Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 22
Em Meio À Vilões Nasce Uma Heroína




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—Pheobe? —Grito me levantando. —Princesinha, fala com o papai.

A ligação está ruim, mas posso ouvir sua voz.

—Me ajuda paizinho. —Ela diz chorando. —Vem me salvar.
—Amorzinho, fica calma, me fala onde você está.
—Eu não sei onde é. —Ela diz em meio à soluços. —Eu estou com muito medo papai.
—Eu sei princesinha, mas fica calma. —Peço e sinto meus olhos merejarem. —Você está com alguém?
—Com a Leila.
—O que? —Grito.
—Pazinho, vem rápido, por favor. —Pheobe agora grita e eu ouço barulhos ao fundo.
—Quem está ai? Pheobe?
—Pai! Me ajuda. —Ela grita e a ligação cai.

Puta que pariu!
Grito por Taylor e ele logo aparece.

—Chame o Sawayer, chame seus melhores homens! —Grito em desespero.
—Senhor?
—A Pheobe me ligou Taylor, nós temos que encontrá-la e eu não vou esperar a policia.
—Qual carro senhor? —Taylor diz.

Taylor, ele sim é de confiança.
Sem acordar ninguém saímos, Taylor, os seguranças mais fiéis e eu.
Logo rastreamos de onde a chamada foi feita, é de fora da cidade, mas não tão longe.
Eu vou te salver minha menininha, eu prometo.

PHEOBE GREY:

Não sei quanto tempo já faz que estou aqui, mas eu não tenho conseguido ser forte, eu sinto falta da mamãe e do papai... E até do meu padrinho e suas brincadeiras bobas.
Eu tentei ser forte e corajosa, mas eu estou com muito medo.
José tem estado muito agressivo, ele diz que o odeia o papai porque ele roubou a mamãe dele, mas eu não entendo isso.
Leila se arrependeu do que fez, mas era muito tarde, José a ameaçou e disse que se ela dessa para trás ele a amataria. Ele está muito interessado no dinheiro e disse que vai esperar mais um tempo, mas logo vai entrar e contato e pedir o resgate.
José disse que papai vai pagar caro por ter ficado com a minha mãe.
Eu tenho muito medo dele, ele bebe demais e sempre bate na Leila, ele tenta me bater, mas Leila não deixa, ela me defende.
Sei que Leila errou, mas ela está muito arrependida e tem pagado muito caro por isso. José às vezes à prende comigo, só para ter certeza que ela não vai fugir e contar tudo.

Ouço os gritos de Leila e sei que José está batendo nela, e muito.
José solta um grito alto e Leila entra correndo no quarto e tranca a porta com a chave, ela está com um celular nas mãos e a chave.

—Eu vou te tirar daqui Pheobe. —Leila diz me desamarrando. —O José é bem mais louco do que eu pensava, eu não sei como me meti nisso, mas com certeza eu vou desfazer isso.
—Como nós vamos sair? —Pergunto.
—Eu não sei... —Leila sussurra. Ela olha para a janela e arqueia uma sobrancelha. Nós vamos ter que quebrar essas grades.
—Você é doida? —Indago. —Como vamos quebrar essas grades?
—Não sei, mas nós vamos fazer isso antes que o José acorde.
—Está bem.

Começamos a empurrar a grade e como mágica ela começa a ceder já que está bem enferrujada.

—Vamos Pheobe, força. —Leila diz.
—Leila! Abra essa porta! —José grita chutanto a porta e meu coração para.
—Vai Pheobe! —Leila grita, mas um desparo me faz congelar. Leila me segura pelos ombros e olho nos meus olhos, como mamãe faz quando está brava comigo. —Pheobe eu sei que você está com muito medo, e eu também, mas se você quiser ver a mamãe outra vez você precisa empurrar, ok? Agora Pheobe!
—Está bem. —Digo chorando e continuo a empurrar.

Mais um tiro é dado e Leila grita.
José está contra a porta e um dos tiros a acertou.

—Mamãe! —Grito chorando. —Leila. Eu quero a minha mãe.

Leila usa as forças que ainda tem e continua empurrando a grade até que a mesma cai. Leila senta no chão ofegante e sangrando muito enquanto José atira outra vez.

—Abra Leila!
—Leila. —Digo chorando e seguro sua mão. —Vamos, vamos sair daqui.
—Não bonequinha. —Ela diz gemendo de dor. —Você precisa sair daqui agora e ligar para o seu pai.
—Não Leila! Vamos. —Digo apertando sua mão. —Vamos embora.
—Pheobe isso é uma ordem! Saia daqui.
—Você não manda em mim. —Digo chorando. —Vamos embora Leila!
—Vai Pheobe. Agora.

José começa a chutar a porta e acho que as balas da arma já acabaram.
Arranco o celular da mão de Leila e disco o número de papai.

—Ele não quer atender. —Digo chorando.
—Insista. —Leila diz.
—Alô. —A voz de papai do outro lado faz meu coração saltar.
—Papai, por favor. Me ajuda. —Implorando chorando.
—Pheobe! —Ele grita, mas a ligação começa a cortar. —Princesinha, fala com o papai.
—Me ajuda paizinho. —Digo chorando. —Vem me salvar.
—Amorzinho, fica calma, me fala onde você está.
—Eu não sei onde é. —Digo em meio à soluços. —Eu estou com muito medo papai.
—Eu sei princesinha, mas fica calma. —Ele pede, mas sinto que está nervoso. —Você está com alguém?
—Com a Leila.
—O que? —Ele grita..
—Pazinho, vem rápido, por favor.

José dá um chute na porta que começa a cair.
Solto um grito e me encolho.

—Pheobe, saia daqui agora! —Leila grita.

A porta cede mais um pouco e José segue chutando e socando.

—Vai Pheobe! Agora. —Leila grita e me empurra.
—Não. —Digo segurando sua mão. —Você precisa de mim.
—Me faz um favor? —Ela diz e sai que está muito fraca.
—O que?
—Diga para os seus pais que eu fui uma idiota, eles são almas gêmas, e nem a pior pessoa do mundo pode impedí-los de ficar juntos. Peça perdão por mim e diga que eu admiro muito as pessoas que eles se tornaram e a menina que eles estão criando. Você tem muita sorte Phoebe, nunca se esqueça disso. Seus pais são as melhores pessoas que eu já conheci, e eu sei que você sabe disso, e se quiser revê-los você vai sair agora.
—Leila.
—Agora Pheobe.

Jsoé chuta mais um vez e eu grito.

—Pai! Me ajuda. —Grito.

Me levanto chorando vendo Leila ali caída, mas eu não posso fazer nada, ela continua gritando e eu pulo a janela.
Começo a correr, mas por estar descalça e machucada meus pés doem muito.
É tarde e eu não cosngio enxergar quase nada, mas continuo correndo o máximo que posso.

—Phoebe! Volte aqui! —Ouço os gritos de José enquanto ele corre atrás de mim.

Continuo correndo e ouço disparos, mas nem um me atinge.
Por favor, papai chega logo.
Continuo correndo e José me perseguindo.
Avisto algumas luzes e corro em direção à elas.

VERSÃO GREY:

Cada minuto ao longo da estrada é uma aflição a mais, eu sinto que Pheobe precisa de mim, ela está em perigo, e saber disso me destrói.
Despois do que acho ser vinte mintuos os pneus estão cantando na estrada de terra, os matos dificultam nossa visão, mas graças aos faróis conseguimos seguir pela estrada.
Estou tão nervoso que preciono meus dedos tanto ao volante que os nós deles já estão brancos.
Meu carro está na frente e Taylor e os outros estão logo atrás.
Vejo algo sair correndo do meio do mato e freo o carro com tudo, os outros também freiam, mas quando desço meu coração para.
Pheobe...
Vejo alguém sair correndo também e tentar alcançá-la, mas Taylor e mais rápido e atira no homem que cai de joelhos na frente Pheobe.
Pheobe para em estado de choque e olho o homem em sua frente.

—Filha. —Chamo e como se acordasse de um transe ela me olha chorando.
—Papai! —Pheobe grita e corre para os meus braços.

Ajoelho no chão ainda com ela em meus braços e a aperto mais forte que eu posso.

—Papai, papai. —Ela diz repetidas vezes como se quisesse acreditar que aquilo é real.
—Se acalme bebê. Eu estou aqui, eu vou cuidar de você agora.
—Eu te amo papai. Te amo. Não me deixe.
—Eu também te amo. —Digo apertando.

Minha bebêzinha, como meu mundo é vazio sem você.
Aperto-a em meus braços e sinto que agora sou completo novamente.
Como eu a amo.


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