Dark Days escrita por JackelineCullen


Capítulo 6
Capitulo 6




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— Vamos conversar! – ele disse segurando meu braço e olhando intensamente nos meus olhos, por um segundo suspirei fundo e abaixei a cabeça, uma conversa vindo do meu pai sempre acaba em discussão e eu de castigo.

— Sim vamos – disse sentando na poltrona e olhando intensamente para a lareira, não estava a fim de encarar meu pai, não agora.

— Não ligue pro que seu tio fala – ele disse quebrando o silencio que estava no ar.

— eu não ligo – disse ainda sem olhar pra ele.

— Eu sei que você escutou nossa conversa, eu sentir você – ele disse caminhando ate mim e parando ao meu lado. – eu realmente me preocupo com você, nunca pense o contrario de mim.

— Então o senhor nunca demonstrou o contrário – retruquei.

— Não deixe as idéias estúpidas do seu tio sobre mim lhe envenenar – ele disse tocando meu ombro – eu me importo sim com você.

— Mas nos últimos tempos não tem demonstrado, não é? – indaguei.

— Filha – suspirou – seu tio já lhe envenenou contra mim?

— O senhor mesmo fez isso – disse levantando, mas sou impedida por um toque no meu ombro.

— Eu não sou esse monstro que você acha! – ele disse assobiando.

— Eu sei que não – disse olhando finalmente pra ele, pude ver ele olhando intensamente pra mim, como...como estivesse algum sentimento por mim, talvez remorso – só que o senhor não demonstra outra coisa.

— Eu me importo com você! Eu impedir de sua punição no caso do humano, eu mandei o melhor médico para a academia quando você sofreu o acidente, eu realmente me importo com você! – ele disse com ternura, por uns raros segundos eu acreditei nas palavras dele, em raros segundos eu tive vontade de abraçar meu pai e dizer o quando eu o amo, mas essa fraqueza foi rápida e passageira, porque só o fato de escutar que um dia ele realmente disse que não era para eu ter nascido...me deixa muito amuada.

— Obrigada, mas não precisava – disse num tom formal. Ele me olhou por uns segundo, então sua expressão foi mudando para a velha expressão de Carlisle Cullen, um homem sem emoção alguma.

— Então – ele disse caminhando ate um balcão e pegando uma bebida – teve outro acidente com humano na alimentação? – seu tom de voz era mais que formal, era duro.

— Não senhor – continuei no tom formal.

— E o acidente? Como foi? – ele continuava perguntando sem olhar pra mim preparando duas bebidas.

— Qual? Do humano ou de carro? – indaguei.

— De carro, como foi que se salvou? – ele disse virando pra mim e oferecendo uma bebida.

— Eu conseguir sair do carro antes de pegar fogo – disse pegando a taça da mão dele.

— E desde quando você parou de tomar as pílulas? – ele me olhou torto, mudando completamente de assunto.

— Como? – indaguei, como será que ele sabe disso?

— Eu sei filha, eu sei cada passo que você da naquela escola – ele disse firme- você sabe que ficara fraca se não tomar a pílula não sabe?

— Eu não preciso – disse firme – desde que tomo sangue humano, não preciso – disse firme.

— Precisa sim, senão ira matar outro humano na alimentação, quero que volte a tomar as pílulas, senão você não ira conseguir se controlar na alimentação – ele disse firme – agora beba – ele disse apontando pra taça em minhas mãos. O olhei seriamente e algo absurdo passou em minha mente, o que será que ele colocou na minha bebida?

— O que é isso? – indaguei-o. Ele me olhou torto e sorriu.

— Só beba filha – ele continuava rindo, então bebi. Quando sentir o liquida passar pela minha garganta uma sensação maravilhosa tomou conta do meu corpo, o liquido era doce e quente, e o sabor parecia sangue, no começo quando sorvia a bebida em pequenos goles a sensação era maravilhosa, mas quando sentir o sabor realmente da bebida tomei tudo em um único gole.

— Isso era sangue? – disse entregando a taca para meu pai.

— Mais ou menos – ele disse rindo – era misturado, e só lhe ofereci, porque achei você muito pálida, não esta tomando as pílulas filha, não quero você doente – ele disse gentil.

Fiquei olhando intensamente pra ele, eu nunca vi meu pai me olhar assim, “preocupado”, pela primeira vez ele parecia um pai realmente preocupado com a saúde da filha. Não pude deixar de ri pra ele.

— Irei voltar a tomar sim meu pai – disse gentilmente, meu pai nunca foi carinhoso comigo ou demonstrou algum afeto, mas esse meu simples gesto o pegou desprevenido. Ele me olhou espantando e sorriu também.

— Seu tio me disse que esta desenvolvendo seu poder, e qual são? - ele indagou-me

— AH pai, não to desenvolvendo nada, meu tio ta louco – disse tentando parecer sincera. Não porque estava escondendo algo dele, mas porque eu não tinha certeza de nada, no momento que eu tiver alguma certeza eu falo para ele, mas o momento é de me manter calada.

— Nada mesmo querida? Porque você esta na idade de desenvolver alguma coisa – ele me olhou torto.

— nada meu pai – sorri – Posso ir para meu quarto? To cansada – disse sincera.

— Tudo bem, pode ir – ele disse sorrindo e esfregando meu ombro – estou feliz por estar aqui e espero que não briguemos ate o final da sua estadia aqui.

— Eu também meu pai, eu também...

Depois de cumprimentar meu pai me retirei e fui ao meu quarto, nenhuma das conversas que tive com meu pai acabaram assim, sem nenhuma discussão, não sei explicar, mas realmente eu estava feliz por essa conversa ter sido tão agradável para mim, com ela pude apurar que meu pai não me odeia tanto e meio tio as vezes exagera nas coisas. Ao entrar no meu quarto o vi parado olhando para a janela.

— Tio to cansada, o que o senhor quer? – disse fechando a porta.

— conversar sobre seus sonhos – ele disse gentilmente.

— Eu não tenho o que dizer tio – disse sentando na cama.

— Mikayla, você me disse que estava tendo sonhos estranhos, então? – ele me olhou torto.

— Tio – suspirei – eu não sei...

— Não sabe que se conta pra mim? Ou não sabe se pode confiar em mim? Eu acho que sou a única pessoa que você possa confiar nesse mundo minha querida – ele disse sentando ao meu lado.

Eu o fitei por uns segundos, eu realmente não sei se devo contar tudo pra ele...

— Mikayla, confia no seu tio, ao menos alguma vez lhe deixei na não? – ele me olhava rindo – quem lhe ajudou quando você quebrou a estatua que sua mãe fez? - ele me cutuca e eu somente ri – quem lhe protegeu dos irmãos mais velhos? Heim? Quem sempre estava la para lhe ajudar quando você caia e se machucava?

Isso era a mais pura verdade, ele, sempre ele estava la me ajudando, sempre quando acontecia algo ele estava la, meio tio, Hector Mansur e não meu pai.

— O senhor tio, sempre era o senhor – disse sussurrando.

— Então querida? O que esta acontecendo? – ele me olhou serio.

Certo nele eu podia confiar.

— O senhor jura que não vai me internar? – disse olhando pro chão.

— Nunca faria isso com você! – ele disse rindo – então?

— No acidente de carro, eu tenho certeza que Jacob morreu – disse baixo.

— Hum! – foi tudo que ele disse.

— Desde o acidente eu estou tendo sonhos com uma caveira, sonhos bem estranhos, com nevoas, com gente morta, com vultos – disse tudo rapidamente. – e eu estava lendo sobre o Ian Dubenko, não sei por que, mas me simpatizei por ele.

— Você esta sentindo algo estranho esses dias? – indagou-me

— Estranho como? – o olhei confusa.

— Dor, algum tipo de dor?

— Às vezes sinto muita dor de cabeça – disse analisando – mas ultimamente estou ficando com raiva muito rapidamente. – expliquei.

— Mika, posso lhe pedir um favor? – ele disse gentilmente.

— Claro tio.

— Não conte para ninguém isso que você esta me contando, para ninguém mesmo, os outros não podem entender você como eu entendo – ele disse sério.

— Mas tio, acho que pro meu pai eu posso contar não posso? – indaguei.

— Ele é o principal que você não pode contar, ele vai lhe internar, vai achar que você esta enlouquecendo, filha, prometa, vai contar para ninguém isso – ele disse duro.

— Ta tio, eu prometo, mas porque? – indaguei.

— Porque eu tenho a certeza que você esta desenvolvendo o quinto poder – ele disse sério

— Não tio, o senhor esta errado – disse convicta, em hipótese alguma eu estou desenvolvendo isso, não mesmo.

— Mikayla, veja com seus próprios olhos, raciocine você esta sim! – ele disse sério.

— Certo, vamos supor que estou desenvolvendo isso, eu não irei praticar, não mesmo – disse cruzando os braços – De jeito nenhum irei me corromper.

— Não é se corromper, é desenvolver o que tem de melhor em você! – ele disse me olhando fixamente. – Escute, eu posso ajudar você!

— Ajudar como? Se for em ocultar ele....

— Querida não! Eu irei lhe ajudar em desenvolver e controlar o seu poder....

Certo, nisso ele me pegou desprevenida...

O quinto poder? Mas essa porcaria não era proibida? Esse maldito poder não corrompia todos que o desenvolvia, será que eu me tornarei um mostro? Droga!

Por causa dessa revelação eu passei a noite em claro, pensando e repensando, porque meu tio queria que eu escondesse de todos isso? Se eu contar, não seria melhor? Assim meu pai me ajudava. Mas pensando seriamente e friamente, meu pai ia mandar me matar, ou não, sinceramente não sei, mas que isso é tudo confuso é!

Ter um poder assim e não saber administrá-lo é completamente frustrante, meu tio me jurou que ia me ajudar a controlar, mas também fez jurar não contar para ninguém e para ser sincera eu estou medo, muito medo do que pode vim acontecer.

— Hey caiu da cama foi? – Jacob tirou do meu desaveio, eu estava sentada no pátio do castelo, olhando pra ele coberto de neve.

— Bom dia para você também – sorri.

— O que faz acordada tão cedo? – ele disse sentando ao meu lado e me cotovelando.

— Tava meditando – zombei.

— Ta bom! – zombou – então? Quer correr comigo? – foi então que olhei pra ele e o vi com roupas de corrida, estava com uma calsa larga e um blusa regata branca, que mostrava perfeitamente os contornos de seus músculos. Fiquei um tempo encarando seu corpo e admirando, não acreditava que Jacob estava ficando tão gato, tão sexy...

— Então Mika? Vai ou não? – ele disse revirando os olhos.

— Her...não sei – disse coçando a cabeça e tentando disfarçar a minha olhada nada discreta.

— Tudo bem, irei sozinho – ele disse levantando, mas antes de levantar beijou meu rosto – se quiser estou indo pro ginásio.

— Jey? – indaguei-o

— Diga

— Estamos de férias, para que se exercitar? Aproveite a sua estadia aqui – disse levantando e sorrindo.

— Eu sei, mas nunca se sabe não é? – ele piscou – e tem outro detalhe seu irmão me desafiou, então quero esta em forma – ele soltou um beijo e correu ate o ginásio.

Fiquei o observando ele correr e não sei explicar o motivo, senti uma pequena atração pelo melhor amigo e aquele dia na boate no meu aniversario ele estava flertado comigo? Ou era fruto da minha imaginação?

— Tava procurando por você! – Emmett disse atrás de mim, me fazendo dar um pulo de susto.

— Ta louco? Quer me matar? – disse colocando a mão no meu peito, realmente ele me assustou.

— Hum! Tava pensando besteira é minha irmãzinha? – ele sorriu.

— Não, só que me assustou – disse tentando manter a calma.

— Sei...

— É sério Emmett – sorri, nesse momento lembro do desafio que ele fez pro Jacob – Jacob me disse do desafio, o que é? – disse curiosa.

— Que derrubo ele em 2 segundos – ele disse orgulhoso.

— Isso é injusto sabia? Você é muito mais forte que ele – indaguei.

— Eu avisei, mas ele duvidou – ele deu os ombros e em seguida me pega pela cintura e levanta no ar – agora quero saber o que minha irmãzinha sabe fazer!

Nesse momento ele me vira e me prende em uma chave de braço, me apertando a cada segundo.

— Emmett, esta me sufocando – disse realmente sufocando.

— Se solta de mim! Você esta aprendendo o que naquela escola? – ele estava rindo, esse safado.

— Emmett! Eu to sufocando! – gritei.

— Se solta que paro! – ele disse firme.

— Merda! Ta me sufocando! – gritei e tentei lhe dar uma cotovelada, mas ele tinha feito uma boa imobilização.

— Emmett! Solte –a – meu tio veio me salvar, no mesmo momento Emmett me soltou.

— To vendo que não andam ensinando defesa pra você não é Mika? – Emmett disse rindo. – a partir de hoje, você terá uma hora de treino comigo – ele disse autoritário – não quero minha única irmã, uma presa fácil.

— Eu não irei treinar nada, estou de férias! – gritei.

— Vai sim! Sou seu irmão mais velho e estou querendo lhe ajudar – ele retrucou.

— É melhor você ir treinar mesmo Mikayla, é bom para você! – Hector se mete na conversa.

— Tio, agradeço pela preocupação, mas basta treinar todo dia com o senhor!

— Treinar o que? – Emmett indagou-me. Nesse momento meu tio me olhou como “não mandei ficar calada”.

— Autocontrole meu irmão, autocontrole – disfarcei. Ele somente riu e tocou em meu ombro.

— Quero lhe ver todos os dias às oito horas da manha em ponto no ginásio – ele disse firme e saiu rindo.

— Mikayla! Por favor! - Hector disse bem duro.

— O que foi agora tio? – disse espantada pelo tom de voz dele.

— Não disse que era para ficar de bico fechado? Ate sobre nosso treinamento? – sussurrou.

— Desculpe! Tinha esquecido!

— Tudo bem, mas, por favor, não fale nada pra ninguém, não quero ver você numa camisa de força – ele disse sério. – eu me importo realmente contigo.

— tudo bem tio, tudo bem – sussurrei.

Sabe de uma coisa super chata? É dormir todo dia por volta das 3 horas da manha e acordar as 7, passar a noite treinando mentalmente e a manha treinando fisicamente, eu to completamente esgotada, acabada, mesmo só passando 3 dias de treinamento. Todas as noites eu dava uma desculpa para ir me deitar mais cedo e então começava meu treinamento.

— Respire fundo e concentra-se

Fiz o que ele mandou.

— Limpa a sua mente, no momento em que limpa-la concentre-se no seu objetivo.

Só fiz balançar a cabeça afirmando.

— Agora tente sentir, ouvir e cheirar, tente se conectar com esse elemento.

Tentei fazer o que ele pedia.

— Mika, no momento que você fazer isso, controlar realmente, você terá o controle, vamos concentre-se.

Continuei de olhos fechados e tentando limpar minha mente, comecei a concentrar em um campo aberto, imaginar-lo coberto de flores, imaginar o vento batendo nas flores e fazendo a petolas voarem, tentei imaginar o cheiro que seria, então algo aconteceu, sentir uma brisa passar por mim, continuei concentrada e novamente outra brisa passa por mim trazendo o cheiro de rosas.

Respirei profundamente e sorri, a brisa era maravilhosa, cada suspiro que dava, cada segundo que me mantinha concentrada a brisa aumentava e ficava mais forte.

— Mika! – escutei meu tio sussurrar, ao abrir os olhos tomei um susto. Meu quarto estava completamente bagunçado, tudo estava fora do lugar.

— O que foi isso? – olhei espantada.

— Acabou de controlar o vento – ele disse orgulhoso.

...

A noite passada foi tão legal, fiquei horas treinando como manipular o vento que perdir completamente a noção do tempo, dormir por volta das 4 da manha e acordei na hora do almoço.

Eu tinha que contar para alguém desse meu poder, não podia deixar isso passar, ao levantar tomei um banho me vestir e corri pra sala de reuniões do meu pai

— Pai! Pai! – entrei na sala sem bater.

— Acordou sua dorminhoca? – ele disse sem tirar os olhos de uns papeis.

— Pai! – eu estava em puro êxtase.

— O que foi filha? – finalmente ele olha pra mim.

— Veja! – nesse momento fiz os papeis dele voarem e todos caíram no chão.

— Mas que diabos! Feche a janela pra mim filha – ele disse tentando inutilmente prender os papeis, eu somente ri e fiz os papeis ficarem voando ao lado dele.

— Filha! Mas! – ele me olha espantado e depois sorri – é você?

— Sim! – sorri de orelha em orelha.

— Quando? – ele disse levantando e me abraçando.

— Ontem a noite, tava treinando com o Hector, ele que fez desenvolver – disse abraçada com ele.

— Ele esta lhe ensinando o que? – ele disse num tom sério.

— Como desenvolver meu poder - sorri, nesse momento escutei alguém bater na porta e em seguida meu tio entra.

— Hector, o que você anda ensinando pra Mikayla? – o tom de voz do meu pai era duro.

— Eu? – ele olhou espantado – Nada!

— Ela acabou de me mostrar o novo poder, e me dizer que você que lhe ensinou, como nega? – ele disse erguendo uma das sobrancelhas.

Droga, não deveria ter aberto a boca!


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