Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 2
Reencontros I


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ❤



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AS DUAS QUARENTA E CINCO, nós pousamos em Seattle.
Margot já esta nos esperando quando chegamos, Pheobe sorri e vai correndo abraçá-la.

—Srta. Steele. —Margot diz formalmente.
—Olá Margot. —Digo. —A casa já está arrumada?
—Sim senhorita.
—Ótimo! —Exclamo de forma fria. —Vamos Pheobe.

Seguro a mão de Pheobe e Margot vai levando o carrinho com as malas que trouxemos.
Nós vamos para o carro e logo seguimos para o novo apartamento.
Aproveito o caminho para observar tudo, faz um bom tempo que não venho aqui... Fecho os olhos lembrando de todos os momentos que passei, mas logo a imagem de Christian na cama com outra vem na minha cabeça e todos os momentos bons se desfazem.
Abro os olhos e matenho minha postura séria, Pheobe me olha e semicerra os olhos, depois continua olhando a janela e começa a cantar uma música qualquer.

A casa nova é muito grande, grande demais para apenas duas pessoas. Ela tem dois andares fora o térrio e tem uma segunda ala no subsolo com a lanvanderia e porão, há tembém um sótão com espaço suficiente para fazer uma casa.
Ok, talvez Pheobe possa deixar as coisas melhores.
Como eu pedi Margot contratou uma decoradora e a casa já está com todos os móveis, o que me agrada, já que são todos móveis clássicos. Apenas o quarto de Pheobe foi decorado diferente, pois ela fez questão de escolher tudo e mandar um e-mail para a decoradora. E posso dizer que ficou lindo, e minha filha adorou, isso é o mais importante.
Um quarto foi feito especialmente para Floquinho, e ele fica ao lado do quarto de Pheobe, o meu é o ultimo quarto do corredor, e o maior eu acho... Me parece tão grande.
Nossa casa em Boston era pequena, e muito agonchegante, mas um nome com tanto poder precisa ter poder em tudo.

Estou no escritório falando com Mary, ela é meu braço direito e posso dizer que me ajuda com tudo, tudo mesmo. A porta do escritório se abre e Pheobe entra correndo com Floquinho, ela senta sobre minha mesa e me olha sorrindo.

—Ok Mary, depois nos falamos. —Digo e desligo.
—Mamãe, vamos levar o Floquinho para pessear? Ele quer muito sair.
—A Margot pode fazer isso com você.
—Eu chamei você mamãe, não é Margot. —Pheobe diz revirando os olhos. —Você é minha mãe, não ela.
—Ok. —Digo levantando as mãos. —Acho que vamos ao parque mais cedo que imaginei.
—Eba! —Pheobe pula da mesa e me dá um abraço apertado. —Eu te amo, muito!
—Eu também querida. Agora vá se trocar, eu passo no seu quarto.
—Ok.

Ela sorri e sai do escritório pulando.
Reviro os olhos e sorrio, só essa menina para me fazer sorrir mesmo.
Saio do escritório e antes de ir para o quarto aviso Margot que vou sair e dou à ela e Joana o resto do dia de folga.
Tomo um banho rápido e coloco um short diz, estilo barra dobradinha, regata branca, um blazer salmão por cima com as magas dobradas até o cotovelo, calço uma sapatilha preta e estou quase pronta.
Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo deixando a franja e alguns fios soltos. Pego minha carteira, celular e chave do carro.
Sigo até o quarto de Pheobe e encontro um mini progeto de mulher, ela está usando um vestidinho rodado, no tom verda-água, um cintinho bege na cintura e uma sapatilha bege de bico fino. Seu cabelos está solto com uma tiarinha deixando-a ainda mais linda.

—Nem vou perguntar se você está pronta. —Digo arqueando as sobrancelhas.

Pheo sorri e me abraça.

—Vamos?
—Sim. —Ela diz sorrindo. —Mamãe, eu ainda sou muito grande para ficar no seu colo?
—Nunca! —Sorrio e a pego no colo, ela prende as pernas ao redor da minha cintura e me dá um beijinho nos lábios. —Eu te amo.
—Eu também te amo.

Coloco minha filha no chão e nós saímos com Floquinho, Pheobe insiste que nós temos que ir andando então eu desisto da idéia do carro.
Quando finalmente chegamos no parque ela parece a menina mais feliz do mundo e logo começa a brincar com Floquinho, sento em um dos bancos e fico olhando eles brincarem. Meu celular começa a tocar e eu vejo que é Mary.

—Mary, aconteceu algo? —Pergunto.
—Sim, nós tivemos um problema no setor de finanças.
—Como assim problema? —Levanto já sem paciência alguma.
—Alguns dados e números não estão batendo.
—Resolva isso Mary! —Grito. —É para isso que eu te pago!
—Mamãe! —Viro-me ao ouvir Pheobe gritar e vejo ela tentando segurar Floquinho que está latindo.
—Mary resolva, eu tenho que ir. —Desligo o celular e quando vou em direção à eles vejo Floquinho se soltar e correr em direção à rua enquanto Pheobe corre atrás. —Pheobe!

Floquinho atravesse a rua e quando Pheobe vai atravessar vejo um carro vir correndo em sua direção.
Meu coração para e eu logo penso o pior, mas um homem passa correndo na frente do carro e tira Pheobe de lá. Corro até eles e quando me aproximo mais meu mundo para.

—Papai! —Pheobe grita e agarra Christian começando a chorar.
—Christian... —Sussurro. Dou um passo para trás meio atordoada.
—Ana! —Christian corre me puxa pelo braço.

Só agora percebo que ainda tinha carros passando.
Empurro-o e dou alguns passos para trás.
Sinto algo impactar-se contra mim e vejo que foi Floquinho... Digo, Fadinha.

—Mamãe... Você está bem? —Pheobe pergunta.
—Vamos... —Não consigo terminar minha frase, pois tudo gira e eu caio no chão sentindo a escuridão me tomar.


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