Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dificil de escrever... mas aqui está.
Mais dois capítulos e já concluo a fic, acredito que até isa 15 ela está terminada. =/

Espero que gostem. =***


— Hoje é niver da Edi:
Muito obrigada pelo carinho de sempre que que você alcance todos os seus sonhos.
Capítulo dedicado a você.



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POV ~ Felicity

— O estado dela é muito delicado. A bala danificou muitas artérias e por conta da perda de sangue está muito fraca. Temos que aguardar as próximas horas para saber como ficará seu quadro para somente então decidirmos quais os passos a serem tomados para sua recuperação.

Oliver estava em pé ao meu lado, com William agarrado a sua cintura. O pequeno podia não entender o que o médico estava dizendo, só que ele sabia que o estado da mãe não era bom. Por isso não demorou muito para ouvirmos o primeiro soluço.

— Filho. – o fazendo sentar em uma das cadeiras. – Faremos de tudo para que sua mãe fique bem. – sem receber resposta, a não ser por ele balançar a cabeça concordando.
— Assim que tivermos mais novidades volto para informa-los.
— Quando podemos vê-la? – questionei.
— Em algumas horas. O pós operatório precisa de cuidado e monitoramento, por isso não aconselhamos que o paciente receba visitas. Quando ela for libera-la eu mesmo venho avisa-los.
— Obrigado, Dr. – apertando sua mão, antes que fosse embora.
— Acho que agora podemos comer.

Curtis tinha trazido vários lanches e deixado na sala antes dele e Diggle ter que ir embora. Apesar de tudo ainda tinham uma cidade para cuidar.

— Acho que quando voltarmos para casa podemos começar no quarto para o bebê.
— Ainda está cedo para pensar sobre isso, você deveria se preocupar com a reação da minha mãe quando souber que estamos grávidos.
— A Donna vai desmaiar, depois vai acordar para abraçar todo mundo e desmaiar de novo. – me entregando um copo de refrigerante e um lanche.
— Disso não tenho duvidas. – mordendo o lanche, como se aquela fosse a melhor comida do mundo. – Depois de tudo que passamos esse lanche parece um manjar dos Deuses.
— Precisa tomar algum remédio, amor? – sentando no sofá, colocando meus pés sobre seu colo.
— Não posso, o Jonas já me medicou de acordo com o que eu posso por causa da gravidez.
— Então o tempo que você ficou sem os remédios acabou sendo bom para vocês.
— Sim. Talvez eu ainda demorasse para descobrir que estava grávida e nem quero pensar o que poderia acontecer se continuasse tomando aqueles remédios.
— E como estão as pernas? – passando a mão do pé direito até meu joelho.
— Ainda doem, mas não como antes. Acho que a partir de agora eu vou ter que lidar melhor com a dor, porque não terei mais tantos remédios para me ajudar.
— Encontraremos outras maneiras. – se inclinando e parando perto da minha barriga. – Teremos mais um a depender da gente. – fazendo carinho na minha barriga, mas olhando para William, que comia enquanto assistia tv, alheio a nossa conversa. – E eu não poderia estar mais feliz com isso. – olhando para mim.
— Eu também não poderia imaginar algo melhor para nossa vida.
Terminamos de comer e meu corpo começou a dar sinais de que precisava de descanso. Entreguei as embalagens para Oliver e me ajeitei no sofá.
— Preciso dormir um pouco.
— Quer quer que eu veja com o Jonas se conseguimos um quarto para você dormir? 
— Não, aqui está ótimo.

Eu estava quase fechando os olhos quando ele se aproximou me dando um beijo.

— Te amo.
— Te amo.

—--

Não sei por quanto tempo dormi, mas quando abri os olhos William estava ajoelhado na minha frente me encarando.

— Oi.
— Oi. – as dores nas pernas tinham aumentado. – Me ajude a sentar?

Me dando o braço para apoiar, eu sentei e no segundo seguinte várias pontadas me fizeram perder o folego.

— Onde esta seu pai?
— Foi conversar com o medico.
— Faz tempo?
— Um pouco.

Esfreguei as pernas e respirei fundo. O Jonas me deixou consciente de que sem os remédios as dores poderiam vir com mais intensidade até eu estar no ritmo da terapia, mas não esperava que as pontadas fossem tão intensas.

— O que foi? – ouvi a voz de Oliver, que no segundo seguinte estava ajoelhado ao lado do filho.
— Dores. Preciso alongar as pernas para que as pontadas parem.
— Filho, pega uma cadeira para mim.
— Tá. – levantando correndo e logo voltando com uma das cadeiras que ficavam no outro canto.
— Vem, amor.

Me ajudando a levantar e sentar na cadeira em seguida, ele sentou no sofá e me ajudou a alongar as pernas. A cada movimento eu sentia os músculos das pernas esticarem como se fossem arrebentar e apesar da dor que aqueles movimentos geravam, o alivio vinha logo em seguida.

— Melhor?
— Muito. O Jonas disse que eu vou ter que fazer o triplo de exercícios para que os efeitos do remédio sejam substituídos.
— Então iremos seguir a risca o que ele recomendar.

Ele começou a massagear meus pés e eu por um momento esqueci tudo, se tinha uma coisa que eu senti muita alta no curto tempo que ficamos separados foram essas massagens.

— Filho, o Diggle está no corredor e trouxe o game que você pediu. Porque não vai bucar?
— Tá bom pai. Você está bem mesmo tia? – sentando do meu lado.
— Estou sim meu amor.
— Então eu vou. – me dando um beijo no rosto e saindo correndo.
— Ele estava inquieto por você demorar em acordar.
— Quanto tempo eu dormi?
— Quatro horas.
— Ele estava me encarando quando acordei.
— Teremos um longo caminho até que ele volte a se sentir seguro.
— Como a Samanta está?
— Acordada e querendo falar com você.
— O estado dela é grave, não é?
— O medico veio me dizer que ela está na fila de transplante. Tem estilhaços da bala em seu coração e ela corre risco de vi a óbito a qualquer momento. Não consigo nem mesmo pensar no que vai acontecer com o William se algo acontecer com ela. – o puxei para perto, o fazendo sentar do meu lado.
— Vamos confiar de que tudo vai ficar bem.
— Ela nunca foi a melhor pessoa do mundo, ainda mais com o que aconteceu depois que descobri que o William era meu filho, mas não quero que as coisas acabem assim. – me abraçando.
— Temos que estar preparados para o que tiver que acontecer e dar ao William o suporte que ele precisa.
— Sempre.
— Me ajuda a ir até o quarto da Samanta?
— Quer que eu busque uma cadeira de rodas.
— Não, preciso me movimentar.

Com muito custo convencemos o William a ficar com o Diggle na sala de espera enquanto íamos falar com a Samanta, mas não dissemos a ele onde íamos porque ele jamais ficaria lá sabendo que a mãe estava acordada.

A UTI não era um lugar que te desse esperança de que alguém se recuperaria, além de escuro as outras macas com pacientes deixava tudo mais sombrio. Oliver me ajudou a sentar em uma cadeira ao lado da cama e depois saiu. Enquanto ela estava em recuperação da cirurgia, somente uma pessoa poderia visita-la por vez.

— Obrigada por vir. – a ouvi dizer baixinho.
— Como você está? – segurei sua mão que estava fria demais.
— Feliz de ver que pelo menos uma de nós está inteira. – sorrindo, mesmo que minimamente.
— Você salvou minha vida, Samanta. Nunca vou poder retribuir o que você fez por mim.
— Crie meu filho como se ele fosse seu e estaremos quites.
— Posso ser a melhor madrasta desse mundo, mas é você que vai cria-lo. – já sentindo um nó em minha garganta.
— Eu já tive muita raiva. – parando para tomar folego. – Já quis que o Oliver sofresse tudo que eu sofri quando sua mãe me obrigou a esconder a gravidez, mas tenho que admitir que a Moira só me deu meios de me vingar do Oliver. Porque eu sabia que se um dia ele descobrisse do filho, ele sofreria.
— Isso é passado.
— Não, isso é meu presente. – levando a mão até o peito onde ficava o curativo da cirurgia. – Eu poderia ter evitado tantas coisas. – parando novamente para tomar folego.
— Esquece isso, agora é sua recuperação que importa.
— Eu posso não me recuperar, Felicity. Por isso quero dizer tudo o que eu tenho a dizer, caso não tenha outra oportunidade.
— Então diga, eu estou aqui para ouvi-la. – segurei sua mão e senti ela aperta-la.
— O Oliver se tornou um homem melhor com você e sei que é por isso que ele vai ser o pai que o Will precisa. – fechando os olhos. – Seja a mãe que ele precisa também. Dê a ele o amor que você daria a seu próprio filho.
— Com toda a certeza, eu amo seu filho e ele merece sempre o melhor.
— Obrigada, Felicity.
— Não tem o que agradecer.
— E me perdoe por tudo que causei, eu passei muito tempo presa no passado e não consegui enxergar o Oliver de hoje.
— Posso te contar uma coisa?
— Claro.
— Você não salvou somente minha vida, você salvou a vida do meu filho também. – segurando a lateral da maca, eu levantei e com cuidado coloquei sua mão sobre minha barriga. – Se for uma menina terá o seu nome. Porque é graças a você que ela terá a chance de viver.

Fechando os olhos novamente, algumas lágrimas escorreram de seus olhos. Senti o braço de Oliver envolver minha cintura antes que eu pudesse sentar novamente.

— Acabou o tempo.
— Diga ao Will que eu o amo.
— A enfermeira disse que você precisa tomar a medicação e trocar o curativo, depois disso você mesma pode dizer isso a ele.

Se aproximando mais da maca, ele segurou a mão dela e beijou sua testa.

— Eu já te disse tudo que precisava, só me resta te dar os parabéns pelo bebê.
— Obrigado, mas quero esse parabéns fora daqui, ok?
— Farei meu melhor.

Oliver beijou a testa dela antes de seguirmos para fora do quarto. A enfermeira entrou em seguida, mas a porta nem mesmo tinha se fechado quando ouvimos o barulho do monitor cardíaco indicando que ela estava sofrendo uma parada cardíaca.

— Oliver?

Saímos do caminho quando a equipe que estava cuidando dela entrou em disparada na UTI. Não consegui ver nada do que estavam fazendo lá dentro, mas várias pessoas trabalhavam para trazer a Samanta de volta. O barulho do monitor parecia ecoar por todo o hospital e não cessava mesmo depois de longos minutos.

— Não é justo. – apertei a mão de Oliver que estava na minha cintura, já sentindo o nó em minha garganta quase me sufocar.

O barulho continuou por alguns minutos até que foi desligado, eu queria acreditar que ela estava bem, mas quando alguns dos enfermeiros e o médico saíram a UTI eu já sabia o que nos aguardava.

— Sinto muito, fizemos tudo o que estava a nosso alcance.

Senti minhas pernas perderem a firmeza e quando me agarrei a Oliver, escondendo o rosto em seu peito, pude ouvir o choro dele se unir ao meu. Aquele não era o final que eu esperava para nossos problemas e não tinha ideia de como teríamos coragem de dizer a William que sua mãe tinha acabado de morrer.


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