Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 7
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Amores, tudo bem com vocês?
Amando os comentários e espero que gostem do capitulo de hoje.

Soniaaaaa...
vou ficar carente quando você terminar de ler as fanfics, amoooo seus comentários. kkkkkk obrigada pelo carinho. *---*


(capítulo sem revisão)



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~ Felicity Smoak ~

— A recuperação estacionou e precisamos descobrir o que está acontecendo.

Meu fisioterapeuta não estava nem um pouco feliz com minha situação. Eu não me negava a ir nas sessões e fazer o que ele mandava, mas meu esforço era mínimo em comparação a antes de minha vida desmoronar.

— Vamos mudar os exercícios para ver se vemos alguma alteração, mas você tem que colaborar, Felicity. – parado na minha frente com os braços cruzados. – O que aconteceu para que você desistisse de sair correndo por ai?

Assim como toda vez que a Thea me perguntava se eu estava bem, meus olhos encheram de lágrimas e eu precisei de alguns minutos para conseguir falar.

— Não desisti, só estou um pouco deprimida com o fim do meu noivado.
— Eu imaginei, afinal, o anel não está mais onde deveria. – apontando para meu pescoço, onde a aliança estava presa a uma corrente de prata. – Quer uns dias para descansar? Acho que podemos fazer uma pausa.
— Mesmo?
— Sim, mas você tem que me prometer que hoje vai se esforçar e que vai fazer o que combinamos em casa.
— Prometo.
— Então vamos começar. Só vou buscar alguns equipamentos e já volto.

Acomodei a cadeira no limite do tatame que era usado nos exercícios e peguei o celular. Assim que desbloqueei a tela dei de cara com o e-mail que recebi de Oliver na noite anterior. 

Li e reli aquele e-mail inúmeras vezes e tinha me convencido a não responde-lo na mesma quantidade de vezes. 

— Tem certeza que vai fazer isso? 

Ouvi a voz de Thea da recepção, mas não tinha como vê-la de onde eu estava. Foi então que senti um calafrio e uma vontade absurda de chorar. Fechei o e-mail e guardei o celular na bolsa que estava amarrada na cadeira. Eu precisava fazer meu melhor para que eu tivesse meus dias de folga. 

— Sim, eu prometi que estaria em todas as sessões da fisioterapia e vou cumprir minha promessa. 

Gelei ao ouvir a voz de Oliver e uma sensação de desespero tomou conta de mim por não querer vê-lo, mas ao mesmo tempo queria ele por perto. 

— Pronta? 

Olhei para o Jonas e vi Oliver e Thea entrarem do outro lado da sala. Ele seguiu meu olhar e voltou a me encarar. 

— Posso pedir que ele fique lá fora. 
— Não, pode deixar. 

Esperamos ele se aproximar com a Thea grudada nele, com a pior cara possível. 

— Bom dia. – indo direto falar com o Jonas. 
— Bom dia. Como vai Sr. Queen? 
— Bem e vc? 
— Tudo em ordem. 

Fiquei olhando para ele enquanto ele falava com o Jonas, mas não estava pronta para lidar com seu olhar quando ele se virou pra mim. 

— Oi. 
— Oi. 

Ficamos nos encarando e a vontade de chorar era tão grande que eu pensei que iria me sufocar. Abaixei o olhar e esperei que o Jonas entendesse que eu precisava começar logo antes que não tivesse forças para fazer nada. 

— Bom, vamos ao que interessa. 

Me ajudando a levantar da cadeira, Jonas começou a série de exercícios. As dores tinham triplicado nos últimos dias por causa da minha falta de empenho, mas hoje eu fiz tudo que ele mandou como se meus problemas não existissem. 

— Assim que eu gosto, vou até aumentar seus dias de folga.

Eu estava deitada no tatame enquanto o Jonas alongava minhas pernas, sentia os olhos de Oliver em mim a cada movimento que eu fazia.

— Folga? – ele perguntou, mas deixei que Jonas falasse por mim.
— Sim, nossa menina precisa de uns dias de descanso.
— Mas isso é bom? Não vai prejudicar a recuperação dela?
— Não, desde que ela siga minhas instruções.

Terminando o alongamento, Jonas me ajudou a me ajeitar para levantar e depois Oliver trouxe a cadeira para que eu sentasse.

— Terminamos? – perguntei a Jonas.
— Sim, você está oficialmente de folga de mim por uma semana. – sorrindo e vindo me dar um beijo. – Mas por favor, não deixe de fazer os exercícios em casa.
— Pode deixar.
— Thea, fique de olho, ok?
— Pode ter certeza que ficarei. – me encarando.

Se despedindo de todos Jonas saiu e nos deixou a sós. Thea olhava para o irmão com tanta hostilidade que eu achei que ela bateria nele a qualquer momento.

— Posso falar com você a sós? – ele me perguntou e depois olhou para a irmã.
— Não acho uma boa ideia. – Thea já estava do meu lado, ignorando o irmão.
— Pode ir, eu vou ficar bem.

Dando uma última olhada para Oliver ela saiu. Não esperava vê-lo tão cedo, mas não conseguia manda-lo embora de novo.

— Porque você vai ter uma semana de férias? – levantando e vindo sentar do meu lado, em um grande banco que era usado em um dos exercícios.
— Ando muito indisposta e os exercícios estão me deixando com muitas dores.
— Isso é minha culpa não é?

Não consegui dizer que não era culpa dele, mas também de nada adiantaria encontrar um culpado. Eu já estava deprimida e usaria aquela semana para me reerguer.

— Essa semana vai me ajudar a descansar e quando eu voltar posso me dedicar melhor.
— Recebeu meu e-mail?
— Sim, recebi.

O rosto dele estava tão abatido quanto ontem, mas seus olhos estavam mais cansados. Tenho certeza que assim como eu ele não tem dormido direito.

— Vou encontrar a Laurel agora de manhã para saber como devo agir caso a Samanta não aceite minhas condições.
— Você acha justo envolver a Laurel nisso?
— Como assim?
— Ela foi traída por você com essa mulher, Oliver. Como acha que isso é para ela?
— Eu não tinha pensado nisso.
— Esse é seu problema, Oliver. Você não pensa, vai e faz.
— Desculpa.

Aquele rosto lindo com tanta tristeza me deixava de coração partido, mas se eu desse o braço a torcer ele nunca ia aprender o que era realmente importante.

— Desculpas não resolvem nossos problemas. Sei que não é por mal que você age assim, mas precisa pensar mais antes de tomar atitudes que possam magoar as pessoas.
— Eu faço qualquer coisa por você Felicity e vou aprender a agir de outra forma, só espero que o amor que você sente por mim resista a esse tempo que preciso para aprender.

O nó em minha garganta apertou mais ao ver como ele estava vulnerável. Se aproximando de mim, ele se ajoelhou no chão e segurou minhas mãos, as beijando.

— Posso continuar vindo às sessões quando você voltar?
— Pode.

Queria dizer tantas coisas, mas não conseguia. O e-mail tinha significado muito para mim, mas era só um e-mail, eu tinha que ter mais provas de que ele estava se esforçando.

— Tenho que ir.

Ficamos nos encarando por um longo tempo antes dele segurar meu rosto entre as mãos e me beijar.

Eu estava com tanta saudade disso que não protestei quando ele me pegou pela cintura e me levantou da cadeira. Envolvi seu pescoço com os braços e separei meus lábios para dar passagem a sua língua.

Queria dar um fim naquilo porque eu ainda estava magoada, mas meu corpo se agarrava a nele com medo de não ter outra chance para isso.

— Te amo e daria minha vida por você. Não suporto viver naquela casa sem você do meu lado. – desabafou com a testa encostada na minha.
— Preciso desse tempo Oliver. A magoa não me deixa te perdoar.

O choro veio sem ser convidado, mas não segurei. Deixei que os braços dele me consolassem e ouvi ele respirando com dificuldade também.

— Queria voltar no tempo e fazer com que minha estupidez não te machucasse tanto. – senti seus braços me apertarem mais.
— O passado não tem que ficar sendo mudado, é de hoje em diante que você tem que se preocupar. – respirei fundo para conseguir forças para me afastar. – Eu amo você e nós dois precisamos descobrir um meio de lidar com tantos problemas. A última coisa que quero é jogar na sua cara o quando me magoou quando brigarmos. Tenho que te perdoar de coração e preciso saber que é seguro estar com você.

Me afastei e permaneci de pé segurando nos braços dele. Minhas mãos quase formigavam pelo contato e eu queria que ele fosse embora logo. Estava a um passo de esquecer de tudo e pedir que ele me levasse para nossa casa.

Me ajudando a sentar na cadeira de novo, ele se inclinou e me deu um selinho. Meus olhos encheram de lagrimas pela saudade de quando eu tinha aquilo a todo momento.

— Vou te provar que ficar comigo é seguro e vou fazer o que for preciso para te ver caminhando até aquele altar em minha direção. – beijando minha testa e saindo da sala.

Quando a porta fechou eu senti meu corpo afundar na cadeira. De tudo o que eu esperava do Oliver, aquelas declarações não estavam inclusas. Thea apareceu quando o primeiro soluço veio e como das outras vezes seus me confortaram, mas sem dizer nada.

Eu tinha que aprender a perdoa-lo e tirar do meu peito aquela magoa antes que eu desistisse de melhorar, antes que eu não conseguisse mais ver um modo de seguir em frente sem o amor dele e me fechasse como fiz anos atrás antes de conhece-lo.

— O Curtis já está lá embaixo esperando a gente.

Assenti enquanto seguíamos para o banheiro, era dia de reuniões e por mais que eu quisesse me enfiar em um quarto e chorar o resto do dia eu tinha responsabilidades esperando por mim.


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