois de terminar aquela parte ele foi para o armário. Tinha tanta roupa que ele não usava há séculos que daria para vestir uma família inteira no inverno. As caixas foram ficando cada vez mais cheias. Ele pegou uma cadeira para alcançar as caixas de sapato, era alto demais até para ele.

—Quem você acha que é agora, o Homem-Aranha? - Annabeth perguntou, entrando no quarto.

—Alguém que precisa arrumar isso aqui antes da minha mãe chegar - ele desceu, estava segurando uma pilha de seis caixas de sapato. - Não vai dar pra estudar hoje.

—De jeito nenhum - ela negou com a cabeça. - Já não estudamos por duas semanas e sua mãe nem mesmo reclamou. Vou te ensinar história nem que seja enquanto você.... faz o que quer que esteja fazendo.

Ele deu de ombros.

—Que seja.

E ela realmente começou a ler e fazer perguntas enquanto ele jogava sapatos em pilhas parecidas com as de roupas.

—Cite três reis famosos na idade média - ela disse.

Percy se virou para ela, estava sentada na cama dele com as pernas cruzadas, mordendo a tampa de uma caneta e com um caderno no colo.

—Sei lá, rei Arthur? - ele chutou. Ele se lembrava dessa aula, ele ficara jogando no celular em noventa por cento dela.

—Não sei se considero isso certo ou não. Não há provas reais de que ele tenha existido... Aposto que viu em um filme.

—Qual é?! E onde fica minha credibilidade? - ele desceu da cadeira.

Percy andou até ela e puxou o caderno.

—Me desculpe por aquele dia. Fui um idiota. Peço desculpas na frente da escola toda a escola se quiser.

—Nós dois sabemos que você não faria isso - Annabeth tentou parecer séria, mas ele podia ver o sorriso brotando.

—Então você me desculpa? Faço o que você quiser por uma semana - ele riu.

—Quantos anos você tem, dez? - ela riu e estendeu a mão. - Te desculpo, mas não significa que esqueci - dessa vez ela estava falando sério.

—Feito - ele apertou a mão dela e depois a puxou até que estivesse de pé. - Agora, chega de perguntas ou meu cérebro vai explodir. Vou te mostrar uma coisa mas não pode dizer pra ninguém.

Ele puxou Annabeth até a porta branca ao lado do banheiro, só então soltou a mão dela. Percy tirou o colar de contas do pescoço, quando era menor, ele sempre passava o verão num acampamento e ganhara uma conta para cada ano. Mas o que ele queria era a outra coisa que ele tinha pendurado, uma chave cor de bronze pequena. Ele destrancou a porta e colocou o colar de volta antes de abri-la e dar passagem para Annabeth.

O garoto esperou alguns segundos antes de segui-la.

Ela olhou boquiaberta para o pequeno cômodo. Se os dois ficassem no centro, cada um poderia dar, no máximo, três passos.

—São todas suas? Você tirou? - ela perguntou e pegou a foto de um café em um bairro francês.

—Sim - ele disse. - Comecei a gostar de fotografia quando eu tinha onze anos. Quando tinha treze, me livrei dos brinquedos velhos e fiz isso aqui. É onde fico confuso ou chateado. Ou irritado. – Ele apontou a parede cheia de fotos.

—Ahn... espera aí... eu achei que tivesse me livrado dessa foto - ela caminhou para a esquerda e pegou a foto que ele tirara dela na casa de Nico.

—É, jogando meu celular na água. Não foi nada legal, aliás.

—Nada legal foi você tirar uma foto minha sem minha permissão - disse ela ainda meio boba, examinando a foto.

—Duas palavras, loira. WiFi e backup automático - ele riu baixo e ela se virou para ele.

A luz da janela batia diretamente no rosto de Annabeth. O cabelo dela ainda estava um pouco bagunçado.

Ignorando seu cérebro lhe alertando sobre a dor enorme que poderia sentir em lugares nada convencionais depois, ele a puxou pela cintura e a beijou. Ele poderia dizer que ela levou cerca de dois segundos para decidir se sacava uma arma ou retribuía, mas Annabeth ficou com a segunda opção. Ela passou os braços por trás do pescoço dele e ele a puxou ainda mais pra perto.

Eles se soltaram e ficaram se olhando por alguns segundos, em silêncio.

Annabeth decidiu pelos dois e o puxou de volta para mais um beijo.

 

Annabeth

Annabeth, não raciocinou direito antes de beijar Percy, ela só sabia que queria mais. Foi então que ela se lembrou de algo que vinha se escondendo em seu cérebro desde a noite anterior, entre a dor de cabeça e a preocupação.

—Ai merda - ela se separou dele e cobriu o rosto com as mãos e se afastou dele.

—Que foi? Eu beijo tão mal assim? - Percy riu.

—Desculpe pela noite passada - ela murmurou e sentiu as bochechas esquentarem.

—Qual parte da noite passada?

—Aquela na pista de dança. E pela hora em que pedi um ursinho - ela tirou as mãos do rosto devagar.

Percy estava claramente tentando não rir.

—Claro - disse ele, apertando os lábios.

—Para com isso - ela riu.

Ele finalmente soltou a gargalhada, e levou um tempo para parar.

—Seria extremamente legal da sua parte pensar nisso como uma alucinação - ela sorriu, envergonhada.

—Não vou dizer que não tenha gostado. Mas posso fingir, se você quiser - ele riu e ela bateu no braço dele. - Além do mais, eu te devia uma - ele apontou uma pequena cicatriz embaixo do olho direito, cortesia da briga com Ethan.

Ela revirou os olhos e andou até a porta.

—O que vai fazer com as roupas que tirou do armário? - ela perguntou.

—Eu não sei. Jogar fora? Pano de chão?

—Tinha que ser você pra pensar em fazer isso... tá tudo separado? - ela revirou a caixa.

—Tá, ué.

—Ótimo. Vamos terminar de arrumar isso aqui e fazer algo útil com as roupas.

Ele não contestou. Annabeth começou a separar os cadernos e livros da escola. Eles levaram menos de uma hora para terminar tudo, e depois que terminaram até parecia habitável. A garota se sentou numa poltrona e riu enquanto Percy varria o quarto.

—Agora que já terminou de rir da minha desgraça, pode me dizer onde vamos?

—Vamos tentar botar um pouco de juízo nessa cabeça de alga... - Annabeth se levantou e pegou uma das caixas.

Ela indicou o caminho e Percy seguiu pela rua principal até que esta acabasse e eles saíssem do centro.

Ele parou da frente do prédio verde musgo antigo que Annabeth indicou e eles desceram do carro e entraram. A recepção era bem simples, com uma mesa num canto e colunas espalhadas, sustentando a construção.

—Então, loira, vai esperar eu perguntar de novo?

Ela revirou os olhos.

—Isso aqui é tipo uma instituição de caridade. Eles atendem crianças e adolescentes que não têm boas condições financeiras, além de alguns idosos. Eles dançam melhor do que você imagina - ela riu.

—Oi, Annie! - Teresa chamou.

Teresa, a recepcionista, era uma mulher de meia idade, com cabelos e olhos castanhos.

—Oi, Teresa - ela sorriu - meu... amigo veio fazer uma doação - ela apontou Percy. - Será que a gente pode subir?

Teresa sorriu para Percy, checou o relógio e o livro de visitas.

—Lamento, queridos. Faltam cinco minutos para às seis, todos já devem ter encerrado. Mas podem voltar no dia 20, amanhã vamos começar uma reforma e só voltamos nesse dia. Mas agradecemos muito pelas doações, é muito gratificante ver que ainda existem pessoas boas - ela pegou a mão de Percy.

—Ahn... Voltamos no dia 20, então? - ele perguntou para Annabeth.

—Não. Esse é o sábado do baile - Annabeth começou a morder a unha para controlar a vontade de rir ao notar que a mulher ainda segurava a mão de Percy. - Mas pode marcar uma visita pra gente no próximo sábado, depois desse?

—Claro! - ela anotou. - Espero vocês, queridos.

—Obrigada, Teresa.

Eles entregaram as roupas e andaram até a saída, mas pouco antes de chegarem à porta, Percy disse para ela esperar por ele no carro e voltou. Talvez ele quisesse dar em cima de Teresa, mas de qualquer forma, ela não se importava e esperou por uns dez minutos parada na calçada, encostada no carro.

—Ei, loira, falando em baile, vai com alguém? - Percy perguntou, saindo do prédio.

—Por que demorou tanto?

—Negócios. Vai ou não?

—Vou. Com o Jake - ela revirou os olhos. Era mentira, mas Jake não diria isso para Percy.

—Mentira. Rachel disse que ele convidou ela.

—Ele o que?! - ela gritou.

Duas mulheres que estavam sentadas num café do outro lado da rua se viraram e ela baixou a voz.

Percy sorriu.

—Quer ir comigo?

—Não - ela revirou os olhos.

—Por que?

Porque eu não gosto de você.

Ele abriu um sorriso malicioso e segurou a porta do carro.

—Não foi isso que me pareceu uma hora atrás.

Annabeth tentou ficar irritada mas acabou rindo. Realmente, suas ações não condiziam com as palavras.

—E daí? Isso não quer dizer que eu goste de você, ainda posso não querer ir ao baile com você. Principalmente depois de todo o trabalho que eu tive.

—Hum... quer ajuda na organização?  Sei que estão precisando de ajuda...

—Mesmo se ajudar, não vou com você. Vamos sair logo daqui.

Percy olhou de um lado para o outro e pensou um pouco.

—Não estou sendo romântico o suficiente? - ele se ajoelhou no meio da calçada e pegou mão dela. - Annabeth Chase, se você for ao baile comigo, eu te compro outro ursinho.

—Isso não é romântico! Quer parar de tentar me subornar? - a loira olhou os arredores. - Levanta daí, as crianças estão saindo.

A maioria das pessoas que eram atendidas ali já tinham ido embora, mas as crianças menores sempre ficavam por último.

Percy apenas piscou várias vezes pra ela, sorrindo.

—Olhem! Aquele moço está pedindo a tia Annie em casamento! - uma das meninas gritou e ela correu até eles com outras duas amiguinhas.

A garotinha se chamava Amanda, ela sempre estava ali quando Annabeth vinha, e pelo que lhe disseram, a mãe a deixava ali todo dia de manhã e só voltava à tarde.

—Ele não está me pedindo em casamento, Mandy, só quer que eu vá à um baile idiota com ele - Annabeth tentou puxar a mão de volta, sem sucesso.

—Mas ele é bonito, tia, aceita! - uma das meninas, que Annabeth não conhecia, disse e bateu palmas. Ela devia ter uns dez anos.

—Ele é muito chato, meninas - ela riu.

—Vai negar o pedido dessas meninas lindas, Annie? - ele perguntou e ela assentiu - Okay, vamos lá, Mandy, me ajuda. Aceita, aceita, aceita... - Percy começou a cantarolar e elas o seguiram.

Algumas pessoas do outro lado da rua tinham parado para observar a cena.

—Levanta daí, Perseu! Anda! - As garotinhas cantavam cada vez mais alto. - Que droga, vou pro baile com você!

Percy se levantou e puxou a mão dela para o alto.

—Ela disse sim! - ele gritou.

As pessoas aplaudiram e voltaram a andar e seguir com suas vidas.

—Abre essa porta antes que eu bata ela na sua cabeça nela - ela sussurrou.

Percy fez um sinal de afirmativo para as garotas quando achou que Annabeth não estava olhando e abriu a porta.

Milady.

—Próxima parada: um lugar bem alto de onde eu possa me jogar - Annabeth socou o ombro de Percy quando ele entrou no carro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

So, friends, é isso.
O que estão achando? Respondam do fundo dos seus coraçõezinhos...! Pareço fofa mas não sou e estou enrolando vocês.

Essa é parte em que você provavelmente fecha o navegador, agora é a hora das sugestões!

Comecei uma nova fic, muito... como posso dizer... "nada a ver". É bem zoadinha, mas é legal, juro
https://fanfiction.com.br/historia/694461/Girl/

A segunda sugestão a fic da minha amiga. Se vocês estão aqui, gostam de Percabeth, então vão gostar dessa fic também (e de nada veadan)
https://fanfiction.com.br/historia/694410/A_Love_Like_War/

"Olha lá a divulgação!" É mesmo. Amo vocês. Muitão. ♥

Beijoss, vejo vocês quando a life colaborar! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Polaroid" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.