How to fix a broken heart escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 5
Capítulo 4 | Novembro de 2023




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676500/chapter/5

"Um brinde aos recém-casados!” Jonas puxou, erguendo sua taça e sendo imitado pelos demais.

“Viva mom e daddy!” Jack e Ally gritaram juntos, pulando animados diante do sorriso dos pais.

Como prometido, Megan e Tuca esperaram o nascimento de Liam, em janeiro, e deram algum tempo para que ele ficasse maior e Megan “voltasse a forma de antes”. Agora, o menininho de dez meses pulava animado nos braços do pai, trajado de shorts preto e suspensório por cima da camisa branca, igual o irmão, sorrindo e mostrando suas covinhas. Parecia muito com o pai, a exceção dos cabelos loiros e do gênio difícil, que Megan dizia, era todo dela.

Ally parecia uma pequena princesa no auge de seus quatro aninhos, rodopiando alegremente sua saia branca rodada, arrumando a todo momento a pequena coroa no alto de seus cabelos loiros. Era realmente uma miniatura da mãe, com a diferença de seguir o estilo princesinha paty, enquanto Megan preferia a rebel princess.

Seu vestido de casamento não era nada convencional, mas com certeza seria capa de todas as revistas de noiva e portais voltados para o assunto. Era branco, claro, mas repleto de detalhes em preto e dourado. Ia até um pouco acima dos joelhos, e não tinha cauda ou véu. Na realidade, parecia um vestido que poderia ser usado em uma premiação do Oscar ou do Globo de Ouro, mas também por uma noiva cheia de estilo.

“E então, como se sentem estando finalmente casados?” Perguntou Bella Nigri, mãe do noivo.

Normal.” Megan sorriu para a sogra, enquanto abraçava o filho mais velho pelos ombros. “I mean, é ótimo ter esse anel e tudo o mais, mas eu e o Tuca já estamos casados pela vida há anos.”

Yeah, três babys depois, acho que não tem muito mais surpresas.” Brincou Pamela, já um pouco alta de champanhe. “Mas eu estou so proud da minha little girl... Não é todos os dias que um filho casa, right?”

“No meu caso, vou viver muito isso.” Jonas discordou da ex-esposa. “Isso porque o Davi e a Manuela não quiseram nenhuma cerimônia quando se casaram, senão eu estava perdido.”

“E ele e a Manuela não vieram por quê?” Questionou Sarah, irmã de Tuca.

“Muito trabalho.” Jonas se limitou a responder, não querendo que mais uma discussão sobre as decisões do filho mais velho ofuscasse a beleza do dia mais especial da vida de sua filha.

“Bom, eu acho que, mesmo que nós já sejamos casados pela vida a muito tempo, eu mereço uma dança especial com a minha esposa no dia de hoje, certo?” Questionou Arthur, colocando sua taça sobre a mesa e passando o filho caçula para a avó materna. “Me concede essa dança, pirralha?”

Oh yeah, sr. Nigri.” Megan deixou sua taça de lado, apanhando a mão dele e indo para o meio da sala da mansão Parker, onde estava acontecendo a festa. “Você está lindo, sabia?”

“Eu? Já se olhou no espelho?” Eles riram juntos, trocando um selinho carinhoso. “Hoje é o dia mais feliz da minha vida, Megan.”

“Da minha também, Tuca. Na verdade, um deles. Está lado a lado com o nascimento dos nossos babys.”

“Todos os dias que eu passo com vocês quatro são os mais felizes da minha vida.” Ele garantiu, enlaçando a cintura dela com os dois braços e trazendo seu corpo para mais perto. “Eu amo muito vocês, minha linda.”

I love you too, baby. E sei que as kids também amam muito o papai.” Ela sorriu contra o peito dele, aproveitando o aconchego. “Obrigada por me fazer voltar a enxergar a vida, Tuca.”

“O prazer foi todo meu.”

“Agora é nossa vez!” Ally e Jack correram até os pais, que riram. O casal se separou, e Megan segurou as mãos de Jack, enquanto Tuca içava Ally em seu colo e começava a rodopiar com ela.

“Você está linda, mom. Como uma atriz de Hollywood.” Jack elogiou com seu jeitinho galanteador, mostrando as covinhas.

Mom pode não ser uma atriz de Hollywood, mas garanto que me visto melhor do que muitas delas.” Ela provocou, beijando o topo da cabecinha dele. “Você vai me dar muito trabalho, hein, young man?

A little bit.”

~*~

Davi rolava o dedo no celular, passando as fotos. As redes sociais de todos os membros de sua família estavam repletas de fotos do casamento entre Megan e Tuca. Todos estavam comemorando, felizes, juntos... Menos eles.

Já tinha meses que não via ninguém de sua família ao vivo, afinal, a vida era corrida. Sempre fora, na verdade, mas a diferença é que antes ele morava no Rio, com todos eles. Agora, ele e Manu viviam sozinhos com as meninas em Recife.

Tinha Igor, Janaína, Leo, mas não era a mesma coisa. O cunhado exigia que a irmã não se intrometesse em sua vida, a não ser quando estava dando defeito. Nessas horas, Manuela tinha que largar tudo e correr meia cidade atrás do lunático, além de controlar os chiliques da cunhada e tentar acalentar o sobrinho.

O sogro então, preferia não comentar. Só aparecia em duas ocasiões: quando estava endividado, ou quando havia se metido em alguma encrenca. Geralmente, os dois casos juntos. Em quase cinco anos, mal conhecia Maya, e até hoje confundia ela com Larissa.

Quando se mudaram para o nordeste, achou que havia feito o certo. A vida voltou aos trilhos, seu casamento parecia estar novamente em lua de mel. Manu estava feliz como nunca, dava atenção às filhas, brincava com elas. Deixava até o trabalho de lado um pouco, sem reclamar ou hesitar, parecendo satisfeita com aquilo.

Por esse motivo, Davi ignorou os protestos dos pais e tios; ignorou até mesmo o aviso de Megan, que havia se tornado sua grande amiga e confidente, e deixou o Rio de Janeiro para trás sem pensar duas vezes.

E então, as mudanças começaram. Primeiro foi uma apresentação na escola de Maya, coisa boba, mas que a menina sentiu sobremaneira a ausência da mãe. Estava trabalhando para ajudar as outras crianças, explicou ela. Como se isso fizesse sentido para uma criança daquela idade.

Depois veio uma virose de Larissa. Três dias de febre alta, uma ida ao pronto-socorro, uma porrada de remédios. E por todos aqueles dias, nenhum sinal de Manuela. Telefone fora de área, nada de aparecer em casa, era como se tivesse sumido no mundo.

Começou a desconfiar que ela estivesse tendo um caso, e as brigas recomeçaram. Antes que percebesse, estavam em um lugar que repudiava: no sofá de uma psicóloga, fazendo terapia de casal. Gritos, acusações, lágrimas, e em meia sessão a doutora já tinha um diagnóstico: Manuela era workaholic.

Claro que ele fez pouco caso, até ver que o problema era realmente sério. A esposa sofria de um problema grave, e que teria que ser tratado com remédio. Sua ansiedade era tanta, que nem mesmo a vontade de estar com a família supria o desespero de trabalhar.

Era nessas horas que pensava onde havia amarrado seu burro.

“Papai, a mamãe vai demorar?” Maya estava deitada no chão da sala, os olhos fixos em um desenho na TV, enquanto Larissa ressonava tranquila ao seu lado.

“Ela ia na médica hoje, lembra? Deve chegar daqui a uma hora, mais ou menos.” Ele respondeu sem realmente prestar atenção.

“Ah, aquela médica que dá os remédios estranhos?” Ele a encarou confuso. “Eu vi a mamãe tomando um monte deles, e eles eram de umas cores estranhas.”

“Que ótimo, agora minha esposa é viciada em remédios.” Ele suspirou baixinho, pegando o celular que vibrava. Leu o nome de Megan no visor, se espantando. “Alô?”

“Hey, you, big brother!” A voz do outro lado soava animada.

“Megan? É você mesma?”

Yeah, quem mais seria?”

“Não sei... Alguém que não está no meio da festa de casamento, talvez.” Ele explicou, fazendo-a rir.

Oh, come on, a festa já acabou. Liam vomitou no terno do Tuca e começou a chorar de sono, então resolver dar as festividades por encerradas. Agora estou trocando de roupa, para a nossa honeymoon.”

“E você vai aguentar ficar longe das crianças?”

Só por algumas horas. Vamos pegar o jatinho até Fernando de Noronha, e voltamos segunda de manhã. Eu ainda tenho um programa para apresentar a tarde.”

Ah é, agora você é apresentadora. Eu adoro seu programa, aliás. A Maya é sua fã.” Ele confessou, e pode imaginá-la ruborizando. Tão diferente da Megan de antigamente.

Diga a minha sobrinha que ela é very cute. E que eu sinto falta dela. Aliás, de todos vocês. Até da nerdestina.”

“Também sentimos, Megan. Sinto muito não estarmos aí hoje. Sei que é um dia especial.” Ele era sincero no que dizia, mas não podia deixar de sentir uma pontinha de inveja. Megan estava cercada por sua família, enquanto ele curtia mais um pouco a fossa da solidão.

“I know. Eu liguei porque daddy está preocupado, Davi. Ele me falou sobre os remédios da Manuela, o tal problema com o trabalho... Como você e as meninas estão?”

“Ah, Megan, eu não quero falar sobre isso com você hoje. Poxa, é o seu casamento.” Ele tentou escapar da conversa, se levantando e indo para a cozinha. “Basta dizer que estamos lidando com isso, como uma família. É isso que devemos fazer, certo?”

“Of course. Well, não vou insistir. Sabe que pode me ligar sempre, certo? Afinal, é para isso que servem os irmãos.”

“Eu sei, Marra-girl, e agradeço muito por ter você como irmã.” Ela riu ao som do apelido. “Mas agora você precisa terminar de se arrumar. Seu marido te espera.”

“Davi... I love you, ok?” Ele sabia que não havia maldade ou intriga naquilo, mas sentiu algo no estômago que não podia evitar.

“Eu também de amo, Megan.” Ele respondeu simplesmente, logo desligando o telefone. Suspirou, recostado na pia da cozinha, e abriu o armário atrás dele. “Nem uma farmácia tem tanta coisa.”

Além dos remédios que a própria Manuela estava tomando, ali haviam muitos de Igor. Nessas horas tinha vontade de jogar tudo no lixo e mandar tudo a merda. Por que não podia ter uma vida normal? Um casamento, uma família, felicidade?

Estava saturado das loucuras de Igor e Janaína, e de ter que viver sua vida em função disso. Não podiam viajar por um final de semana que fosse, porque ele sempre dava defeito enquanto estavam fora. E ainda tinha que ouvir as acusações do casal de que ele não se importava com a família, que queria manter Manuela longe.

Diabos, e sua família? Seus tios, sua mãe, seus irmãos, Jonas, Verônica, Vicente? Aquela era sua família, e estava longe dela havia meses e meses. Sequer havia conhecido Liam ainda, e o menino já estava para completar um ano.

No aniversário de Maya, naquele ano, não havia aparecido ninguém, nem mesmo a mãe da menina. Manuela precisou resolver uma emergência do trabalho, isso ele reconhecia, e algum dos dois precisaria ir. Que fosse ela então; para ele, o dia do aniversário das filhas era sagrado.

“Papai, to com fome.” Reclamou Maya, entrando na cozinha. Ela o observou atentamente, se aproximando e o puxando pela mão. Ele se ajoelhou, e logo as mãozinhas pequeninas acariciavam seu rosto. “Você estava chorando?”

“Papai machucou o dedo.” Mentiu, mostrando o indicador. Ela sorriu, no auge de sua inocência, e beijou o local.

“Melhorou?”

“Muito. Mas eu quero um abraço também.” Ele pediu, logo sendo atendido. A içou no ar, beijando sua testa. “Vamos fazer assim... Vai tomar banho enquanto eu acordo a Lali, e aí nós vamos no McDonald’s tomar um sorvete.”

“Sério? Eba!”

Logo ela sumia pela escada rumo aos quartos, enquanto ele a observava da cozinha. Deixaria a caçula dormir mais alguns minutos, e então a levaria para o chuveiro também. Apanhou o celular novamente, vendo se havia alguma mensagem, mas é claro que não havia.

Pensou se deveria avisar Manuela que iriam sair, mas ela inventaria alguma desculpa para não ir. Já havia se cansado de se frustrar com as ausências dela. Já havia se acostumado a dormir e acordar sozinho. Às vezes pensava que voltara até a ser virgem, de tanto tempo que não fazia nada.

“É, Davi Reis... Você realmente conseguiu uma vida de merda.” Suspirou, largando o celular para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não to seguindo as datas, eu sei. Mas tem justificativa essa semana, ok?
Meu aniversário foi ontem (17/02) e essa semana é sempre uma loucura, de sair e comemorar e ser feliz! E eu estou muito feliz! Que alegria, meu Deus! Amo meu aniversário, é um dia mágico!
E então eu trouxe esse capítulo para vocês alguns minutos após ter fim meu aniversário, porque sim! Espero que gostem, e aviso: em breve Manu e Tuca deixam o recinto.
Posso ouvir um amém? HHAHAHAH
See you soon, peanuts!
http://www.facebook.com/fanficswaalpomps