O teste escrita por Agbenelli


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Depois de um apocalipse em minha vida estou de volta! Desculpem a demora, mas a faculdade, as decepções e os quilos que precisam ser queimados levaram consigo a minha inspiração...Mas não desisti!

Espero que gostem deste breve capítulo e prometo tentar ao máximo postar o mais breve possível. Obrigada!

Se gostarem comentem!

SE FOREM BOAS LEITORAS, POSTO UM CAPÍTULO QUE ESTÁ AQUI PRONTINHO AINDA HOJE! hehe



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Como as minhas oscilações de meu humor, minhas emoções passaram da raiva em seu estado mais puro para uma angústia sem fim.

Depois de dirigir por uma meia hora sem destino e gastar meu último tostão em um pote de sorvete com cookies, voltei para casa devastada. Tomei um banho gelado, coloquei um blusão e calça de moletom e me joguei no sofá - logo sendo esmagada por Shakespeare e seu ronronar.

Não sei quanto fique naquela posição, mas ao olhar para a janela constato surpresa que já está escuro lá fora - ou seja - devia estar ali por pelo menos umas 5 horas.

Levanto sem forças e me arrasto até a geladeira para ver se tinha alguma coisa que não estivesse mofada. Não fico surpresa ao ver dois ovos, a margarina no final e uma caixa de leite. Pego tudo e faço um omelete as piegas. Levo tudo automaticamente a boca, tentando bloquear as memórias daquela manhã. Bebo o leite na caixa e depois divido com o meu gato esfomeado.

Minha comida tinha acabado.

O aluguel do apartamento e as contas estavam vencidas.

Havia sido demitida sem nem ao menos ter começado a trabalhar.

Minhas economias se resumiam a 170 dólares.

E por último, e não menos importante, havia batido na merda do Impala do idiota de Hollywood: Jensen Ackles.

Acho que nem trabalhando uma vida inteira eu conseguiria pagar todo o estrago que eu tinha feito "acidentalmente".

Concluindo, eu estava oficialmente falida aos 20 anos.

Talvez eu pudesse fugir para o México com 170 dólares e mudar meu nome para Rosalinda. Poderia morar em um cortiço e viver com mais 20 gatos e ninguém notaria a minha ida...A não ser Jensen Ackles e seu Impala esperando por cuidados. aff

Levei a louça até a pia e que se fodesse a sujeira, hoje eu não faria absolutamente nada a não ser respirar.

Volto para o sofá e fico olhando para o teto caindo aos pedaços.

Aos nove anos perdi toda segurança, amor e carinho dos meus pais. Em um dia chuvoso, eu havia chegado da escola mais cedo- ensopada e alegre com as brincadeira na chuva – e me deparei com vários policiais e viaturas na frente da minha casa. A principio achei que todos estavam ali em reunião com o meu pai sobre alguma busca ou caça ilegal, algo até rotineiro, mas quando vi Jacob correr desesperadamente em minha direção e me dar um abraço apertado em meio a soluços, não foi necessária nenhuma palavra para que eu entendesse o que havia acontecido.

Estrada escorregadia, um desvio mal feito... Charlie e Renne morreram na hora com o impacto da batida contra uma árvore... eles se foram rápido demais e me deixaram sozinha como nunca.

O choro veio com força, fazendo minhas pernas se dobrarem de uma forma sofrida. Desmaiei nos braços do meu melhor amigo e a inconsciência foi um presente muito bem-vindo. Ao acordar, minhas esperanças de ter sido apenas um pesadelo evaporarão ao encarar o teto e não ver as estrelinhas coladas como no meu quarto. Lembro-me que olhei para a porta e vi Jacob segurando um relicário nas mãos. Ele se deitou ao meu lado e me estendeu a delicada joia, muito familiar a mim – uma vez que minha mãe sempre o usava. Desde então ela nunca mais saiu do meu pescoço.

— Sinto muito Bella – Jake, com a voz rouca devido a transição de menino para adolencente sussurrou.

Havia me permitido sofrer por muitos dias, não saindo do quarto e comendo muito pouco. Eu não queria conversar com ninguém, e sabia que Jacob e seus pais – meus tutores – sofriam com o meu silencio. Jacob era muito mais alto, quase 1,80m em um corpo desajeitado de garoto. Sua pele era morena, seus olhos e cabelos negros e seu sorriso iluminava qualquer um. Sentia falta daquele sorriso e a culpada era eu. Toda noite Jake trazia um copo de leite antes de me deitar, outras vezes só ficava ali do meu lado, quieto como nunca. Ele respeitava o meu silencio e apenas sua presença já me confortava.

Depois de muita insistência comecei a sair de casa e retomei as aulas. Os risos e sorrisos também voltaram e a tristeza tornou-se uma lembrança amarga. A saudade me abatia todo o tempo, mas eu me obrigava a permanecer forte, pois sabia que esse seria o desejo dos meus pais.

E assim passaram-se os anos – dias felizes, dias dolorosos – as datas comemorativas chegaram, os aniversários passaram e quando meu dei conta estava acabando o ensino médio e ajudava todas as noites Billy com o seu restaurante.

Quanto completei 19 anos decidi morar sozinha e me aventurar na carreira de atriz. Já havia feito cursos e peças de teatro e depois de dedicar tanto tempo na arte da interpretação decidi que esse seria o caminho que eu seguiria.

Cheguei a essa cidade com uma mala recheada de sonhos e um a um foram se dissipando. Recebi muitos “não”, havia feito incontáveis testes e nenhuma aprovação. Meu primeiro apartamento era maior e aconchegante. Consegui mante-lo com as minhas economias, mas depois dos gastos com transporte, comida, aluguel e ainda minhas viagens atrás dos meus sonhos o dinheiro se foi. Me mudei então para esse apartamento no subúrbio, um lugar mal iluminado e com constantes assaltos, mas que eu poderia pagar.

Podia, completei em pensamentos.

Despertei das lembranças ao ouvir o barulho da campainha rouca tocar.

— Sai – empurrei Shakespeare da minha barriga e fui em direção a porta.

A abri sem paciência, mas nada havia me preparado para o segundo Round.

Parado na minha porta, de jaqueta de couro preta, camiseta branca, coturnos e munido de uma caixa de pizza na mão, estava nada mais e nada menos do que Dean Ackles


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