Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak
Notas iniciais do capítulo
Oi leitoras lindas.
Muito obrigada por todos os comentários, me perdoem por não responder, mas estou lendo tudo. =)
Fico muitoooo feliz que estejam gostando. Em breve chegaremos ao fim de Lies e estou muito satisfeita com o retorno de vocês sobre a história, espero não decepciona-las com os capítulos finais.
Próximo capítulo: 07/11/2017
Grupo no face: Fanfics Buhh Smoak
POV ~ Felicity
Respirei fundo tentando afastar de minha mente as dores nas minhas pernas. William estava sentado ao meu lado com a cabeça em meu ombro. Já estávamos ali a muitas horas e desde que chegamos Samanta estava desacordada em outra jaula ao lado.
— Minha mãe vai ficar bem, tia?
— Vai sim meu amor. – o abracei para que ele chegasse mais perto de mim. – Assim como a gente também.
Ouvi um barulho do outro lado do galpão onde estávamos e um foco de luz iluminou alguém. Não tinha como saber quem era, mas eu sabia que era o Merlyn. Nossas celas tinham uma iluminação bem baixa, mas um holofote nos iluminou por alguns segundos antes de tudo voltar a penumbra.
— Felicity?
Ouvi a voz da Samanta que começava a se levantar no chão. William grudou na grade chamando pela mãe.
— Filho? – já sentada com as costas na grande. – O que vocês estão fazendo aqui?
— Acho que podemos te perguntar a mesma coisa.
— Aquele idiota disse que íamos até a empresa dele para que me desse um presente e quando me dei conta ele estava com um papo contra meu rosto, acordei aqui não sei quanto tempo depois. – esfregando a cabeça.
— Mamãe. – a chamando com o choro preso na garganta.
— Não fica perto da grade filho, vai para perto da tia.
A voz dela estava longe de ser da mesma Samanta que eu conhecia, mas naquela situação era de se esperar que ela mudasse sua postura.
— O que aconteceu? Chegamos aqui e você estava desacordada. – voltei a abraçar o William, que estava com o olhar vidrado na mãe.
— Não sei, Felicity. Acordei aqui, mas alguém me agarrou fora da grade de voltei a perder a consciência.
— Você não ia me abandonar né?
— Abandonar?
— Mandaram uma mensagem para o William como se fosse você dizendo que você ia viajar por um tempo.
— Filho. – se arrastando para perto. – Eu jamais faria isso.
Ouvimos passos e Samanta se afastou da grade, alguém se aproximava só que além da cela tudo era escuridão para a gente. Um homem apareceu na grade e abriu a cela, entrando e arrancando William de mim.
— Onde vocês vão leva-lo? – tentei levantar, mas não consegui.
— Larguem meu filho. – a Samanta gritava enquanto o homem levava o William que berrava por nós duas. – Devolvam meu filho. – batendo nas grades.
— Cale a boca.
A voz de Merlyn ecoou pelo galpão e uma luz foi acendida a nossa volta, demorei para me acostumar com a claridade, mas logo eu estava olhando para aquele homem odioso.
— Se comportem que logo eu o trago de volta. Se não colaborarem ele nunca mais vai ver nenhuma de vocês.
A ameaça era clara, mas pedir que uma mãe se calasse diante daquilo era impossível.
Samanta gritava tanto que eu pensei que logo ela perderia o folego, Merlyn se afastou da gente só que segundos depois ele estava de volta abrindo a cela dela.
— Eu te avisei. – acuando Samanta de levantando a mão para golpea-la.
— Solta minha mãe.
Vi William aparecer e entrar na cela dando murros nas costas de Merlyn, que o empurrou o jogando para fora da cela.
— Bando de incompetentes. – gritou para os capangas que logo estavam agarrando Willian e o levando para longe de novo.
— Não faça nada contra meu filho seu imbecil.
— Você deveria ser esperta como a senhorita Smoak, mas infelizmente parece que inteligência não é seu forte. – a levantando do chão pelos braços e a arremessando contra a grade. – Eu não tenho pena de mulheres como você, que além de usar o filho para tentar agarrar homem ainda acha que alguém como eu vai aceitar uma qualquer como você.
Quando ele deu o primeiro chute de encontro ao estomago dela eu virei o rosto. Queria gritar e mandar para-lo, mas se assim fizesse aconteceria o mesmo comigo e não conseguia imaginar o que seria do William sem uma de nós para estar do seu lado. Ouvia os gritos da Samanta e as pancadas, mas não tive coragem de olhar ainda mais quando vi vultos a diante e um frio em minha barriga me dando a certeza de que William assista a mãe apanhar.
— William. – falei sem conseguir me conter.
— Fiquei quieta, Smoak. Não abuse da minha boa vontade. – saindo da cela e a trancando. – Levem o menino, vou terminar o que comecei e logo o trago para você. Algo me diz que em breve ele terá que te chamar de mamãe. – limpando as mãos sujas de sangue no sobretudo que usava.
Esperei que ele fosse embora e o barulho de uma porta fechando me fez criar coragem e olhar para o lado. Vi Samanta debruçada no chão em uma poça de sangue.
— Samanta. – me arrastei para perto da grade rezando para ela estar viva. – Por favor, acorde.
Longos minutos se passaram e ela continuou imóvel. Estar presa sem poder fazer nada era a pior das sensações, ainda mais vendo alguém no estado que ela estava.
— Felicity?
Uma voz que eu não esperava ecoou dentro do meu ouvido e precisei de todo controle para não falar nada ao ouvir a voz de Curtis no comunicador que eu nem mesmo tinha percebido que ainda usava.
— Se estiver me ouvindo chame a Samanta de novo.
— Samanta. – a chamei um pouco mais alto.
— Ela está no ouvindo, Oliver.
— Amor, diz para mim que vocês estão bem.
Queria falar alguma coisa para tirar a agonia de sua voz, mas o barulho da porta se abrindo não me permitiu continuar.
— Cale a boca garoto. – um dos capangas de Merlyn abriu a cela e empurrou William para dentro. – E fiquem em silêncio, ou vai acontecer a mesma coisa que aconteceu com sua mãe com a loira ai.
— Tia. – se ajoelhando do meu lado e me abraçando. – Eles mataram minha mãe? – soluçando.
— Não sei meu amor. – respirando fundo com um nó em minha garganta. – Mas fique calmo, tá?
— Minha mãe. – me soltando e olhando para a cela dela. – Tem muito sangue tia.
— Eu sei meu amor.
— Aquele homem mal me fez gravar um vídeo para meu pai falando um monte de mentiras.
— Não se preocupe, seu pai é esperto e ele não vai acreditar em nada.
— Acabamos de receber um vídeo do Malcolm. – Oliver falou em meu ouvido.
— Vem, deita um pouco aqui na minha perna.
Mesmo com a dor que eu sentia, não me incomodei quando ele deitou e se encolheu. Ver uma criança tão vulnerável era desesperador.
— Olá Oliver, sei que você deve estar com saudades da sua família, então resolvi deixar o pirralho te contar como as coisas estão. Vai pirralho. – o som chegava abafado para mim, mas eu conseguia ouvir a voz do Merlyn no tal vídeo, seguido da voz do William. – Pai, a tia Felicity está muito mal. Ela não está sentindo as pernas. Tira a gente daqui. Por favor. – começando a chorar. – Ele matou a mamãe, pai.
— Cala a boca moleque. Levem-no.
— Isso é só um lembrete para que você saiba Oliver o que vai acontecer com sua mulher e seu filho caso a Thea não venha a meu encontro.
— Felicity tudo isso é mentira?
— William, me conta quais mentiras você teve que falar para seu pai. Só que bem baixinho tá?
— Falei que você não estava sentindo as pernas, mas isso é mentira né? – se virando e me olhando.
— Sim meu amor, apesar das dores eu sinto as pernas. O que mais?
— Que tinham matado minha mãe. – já falando com voz de choro. – Apesar que não sei se isso é mentira. – se encolhendo de novo.
— Mesmo com a surra que o Merlyn deu nela, pode ser que esteja só desmaiada meu amor.
— Mas pode ter morrido tia.
— Não morri filho.
Ele levantou com tudo e agarrou a grade. Vimos a Samanta se sentar, mas seu rosto estava tão inchado que mal era possível reconhece-la.
— Mamãe. – chorando.
— Fique tranquilo, filho. – encostando na grade e me olhando. – Tudo vai ficar bem, não é Felicity?
— Sim, tudo vai ficar bem.
— Está doendo muito mãe?
— Um pouco, mas fique quietinho perto da tia. Eles podem voltar.
A respiração da Samanta estava acelerada e isso não era bom. Ela olhou para mim vi sangue saindo de seu nariz. Ela poderia estar viva, mas não estava nem um pouco bem.
— Não temos como localiza-los porque o Malcolm prometeu matar a Samanta caso tentássemos. A Thea vai se trocar de lugar com vocês em menos de 12 horas.
A voz de Diggle só aumentou minha agonia por não ser capaz de falar nada. Apertei o William em meu braços e fechei os olhos quando senti uma pontada no quadril.
— Eu te amo, Felicity. E logo vamos estar juntos novamente.
— Melhor desligar o comunicador para que ele não descarregue, logo falamos de novo com você. – disse Curtis.
— Te amo, amor.
Sabia que responder era perigoso, mas eu precisava fizer algo.
— Também. – falei o mais baixo que eu consegui.
— Também o que tia? – me encarando.
— Nada, estava pensando alto.
Olhei para a Samanta e a vi com os olhos fechados, respirando ainda mais rápido. Ela abriu os olhos e virou o rosto para mim. O sangue em seu nariz escorria mais e pela primeira vez eu via em seus olhos algo além de hostilidade. Ela estava morrendo e sabia que ela suplicava pelo filho, mesmo eu não sendo mãe, sabia que era isso que seus olhos transmitiam.
— Aguente o quanto puder. – falei movendo os lábios para que William não ouvisse que sua mãe estava prestes a morrer.
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